Parlamento Europeu Eurobarómetro (EB/PE 84.1) Parlómetro 2015 Parte I Os principais desafios para a UE, migração e a situação económica e social

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Transcrição:

Direção-Geral da Comunicação Unidade do Acompanhamento da Opinião Pública Bruxelas, 14 de outubro de 2015 Parlamento Europeu Eurobarómetro (EB/PE 84.1) Parlómetro 2015 Parte I Os principais desafios para a UE, migração e a situação económica e social VISÃO ANALÍTICA Cobertura: Grupo-alvo: Metodologia: Trabalho de campo: EU28 (28 150 cidadãos da UE) Europeus com 15 anos ou mais Cara a cara (CAPI) 19-29 setembro de 2015, TNS opinion I. OS PRINCIPAIS DESAFIOS QUE A UNIÃO EUROPEIA ENFRENTA... 10 II. MIGRAÇÃO... 14 A.UMA ABORDAGEM GLOBAL COMUM RELATIVAMENTE À MIGRAÇÃO... 14 1. A tomada de decisões sobre a questão da migração... 14 2. O apoio financeiro aos Estados-membros que enfrentam atualmente os maiores fluxos migratórios... 17 3. Procedimentos de migração legal semelhantes em todos os Estados-Membros da UE... 20 4. A simplificação dos procedimentos de migração legal... 23 B.A DISTRIBUIÇÃO DOS REQUERENTES DE ASILO ENTRE OS ESTADOS-MEMBROS... 26 1. Uma melhor distribuição dos requerentes de asilo... 26 2. Uma melhor distribuição dos requerentes de asilo, em caso afirmativo, em que base?... 29 C.MIGRAÇÃO LEGAL E PERCEPÇÕES SOBRE A ECONOMIA... 32 D.PERCEPÇÕES DA PRESENÇA DE NACIONAIS DE OUTROS ESTADOS-MEMBROS DA UE... 35 1. A presença de nacionais de outros Estados-membros da UE e o impacto na economia... 35 2. A presença de nacionais de outros Estados-membros da UE e a diversidade cultural... 38 III. A SITUAÇÃO ECONÓMICA E SOCIAL... 41 A.O RITMO DA INTEGRAÇÃO EUROPEIA... 41 B.REAÇÃO DOS ESTADOS-MEMBROS PERANTE A CRISE... 45 C.A CRISE: EM QUE PONTO ESTAMOS?... 49 D.PERCEPÇÃO DA SITUAÇÃO FINANCEIRA PESSOAL... 52 1. A situação financeira do agregado familiar até ao presente... 52 2. A situação financeira do agregado familiar no futuro... 55 1

Nota Os leitores devem ter presente que os resultados de um inquérito representam estimativas, cuja precisão depende, de um modo geral, da dimensão da amostra e das percentagens registadas. Para amostras de cerca de 1 000 entrevistas (a dimensão das amostras geralmente utilizadas a nível nacional), a percentagem real, ou seja, se toda a população tivesse sido inquirida, varia entre os seguintes limites de confiança: Percentagens observadas 10% ou 90% 20% ou 80% 30% ou 70% 40% ou 60% 50% Limites de confiança +/- 1,9 pontos percentuais +/- 2,5 pontos percentuais +/- 2,7 pontos percentuais +/- 3,0 pontos percentuais +/- 3,1 pontos percentuais 2

Introdução Trata-se da primeira parte do inquérito Parlómetro realizado nos 28 Estados-Membros da UE, cujo trabalho de campo foi realizado pela TNS opinion entre 19 e 29 de setembro de 2015. A primeira parte do inquérito é consagrada à migração e à situação económica e social. A segunda parte, que será publicada em separado, centrar-se-á em temas tradicionais do Parlómetro, nomeadamente o Parlamento Europeu, a identidade, a cidadania, etc. Tal como acontece com todos os inquéritos desta natureza, o contexto europeu, nacional e internacional em que foram realizadas as entrevistas tem de ser tido em conta. O contexto da UE tem sido dominado pela recente vaga de migração e respetivas consequências, bem como pelos debates sobre o futuro da UE e, em particular, da União Económica e Monetária. Os factos de maior relevo a nível nacional incluem as eleições de 20 de setembro na Grécia, os debates pré-eleitorais em Portugal e na Polónia e as eleições regionais em Espanha e na Áustria. A nível internacional, a situação no Médio Oriente e, não menos importante, a luta contra o terrorismo continuam a ser notícia. Os resultados tornam claro que alguns eventos têm um impacto considerável sobre as respostas dos inquiridos. A média europeia é ponderada. Os seis Estados-Membros mais populosos têm um peso de cerca de 70 % nesta média. 3

Conclusões principais I. PRINCIPAIS DESAFIOS DA UE Existem dois grandes desafios para o futuro: combater o desemprego e a questão da migração. O desemprego ainda é considerado o desafio mais premente, com 49 % (-6 % em comparação com junho de 2013), mas a migração disparou na classificação, estando agora em segundo lugar, com 47 % (+33 %). Em nove países a sua percentagem está acima dos 50 %. Outro grande desafio identificado pelos europeus é o terrorismo, que também subiu de forma muito acentuada para 26 % (+15 % em comparação com junho de 2013). II. MIGRAÇÃO O inquérito abrange vários temas, nomeadamente: a forma como se aborda a migração, como os cidadãos veem as relações entre a migração e a economia e, por último, a forma como a presença de nacionais de outros Estados-Membros se faz sentir em termos económicos e culturais. A. A favor de uma abordagem global relativamente à política de migração Tomada de decisões: 66 % dos inquiridos consideram que devem ser tomadas «mais decisões» a nível europeu, enquanto 23 % têm opinião contrária. Apoio financeiro: no que diz respeito ao «apoio financeiro prioritário» recentemente concedido aos Estados-Membros que estão a suportar o grosso do impacto da migração nas suas costas e fronteiras, 62 % consideram que se trata de «uma coisa boa», 15 % consideram que é «uma coisa má», enquanto 20 % consideram que não é «nem boa nem má». Procedimento de migração legal: 79 % consideram que o procedimento deve ser «o mesmo» em todos os Estados-Membros da UE, enquanto 15 % rejeitam essa abordagem. Simplificação: 66 % dos europeus são a favor da «simplificação dos procedimentos de migração legal», que, em seu entender, «permitiria lutar eficazmente contra a imigração ilegal». Em contrapartida, 23 % «não são a favor» e 11 % «não sabem». B. Distribuição dos requerentes de asilo pelos Estados-Membros Como acontece com todas as outras questões, a distribuição por país é apresentada nas tabelas e gráficos que se seguem. Estes refletem a diversidade de perceções do público resultantes das circunstâncias específicas de cada Estado-Membro. Neste contexto, a questão foi colocada em duas partes. 4

Em primeiro lugar, foi perguntado aos cidadãos de cada Estado-Membro se «o número de requerentes de asilo deve ser mais bem distribuído por todos os Estados-Membros da UE». Quase 8 em cada 10 (78 %) dos inquiridos responderam «sim», mas registaram-se diferenças consideráveis entre os países, com os resultados a variarem entre 97 % na Alemanha e 94 % na Suécia e 31 % na Eslováquia e 33 % na República Checa. Na Grécia e em Itália, que estão entre os países que têm mais responsabilidades no acolhimento inicial de migrantes, as percentagens são de 91 % e 84 %, respetivamente. Em segundo lugar, foi perguntado aos que em cada Estado-Membro responderam «sim» à pergunta anterior (78 % para a UE no seu conjunto) se «a distribuição dos requerentes de asilo deve ser decidida a nível da UE com base em quotas vinculativas». Na UE no seu conjunto, 75 % também estiveram «de acordo» com esta proposta, mas, mais uma vez, verificaram-se diferenças consideráveis entre os resultados dos vários países. Dos 97 % de alemães que consideram que os requerentes de asilo devem ser mais bem distribuídos, 89 % são a favor de quotas vinculativas. Por outro lado, dos 31 % de eslovacos que concordam com uma melhor distribuição dos requerentes de asilo, 51 % são a favor de quotas vinculativas. C. Migração legal e perceção relativamente à economia Será que os países da UE «precisam de migrantes legais para trabalhar em determinados setores da economia»? Existe, a nível da UE, uma maioria absoluta que concorda com essa abordagem, mas a extensão da aprovação fica aquém das respostas às questões anteriores. No total, 51 % dos europeus responderam sim a esta questão, sendo que 42 % responderam não. A nível nacional, as diferenças são, em grande medida, idênticas as já referidas. O maior nível de apoio verifica-se na Suécia (77 %), na Alemanha (72 %), na Dinamarca (72 %) e no Reino Unido (70 %). Nos 19 Estados-Membros em que menos de 50 % responderam sim, aqueles em que se verificaram menos respostas a favor são a Eslováquia (19 %), a Bulgária (24 %), a Hungria (24 %), a República Checa (25 %), a Roménia (28 %), a Grécia (31 %) e a Eslovénia (32 %). D. Perceção da presença de nacionais de outros Estados-Membros As entrevistas encerraram com duas perguntas sobre este aspeto da vida da UE. 5

A presença de nacionais de outros Estados-Membros e o respetivo impacto económico A nível da UE, 56 % dos inquiridos «concordam» com o facto de a presença de nacionais de outros Estados-Membros no território nacional ser «uma coisa boa» para a economia do seu país, sendo que 35 % «não concordam». A nível nacional, os resultados realçam as diferenças entre os países. Os países que têm a imagem mais positiva sobre os nacionais de outros Estados-Membros no seu território são a Suécia (79 %), o Luxemburgo (77 %), a Alemanha (72 %) e a Dinamarca (71 %). Em cinco países, porém, há uma maioria absoluta que não considera desejável a presença de nacionais de outros Estados-Membros, sendo a percentagem de 66 % em Chipre, 60 % na República Checa e na Eslováquia, 58 % na Grécia e 56% na Hungria. Presença de nacionais de outros Estados-Membros e diversidade cultural A nível da UE, 66 % dos inquiridos consideram que a presença de nacionais de outros Estados-Membros reforça a diversidade cultural do seu país. A nível nacional, verificam-se as mesmas discrepâncias. O apoio a essa ideia é mais forte na Suécia (88 %), no Luxemburgo (84 %) e na Dinamarca (83 %). Inversamente, os países menos favoráveis a essa ideia são a República Checa (33 %), a Eslováquia (39 %), a Bulgária (42 %) e a Hungria (49 %). III. SITUAÇÃO ECONÓMICA E SOCIAL Foram colocadas diversas perguntas aos europeus sobre vários aspetos da situação económica e social, nomeadamente o ritmo de integração da UE, a resposta dos Estados-Membros à crise, a sua opinião sobre a recuperação económica (ou não recuperação) e a sua perceção da situação financeira do seu agregado familiar. A. Ritmo de integração europeia Em geral, a integração europeia deve continuar ao mesmo ritmo em todos os domínios ou deve variar consoante as políticas comuns a serem aplicadas? A nível europeu, se fosse considerado desejável intensificar uma política europeia comum em determinados setores-chave, com que rapidez é que se deveria agir? :48 % dos inquiridos (-1 % relativamente ao ano passado) consideram que é melhor «esperar que todos os Estados-Membros da UE estejam prontos» e 41 % (+2 %) consideram que os Estados-Membros que pretendam avançar «devem fazê-lo sem esperar pelos restantes». 6

A nível nacional, a percentagem a favor de avançar sem esperar aumentou de forma mais significativa em Chipre (48 %, +16 %), na Roménia (37 %, +10 %) e na Hungria (52 %, +8 %). Em contrapartida, no Reino Unido (62 %, +9 %), na Estónia (44 %, +4 %), na França (46 %, +3 %) e na Polónia (46 %, +3 %), atualmente existem mais inquiridos que consideram ser preferível esperar que todos os Estados-Membros estejam prontos para avançar ao mesmo ritmo. B. Resposta dos Estados-Membros à crise A nível europeu verificou-se uma inversão muito pronunciada da tendência geral desde o último inquérito realizado em setembro de 2011. Hoje em dia existe uma maioria absoluta (51 %, +10 %) que considera que os Estados-Membros agiram «de forma individual». Em contrapartida, 39 % (-9 %) consideram que os Estados-Membros agiram «de forma coordenada com os outros países da UE». A nível nacional, a perceção de que os Estados-Membros adotaram as suas próprias medidas em resposta à crise aumentou consideravelmente em Chipre (61 %, +28 % em comparação com setembro de 2011) e na Grécia (61 %, +21 %), países onde, em 2011, a maioria considerava que tinha existido uma ação coordenada entre os Estados-Membros. A perceção de uma ação coordenada por parte dos Estados-Membros em resposta à crise também mudou visivelmente em dois países, na Bulgária (37 %, -19 %) e na Alemanha (43 %, -18 %). C. A crise: qual o ponto da situação? A nível europeu, verificaram-se mudanças significativas também relativamente a este ponto. Embora o número dos que consideram que «a crise vai durar muitos anos» seja elevado (32 %), diminuiu consideravelmente em comparação com 2011, ano em que se elevava a 41 %, tendo registado uma queda de 9 %. Em contrapartida, o número de inquiridos que consideram que «já retomámos o crescimento» está claramente a aumentar (20 %, +12 %). A nível nacional, a ideia de que o regresso ao crescimento está em curso ganhou mais terreno em Malta (65 %, +52 %), na Irlanda (47 %, +45 %) e no Reino Unido (40 %, +35 %). D. Perceção da situação financeira pessoal Perguntou-se aos inquiridos como viam a situação do seu agregado familiar nos últimos dois anos e de que forma pensavam que poderia evoluir nos próximos dois anos. 7

Esperança no futuro a nível europeu No que diz respeito aos últimos dois anos, 40 % dos europeus consideram que a sua situação «se agravou», 24 % consideram que «melhorou» e 35 % que «não se alterou» (resposta espontânea). No que diz respeito aos próximos dois anos, 31 % consideram que a sua situação irá «melhorar», 25 % consideram que irá «piorar» e 38 % consideram que «não se deve alterar» (resposta espontânea). Situação contrastante a nível nacional Os países menos otimistas: na Grécia, 90 % dos inquiridos afirmaram que a sua situação se deteriorou nos últimos dois anos e 12 % afirmaram que irá melhorar nos próximos dois anos. Em Chipre, 68 % afirmaram que a sua situação se deteriorou no passado e 29 % afirmaram que a sua situação irá melhorar no futuro. Em França, 57 % afirmaram que a sua situação se deteriorou nos últimos dois anos e 22 % afirmaram que a sua situação irá melhorar no futuro. Os países mais otimistas: na Dinamarca, 17 % dos inquiridos consideram que a sua situação se deteriorou e 41 % consideram que a sua situação irá melhorar. Em Malta, 18 % consideram que a sua situação se deteriorou e 44 % que a sua situação irá melhorar. Na Alemanha, 22 % consideram que a sua situação se deteriorou no passado, enquanto 24 % estão convencidos de que irá melhorar no futuro. 8

Unidade do Acompanhamento da Opinião Pública Jacques Nancy +32 2 284 24 85 EPEurobarometer@europarl.europa.eu 9

I. OS PRINCIPAIS DESAFIOS QUE A UNIÃO EUROPEIA ENFRENTA 1) Média da UE 10

2) Resultados nacionais a) O desemprego 11

b) A imigração 12

3) Evoluções nacionais Seis primeiros itens referidos A hierarquia é feita sobre a evolução do item "imigração" 13

II. MIGRAÇÃO A. UMA ABORDAGEM GLOBAL COMUM RELATIVAMENTE À MIGRAÇÃO 1. A tomada de decisões sobre a questão da migração 1) Média da UE 14

2) Resultados nacionais 15

16

2. O apoio financeiro aos Estados-membros que enfrentam atualmente os maiores fluxos migratórios 1) Média da UE 17

2) Resultados nacionais 18

19

3. Procedimentos de migração legal semelhantes em todos os Estados-Membros da UE 1) Média da UE 20

2) Resultados nacionais 21

22

4. A simplificação dos procedimentos de migração legal 1) Média da UE 23

2) Resultados nacionais 24

25

B. A DISTRIBUIÇÃO DOS REQUERENTES DE ASILO ENTRE OS ESTADOSMEMBROS 1. Uma melhor distribuição dos requerentes de asilo 1) Média da UE 26

2) Resultados nacionais 27

28

2. Uma melhor distribuição dos requerentes de asilo, em caso afirmativo, em que base? 1) Média da UE * Base: entrevistados que concordam com a afirmação: "O número de requerentes de asilo deve ser melhor distribuído entre todos os Estados-membros da UE" (78% do total da amostra a nível da UE) 29

2) Resultados nacionais * Base: entrevistados que concordam com a afirmação: "O número de requerentes de asilo deve ser melhor distribuído entre todos os Estados-membros da UE" (78% do total da amostra a nível da UE) A nível nacional, os resultados devem ser lidos da seguinte forma: Na Alemanha, dos 97% entrevistados que pensam que o número de requerentes de asilo deve ser melhor distribuído entre todos os Estados-Membros, 89% pensam que esta distribuição deve ser decidida a nível da UE, com base na vinculação das quotas. Na Eslováquia, dos 31% entrevistados que pensam que o número de requerentes de asilo deve ser melhor distribuído entre todos os Estados-Membros, 51% pensam que esta distribuição deve ser decidida a nível da UE, com base na vinculação das quotas. 30

* Base: entrevistados que concordam com a afirmação: "O número de requerentes de asilo deve ser melhor distribuído entre todos os Estados-membros da UE" (78% do total da amostra a nível da UE) A nível nacional, os resultados devem ser lidos da seguinte forma: Na Alemanha, dos 97% entrevistados que pensam que o número de requerentes de asilo deve ser melhor distribuído entre todos os Estados-Membros, 89% pensam que esta distribuição deve ser decidida a nível da UE, com base na vinculação das quotas. Na Eslováquia, dos 31% entrevistados que pensam que o número de requerentes de asilo deve ser melhor distribuído entre todos os Estados-Membros, 51% pensam que esta distribuição deve ser decidida a nível da UE, com base na vinculação das quotas. 31

C. MIGRAÇÃO LEGAL E PERCEPÇÕES SOBRE A ECONOMIA 1) Média da UE 32

2) Resultados nacionais 33

34

D. PERCEPÇÕES DA PRESENÇA DE NACIONAIS DE OUTROS ESTADOSMEMBROS DA UE 1. A presença de nacionais de outros Estados-membros da UE e o impacto na economia 1) Média da UE 35

2) Resultados nacionais 36

37

2. A presença de nacionais de outros Estados-membros da UE e a diversidade cultural 1) Média da UE 38

2) Resultados nacionais 39

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III. A SITUAÇÃO ECONÓMICA E SOCIAL A. O RITMO DA INTEGRAÇÃO EUROPEIA 1) Média da UE 41

2) Resultados nacionais 42

43

3) Evoluções nacionais 44

B. REAÇÃO DOS ESTADOS-MEMBROS PERANTE A CRISE 1) Média da UE 45

2) Resultados nacionais 46

47

3) Evoluções nacionais * NP = Não Perguntado. A pergunta não foi feita neste país aquando do inquérito anterior. 48

C. A CRISE: EM QUE PONTO ESTAMOS? 1) Média da UE 49

2) Resultados nacionais 50

3) Evoluções nacionais * NP = Não Perguntado. A pergunta não foi feita neste país aquando do inquérito anterior. 51

D. PERCEPÇÃO DA SITUAÇÃO FINANCEIRA PESSOAL 1. A situação financeira do agregado familiar até ao presente 1) Média da UE 52

2) Resultados nacionais 53

54

2. A situação financeira do agregado familiar no futuro 1) Média da UE 55

2) Resultados nacionais 56

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