Sessão 5/12: 1) AUDIÊNCIA PÚBLICA DA ADVOCACIA PRIVADA: O objeto do requerimento não é uma tomada de posição, e sim abrir para o debate. Tentamos redigir o requerimento da forma mais neutra possível, sem apresentar argumento para um lado ou para outro. Apenas citamos a PEC 26-2014, pois ela é uma realidade e termos de tomar posição sobre isso, respeitadas as individualidades de cada um. Todos sabem que eu já fui contra a Advocacia Privada. Mas como diz o Norberto Bobbio: só não está disposto a rever o que já se pensou quem parou de pensar. Hoje, a ideia me é simpática, mas que não vou expô-los para não dar um tom tendencioso à audiência pública. O que eu quero deixar claro é só que há uma necessidade de nos repensarmos constantemente. Temos de sempre refletir sobre nós mesmos e nunca dar a questão por encerrado. 1) TAMANHO DO CONTENCIOSO GERAL: O tamanho do contencioso geral, hoje, assusta. É a maior Área da PGE. Quando o Contencioso Fiscal se torna grande, é possível imaginar que seja decorrência do próprio crescimento do Estado e da economia. Quando a Consultoria cresce, também podemos ver isso como positivo, pois pode decorrer de uma maior atividade do Estado, do fato do Estado estar adotando uma atitude mais pró-ativa.
Agora, se o Contencioso geral, principalmente a fazenda-ré cresce, é de se refletir se isso é positivo ou negativo. Com certeza, essa reflexão até mereceria um estudo sociológico. Considerando que o índice de sucumbência no contencioso geral da fazenda-ré é muito maior do que o número de vitórias, é de se pensar se nossa forma de atuação está atendendo o interesse público. Não estou aqui desmerecendo a Judicial. Muito pelo contrário, eu saí da Fiscal, quando estava na PR-1 para ir para a Judicial, primeiro da Capital e agora no interior e não penso em voltar para a Fiscal. Temos, assim, de repensar nossa própria atuação. As 33 Orientações Normativas para não recorrer não podem ser interpretadas como um fim em si mesmo. Elas têm de evoluir para o reconhecimento administrativo, mas há dispensas de recursos aí antes da gestão do Dr. Fernando, há quase uma década. 2) DISPENSAS DE AUDIÊNCIA: Na semana passada em parabenizei o Sub pela edição da Resolução de dispensa de comparecimento em audiências trabalhistas. Logicamente que a medida é alvissareira e, se aperfeiçoamentos podem ser feitos, ela vale como primeiro passo. O avanço deve caminhar também para a Justiça Estadual, não ficando restrito ao âmbito trabalhista. Todavia, me chamou a atenção o notes que recebemos nessa semana em que o Sub coloca expressamente que uma de nossas funções passa a ser, agora, manter prévio contato telefônico com o preposto designado para comparecer à audiência. Ou seja, passamos a ser, agora, também Secretários, com dever de ligar para prepostos. E o pior é que, na maioria das vezes, nem sabemos quem serão os prepostos, pois ficamos sabendo apenas no momento da audiência.
Teremos, agora, de ficar ligando dentro da estrutura gigantesca do Estado para descobrir quem é o preposto. Por isso dá para ver que essa visão desse gabinete nos apequena e nos ridiculariza. Isso é típica função de Secretário, que agora passa a ser nossa. Nessa semana, o pessoal da Chapa ao Conselho estava em Ribeirão Preto e logicamente que esse assunto surgiu. Logicamente que teríamos de ter funcionários específicos para fazer essa função, mas o que se percebe é que não temos funcionários e a saída é jogar a função para o Procurador do Estado. Disse na reunião com os colegas da Chapa que na PGE a pirâmide está invertida. Há quem diga que deveria ser feito um estudo para se fixar um número ideal de Procuradores para cada servidor. Se vê, por isso, que a Carreira já assimilou uma lógica invertida. A pergunta correta deveria ser: quantos servidores para cada Procurador. Entretanto, refletindo melhor sobre essa minha colocação, acho que na verdade a lógica não está invertida na visão do Gabinete. O que se depreende por todos esse 9 anos desse gabinete, dividido em 2 etapas, é que para esse Gabinete, na PGE existem em torno de 100 Procuradores do Estado de verdade e uns 900 Procuradores de apoio aos verdadeiros Procuradores do Estado. Dando conta dessa lógica é que dá para entender o porquê do notes que agora nos atribui a função de secretários de ficar fazendo ligação, procurando pessoas, ficar indagando em toda a secretaria quem será o preposto e conversar com o preposto. E mais, o notes fala que se houver perigo de revelia, o Procurador do Estado deverá comparecer na audiência. Ora, se não for na audiência, sempre haverá o perigo de ser decretada a revelia. Então, pelo notes, voltamos a situação anterior de que sempre precisaremos ir na audiência. E se esta acontecer, indago: qual o problema?
Qual o problema de se ter uma revelia decretada, se nossa tese principal é estritamente jurídica, consoante já expôs o Dr. Elival? A revelia é sempre de fato, e não de direito. Então, não tem qualquer prejuízo para a defesa do Estado a decretação da revelia. A resolução até é boa, mas a interpretação dela pelo notes enviado é uma verdadeira ducha de água fria. 3) DISPENSA DE CONTESTAÇÃO: Gostaria de saber se o Dr. Fernando já refletiu a respeito. Como na semana que vem é mais despedida, já trago esse pleito essa semana, pois acho que isso passou a ser uma necessidade. 4) CARREIRA DE APOIO: Como anda nosso anteprojeto? 5) TERCEIRIZAÇÃO DA ÁREA DE INFORMÁTICA: O Dr. Elival disse que não vai haver mais a carreira de tecnólogo e que a Gestão disse que a melhor alternativa seria a terceirização da área de informática. Assim, gostaria de saber se isso já está em andamento e para quando seria a implementação disso, haja vista a urgência em que nos encontramos? 6) ORÇAMENTO: Sei que a lei orçamentária ainda não foi aprovada, mas gostaria de saber o que está incluído no nosso orçamento e quais os projetos do Gabinete para o ano que vem.
Vamos ter viaturas novas? Vai se conseguir implementar as várias propostas que o movimento PGE VALORIZAÇÃO JÁ?