Migração para HDTV e Super HD (4k) versus 3DTV



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Transcrição:

Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Migração para HDTV e Super HD (4k) versus 3DTV Projeto FEUP 2013 Mestrado Integrado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores 1MIEEC05 Equipa 4 Supervisor: Professor Artur Pimenta Alves Monitor: João Mota Pedro Coimbra (201302865) Vasco Pinto (201305739) André Rufo (201305066) Migração para HDTV e Super HD (4k) versus 3DTV 1/21

Resumo A unidade curricular Projeto FEUP tem como objetivos a adaptação dos alunos à universidade, o conhecimento dos serviços oferecidos pela instituição e o estímulo pelo trabalho de grupo. Neste caso, o relatório realizado tem como objetivo explicar e aprender sobre as tecnologias associadas à televisão. Inicialmente, abordou-se uma breve história da televisão, esclareceu-se em que consiste e sobre a sua evolução. De seguida falou-se sobre a televisão digital e dos seus processos de transmissão, modulação e compressão. Posteriormente indicaram-se alguns tipos e formatos de tv existentes. Por fim, abordou-se o tema central, as tecnologias associadas à televisão, tal como o HD, Ultra HD (4k) e 3Dtv, qual o seu impacto no público e perspetivas. Palavras-Chave HD, Full HD, Super HD, Ultra HD, 4K, 3D, LED, LCD, OLED, MPEG Migração para HDTV e Super HD (4k) versus 3DTV 2/21

Agradecimentos Os elementos do grupo agradecem a todos os que colaboraram com este projeto, nomeadamente o professor Artur Pimenta Alves e o coordenador João Mota, pelo apoio que deram e pelos conhecimentos que partilharam. Migração para HDTV e Super HD (4k) versus 3DTV 3/21

Índice Introdução... 6 História da Televisão... 7 O que é?... 7 Evolução... 7 Televisão digital... 8 Processos de transmissão:... 8 Processos de compressão:... 8 Processos de modulação:... 8 Alguns tipos de TV... 9 Formatos de TV (16:9 vs 4:3)... 11 Vantagens... 11 Desvantagens... 11 Tecnologias associadas à televisão... 12 HDTV... 12 Ultra HD e 4k... 13 3DTV... 15 Gravação 3D... 17 O porquê do insucesso do 3D... 17 Recetividade e perspetivas... 19 Previsões... 19 Conclusão... 20 Referências bibliográficas... 21 Migração para HDTV e Super HD (4k) versus 3DTV 4/21

Índice de figuras Figura 1: Samsung LED... 10 Figura 2: Tv LG OLED... 10 Figura 3: Tv X9 4k Sony... 14 Figura 4: Comparação da resolução de tv... 14 Migração para HDTV e Super HD (4k) versus 3DTV 5/21

Introdução A televisão é indiscutivelmente uma das maiores invenções do Homem. Esta surgiu nos anos 20 do século passado num formato bastante simples, com uma imagem de baixa qualidade e a preto e branco. Inicialmente era destinada às classes mais abastadas, mas rapidamente se transformou no principal meio de comunicação das sociedades. Atualmente, as televisões são bastantes diferentes devido à evolução da tecnologia. Existem televisões de diferentes tipos, formatos e tecnologias associadas tais como o hd ou o full hd, que proporcionam uma visualização mais nítida do que está a ser transmitido, ou 3D, que tal como o nome indica transmite imagens em 3 dimensões, entre outros formatos mais recentes (super hd, ultra hd (4k)). Assim, a televisão evoluiu dos 200k pixéis das televisões analógicas para os cerca de 8M das televisões 4k (digitais) demonstrando a insaciável busca pela melhoria e aperfeiçoamento. Contudo, estes desenvolvimentos da tecnologia envolvem custos por parte de quem os fabrica e por parte do consumidor. Desta forma, surgem questões: Quais os melhores formatos de tv? Em que variam? Qual a adesão do consumidor? Migração para HDTV e Super HD (4k) versus 3DTV 6/21

História da Televisão O que é? A televisão constitui um sistema de transmissão de imagens e sons por ondas de radiofrequência. Neste sistema, uma câmara capta as imagens e um microfone os sons, sendo ambos, posteriormente, decompostos em sinais elétricos. Estes sinais são depois modulados em frequência ou amplitude, isto para poderem ser transmitidos, através de antenas, a longas distâncias. Chegando ao seu destino, os sinais modulados passam por um desmodulador, voltando à sua forma inicial e sendo reproduzidos instantaneamente numa tela, onde surge a imagem. O som surge através de um altifalante. Evolução A ideia de transmitir imagens e sons a longa distância surgiu em meados do século XIX. Em 1884, o alemão Paul Nipkow criou uma espécie de disco com orifícios em espiral, distanciados de forma uniforme entre si, que permitia a subdivisão de um objeto em pequenos elementos que, unidos, formavam uma única imagem. Já no século XX, em 1906, Arbwehnelt e Boris Rosing, em países diferentes, desenvolveram sistemas muito semelhantes que permitiam a transmissão de imagens e sons por raios catódicos, através da utilização de um espelho. Com parte da tecnologia necessária já desenvolvida, em 1920, com o inglês John Baird, começaram a fazer-se os primeiros estudos de possíveis transmissões. Em 1928, surgiu, então, a primeira televisão, que produzia ainda imagens de reduzidas dimensões. Finalmente, em Março de 1936, realizou-se a primeira emissão televisiva, a qual ocorreu na Alemanha, sendo transmitidos os Jogos Olímpicos de Berlim. Inicialmente, a televisão era a preto e branco, tendo sido Hebert Eugene Ives o primeiro a realizar, em Nova Iorque, em 1929, a emissão de imagens coloridas, técnica que foi aperfeiçoada por Peter Goldmark, em 1940. Desta forma, as primeiras televisões a cores surgiram nos EUA, em 1954. A partir daí, o desenvolvimento da tecnologia e da engenharia espacial possibilitou o lançamento de um conjunto de satélites artificiais que garantem, hoje, a transmissão de diferentes canais televisivos, todos sensivelmente ao mesmo tempo. Deste modo, já no século XXI, através de esquemas de compressão de imagens e modulação, acabaram ainda por surgir as televisões digitais, as quais possuem muito melhor qualidade de imagem do que as que usam sistemas analógicos. Migração para HDTV e Super HD (4k) versus 3DTV 7/21

Televisão digital A Televisão digital usa um modo de modulação e compressão digital para enviar vídeo, áudio e sinais de dados aos aparelhos compatíveis com a tecnologia, proporcionando assim transmissão e receção de maior quantidade de conteúdo, relativamente ao sistema analógico, por uma mesma frequência (canal) podendo obter imagem de alta qualidade (alta definição). Processos de transmissão: ASTC - Sistema americano para transmissão terrestre; DVB-S - Sistema europeu para satélite (praticamente um padrão mundial); DVB-T - Sistema europeu para transmissões terrestres; DVB-C - Sistema europeu para transmissão via cabo; ISDB T- Sistema japonês para transmissão terrestre. Processos de compressão: MPEG MPEG-2 - Sistema de compressão digital padrão de vídeo e áudio. Adotado como padrão para qualquer digitalização em diversos formatos de transmissão. MPEG- 4 MPEG-7 MPEG-21 Processos de modulação: QPSK - Utilizado em transmissões via satélite com o sistema DVB-S; 4FSK - Também utilizado em transmissões via satélite no sistema DVB S; QAM - Utilizado em transmissões a cabo; 16QAM - Utilizado em transmissões a cabo; 64QAM COFDM - Utilizado no padrão ISDB T e DVB T; 8VSB - Utilizado em transmissões terrestres com o sistema ATSC. Migração para HDTV e Super HD (4k) versus 3DTV 8/21

Alguns tipos de TV Tubo: São das televisões mais antigas. São quadradas, possuem menos funções, resolução da imagem inferior e não possibilitam muito a convergência com outros dispositivos como as TVs atuais. Plasma: Na tela de plasma cada pixel é formado por um conjunto de três células contendo partículas de fósforo que emitem luzes de cores diferentes. Por ter formato retangular (widescreen 16:9). As TVs de plasma são ótimas para assistir DVDs e transmissões digitais. Quando a programação é transmitida em formato padrão (4:3) é provável que apareçam duas faixas pretas nas laterais. LCD: As TVs de LCD têm tela de cristal líquido e trabalham com luz fria, que prejudica menos a visão humana, causando menos irritação nos olhos devido à exposição constante ao brilho da televisão. A LCD é mais indicada para lugares onde há muita luminosidade. LED: televisores com painel de LCD, mas com iluminação traseira de luzes de LED (na maioria dos modelos). Esses televisores são os que proporcionam melhor resolução da imagem, cores mais vibrantes, além de que costumam ser significativamente mais finos, leves e duradouros e no que concerne ao design são, sem dúvida alguma, as mais elegantes. As TVs de LED geralmente concentram a maior parte das tecnologias recentes, como o 3D, conectividade e Full HD, e, por serem fabricadas em tamanhos maiores, o tempo de resposta costuma ser menor. OLED: ao contrário da TV de LED, cada ponto que compõe a imagem produz a sua própria luz, o que elimina a necessidade de um backlight, possibilitando uma tela mais fina e com menor consumo de energia. Esses modelos proporcionam contrastes mais marcantes, cores mais fortes e são economicamente mais energéticos. O ângulo de visão é de 180. A OLED ainda é uma tecnologia recente para televisores, há poucas marcas e poucos modelos disponíveis no mercado, além de que os preços ainda estão muito elevados Nota: 3D, Full HD, TV digital e smart TV são tipos de tecnologias e funções atribuídas aos televisores, independentemente do tipo da tela. Migração para HDTV e Super HD (4k) versus 3DTV 9/21

Figura 1: Samsung LED Figura 2: Tv LG OLED Migração para HDTV e Super HD (4k) versus 3DTV 10/21

Formatos de TV (16:9 vs 4:3) O formato 16:9 é o formato mais natural para o olho humano quando comparado com os outros formatos de TV. Depois da maior parte dos filmes do cinema apresentar este formato, os produtores de emissões e filmes de televisão e os fabricantes de televisões ajustaram os seus produtos a este formato. Contudo, os filmes em formato 16:9 dificilmente podem ser combinados com material de arquivo de produções mais antigas de 4:3. O formato de imagem 16:9 (lê-se: 16 por 9) em televisões reproduz uma imagem tão cheia e natural como o formato 4:3, o que corresponde ao que a vista humana está habituada. O formato 16:9 é cerca de 33% mais largo do que o formato 4:3 e assemelha-se, assim, ao formato de uma tela de cinema. Por fim, através deste formato o espectador apercebe-se de mais detalhes. A produção de filmes de cinema é feita, normalmente, em formato 16:9. Para que os espectadores possam também desfrutar do filme em casa, cada vez mais os fabricantes de televisões se esforçam por fazer a conversão para este formato. O formato 16:9 é especialmente indicado no caso de captações de paisagens. Contudo, neste formato de reprodução, as captações de pessoas não são, muitas vezes, realistas, uma vez que se dá uma distorção na vertical. Por isso, no formato 16:9, as pessoas surgem mais pequenas do que no formato 4:3. Vantagens Uma vantagem do formato 16:9 é o facto de ser mais natural em relação ao formato 4:3. Os filmes e as emissões realizados e transmitidos em formato 16:9 parecem mais realistas do que noutros formatos. Desvantagens Até há cerca de dez anos, os filmes e as emissões de televisão eram produzidos em formato 4:3. Com as mais recentes contribuições em formato 16:9, depara-se, muitas vezes, com um problema de compatibilidade. Isso significa que o material de arquivo mais antigo não é fácil de integrar devido aos diversos formatos. Para adaptar as imagens umas às outras, os fabricantes de televisão têm de cortar os formatos 4:3. Isso costuma provocar uma redução das margens superior e inferior da imagem, o que faz com que se perca cerca de um quarto das informações de imagem verticais. Em alguns casos, o ajuste é feito por distorção. Para isso, a imagem 4:3 é dilatada na sua largura. Este tipo de ajuste leva à alteração de proporções, o que pode ser irritante para o espectador. Migração para HDTV e Super HD (4k) versus 3DTV 11/21

Tecnologias associadas à televisão HDTV Hdtv é a sigla em inglês para high definition television. Nesta tecnologia estão envolvidos investimentos por parte das emissoras que necessitam de câmaras de alta definição e estúdios bem preparados para a emissão e tratamento das imagens. Para usufruir desta melhor imagem é preciso adquirir uma televisão hd e um conversor geralmente comercializado pelas operadoras de televisão. Os aparelhos com tecnologia hd podem chegar a uma resolução de 720 linhas progressivas (1280 x 720), no entanto, o hd com full hd podem chegar a 1080 linhas entrelaçadas (1920 x 1080i) e ou linhas progressivas (1920 x 1080p). A letra i indica que as linhas são atualizadas alternadamente, primeiro as linhas ímpares e depois as linhas pares. No caso do p as linhas têm uma atualização simultânea e leem uma quantidade de imagens considerada superior para valores iguais. O uso das 1080 linhas p implica um formato wideserver 16:9 que, por sua vez, implica uma resolução horizontal de 1920 pixéis equivalente a uma resolução total de 2.1M pixéis (2073600 pixéis). Para conseguir atingir a resolução máxima, todos os elementos (desde a produção de imagem ate à visualização no televisor) devem utilizar tecnologia HD. Logo é necessário possuir uma televisão HD e que a fonte do sinal também tenha resolução máxima. Migração para HDTV e Super HD (4k) versus 3DTV 12/21

Ultra HD e 4k Atualmente a resolução full hd (1920 x 1080) apresenta uma imagem com cerca de 2M pixéis, enquanto a nova geração de televisões apresenta imagens de 8M pixéis, o que equivale a quatro vezes o detalhe do full hd. O 4k tem uma resolução 4096 x 2160, apresentando 4000 pixéis horizontais, e o ultra hd tem uma resolução relativamente mais baixa, 3840 x 1080. Quanto maior for o número de pixéis de uma imagem, maior é o detalhe que conseguimos ver e maior é o alisamento das linhas curvas e diagonais. Com o aumento da resolução e da densidade dos pixéis podemos observar o ecrã a cerca de 1,5 metros sem nos apercebermos das riscas dos pixéis. Além disso, a taxa de atualização da TV 4K é de 60 quadros por segundo, representando o dobro de uma TV convencional. Por mais que a contagem de pixéis da TV de ultra alta definição seja impressionante, sabemos que nem só de pixéis se faz uma boa resolução. John Lowry, fundador da Lowry Digital Images, empresa que digitaliza filmes de alta qualidade para fins de arquivamento, disse certa vez que talvez mais importante do que o número de pixéis de uma imagem é sua gama dinâmica, medida por taxa de contraste. O olho humano pode perceber contrastes entre o branco mais brilhante e o preto mais escuro de aproximadamente 100.000 para 1, enquanto que os melhores projetores só chegam a cerca de 4.000 para 1. De qualquer forma, é inegável que entre as tecnologias atuais, a 4K é a que mais potencializa ao espectador imagens realísticas, com os detalhes mais vívidos e nítidos. Já alguns canais começaram a testar as emissões 4k e ultra hd no Reino Unido. A final da copa do mundo de 2014, também vai ser alvo de transmissão via satélite em 4k no Japão. Migração para HDTV e Super HD (4k) versus 3DTV 13/21

Figura 3: Tv X9 4k Sony Figura 4: Comparação da resolução de tv Migração para HDTV e Super HD (4k) versus 3DTV 14/21

3DTV O 3D é uma ilusão ótica que faz parecer uma coisa real, com profundidade e, no entanto, não é verdade. O 3D tem praticamente a mesma finalidade do hd, mas tecnicamente é completamente diferente. Essencialmente, o que todas as televisões 3D fazem é exibir duas imagens e, usando um par de óculos especial as duas imagens são divididas de forma que cada olho veja somente uma das duas imagens. É tão simples como isso, mas onde a parte inteligível surge é na forma como o cérebro interpreta essas duas imagens. Ao comparar as imagens do olho esquerdo e direito, cada objeto na cena é deslocado horizontalmente por uma pequena quantia. O cérebro assume que esses dois objetos deslocados são realmente um objeto e tenta criá-los juntos. A única maneira que pode fazer isso é assumir que o objeto está em frente ou atrás da tela. A direção e a quantidade de deslocamento definem onde cada objeto está no espaço 3D. Quanto maior o deslocamento, mais por trás da tela o objeto aparece e, inversamente, quanto mais estreito o deslocamento, mais na frente da tela o objeto surge. Quando se trata dos óculos que são usados para diferenciar estas duas imagens há duas abordagens - passiva e ativa. Em termos mais simples a abordagem 3D passiva usa um par de óculos polarizados e um filtro polarizado na frente da tela da TV. Normalmente uma pessoa não pode ver este filtro, mas quando se colocam os óculos eles garantem que a cada olho vê linhas alternadas na imagem de alta definição, criando assim uma imagem distinta para cada olho que o cérebro combina para, posteriormente, criar a imagem 3D. A abordagem alternativa é o 3D ativo, que usa óculos que tenham lentes de LCD que são sincronizados com a imagem que está a ser exibida pela tv 3D. Cada vista é exibida na tela sequencialmente e, graças a uma bateria dos óculos, quando uma pequena corrente elétrica é transmitida através da lente que escurece, assim, o olho esquerdo vê a visão do olho esquerdo, enquanto o olho direito está apagado e vice-versa. Este processo é sincronizado com a tv 3D através de um infravermelho ou radiofrequência emissor e os pontos de vista alternados são apresentados centenas de vezes por segundo, de modo que mais uma vez o cérebro combina o olho esquerdo e uma vista do olho direito para criar uma imagem 3D. Há duas maneiras básicas de transmitir 3D em casa e estas são chamadas de "lado a lado" e " estrutura sequencial. O método de lado a lado é muito mais utilizado pelas emissoras como a SKY e a BBC no seu canal HD com uma televisão normal, onde vê literalmente duas imagens lado a lado. Essas duas imagens são o ponto de vista do olho esquerdo e direito, que a TV 3D pode detetar e, em seguida, mostrar como uma imagem 3D. Essa abordagem é boa para as emissoras porque a largura de banda e taxa de frames são os mesmos de uma transmissão normal. Migração para HDTV e Super HD (4k) versus 3DTV 15/21

O desenvolvimento da transmissão em 3D tem sido largamente liderada pela SKY no Reino Unido e que lançou um canal 3D em 2010. Este canal oferece uma gama de conteúdo 3D, incluindo desporto, concertos, ballet, documentários e filmes. O primeiro grande evento desportivo transmitido em 3D foi a Copa do Mundo 2010 da África do Sul, mas desde então outros eventos, como a Ryder Cup foram transmitidos em 3D. Mais recentemente, a BBC transmitiu as semifinais e finais do torneio de Wimbledon no mesmo formato. O outro método é a estrutura sequencial que é boa para ligações locais, tais como leitores de Blu-ray e consolas de jogos. O frame 3D sequencial, como o nome indica, consiste numa sequência de frames alternados em que cada frame sucessivo carrega a imagem destinada a um ou outro olho. Isto significa que, se o primeiro frame contém a imagem para o olho esquerdo, o segundo frame transmite a imagem com significado para o olho direito, o terceiro frame leva novamente a imagem para o olho esquerdo, e assim por diante. Migração para HDTV e Super HD (4k) versus 3DTV 16/21

Gravação 3D A gravação de imagens em 3D implica que existam duas camaras a filmar lado a lado, para que possam gravar duas imagens diferentes, mas muito semelhantes. Essas imagens, são depois transmitidas pelo televisor 3D ao mesmo tempo, e é por este motivo que são necessários óculos 3D para que os olhos tenham uma leitura correta da imagem. É função dos óculos separar essas duas imagens para que cada olho apenas veja uma. Assim, o cérebro interpreta que as duas imagens quase idênticas são do mesmo objeto, e junta as imagens criando a ilusão de que o objeto esta mesmo naquele lugar, quando na verdade ele não existe. O porquê do insucesso do 3D O ano de 2013 tem sido o ano de declínio para a indústria das televisões 3D. Por exemplo, a Disney recentemente anunciou que não vai dar continuação ao seu canal 3D. Está provado que este formato de tv é terrível para a visão. Quando esta tecnologia estava a ser desenvolvida para o mercado, algumas marcas fizeram experiências e uma em quatro pessoas que assistiam a programas em 3D sentiam os olhos cansados, dores de cabeça ou até vontade de vomitar. O 3D também não é aconselhável para crianças com menos de 7 anos pois ainda se está a desenvolver a visão e pode causar danos. Das pessoas que têm uma tv 3D poucas são as que assistem aos canais e programas nesse mesmo formato não dando o devido uso ao aparelho. Além disso, segundo um estudo de uma companhia americana (Nielsen Co.) 9 em 10 participantes não tinham qualquer tipo de interesse em usar óculos dentro de casa para ver televisão. Outra das razões para o falhanço desta tecnologia é o equipamento que é necessário para o 3D ter um grande impacto. É preciso um grande ecrã, várias colunas de som instaladas em diferentes zonas do espaço em que se encontra a tela e ausência de luz e de ruídos de fundo para o telespectador estar concentrado no que está a ver. No entanto, isto só é possível numa sala de cinema. Por fim, é de referir que o 3D não é uma tecnologia moderna pois o primeiro filme neste formato foi criado nos anos 20, tendo-se voltado a investir neste setor mais tarde nos anos 50 e 70, sem nunca deixar grande impacto. De acordo com Mark Harrison, da BBC North, todos já aceitaram que as televisões 3D estão mortas, ficando este formato destinado principalmente ao cinema. Este afirma que o 3D vai ser substituído pelo 4k, embora estejam ainda longe de poder criar e transmitir programas. Contudo, e de acordo com o mesmo, o 4k demonstra a ambição deste ramo ao tentar criar tecnologia de tão elevado nível. Migração para HDTV e Super HD (4k) versus 3DTV 17/21

Em suma: Vantagens Maior experimentação sensorial; O facto de se poder jogar em 3D; Dependendo do modelo e da marca, alguns televisores são capazes de converter o 2D em 3D. Desvantagens: Ainda não é possível desfrutar da TV 3D sem a utilização de óculos; Se a pessoa tem o hábito de ver televisão deitada, a tecnologia 3D ainda deixa muito a desejar, pois as lentes dos óculos foram projetadas para reproduzir imagens com alinhamento horizontal e, ao deitar-se, esse alinhamento ficaria na vertical, comprometendo a imagem; Não basta só a televisão ser 3D, o conteúdo também precisa ser em 3D; Com o tempo os seus olhos podem ficar cansados, o que pode provocar dores de cabeça. Migração para HDTV e Super HD (4k) versus 3DTV 18/21

Recetividade e perspetivas A tecnologia 3D tem, desde de sempre, vindo a ser alvo da constante alienação monetária dos consumidores de media. No fundo algo que suscita interesse, mas sem garantias de qualidade que valham a pena ao consumidor médio, que prefere assim manter a sua televisão HD. Não que a tecnologia mais arrojada não seja da atenção recorrente do público em geral (nomeadamente o mais jovem), não que os filmes de animação em 3D no cinema não tenham sido um sucesso de bilheteiras, mas no que diz respeito a trazer esta experiencia para o lar surgem entraves. Começando pelo elevado preço de televisões 3D, não esquecendo o facto de ser necessário óculos próprios para a visualização, assim como o facto da maior parte do conteúdo televisivo ser gravado em 2D, torna este investimento algo desconsiderado, principalmente na situação de crise económica atual. Em contrapartida o HD tem vindo a invadir as nossas casas, com grande sucesso e inúmeras empresas a fabricá-lo. A sua nitidez parece ser algo irresistível e o povo adere com sucesso (nos Estados Unidos dois terços da população possuem uma televisão hd). Hoje, as televisões HD estão a um preço acessível tornando-se uma concorrência implacável frente às dispendiosas 3D TV. Previsões O interesse do público em conteúdo 3D tem fama de ser uma moda com os seus altos e baixos, tendo já despoletado no princípio do século passado. Apesar de render nas salas de cinema, crê-se que, com a perda de novidade, o seu sucesso decaia. Migração para HDTV e Super HD (4k) versus 3DTV 19/21

Conclusão Neste relatório abordou-se o assunto do advento das tecnologias de transmissão televisiva e qual das suas ramificações prevalecerá no futuro. Conclui-se que essa deverá ser a HD em detrimento do 3D, por maior eficiência e fidelidade em relação à escala real, e não ser tão prejudicial como a tv 3D. Ainda é muito cedo para falar da adesão ao Ultra HD, pois o seu mercado ainda está a começar. Procurou-se emitir de forma concisa e clara o nosso conhecimento, adquirido através de uma pesquisa incessante e instrutiva, acerca dos meios de transmissão televisiva, cumprindo assim com os objetivos propostos. Tal não seria possível sem um ótimo trabalho de equipa, que apesar de ser de 3 elementos, favoreceu uma boa distribuição de tarefas. O aprofundamento deste tema é completamente relevante para o nosso curso, e por isso, foi do nosso agrado a pesquisa efetuada e sentimo-nos enriquecidos e agradecidos pelo conhecimento obtido, além de nos ter permitido desenvolver competências de investigação, organização e seleção da informação. Migração para HDTV e Super HD (4k) versus 3DTV 20/21

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