Análise da Produtividade do Centro de Especialidades Odontológicas de São José/SC



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Transcrição:

Análise da Produtividade do Centro de Especialidades Odontológicas de São José/SC Aluna: Fabiana Oro Cericato Costa 1 Orientador: Dante Marciano Girardi 2 Tutora: Maria Luciana Biondo Silva 3 Resumo Com a Política Nacional de Saúde Bucal Brasil Sorridente, deu-se início à implantação da rede de referência e contrarreferência na atenção secundária, através dos Centros de Especialidades Odontológicas (CEOS). Este artigo analisa os resultados no CEO de São José/ SC, segundo a Portaria n. 600/GM, de 2006, proposta pelo Ministério da Saúde. Foi realizada uma pesquisa descritiva e quantitativa de dados obtidos no referido CEO, entre 2009 e 2011. De acordo com a análise das produções mensais, as taxas anuais estão acima da meta pactuada; porém, nas taxas de utilização mensais, existem períodos em que a meta pactuada não é realizada. Pode-se concluir que o estabelecimento de metas orienta o desenvolvimento das atividades. Contudo, para o aprimoramento da gestão em saúde, os investimentos em saúde devem contribuir para a eficiência dos serviços de saúde. Palavras-chave: Saúde Bucal. Centro de Especialidades Odontológicas. Avaliação de Serviços de Saúde. Abstract With the National Oral Health has begun deployment of the network of reference and counter-reference in secondary care with specialized dental clinics (SDC), and tertiary dental care hospital. This article analyses the SDC of San Jose/SC regarding monthly productivity goals established according to Ordinance n. 600/GM of 2006 proposed by the Ministry of Health. We performed a descriptive and quantitative data obtained in that SDC between 2009 and 2011. According to the analysis of monthly productions, the annual rates are above the target agreed, however, monthly utilization rates shows that there are periods agreed that the goal is not accomplished. We can conclude that goal setting guides the development of the activities of specialized care. Key words: Dental Care. Specialized Dental Clinics. Health Services Evaluation. 1 Doutora em Odontologia pela Universidade Federal de Santa Catarina (2010). E-mail: fabicericato@gmail.com. 2 Doutor em Gestão do Conhecimento pela Universidade Federal de Santa Catarina (2009). E-mail: dante.girardi@terra.com.br. 3 Graduada em Administração pela Universidade do Vale do Itajaí (2000). Especialização (Lato Sensu) em Gestão de Pessoas nas Organizações pela Universidade Federal de Santa Catarina (2011). E-mail: tutor83@cursoscad.ufsc.br.

Análise da Produtividade do Centro de Especialidades Odontológicas de São José/SC 1 Introdução A atenção odontológica no país, por anos, possuía seu foco de atenção assistencialista no tratamento curativo da doença, ou seja, o modelo adotado na época era focado no tratamento da sequela da doença e não no seu agente causador. Não obstante, o público-alvo desse modelo assistencialista curativo era somente crianças e gestantes, o que, consequentemente, acabava gerando uma alta demanda reprimida de grande parcela da população brasileira excluída do modelo em questão. (BRASIL, 2004) Tendo como principal objetivo superar as desigualdades trazidas pela lógica tradicionalmente hegemônica de atendimento odontológico, o abandono e a falta de compromisso com a saúde bucal da população, foram finalmente estabelecidas em 2004, no Brasil, as diretrizes da atual Política Nacional de Saúde Bucal (PNSB). (LUCENA; PUCCA JÚNIOR; SOUSA, 2011) Com a adoção da descentralização político-administrativa atual, com ênfase na municipalização, a regionalização e a hierarquização da rede de serviços de saúde são os princípios adotados no sistema de saúde brasileiro. (COLUSSI et al., 2009) Para tanto, a atenção básica é claramente definida como responsabilidade da gestão municipal; já a assistência de média e alta complexidade é vinculada à pactuação entre União, estados e municípios. (BRASIL, 2002) Com o lançamento da Política Nacional de Saúde Bucal Brasil Sorridente, em 2004, que objetivou a ampliação da rede assistencial da atenção básica e redefiniu suas ações, deu-se início à implantação da rede de referência e contrarreferência na atenção secundária, com os Centros de Especialidades Odontológicas (CEOS), e terciária, no atendimento odontológico hospitalar. (LUCENA; PUCCA JÚNIOR; SOUSA, 2011) Entre os procedimentos realizados na atenção secundária têm-se: tratamentos cirúrgicos periodontais, endodontias, procedimentos cirúrgicos compatíveis com esse nível de atenção, atendimento a pacientes portadores de necessidades especiais, entre outros. (BRASIL, 2004) Já na atenção terciária, ou seja, aquele atendimento realizado em nível hospitalar, é realizado principalmente o tratamento de traumas bucomaxilofaciais e anomalias craniofaciais, no que tange à odontologia. (BRASIL, 2006) 42 Coleção Gestão da Saúde Pública Volume 9

Fabiana Oro Cericato Costa # Dante Marciano Girardi # Maria Luciana Biondo Silva O Ministério da Saúde estabeleceu que os Centros de Especialidades Odontológicas devem ter uma produção mensal mínima de acordo com a sua tipologia. Os Centros de Especialidades Odontológicas tipo II devem realizar 90 procedimentos de periodontia, 60 procedimentos de endodontia e 90 procedimentos de cirurgia oral menor (BRASIL, 2006). Tal produção influencia no repasse de incentivo de custeio mensal. No estado de Santa Catarina, o município de São José situa-se na região metropolitana de Florianópolis, limitando-se com a porção continental da capital catarinense, e conta com um Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), inaugurado em 2004 e instalado na Policlínica Municipal de Campinas. De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2010), São josé possui uma área de aproximadamente 152 km 2 e uma população superior a 200 mil habitantes. Destacam-se, ainda, seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que é igual a 0,802, e seu Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que gira em torno de R$ 8.603,00. Diante do exposto, este artigo tem como objetivo analisar o Centro de Especialidades Odontológicas de São José/SC no que tange às metas mensais de produtividade propostas pelo Ministério da Saúde e estabelecidas segundo a Portaria n. 600/GM, de 2006, através de uma pesquisa descritiva a partir de dados da produção de procedimentos odontológicos registrados pelo Sistema de Informação Ambulatprial (SIA/SUS) no período de janeiro de 2009 a dezembro de 2011. 2 Centro de Especialidades Odontológicas A atenção em saúde bucal no país era restrita quase que completamente aos serviços básicos, mas ainda assim, tinha grande demanda reprimida. Indicadores apontam que, no âmbito do SUS, os serviços odontológicos especializados correspondiam a não mais do que 3,5% do total de procedimentos clínicos odontológicos. (BRASIL, 2004) A baixa capacidade de serviços ofertados de atenção secundária e terciária comprometia o estabelecimento de adequados sistemas de referência e contrarreferência em saúde bucal na quase totalidade dos sistemas de saúde. (BRASIL, 2004) Devido à expansão do conceito de atenção básica nos últimos anos, com a implantação da Estratégia Saúde da Família (ESF) e as Equipes de Coleção Gestão da Saúde Pública Volume 9 43

Análise da Produtividade do Centro de Especialidades Odontológicas de São José/SC Saúde Bucal (ESB), as quais possuem seu foco de atenção na prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde com uma visão integralista, fizeram-se necessários, também, investimentos que aumentassem o acesso aos níveis secundário e terciário de atenção em saúde bucal e qualificassem a oferta de serviços especializados no país. (BRASIL, 2004) Com isso, o Ministério da Saúde realizou a implantação de Centros de Especialidades Odontológicas (CEOS), que são unidades de referência para as Equipes de Saúde Bucal da atenção básica, integrados ao processo de planejamento locorregional, de acordo com a realidade epidemiológica de cada região e município, que realizam procedimentos clínicos odontológicos complementares aos realizados na atenção básica. Entre os procedimentos, incluem-se tratamentos cirúrgicos periodontais, endodontias e procedimentos de cirurgia oral menor, compatíveis com esse nível de atenção. (BRASIL, 2004) De acordo com seus recursos físico-estruturais, os CEOS são classificados em três tipos: Centros de Especialidades Odontológicas tipo I (três cadeiras odontológicas); Centros de Especialidades Odontológicas tipo II (quatro a seis cadeiras odontológicas); e Centros de Especialidades Odontológicas tipo III (mais de sete cadeiras odontológicas). Devem funcionar 40 horas semanais, sendo o número de profissionais variável em função do tipo de Centro de Especialidades Odontológicas. (BRASIL, 2006) As metas de produtividade mensais pactuadas são estabelecidas de acordo com cada subgrupo para cada tipo de Centro de Especialidades Odontológicas. Para os Centros de Especialidades Odontológicas tipo I, 80 procedimentos do subgrupo atenção básica; 60 procedimentos do subgrupo periodontia; 35 procedimentos do subgrupo endodontia; e 80 procedimentos do subgrupo cirurgia oral menor. Para os Centros de Especialidades Odontológicas tipo II, 110 procedimentos do subgrupo atenção básica; 90 procedimentos do subgrupo periodontia; 60 procedimentos do subgrupo endodontia; e 90 procedimentos do subgrupo cirurgia oral menor. Finalmente, para os Centros de Especialidades Odontológicas tipo III, 190 procedimentos do subgrupo atenção básica; 150 procedimentos do subgrupo periodontia; 95 procedimentos do subgrupo endodontia; e 170 procedimentos do subgrupo cirurgia oral menor. (BRASIL, 2006) Figueiredo e Goes (2009) sugerem que a normatização para a implantação e funcionamento dos Centros de Especialidades Odontológicas deva ser monitorada e avaliada para garantir uma melhor qualidade dos serviços para a população. 44 Coleção Gestão da Saúde Pública Volume 9

Fabiana Oro Cericato Costa # Dante Marciano Girardi # Maria Luciana Biondo Silva Cada Centro de Especialidade Odontológica credenciado recebe recursos do Ministério da Saúde para a sua implantação e custeio. A implantação desses centros de especialidades funciona por meio de parceria entre estados, municípios e o governo federal, isto é, o Ministério da Saúde faz o repasse de uma parte dos recursos e estados e municípios contribuem com outra parcela. (BRASIL, 2011) Segundo a Portaria n. 1.464, publicada no Diário Oficial da União de 24 de junho de 2011, o incentivo de implantação para construção, ampliação, reforma e aquisição de equipamentos odontológicos e o incentivo de custeio mensal são configurados conforme a Tabela 1. Tabela 1: Valores de incentivo de implantação e de custeio de acordo com o tipo de CEO Tipo de CEO Incentivo de implantação (em reais) Incentivo de custeio (em reais) CEO I 60.000,00 8.250,00 /mês CEO II 75.000,00 11.000,00 /mês CEO III 120.000,00 19.250,00 /mês Fonte: Brasil (2011) Os recursos são repassados mensalmente para manutenção e compra de materiais necessários ao funcionamento de cada um dos CEOS. (BRASIL, 2011) Nóbrega et al. (2010) ressaltam que, apesar de a saúde não poder ser discutida como um fator isolado na política monetária da República, pelo menos no que diz respeito a valores de repasse anuais, a situação é positiva, esperando-se dessa forma que a tão sonhada reorganização e estruturação financeira do sistema de saúde brasileiro esteja começando a acontecer. Apesar da expansão da rede de atendimento na atenção básica, sabe-se que a utilização dos serviços de saúde é resultado principalmente da influência do comportamento do indivíduo que procura os cuidados, das características do serviço de saúde e principalmente do profissional que o conduz dentro do sistema de saúde, especialmente nos serviços especializados. (GUERRA, 2009) Ainda para Guerra (2009), outra função do serviço de atenção secundária em saúde bucal corresponde à elaboração de planos de tratamento pelos dentistas especialistas para os usuários referenciados, onde o tratamento Coleção Gestão da Saúde Pública Volume 9 45

Análise da Produtividade do Centro de Especialidades Odontológicas de São José/SC é realizado na atenção primária após a contrarreferência do caso, ou seja, funcionando também como um serviço de consultoria odontológica. Pesquisas evidenciam que os serviços de saúde não são os principais determinantes no processo saúde-doença; porém, a sua existência e a garantia de acesso da população a eles podem ser determinantes no impacto à saúde da população. Os CEOS podem ser exemplos de serviços que promovam a prevenção secundária em saúde, por meio de ações de diagnóstico precoce e tratamento imediato, além de limitação do dano e reabilitação de casos, gerando melhores condições de saúde. (GOES et al., 2012) Em um estudo realizado por Souza e Chaves (2010), no que se refere à integralidade, a maioria dos usuários realizou algum procedimento prévio na atenção básica. Destaca-se ainda que a realização de procedimentos cirúrgicos possa estar relacionada à não adequação do serviço de endodontia, ampliando a oferta desse serviço para dentes bi e trirradiculares, representando ainda uma lacuna e ponto para melhoria da integridade à saúde bucal nesse município; ou seja, os serviços devem adequar-se às necessidades de saúde da população, e não às necessidades de oferta dos profissionais do serviço. Vale ressaltar que, para o usuário estar apto a ser referenciado para o CEO, alguns pré-requisitos devem ser respeitados, como, por exemplo, a realização prévia de todos os procedimentos básicos necessários na atenção primária (LUCENA; PUCCA JÚNIOR; SOUSA et al., 2011). Tal medida, de certa forma, realiza o papel de auditor dos serviços ofertados à população no que tange à qualidade e ao saneamento das necessidades de atendimento de determinado grupo populacional. Nesse sentido, a avaliação entre a oferta e utilização dos serviços odontológicos aponta para a necessidade de revisão das portarias do CEO, especialmente porque nenhuma relação entre tipo de CEO, número de equipamentos odontológicos instalados e a oferta potencial proposta foi identificada. Nesse sentido, sugere-se um padrão de oferta baseado no número de profissionais/ consultórios e conforme consulta à especialista realizada neste estudo, que parecem ser mais adequadas ao processo de trabalho em ambulatório de especialidades. (CHAVES et al., 2011) O cumprimento dos pré-requisitos definidos pelo Ministério da Saúde para a realização do encaminhamento do paciente à atenção secundária muitas vezes pode configurar-se como um fator complicador, uma vez que, se o atendimento do serviço de atenção primária não estiver suprindo a 46 Coleção Gestão da Saúde Pública Volume 9

Fabiana Oro Cericato Costa # Dante Marciano Girardi # Maria Luciana Biondo Silva necessidade de acesso da demanda de atendimento populacional, esses não poderão ser encaminhados e consequentemente atendidos na atenção secundária. (BRASIL, 2004) Tendo em vista todos os aspectos aqui abordados, o estudo da organização dos serviços de atenção em saúde odontológica nos três níveis (primário, secundário e terciário) é importante para o aprimoramento da operacionalização de todo o sistema de saúde odontológica. 3 Metodologia Considerando o objetivo proposto, para o desenvolvimento deste estudo, foi realizada uma pesquisa descritiva, quantitativa, avaliativa e normativa, a qual utilizou dados secundários a partir da produção de procedimentos odontológicos na atenção secundária nas especialidades de endodontia, periodontia e cirurgia bucomaxilofacial realizados no centro de especialidades odontológicas de São José/SC e registrados pelo SIA/SUS no período de janeiro de 2009 a dezembro de 2011. Pesquisa descritiva é aquela que tem como objetivo realizar a descrição das características de determinada população ou fenômeno e estabelecer possíveis relações entre variáveis estudadas. (GIL, 1987) Segundo Turato (2005), pode-se dizer que o estudo é quantitativo, uma vez que é empregada a quantificação dos dados tanto nas modalidades de coleta de informações quanto no tratamento delas por meio de técnicas estatísticas. A coleta dos dados foi realizada diretamente no banco de dados do Departamento de Informática do SUS (DATASUS), informações do SIA/ SUS, segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde (CNES) do Centro de Especialidades Odontológicas analisado. Os dados foram obtidos e tabulados pelo programa Excel, versão 2007 (Microsoft Corp., Estados Unidos), na qual foram feitos a consolidação e agrupamento de acordo com os subgrupos de procedimentos odontológicos que deveriam ser avaliados. A avaliação quantitativa e normativa consistiu na análise da produção média mensal anual por subgrupo de procedimentos odontológicos em função das metas de desempenho estabelecidas pelo do Ministério da Saúde para cada tipo de Centros de Especialidades Odontológicas, segundo a Portaria n. 600/GM/2006, em relação ao cumprimento global da meta. Coleção Gestão da Saúde Pública Volume 9 47

Análise da Produtividade do Centro de Especialidades Odontológicas de São José/SC O Ministério da Saúde preconiza uma meta mensal por subgrupo para cada tipo de Centro de Especialidades Odontológicas. O CEO de São José/ SC atualmente enquadra-se no tipo II. (BRASIL, 2004) Os Centros de Especialidades Odontológicas enquadrados no tipo II são aqueles que possuem de quatro a seis cadeiras odontológicas, com carga horária mínima de atendimento de 160 horas semanais e meta mensal de produção de 90 procedimentos do subgrupo periodontia; 60 procedimentos do subgrupo endodontia; e 90 procedimentos do subgrupo cirurgia oral menor. (BRASIL, 2011) 4 Análise e Resultados Após a realização da pesquisa, foram obtidos os dados que serão apresentados a seguir, inicialmente caracterizando a organização em estudo, pontualmente o centro de especialidades Odontológicas da Prefeitura Municipal de São José; em seguida apresenta-se a análise dos resultados obtidos pelo respectivo Centro de Especialidades, relacionando as metas propostas pelo Ministério da Saúde e os resultados da produtividade alcançada. 4.1 Caracterização da Organização em Estudo Neste estudo, foram incluídos dados referentes à produção de procedimentos odontológicos na atenção secundária (quantidade apresentada), nas especialidades de endodontia, periodontia e cirurgia bucomaxilofacial, realizados no Centro de Especialidades Odontológicas de São José/SC e registrados pelo SIA/SUS no período de janeiro de 2009 a dezembro de 2011. O SIA/SUS permite considerar apenas o número de procedimentos realizados por especialidade, sem considerar dados como o número de absenteísmo em consultas, a população adscrita e com necessidade de encaminhamento e tratamento, entre outros definidos pelo sistema de saúde. O Centro de Especialidades Odontológicas de São José/SC foi inaugurado em 2004 e instalado na Policlínica Municipal de Campinas. Quanto às especialidades analisadas, o serviço de endodontia conta com três profissionais especialistas na área, que somam uma carga horária de 60 horas semanais. A especialidade de cirurgia bucomaxilofacial conta com dois profissionais especialistas, totalizando uma carga horária de 40 horas semanais. Já a periodontia possui dois profissionais, um especialista em periodontia e outro 48 Coleção Gestão da Saúde Pública Volume 9

Fabiana Oro Cericato Costa # Dante Marciano Girardi # Maria Luciana Biondo Silva com cursos de aperfeiçoamento na área, os quais somam uma carga horária de 40 horas semanais. Pode-se observar que todas as especialidades cumprem a carga horária mínima exigida, estando de acordo com o preconizado pelo Ministério da Saúde. Um fator complicador do serviço em questão é a ausência de pessoal auxiliar de atendimento capacitado para o desempenho das funções necessárias inerentes ao serviço, que conta hoje com apenas dois auxiliares (uma técnica e uma auxiliar de enfermagem), no período da manhã, e dois, no período da tarde, não formadas na área e que não suprem a necessidade do serviço especialista, que hoje é composto de sete profissionais. 4.2 Análise da Produção De acordo com o objetivo do trabalho, foram analisadas as produções mensais número de procedimentos realizados das especialidades de endodontia, periodontia e cirurgia no período de janeiro de 2009 a dezembro de 2011 (Tabela 2). Observa-se que todas as especialidades possuem uma taxa de utilização anual acima do requisitado pela Portaria GM n. 1.101/2002, do Ministério da Saúde. Porém, vale ressaltar que esse dado não reflete o suprimento da necessidade de demanda populacional a ser encaminhada ao serviço, tampouco avalia o grau de resolutividade dos atendimentos realizados. Tabela 2: Comparativo da média de produção mensal do Centro de Especialidades Odontológicas, São José/SC, nos anos de 2009, 2010 e 2011, com as metas estabelecidas pelo Ministério da Saúde 2009 Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez n/mês Meta ENDO 121 84 86 104 130 94 0 97 148 155 124 77 101 60 PERIO 0 204 252 277 237 131 0 131 227 216 260 246 181 90 CTBMF 50 80 170 129 75 3 0 64 66 137 161 168 92 90 2010 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez n/mês Meta ENDO 0 49 48 86 81 139 62 76 55 90 60 138 73 60 PERIO 260 230 0 181 277 337 414 456 290 268 229 255 266 90 CTBMF 96 43 71 119 85 110 121 119 127 87 97 155 102 90 2011 Jan Fev Mar Abr M Jun Jul Ago Set Out Nov Dez n/mês Meta ENDO 47 169 206 197 205 219 199 129 199 197 170 229 180 60 PERIO 24 138 183 244 239 183 147 133 300 260 332 337 210 90 CTBMF 154 183 156 194 134 144 147 49 122 84 129 191 140 90 Fonte: Elaborada pela autora deste artigo Coleção Gestão da Saúde Pública Volume 9 49

Análise da Produtividade do Centro de Especialidades Odontológicas de São José/SC Avaliando os valores de referência das normas de implantação dos CEOS já descritas anteriormente, as taxas anuais estão sempre acima da meta pactuada; porém, quando analisadas as taxas de utilização mensais, observa-se que existem períodos em que a meta pactuada não é realizada. Tal situação ocorre, muito provavelmente, em virtude do período de recesso profissional (férias, licença-prêmio, licença-maternidade), período esse que deixa o serviço descoberto e com isso ocorre o não cumprimento das metas pactuadas. 4.3 Síntese dos Resultados Após a identificação dos resultados da pesquisa, além da participação desta pesquisadora durante a realização deste estudo, podem-se observar alguns resultados considerados neste artigo como mais significativos. Dessa forma, foi possível destacar alguns pontos fortes e fracos, ressaltando os aspectos positivos de ações em atividade e outras que carecem ajustes. Dentre os resultados analisados, podem-se destacar, como pontos fortes do serviço de atenção secundária pesquisado, o cumprimento da produção anual proposta e estabelecida pelo Ministério da Saúde e também a presença de profissionais especialistas com carga horária compatível com o serviço. Como ponto fraco, vale a pena destacar a ausência de pessoal auxiliar capacitado, o que dificulta e retarda todo o processo de trabalho. Outro ponto fraco é a ausência de atendimento em períodos específicos do ano, o que causa uma diminuição ou até mesmo a ausência de produção de determinada especialidade. A utilização de sistemas de informação em saúde, como o SIA/SUS utilizado neste trabalho, pode ser descrita como um fator limitante, uma vez que os dados apresentados referem-se aos procedimentos realizados, o que torna a análise restrita ao trabalho executado, desconsiderando o perfil de necessidade e acesso populacional. 5 Considerações Finais Após a análise das produções mensais das especialidades de endodontia, periodontia e cirurgia bucomaxilofacial, no período de janeiro de 2009 a dezembro de 2011, no Centro de Especialidades Odontológicas localizado no 50 Coleção Gestão da Saúde Pública Volume 9

Fabiana Oro Cericato Costa # Dante Marciano Girardi # Maria Luciana Biondo Silva município de São José/SC, observou-se que, apesar da meta mensal pactuada não ser atingida em alguns meses do período avaliado, a média de produção anual é superior à meta estabelecida pelo Ministério da Saúde. Dessa forma, pode-se concluir que os resultados obtidos no período de estudo estão de acordo com as metas previamente definidas. Este estudo permitiu evidenciar que a atenção secundária em odontologia, além de prestar atendimento de média complexidade à população, também possui o papel de auditor dos serviços ofertados na atenção primária à população, no que tange à qualidade e ao saneamento das necessidades de atendimento de determinado grupo populacional. A ausência de pessoal auxiliar capacitado para o desempenho das funções necessárias é um fator complicador do serviço que conta hoje com apenas duas auxiliares, uma técnica e uma auxiliar de enfermagem, no período da manhã e duas no período da tarde, que não possuem formação e capacitação técnica na área de atuação e que, consequentemente, não suprem a necessidade do serviço especialista, que hoje é composto de sete profissionais. Concluindo, pode-se destacar que a definição de equipe de trabalho representa um fator- -chave na prestação dos serviços especializados de saúde, potencializando os resultados obtidos e contribuindo para a eficácia das ações desenvolvidas. Como ação de melhorias, propõe-se que a equipe de trabalho seja composta por quatro Auxiliares de Saúde Bucal (ASB) com carga horária de 40 horas semanais e que os períodos de recesso profissional sejam realizados de forma que nenhuma especialidade fique descoberta, uma vez que todas as especialidades citadas possuem mais de um profissional especialista compondo a equipe de trabalho. Sugere-se, assim, a realização de um dimensionamento da força de trabalho e aderência profissional, para que o serviço de atenção secundária em odontologia seja realizado com eficiência. Coleção Gestão da Saúde Pública Volume 9 51

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