Fungos. Disciplina: Microbiologia Profa. Nelma R. S. Bossolan 30/10/2018

Documentos relacionados
Fungos. Disciplina: Microbiologia Profa. Nelma R. S. Bossolan 14/11/2017

M A I S P R Ó X I M O S E V O L U T I V A M E N T E D E P L A N T A S O U D E A N I M A I S?

Características Gerais

FUNGOS. Prof. Fernando Belan - Biologia Mais

FUNGOS. Prof. Fernando Belan - Biologia Mais

Características dos Fungos. Unicelulares ou Pluricelulares (filamentosos) em sua maioria

BIOLOGIA. Identidade dos Seres Vivos Fungos Parte I. Prof. Daniele Duó

FUNGOS... a evolução continua

CARACTERIZAÇÃO, ESTRUTURA FUNGOS AULA TEÓRICA 3

MICOLOGIA - Estudo sobre Fungos

REINO FUNGI. Características Gerais. Características Gerais. Corpo dos fungos multicelulares NUTRIÇÃO NUTRIÇÃO PARASITAS SAPRÓFAGOS

CARACTERÍSTICAS GERAIS

Reino Fungi. Fungos, por quê? Fungos, pra que? Como vivem? Como são?

Biologia. Eucariotos Fungos. Professor Enrico Blota.

Fungos. Prof. Leandro Felício

FUNGOS: Características Gerais e Importância

Fungos Biologia IV Profa. Ilana L. B. C. Camargo

O REINO FUNGI PROF.: Eduardo(Duzão)

Reprodução e Taxonomia dos Fungos

FUNGOS: Características Gerais e Importância

Fungos. Antes de estudar o capítulo PARTE I

Reino Fungi Características gerais Classificação Associações. Introdução Exemplos REINO FUNGI

Os fungos, seus benefícios e seus prejuízos ao homem

Classificação dos fungos

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL Instituto Federal de Alagoas - Campus Piranhas ENGENHARIA AGRONÔMICA

F U N G O S CARACTERIZAÇÃO

Universidade Federal de Pernambuco Centro de Ciências Biológicas Departamento de Micologia Programa de Pós-Graduação em Biologia de Fungos

Importância dos fungos Grande parte pela decomposição das substâncias orgânicas - causando a destruição dos alimentos, tecidos, couro e outros

Biologia Fungos e Algas

FUNGOS MICOLOGIA BÁSICA

CARACTERÍSTICAS GERAIS

Características Gerais Seres uni ou pluricelulares, sem tecidos verdadeiros. Suas células são chamadas hifas, sendo que um emaranhado de hifas recebe

Características Gerais dos Fungos

Características Gerais:

Fungos Biologia IV Profa. Ilana L. B. C. Camargo

DOENÇAS CAUSADAS POR FUNGOS

Apostila De Biologia FUNGOS

Biologia Prof. Edgard Manfrim

Micologia. Prof a Dr a Patricia Dalzoto Departamento de Patologia Básica. 26/04/2017 Profa. Dra. Patricia Dalzoto - UFPR - DPAT

Estudo dos Fungos 1 Definição 2 Características: Estrutura: 3.1 Talo 3.2 Hifas 3.3 Micélio

Características gerais

FUNGOS: Características Gerais e Importância

Micologia. Importância dos fungos. Importância dos Fungos. Importância dos fungos CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ANÁLISES CLÍNICAS

Fungos Filamentosos. Características Próprias: Reprodução por meio de esporos. diferenciadas das vegetativas. ramificados e multicelulares

FUNGOS. Noemi C. Baron Cozentino. Doutoranda em Microbiologia Agropecuária Ms. Microbiologia Aplicada Orientador: Prof. Dr. Everlon Cid Rigobelo

CLASSIFICAÇÃO. A classificação dos FUNGOS é controversa, no entanto, distinguiremos dois grandes grupos no REINO FUNGI:

Biologia Fungos e Algas

Fisiologia e Reprodução dos fungos

Universidade Federal de Pernambuco Centro de Biociências Departamento de Micologia Programa de Pós-Graduação em Biologia de Fungos

Taxonomia dos fungos

Micologia. Prof a Dr a Patricia Dalzoto Departamento de Patologia Básica

Características gerais dos fungos

Qualificar Centro de Estudos Técnicos de Formação em Saúde Curso Técnico em Saúde Bucal Disciplina de Microbiologia Reino Fungi

FUNGOS. ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO PADRE REUS BIOLOGIA Professora Daniele Campos da Silva 2º ano

Características Gerais. Estrutura Corpórea. Estrutura Corpórea. Eucariontes. Unicelulares ou Pluricelulares

PAREDE CELULAR QUITINA GLUCANAS MANOPROTEÍNAS CELULOSE

Amanita sp. Ácido Ibotênico

31/05/2012. Biologia. Existem espécies parasitas, simbiontes ou saprófagos;

Diversidade e Evolução dos Fungos (Ascomycota)

Taxonomia dos Fungos e Drogas Antifúngicas. Profª Francis Moreira Borges Departamento de Parasitologia, Microbiologia e Imunologia - UFJF

Micologia. Prof a Dr a Patricia Dalzoto Departamento de Patologia Básica

Taxonomia e Fisiologia dos fungos

Durante muito tempo os fungos foram classificados como vegetais aclorofilados.

BIOLOGIA - 3 o ANO MÓDULO 29 REINO FUNGI

Fungos e suas múltiplas linhagens Autora: Valéria Cassano

Características gerais, Morfologia e Citologia de Fungos

ASCOMYCETES Características Gerais

Fungos saprófagos parasitas associações mutualísticas

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CAMPUS ARAPIRACA PÓLO PENEDO CURSO: ENGENHARIA DE PESCA PROF a : TALITA ESPÓSITO

Universidade Estadual do Rio Grande do Sul Bacharelado em Gestão Ambiental Componente curricular: Microbiologia Ambiental Aula 11

Amanita muscaria REINO DOS FUNGOS

TEÓRICA 7 DOCENTES: Prof. Helena Galvão (responsável componente teórico) Prof. Margarida Reis (componente prático)

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

Introdução Micologia. Sónia Centeno Lima, PhD CMDT-LA/UEI de Clínica das Doenças Tropicais/IHMT

( 02 ) Teórica ( 02 ) Prática

CAPÍTULO 7: PROTOZOÁRIOS, ALGAS E FUNGOS (PG. 90) PROFESSOR: NIXON REIS 7 ANO

Matéria: Biologia Assunto: Unicelulares e multicelulares - Eucariotos Fungos Prof. Enrico Blota

Universidade Estadual do Rio Grande do Sul Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental Componente curricular: Microbiologia Aula 11

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA DEPARTAMENTO DE PARASITOLOGIA, MICROBIOLOGIA E IMUNOLOGIA. Drogas antifúngicas.

Morfologia e Taxonomia dos Fungos. Fungos: ~ espécies descritas ~ espécies existentes

Características gerais, Morfologia, Citologia e Fisiologia de Fungos

Tipo do produto: Plano de aula

FUNGOS MÓDULO 6 BOTÂNICA

BIOLOGIA. Profª. Fred Guilherme

NUTRIÇÃO E METABOLISMO FÚNGICO. CRESCIMENTO E REPRODUÇÃO

Biologia dos Fungos FUNGI 12/11/2010. Introdução Apresentam conjunto de características que permitem sua diferenciação das plantas;

Micologia. Prof a Dr a Patricia Dalzoto Departamento de Patologia Básica

MICOSES SUBCUTÂNEAS E PROFUNDAS. Prof. Benedito Corrêa ICB/USP

Enfermidades Micóticas

Professora Leonilda Brandão da Silva

Aula N o 3. Basidiomycota: características gerais

Instituto de Biociências IBB. Departamento de Microbiologia e Imunologia. Disciplina de Microbiologia Veterinária

CURSO: Ensino Médio Integrado ANO: 2º DISCIPLINA: Biologia PROFESSORA: Dra. Jaqueline Figuerêdo Rosa. Reino Fungi

GABARITO_AVALIAÇÃO MENSAL DE CIÊNCIAS 2º TRIMESTRE

SUSCETIBILIDADE E RESISTÊNCIA AOS ANTIFÚNGICOS

Bactérias Vírus Fungos Protozoários O QUE SÃO

7º ANOA( ) B( ) C Data:02/ 09 / Professor(a): Solange Izepe Mercado Etapa : 1ª( ) 2ª (X ) 3ª ( ) Aluno (a):

Transcrição:

Fungos Disciplina: Microbiologia 7600082 Profa. Nelma R. S. Bossolan 30/10/2018 1

Objetivos de Aprendizagem 1. Caracterizar os fungos com relação à organização celular, ao modo de nutrição e aos tipos de reprodução. 2. Indicar os filos do Reino Fungi com exemplos de representantes. 3. Distinguir os membros do Reino Fungi dos Protistas. 4. Identificar os mecanismos por meio dos quais os fungos causam doenças. 5. Comparar as micoses superficiais das sistêmicas. 6. Descrever os mecanismos de ação dos fármacos antifúngicos. 7. Reconhecer microscopicamente a organização celular e conídios de diferentes classes de fungos (aula prática).

Árvore filogenética de Eukaria cinza Fonte: Madigan et al., 2016

Fungos o Micologia: ramo da microbiologia que estuda os fungos. o Cerca de 100.000 sps descritas (1.500.00 sps existentes?) o cerca de 200 sp patógenos (~50 sp patógenos humanos). o Bolores e cogumelos (filamentosos), leveduras (unicelulares). o Eucariontes, unicelulares, pluricelulares (sem tecido verdadeiro).

Decompositores Patógenos humanos e vegetais Fungos Biotecnologia Associações com outros organismos

FUNGOS FILOGENIA

Filogenia de fungos. Árvore baseada no rrna 18S, retratando as relações entre os principais grupos (filos) de fungos (Madigan et al., 2010). Batrachochytrium Quitrídeos: Termo informal para fungos com células flageladas em algum momento do ciclo de vida. Rhizopus Zigomicetos: espécies filamentosas cenocíticas, que não possuem corpo de frutificação. Glomus Morchella Glomeromicetos: simbiontes, formam endomicorrizas; hifas cenocíticas. Ascomicetos: fungos com filamentos ou unicelulares (leveduras), que reproduzem-se sexualmente por esporos formados nos ascos. Sacharomyces Amanita Basidiomicetos: fungos com filamentos ou unicelulares (leveduras), que reproduzem-se sexualmente por esporos formados nos basídios.

Quitridiomicetos (Filo Chytridiomycota) Predominantemente aquáticos, porém tb encontrados em solo e trato digestivo de mamíferos. Grupo mais basal dos fungos (esporos e gametas flagelados - denota ancestral comum com coanoflagelados). Há espécies patógenas de plantas e animais. B. dendrobatidis: quitridiomicose em anfíbios. Estrutura produtora de esporos de B. dendrobatidis. http://www.criptogamas.ib.ufu.br/node/319

Zigomicetos (Filo Zygomycota) Podem ser de vida livre, parasitas de plantas e animais ou simbiontes. Comuns em solos e plantas em decomposição. Também relacionados com o apodrecimento de alimentos. Hifas cenocíticas. R. stolonifer bolor preto do pão. (http://tolweb.org/treehouses/?treehouse_id=481 Mucor sp: esporângio maduro. (http://tolweb.org/images/mucorales/103792) Morangos cobertos por micélio de Rhizopus sp. (http://tolweb.org/zygomycota)

Glomeromicetos (Filo Glomeromycota) Grupo pequeno, com grande importância ecológica. Todas as espécies descritas formam endomicorrizas (ou micorrizas arbusculares). Hifas cenocíticas e apenas reprodução assexuada é conhecida. Endossimbiontes obrigatórios. Esporos de Glomus intraradices, um fungo micorrízico crescendo na raiz de uma planta hospedeira (fase pré-infecção). (http://www2.cnrs.fr/en/1821.htm)

Ascomicetos (Filo Ascomycota) Bolores verde-azulados, vermelhos e escuros que estragam os alimentos. Leveduras e os fungos comestíveis, como as trufas e morchelas. Hifas septadas. Reprodução assexuada conídios (esporos), produzidos nos conidióforos. Ascoma ou ascocarpo: corpo de frutificação formado por hifas dicarióticas. Levedura S. cerevisae Gênero Morchella: cogumelo comestível. Foto: Morchella esculenta (http://www.namyco.org/images/pictures/m orchella_work.jpg) Colônia de Aspergillus fumigatus em ágar extrato de malte.

Ascomicetos Colônia de Aspergillus fumigatus em ágar extrato de malte. À direita, microscopia óptica, 100x, corada. http://www.asperweb.co.uk/images/species Ferrugem em gramínea causada pelo ascomiceto Pyrenophora triticirepentis. (http://www.agroatlas.ru/en/content/diseases/tritici/tritici _Pyrenophora_tritici-repentis/)

Ascomicetos Sarcoscypha coccinea Tuber sp Scutellinia_scutellata

Basidiomicetos (Filo Basidiomycota) Cerca de 30.000 sps descritas. Cogumelos, orelhas-depau, patógenos de plantas (ferrugens e carvões) Hifas septadas com poros. Basidiocarpo: corpo de frutificação, micélio dicariótico, fase sexuada. Basídio: estrutura na qual os basidiósporos são formados por meiose. Amanita muscaria (venenoso) Agaricus fissuratus (comestível)

Basidiomicetos Ganoderma aplanatum Clavaria_rosea

FUNGOS ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO CELULAR, NUTRIÇÃO E REPRODUÇÃO

Estrutura celular o Parede celular: 80-90% polissacarídeo, mais proteínas, lipídeos, polifosfatos e íons orgânicos. o Quitina: polissacarídeo mais comum; polímero de N- acetilglicosamina; dispõe-se em feixes microfibrilares. o Outros: mananas, galactosanas e quitosanas. Cadeia aberta Estrutura em anel N-acetilglicosamina, um derivado da glicose.

Parede celular de Candida albicans. Fonte: http://www.nature.com/nrmicro/journal/v10/n2/fig_tab/nrmicro2711_f2.html

Estrutura celular omembrana plasmática: Ergosterol (substitui o colesterol das MP de eucariotos superiores). omolécula-alvo de fármacos anti-fúngicos. (http://www.doctorfungus.org/thedrugs/images/cholesterol_ergosterol.jpg)

Fungos Organização celular Septadas Formação de hifas Não septadas (Cenocíticas) Esporo tubo Hifa germinativo Micélio Tufos compactos de hifas, com forma pouco definida. Corpo de frutificação: estruturas reprodutivas macroscópicas

Fungos Organização celular Micélio como tufo compacto: bolores.

Fungos Organização celular Corpo de frutificação: estruturas macroscópicas, como os cogumelos, por exemplo. Amanita muscaria Basídios e basidiósporos do cogumelo Coprinus.

Fungos Organização celular Leveduras células únicas Micrografia de Saccharomyces cerevisae em diversos estágios de brotamento (Tortora, 2012) http://www.nature.com/nrmicro/journal /v11/n9/fig_tab/nrmicro3090_f1.html

Fungos Organização celular Fungos Dimórficos Histoplasma capsulatum (ascomiceto) um fungo dimórfico, que causa a histoplasmose.

Nutrição o Quimiorganotróficos. o Digestão extracelular de compostos orgânicos por meio de enzimas excretadas ou presas à parede (celulases, xilanases, lipases, pectinases, ligninases, amilases). o Transporte de nutrientes para a célula: o difusão livre (solutos lipossolúveis), o difusão facilitada (via enzima tipo permease), o transporte ativo (gradiente gerado pela H + - ATPase).

Nutrição o Temperatura e ph ótimo de crescimento: 25 o C e 5,0. o Maioria aeróbia. Leveduras anaeróbia facultativa. o Resistentes à pressão osmótica crescem em [ ] altas de açúcar ou sal.

Ciclo de vida Reprodução assexuada: fragmentação de hifas ou produção de esporos. Conídiósporos ou conídios: resistentes ao dessecamento, podem ser pigmentados (preto, azul, verde, vermelho, amarelo, marrom). Reprodução sexuada: fusão de núcleos a partir de hifas haplóides, meiose com produção de esporos. Esporos caracterizam os filos.

Ciclo de vida Reprodução Assexuada

Esporos assexuais característicos

Ciclo de vida Reprodução Sexuada

FUNGOS ALGUMAS DOENÇAS

Doenças causadas por fungos o Os fungos causam doenças por 3 mecanismos: 1. Infecção: crescimento sobre ou no interior do corpo, denominada micose. 2. Produção e ação de micotoxinas. 3. Provocam respostas imunes, após exposição a antígenos fúngicos específicos. Ex.: reação alérgica a Aspergillus spp.

Micoses o Segundo grau de envolvimento no tecido e modo de entrada, podem ser: o sistêmica, subcutânea, cutânea ou oportunista.

Micoses o Sistêmica: infecções no interior do corpo, podem afetar vários tecidos e órgãos. o geralmente resulta da inalação de esporos do solo; o iniciam-se nos pulmões e daí difundem-se para o resto do corpo; o não são contagiosas entre indivíduos; o histoplasmose (Histoplasma capsulatum), coccidioidomicose (Coccidioides immitis), paracoccidioidomicose ou blastomicose sul-americana (Paracoccidioides brasiliensis). o fungos dimórficos: filamentoso no solo e levedura no tecido.

Micoses o Subcutâneas: infecções localizadas abaixo da pele, geralmente via trauma. o causada por fungos saprofíticos que vivem no solo e na vegetação; o Esporotricose (Sporothrix schenkii): comum em jardineiros e pessoas que trabalham com a terra. Esporos ou micélio entram por lesões da pele. o Ulcerações nas mãos e áreas atingidas. Esporotricose, uma infecção subcutânea, causada por Sporothrix schenckii.

Micoses o Cutâneas: infecções localizadas na cama externa da epiderme (estrato córneo), pêlos, cabelo e unhas. o fungos são chamados de dermatófitos; dermatomicoses ( tinha ou tínea );. o fungos favorecidos pelo calor e umidade; secretam queratinases. o transmitidas entre indivíduos ou entre animais e indivíduo. o pé-de-atleta, onicomicose (unha). Micose superficial localizada no pé (pé-de-atleta), decorrente de uma infecção por Trichophyton rubrum.

Micoses o Oportunistas: causadas por fungos que não induzem doença na maioria das pessoas mas podem fazê-lo nas imunocomprometidas. o Mais comum: Candidíase o Candida albicans, faz parte da flora normal das mucosas dos tratos respiratório superior, gastrointestinal e genital feminino. o Sapinho, vaginite. o Candidíase pode se tornar sistêmica em indivíduos imunodeprimidos.

Micotoxinas o Micotoxicoses: doença fúngica causada pela ingestão de toxinas de fungos. o Aflatoxinas (Aspergillus flavus) em amendoim. o Toxina de Fusarium, fungo que cresce em grãos, como trigo e arroz. o Amanitina e faloidina (Amanita phalloides): ingestão do cogumelo. o Ergot : produzida por Claviceps purpurea, patógeno de plantas, presentes nos grãos. Fonte do LSD. Amanita phalloides Centeio infestado com Claviceps purpurea

Sítios de ação de alguns agentes quimioterápicos anti-fúngicos (Madigan et al., 2016)

Fármacos anti-fúngicos Categoria Alvo Exemplos Uso Polienos Integridade do ergosterol Anfotericina B Oral Azóis Síntese de ergosterol Fluconazol Itraconazol Cetoconazol Miconazol... Oral Oral Oral Tópico Alilaminas Síntese de ergosterol Terbenafina Oral, tópico Polioxinas Síntese de quitina Polioxina A Polioxina B Agrícola Agrícola 40

Capítulos com temas desta aula para estudo -Madigan et al., Microbiologia de Brock. São Paulo:Prentice-Hall, 14ª ed., 2016. Capítulo 17 (itens 17.9 a 17.14); Capítulo 27 (item 27.16); Capítulo 32 (itens 32.1 e 32.2). - Tortora et al., Microbiologia. Porto Alegre: ArtMed, 12ª ed., 2017. Capítulo 12, Fungos. 41

Bibliografia consultada para esta aula - Adl, S.M. et al. Diversity, Nomenclature, and Taxonomy of Protists. Syst. Biol. (2007) 56 (4): 684-689. -Campbell et al. Biologia. Porto Alegre: ArtMed, 8ª ed. - Kavanagh, K. (ed.). Fungi : biology and applications. Inglaterra: John Wiley and Sons. 2005. - Levinson, W.; Jawetz, E. Microbiologia Médica e Imunologia. Porto alegre: ArtMed, 4ª ed., 1998. (Parte 5) - Madigan et al., Microbiologia de Brock. São Paulo:Prentice-Hall, 14ª ed., 2016. -Tortora et al., Microbiologia. Porto Alegre: ArtMed, 12ª ed., 2017. - Site http://www.mycobank.org/defaultinfo.aspx?page=home 42