AVALIAÇÃO DE TOXICIDADE AGUDA: EFEITOS TOXICOLOGICOS DA UTILIZAÇÃO DOS HERBICIDAS IMAZETAPIR E METSULFUROM, NO ORGANISMO TESTE EISENIA FOETIDA.

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Transcrição:

AVALIAÇÃO DE TOXICIDADE AGUDA: EFEITOS TOXICOLOGICOS DA UTILIZAÇÃO DOS HERBICIDAS IMAZETAPIR E METSULFUROM, NO ORGANISMO TESTE EISENIA FOETIDA. 1. INTRODUÇÃO O crescimento exacerbado da população requer uma maior demanda de alimentos, assim faz-se necessário o uso de agrotóxicos para aumentar a produção e suprir a demanda. A atividade antrópica introduz diversos compostos xenobióticos no ambiente, sejam eles agrotóxicos e fertilizantes de uso agrícola. Grande parte desses compostos atinge o ambiente por aplicação ou descarga direta, ou de forma indireta, por volatilização, percolação e dispersão, expondo e comprometendo a saúde dos organismos ali presentes assim como do próprio ambiente (ANDRÉA, 2010). Sendo assim, é necessário um estudo sobre as interações dessas substâncias com o meio. As minhocas são consideradas bioindicadores ambientais, e exercem um papel importante na formação do solo, com a decomposição de resíduos de plantas e ciclagem de nutrientes, na formação do húmus e de agregados de solo; no melhoramento da estrutura, fertilidade, porosidade e capacidade de infiltração, drenagem e retenção de água, ar e também no transporte de microrganismos e nutrientes do solo por meio dos canais formados por sua escavação e seus deslocamentos no solo (Ingham 2006). As características das minhocas, especialmente da espécie Eisenia fétida, as qualificam para testes de toxicidade para fins de registro de agrotóxicos. Segundo Andréa (2010), além da relativa facilidade de criação de E. fetida, as condições desses testes são internacionalmente aceitas e permitem padronização de estudos e comparações internacionais. O presente trabalho objetiva avaliar o efeito toxicológico no modelo Eisenia Foetida dos herbicidas Vezir (Imazetapir), um herbicida seletivo pertencente ao grupo químico das imidazolinonas, e também da associação do Vezir e Ally, o Ally (Metsulfurom Metílico), um herbicida de alta permanência no solo, pertencente ao grupo químico das sulfoniluréias. Os efeitos toxicológicos serão avaliados através da determinação da Concentração Média Letal e observar a taxa de reprodução, crescimento e mortalidade dos indivíduos Epígea Eisenia Foetida. 2. METODOLOGIA Os ensaios de toxicidade aguda foram realizados de acordo com a norma ISO 11268-1 (ISO, 1993). Os organismos foram avaliados de acordo com o peso, tamanhos e análise visual dos ovos, no inicio e após 20 dias do experimento. Para os testes foram utilizados 125 minhocas de aproximadamente 25 dias de vida já na fase da puberdade, caracterizada pela presença de clítelo. Cerca de 170g de solo já adubado será depositado em cada recipiente de plático contendo cinco minhocas. O modelo foi exposto a seguintes concentrações: A1-1,433 g/l, A2-2,871 g/l, A3-5,743 g/l, A4-11,486, do herbicida Vezir. As concentrações de Vezir foram mantidas em associação com as seguintes concentrações do Ally: B1-0,25 g/l - 1,433 g/l; B2-0,5 g/l - 2,871 g/l, B3-1,0 g/l - 5,743 g/l e B4-2,0 g/l - 11,486g/L. Todos os ensaios serão realizados com três repetições, sendo cada resultado a média aritmética dessas repetições. Será

realizada apenas uma aplicação dos contaminantes durante todo experimento, de volume igual a 10 ml de cada concentração. Nas primeiras 96h após a aplicação dos contaminantes, será determinada a concentração média letal (CL50 96hs). Os meios de exposição serão desenvolvidos em temperatura ambiente, ph controlado (ideal entre 6,5 à 7,5), medido com auxílio de fita medidora de ph, e umidade em aproximadamente 75%, quando necessário umidificaremos com o auxílio de um borrifador com água. Para garantir a sobrevivência dos organismos, a umidade foi ajustada conforme a necessidade de cada amostra, pois as mesmas possuem diferentes características. O uso da casca de arroz servirá para reduzir a evaporação de água do solo e, entre o solo e a casca de arroz será colocada uma malha de abertura de 0,5 mm para que não ocorra a mistura de ambos. Os organismos serão alimentados com restos de vegetais orgânicos livres de agrotóxicos, para minimizar possíveis interferências. 2. RESULTADOS e DISCUSSÃO A partir dos resultados obtidos no gráfico 1, onde é demonstrada as medias de comprimentos dos indivíduos pelas concentrações do herbicida, o qual foram do submetidas do início ao final do experimento. Pode-se observa que o tamanho médio é afetado consideravelmente pelas concentrações aqui usadas, no período de exposição (20 dias), do herbicida Imazetapir. O mesmo é observado no gráfico 2, onde ainda, a média de crescimento é alterada gradativamente a medida que as diluições dos herbicidas Imazetapir e Ally sofrem aumento de concentração. Foi observado perda de sensibilidade e redução da atividade de locomoção (expansão e retração), o que pode ter contribuído, também, para diminuição do tamanho médio. Gráfico 1. Médias de comprimento pelas diferentes concentrações do herbicida Imazetapir. *A1-1,433 g/l; A2-2,871 g/l; A3-5,743 g/l e A4-11,486 de Imazetapir. Gráfico 2. Médias dos comprimentos pelas diferentes concentrações do combinado do Imazetapir com o Ally.

*B1-0,25 g/l de Ally e 1,433 g/l de Imazetapir; B2-0,5 g/l de Ally e 2,871 g/l de Imazetapir; B3-1,0 g/l de Ally e 5,743 g/l de Imazetapir e B4-2,0 g/l de Ally e 11,486g/L. Os gráficos 3 e 4 apresentam os pesos dos indivíduos em estudo versus concentrações de Imazetapir e peso versus concentrações da associação do Imazetapir com Ally, pode-se observar que, de um modo geral, os herbicidas interferem no ganho de biomassa do espécime, o que é comprovado quando comparado com o controle, que apresentou ganho de biomassa na ausência do agente tóxico. Verificamos assim, que a perda de biomassa não se deve à falta de nutrientes no solo. Podemos verificar que a associação dos herbicidas potencializa o efeito tóxico sobre o modelo Eisenia fetida, assim o peso é significativamente menor em relação à aplicação somente do Imazetapir. Gráfico 3. Peso pelas concentrações do herbicida Imazetapir, início e termino do experimento. *A1-1,433 g/l; A2-2,871 g/l; A3-5,743 g/l e A4-11,486 de Imazetapir.

Gráficos 4. Peso pelas concentrações do combinado dos herbicidas Imazetapir e Ally, início e termino do experimento. *B1-0,25 g/l de Ally e 1,433 g/l de Imazetapir; B2-0,5 g/l de Ally e 2,871 g/l de Imazetapir; B3-1,0 g/l de Ally e 5,743 g/l de Imazetapir e B4-2,0 g/l de Ally e 11,486g/L. Não foi possível determinar a dose média letal (CL50 96hs) da formulação comercial do herbicida imazetapir em minhocas da espécie Epígea Eisenia Foetida, como também, não foi possível estabelecer a concentração média letal (CL50-96hs) da associação dos herbicidas Imazetapir e Metsulfurom metílico nas concentrações aqui estabelecidas. Pois as concentrações não foram letais para 50% da população, considerando que não houve morte significativa dos indivíduos no período de 20 dias. Para o teste de comportamento de fuga nas primeiras 24 horas, também não foi possível a obtenção de resultados, já que as minhocas não apresentaram tal comportamento, sugerindo assim, um ambiente favorável. Levando em conta que os agrotóxicos podem ter levado um tempo superior à 24h para atingir a totalidade do solo. Não foram encontrados em nenhumas das amostras, ovos ou novos indivíduos, indicando alteração no ciclo de reprodução das minhocas. A partir dos resultados observamos que em longo prazo, com a reprodução afetada, poderá ocorrer um descimento no número de indivíduos que por consequência acarretará em danos a qualidade do solo. 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS As concentrações dos herbicidas utilizadas no estudo não afetam a vida dos indivíduos (Eisenia Foetida). Porém, foi possível concluir que houve interferências negativas no crescimento e aquisição de biomassa nos espécimes, sendo mais perceptível na associação dos herbicidas, indicando a potencialização do efeito tóxico dos mesmos. De acordo com os resultados obtidos, a reprodução do espécime é afetada. O que poderá resultar no empobrecimento do solo, já que a existência de minhocas, no mesmo, é responsável pela proliferação do húmus e aeração, estimulando a produtividade agrícola. 5. REFERÊNCIAS

ANDRÉA, M. M. de. 2010. O uso de minhocas como bioindicadores de contaminação de solos. Acta Zoológica Mexicana (n.s.), v. 2, p 95-107, 2010. ISO (International Organization for Standardization). 1993. ISO 11268-1 Soil quality Effects of polutants on earthworms (Eisenia fetida) Part 1: Determination of acute toxicity using artificial soil substrate. 13p. Ingham, E. R. 2006. The soil biology primer. [acesso em 14 out. 2016]. Disponivelem: http://soils.usda.gov/sqi/concepts/soil_biology/fw&soilhealth.html