AUXILIO FORMAÇÃO PRODUÇÃO DE HÚMUS DE MINHOCA NO IFCE CRATEÚS. LUIS NERY RODRIGUES Professor-SIAPE

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1 AUXILIO FORMAÇÃO PRODUÇÃO DE HÚMUS DE MINHOCA NO IFCE CRATEÚS LUIS NERY RODRIGUES Professor-SIAPE CURSO VINCULADO: TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA CRATEÚS 2017

2 1. Proposta do projeto. A criação de minhocas para produção de húmus, processo denominado vermicompostagem, é uma estratégia importante para o agricultor diminuir os custos de sua produção, garantir a idoneidade dos insumos utilizados em seu sistema de produção e contribuir para o meio ambiente e a humanidade buscando um compromisso com a sustentabilidade e o fornecimento de alimento saudável para a população. O minhocário com sua produção de húmus contribui para fortalecer e melhorar o solo e, ao mesmo tempo, permitir que o agricultor possa apoderar-se do controle de sua produção. No processo de vermicompostagem as próprias minhocas fazem o revolvimento do substrato, ao ingerirem os nutrientes e depositarem os dejetos na superfície do canteiro, na forma de húmus. Por outro lado, é vital a manutenção da umidade entre 60 a 70% e a prevenção contra os predadores como formiga e sanguessugas (AQUINO, 2005). Os minhocários utilizam o esterco, principalmente de gado bovino, para alimentar suas minhocas. No minhocário do Instituto Federal do Ceará, campus Crateús será utilizado uma mistura de 80% de esterco bovino e 20% de outros resíduos (resíduos domésticos, resíduos vegetais, resíduo de podas, como folhas, cascas, pequenos galhos, gramas, etc.). As minhocas são da raça vermelha da Califórnia, Eisenia foetida, espécie com boa adaptação ao cativeiro, produtividade excelente e temperamento manso, pois apresenta comportamento regular com relação às fugas após manejo, são férteis, multiplicando-se intensamente para manter a regularidade populacional. O esterco, elemento principal utilizado para alimentar as minhocas, será oriundo de propriedade rural. Outros resíduos orgânicos, obtidos no próprio campus, serão testados (folhagens; sobras de colheitas; resíduos de podas e resíduos domésticos). Quanto ao aspecto construtivo, o minhocário pode ser construído desde uma simples caixa de madeira ou canteiro de alvenaria, madeira ou bambu, até um galpão de estrutura de madeira/alvenaria e coberta com telhas de barro. O tamanho do canteiro também é variável conforme a disponibilidade de área e, o tamanho do minhocário, depende da quantidade de matéria prima e finalidade. Independente do tamanho e tipo, o minhocário deve ser protegido do sol e o fundo do canteiro deve ser impermeabilizado, porém com drenos para retirada de eventual excesso de água, fator prejudicial às minhocas. A utilização da minhoca para produção de vermicomposto diminui o tempo de compostagem, bem como a mão de obra empregada no sistema, além de estimular a coleta seletiva

3 do lixo. A espécie de minhoca Eisenia foetida, uma das mais usadas, diariamente ingere uma quantia de alimento igual a seu próprio peso, dejetando, sob forma de húmus 60% do alimento ingerido (SOUZA & MELLO, 2009). Quanto mais rica for a matéria-prima, maior será o sucesso econômico do empreendimento. Podem ser utilizados como fontes de matéria prima: esterco de boi, cavalo e coelho, restos de culturas (uma leguminosa, pois fixa nitrogênio, palha, folhas e cascas de frutas), resíduos agroindustriais (bagaço de cana), lixo domiciliar, lodo de esgoto. A transformação do lixo orgânico em adubo por meio da minhocultura é fácil, rápido e resulta em um produto com boas características químicas, podendo ser usado na agricultura. Segundo a EMBRAPA (2011), a minhocultura ou vermicompostagem é o processo de reciclagem de resíduos orgânicos por meio de criação de minhocas em minhocários, oferecendo importante alternativa para resolver econômica e ambientalmente os problemas dos dejetos orgânicos, como o lixo domiciliar. O produto final da vermicompostagem constitui num excelente fertilizante orgânico (húmus), capaz de melhorar atributos químicos (oferta, melhor retenção e ciclagem de nutrientes), físicos (melhoria na estruturação e formação de agregados) e biológicos do solo (aumento da diversidade de organismos benéficos ao solo). O minhocário proposto, servirá de espaço de estudo e pesquisa relacionadas a várias disciplinas do curso técnico em agropecuária, dentre elas, Introdução à Agricultura, Olericultura, Princípios Agroecológicos, Adubos e Adubações, Química, Fertilidade dos Solos e Biologia Animal. 2. Objetivos Objetivo Geral Produzir húmus para a produção de hortaliças orgânicas no IFCE Crateús e criar um espaço apropriado e oportuno para aulas práticas de disciplinas relacionadas com a minhocultura. Objetivos Específicos 1. Criar minhocas vermelhas (Eisenia phoetida) com esterco bovino e outros resíduos orgânicos; 2. Produzir húmus para utilização na horta do Instituto com obtenção de hortaliças orgânicas e com baixo custo de produção;

4 3. Tornar o minhocário um espaço para pesquisa e aulas práticas das disciplinas correlacionadas com a temática; 4. Incentivar a tecnologia na região com a doação de minhocas para estudantes, disseminadores para seus respetivos municípios e propriedades.

5 3. Plano de atividades Atividades Objetivos Período Aquisição de matéria prima (esterco e outros resíduos) Preparar o minhocário 1. Manejar o minhocário 2. Coleta de húmus e beneficiamento 3. Coleta de minhocas 4. Analise química do húmus 5. Utilização do húmus em cultivo 6. Sistematização e apresentação do resultado Abastecer o minhocário Criar espaço com as condições adequadas à criação e reprodução de minhocas Oferecer alimentos com umidade e temperatura adequadas à criação e reprodução de minhocas Armazenar o húmus das minhocas Separar as minhocas para reprodução em novo canteiro Identificar a composição química Adubar canteiros e covas da horta do IFCE Crateús Relatar as atividades e resultados Ao longo do projeto (1 ano) 1º mês Ao longo do projeto (1 ano) Uma análise de cada canteiro A partir de 4º mês ou conforme edital 4. Resultados Esperados Com a implantação do projeto espera-se dentre outros resultados: - Obtenção de hortaliças orgânicas; - Difusão da tecnologia na região de abrangência dos estudantes; - Melhoria da qualidade de aulas práticas de várias disciplinas; - Maior interesse e identificação dos cursos por parte dos discente; - Unidade produtiva como centro de referência. 5. Referência Bibliográfica AQUINO, A.M. Aspectos Práticos da Vermicompostagem IN AQUINO, A M e ASSIS, R. L. (Ed. Técnicos) Agroecologia princípios e técnicas para uma agricultura sustentável. Brasília, DF Embrapa informações Tecnológicas, EMBRAPA, Minhocultura ou vermicompostagem. Embrapa agrobiologia. Seropédica, p.(Folder). SOUZA, E.G.; MELLO A.H. Agroecossistemas, v. 1, n. 1, p