NOTAS TECNICAS. São Luís no SEPLAN MAIO D E N º 0 2

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Transcrição:

NOTAS TECNICAS MAIO D E 2 0 1 4 N º 0 2 São Luís no Desenvolvimento Econômico do Maranhão Auto r: ED UARDO CELESTIN O CORDEIRO SEPLAN

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO LUÍS EDIVALDO HOLANDA BRAGA JÚNIOR - PREFEITO SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO (SEPLAN) JOSÉ CURSINO RAPOSO MOREIRA - SECRETÁRIO DEPARTAMENTO DA INFORMAÇÃO E INTELIGÊNCIA ECONÔMICA (DIIE) LAURA REGINA CARNEIRO COORDENADORA-GERAL EDUARDO CELESTINO CORDEIRO COORDENADOR DA ÁREA DE ESTUDOS ECONÔMICOS E SOCIAIS ALINE SEREJO ROCHA - COLETORA DEPARTAMENTO DA INFORMAÇÃO E INTELIGÊNCIA ECONÔMICA (DIIE) END.: SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO SEPLAN RUA DO SOL, Nº 188 CENTRO - SÃO LUÍS/MA - CEP.: 65.020-590 FONE: (98) 3212-3670 /3671/3674/3675 FAX: (98) 3212-3660 Esta publicação tem por objetivo a divulgação de estudos desenvolvidos por pesquisadores do Departamento da Informação e Inteligência Econômica (DIIE), da Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento (SEPLAN). Seu conteúdo é de inteira responsabilidade do(s) autor(es), não expressando, necessariamente, o posicionamento da Prefeitura Municipal de São Luís (PMSL). www.diie.com.br diie@diie.com.br 2

RESUMO Esta nota técnica tem por objetivo apresentar, de forma sintética, uma caracterização do município de São Luís, destacando sua importância na economia maranhense. Para tanto, foi resgatado um pouco do histórico de como a capital desempenhou vários papéis no curso da macroeconomia maranhense, bem como algumas condições atuais que lhe garante destaque nas transformações econômicas em curso no estado. 1. HISTÓRICO 1.1 ECONOMIA No decorrer da formação da cidade de São Luís, as atividades econômicas voltadas ao mercado externo tiveram forte peso. Em grande medida, isso não se explica apenas devido à função portuária que a capital desempenhou ao longo do tempo, mas também por condições produzidas socialmente e que fizeram de São Luís a maior cidade do estado, em termos populacionais e econômicos. No Maranhão, desde meados de 1755, quando as culturas de algodão, de arroz e especiarias representavam importantes fontes de divisas econômicas através das trocas internacionais, São Luís desempenhou uma importante atuação na dinâmica maranhense. Segundo TROVÃO (2008), o movimento econômico centrado nessa cidade era algo em torno de 1 milhão de libras e cerca de 100 a 150 navios atracavam no porto ludovicense, fazendo com que as exportações maranhense representassem um terço do montante nacional. Foram tempos economicamente prósperos, mas baseado na exploração de mão de obra escrava, onde uma grande concentração populacional marcava o espaço da capital maranhense: O certo é que a grande lavoura e o trabalho escravo fizeram do Maranhão uma das áreas mais ricas do Brasil, tornando São Luís, com 30.000 habitantes em 1822, a quarta cidade brasileira, atrás apenas do Rio de Janeiro, Salvador e Recife. No período entre 1820 e 1900 entraram tantos escravos africanos no Maranhão como em Pernambuco e na Bahia. Em 1882 estima-se que a população cativa era de 90.000 pessoas e a população livre de 85.000, menor que a primeira, totalizando 175.000 pessoas. (TROVÃO, 2008, p.12) Entretanto, nas décadas finais do século XIX, a estagnação econômica se instalou de forma mais acentuada após a abolição da escravatura. A decadência econômica só não tomou proporções maiores, porque no mesmo período iniciou-se a instalação do parque fabril em São Luís, que logrou crescimento expressivo nas primeiras décadas do séc. XX. Não obstante, a atividade fabril ludovicense sofreu rápida decadência, sobretudo em função da concorrência das indústrias do Sudeste. 3

1.2 DINÂMICA POPULACIONAL A partir da década de 1960, várias alterações na estrutura fundiária do estado induziram o êxodo rural da porção continental para a Ilha de Upaon-Açu, onde, além de São Luís, também se encontravam os municípios de São José de Ribamar e Paço do Lumiar o município de Raposa viria a ser criado somente em 1994. As três décadas que se seguiram foram marcadas pelo rápido crescimento populacional da capital do estado, ao passo que novos investimentos eram dirigidos ao Maranhão, com o objetivo de propiciar infraestruturas para viabilizar a implantação de grandes projetos voltados à produção e venda de commodities. Data deste período, o Programa Grande Carajás, projeto que materializou, dentre outras obras, a Estrada de Ferro Carajás e o porto Ponta da Madeira, localizado em São Luís. Conforme Gráfico 1, o total da população de São Luís aumentou 1.7 vezes, ao passar de 159 mil habitantes para 270 mil, portanto, um crescimento bem acima do apresentado na década anterior. Gráfico 1. Crescimento Populacional de São Luís entre 1940 a 1980. Fonte: FSADU (2013). E, como se pode observar no Gráfico 1, o crescimento populacional de São Luís repetiu o desempenho de crescimento de 70% na década de 1970 a 1980, pois o número de habitantes passou de 270 mil, em 1970, para 460 mil, no ano de 1980. Trata-se de um período economicamente marcante, em função da instalação de grandes capitais industriais, como a ALUMAR (Alumínio do Maranhão S/A), consórcio firmado entre as Empresas Billiton Metais S/A e Alcoa do Brasil S/A; a Companhia Vale do Rio Doce CVRD e a CELMAR (Celulose do Maranhão S/A), conforme Diniz (2007, p. 169). Ainda segundo os dados do Gráfico 1, as décadas subsequente à de 1980 também apresentaram um ritmo de crescimento populacional elevado para a capital maranhense. Entre os anos de 1991 a 2010, a quantidade de pessoas residindo em São 4

Luís passou da faixa de 695 mil para a de 1 milhão de habitantes, tornando-a 13ª capital mais populosa do Brasil, em 2010. Todavia, para uma melhor noção da dinâmica populacional e econômica em questão, convêm considerar a situação geográfica e a relação de São Luís com outros municípios vizinhos e, até mesmo, os distantes, em função de sua área de influência. Isso porque a capital mantém fluxos diários de pessoas que vivem São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa, todos situados na mesma ilha. Em 2004, o Observatório das Metrópoles, classificou esse conjunto de município como sendo um aglomerado com alto grau de integração, em comparação a outros do país. No referido estudo, também foi mensurado o nível de integração de cada município à dinâmica da aglomeração considerada. Os resultados para aglomeração de São Luís foram espacializados no Mapa 1, encontrado nos anexos do referido estudo. É possível observar que quanto mais próximo está um município de São Luís, classificado como polo, maior o nível de integração dele com a dinâmica do aglomerado. Mapa 1. Nível de integração dos municípios da aglomeração urbana de São Luís. Fonte: Observatório das Metrópoles (2004, p.123). 1.3 REGIÃO METROPOLITANA DA GRANDE SÃO LUÍS RMGSL Em 1998, esses quatro municípios passaram a formar a Região Metropolitana da Grande São Luís RMGSL, o que pode ser entendido como uma tentativa de operacionalizar uma integração política-administrativa para o espaço em pleno processo de conurbação. 5

Cinco anos depois, o município de Alcântara, situado na porção continental do estado, também foi incorporado à RMGSL. A mais recente ampliação da Grande São Luís se deu em 2013, quando os municípios de Bacabeira, Rosário e Santa Rita foram incluídos na referida região institucional. O Mapa 2 aponta os municípios que compõem a Grande São Luís, conforme as leis que os incorporaram à região e o respectivo ano de inclusão. Mapa 2. Municípios integrantes da RMGSL. Fonte: CORDEIRO (2014). De fato, entre os anos de 1980 a 2010, dos cinco primeiros municípios que faziam parte da Grande São Luís, apenas Alcântara apresentou um modesto incremento populacional, em comparação aos demais. Já os municípios de São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa, tiveram taxa de crescimento populacional acima de São Luís, entre os períodos possíveis de comparação (Tabela 1). 6

Tabela 1. População total e taxa de crescimento dos municípios da RMGSL, 1980 a 2010 1. Município Fonte: Censos do IBGE. População residente Taxa de crescimento geométrico % 1980 1991 2000 2010 1980-1991 1991 2000 2000 2010 Alcântara 18.509 19.587 21.291 21.851 1 0,9 0,3 Paço do Lumiar 17.216 53.195 76.188 105.121 11 4,1 3,3 Raposa -- -- 17.088 26.327 -- -- 4,4 São José de Ribamar 32.309 70.571 107.384 163.045 7 4,8 4,3 São Luís 449.433 696.371 870.028 1.014.837 4 2,5 1,6 Grande São Luís* -- 820.137 1.070.688 1.331.181 -- 3,0 2,2 Segundo Oliveira et al. (2012), a maior parte do incremento populacional observado na Grande São Luís se deu em função de migrações oriundas do próprio Maranhão. Entre os anos de 1995 a 2000, 74% dos novos moradores da região eram provenientes de outros municípios do estado, proporção que diminuiu para 69%, entre 2005 a 2010 (OLIVEIRA et al., 2012). Não obstante, em 2010, o volume populacional concentrado nos quatro municípios que formavam a RMGSL somava 1.331.181 habitantes (Tabela 1). Tal número correspondia a cerca de 20% da população maranhense, cujo montante era de 6.574.789, segundo os dados do Censo de 2010 (IBGE, 2010). Conforme os dados apresentados, São Luís responde pela maior parte daquela concentração populacional, já que abriga 76% dos residentes da RMGSL. Outrossim, a concentração econômica é ainda mais acentuada. Afinal, dados de 2011, relativos ao Produto Interno Bruto (PIB) municipal, mostram que dos 22 bilhões produzidos na região, São Luís participou com 94,7% do total, enquanto Alcântara 0,4%, Paço do Lumiar 1,7%, Raposa 0,5% e São José de Ribamar 2,7% (Tabela 2). Tabela 2. Produto Interno Bruto a preços correntes (Mil Reais), em 2011. Unidade da Federação e Participação no PIB da RMGSL PIB Município (%) Maranhão 45.255.942 -- Alcântara 91.169 0,4 Paço do Lumiar 364.895 1,7 Raposa 120.204 0,5 São José de Ribamar 596.770 2,7 São Luís 20.798.001 94,7 Total da RMGSL 21.971.039 100 Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus SUFRAMA. 1 Apenas em 2010 a população do município de Alcântara foi considerada para compor o somatório da Grande São Luís, pois sua inclusão formal na região se deu em 2003. 7

Em relação à composição dos PIBs municipais, na Grande São Luís o setor de serviços foi responsável por mais de 50% do Valor Adicionado Bruto (VAB) em cada uma das localidades, tendo, portanto, forte peso na economia da região. Na capital do estado o valor gerado foi de 12 bilhões de reais, correspondendo a 60% do seu PIB, enquanto em São José de Ribamar e Paço do Lumiar os valores foram de 429 milhões e 257 milhões, respectivamente. Já em Raposa e Alcântara, o setor dos serviços também correspondeu a mais da metade dos PIBs destes municípios, apesar dos volumes absolutos serem bem menor do que dos demais municípios da região metropolitana, pois os valores gerados em 2011 foram, respectivamente, de 49 e 66 milhões (Tabela 3). Tabela 3. Valor Adicionado Bruto, segundo os setores de atividades e impostos sobre produtos, a preços correntes (valores em R$ 1.000). RMGSL, 2011. Municípios Impostos, líquidos de subsídios, sobre produtos. Total Agropecuária Indústria Serviços Alcântara 5.790 85.379 23.400 12.343 49.636 Paço do Lumiar 16.997 347.897 29.138 61.462 257.297 Raposa 3.111 117.093 37.258 13.625 66.211 São José de Ribamar 45.922 550.848 20.649 100.482 429.717 São Luís 4.028.077 16.769.925 17.807 4.143.756 12.608.362 Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus SUFRAMA. Quanto aos demais setores, a agropecuária teve maior peso econômico em Raposa e Alcântara, pois gerou cerca de 31% do PIB municipal do primeiro e 25% do segundo (Tabela 4). Em Paço do Lumiar e São José de Ribamar os valores gerados pela agropecuária, quais sejam, de 29 milhões de reais no primeiro e de 20 milhões no caso do segundo, são próximos das cifras totais de Alcântara e Raposa (Tabela 3), apesar de representar apenas 8% e 3,5% de seus respectivos PIBs (Tabela 4). Este é o único setor que o VAB de São Luís ficou abaixo dos outros quatro municípios. Já o setor industrial produziu, em 2011, 4 bilhões de reais na capital maranhense, ou seja, em torno de 25% do total gerado pelos três setores econômicos no município e apenas 19,9% do PIB de São Luís. Em São José de Ribamar e Paço do Lumiar, o setor teve pouco peso econômico, com participação de 16% nos PIBs desses municípios, o que corresponde a cerca de 100 milhões de reais no primeiro e 61 milhões no segundo. Com participação de 11,3% do PIB de Raposa e 13,5% do de Alcântara, a indústria também teve pouca importância econômica nesses dois casos (Tabela 4). 8

Tabela 4. Participação dos Impostos, Agropecuária, Industrial e Serviços na composição dos PIBs municipais da RMGSL, em porcentagem. Municípios Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus SUFRAMA. Esses dados ilustram a alta disparidade e concentração econômica existentes na RMGSL, além de indicar o papel desempenhado pela capital do estado no conjunto das atividades. A espacialização da dinâmica de integração daí resultante foi apresentada no REGIC 2007, ao se traçar a região de influência da Área de Concentração Populacional (ACP) 2 de São Luís (Mapa 3). Impostos (%) Agropecuária (%) Indústria (%) Serviços (%) Alcântara 6,4 25,7 13,5 54,4 Paço do Lumiar 4,7 8,0 16,8 70,5 Raposa 2,6 31,0 11,3 55,1 São José de Ribamar 7,7 3,5 16,8 72,0 São Luís 19,4 0,1 19,9 60,6 Mapa 3. Região de influência de São Luís, segundo o REGIC 2007. Fonte: IBGE (2008) Esta concentração econômica e a abrangência da região de influência de São Luís é um resultado de vários processos históricos, mas alguns condicionantes espaciais também 2 Acerca desta denominação, o referido estudo traz a seguinte nota: Para as cidades que constituem grandes aglomerações urbanas, a unidade de observação foi o conjunto da Área de Concentração de População - ACP ou de suas sub-áreas. As ACPs são definidas como grandes manchas urbanas de ocupação contínua, caracterizadas pelo tamanho e densidade da população, pelo grau de urbanização e pela coesão interna da área, dada pelos deslocamentos da população para trabalho ou estudo. As ACPs se desenvolvem ao redor de um ou mais núcleos urbanos, em caso de centros conurbados, assumindo o nome do município da capital, ou do município de maior população. (IBGE, 2008, p.11). 9

ajudam a entendê-la. Uma condição importante é a localização privilegiada do porto ludovicense para o mercado internacional, a qual tem sido aproveitada pelos setores de exportação agrícola e mineral situado no Maranhão. Composto pelo porto do Itaqui e dos terminais de uso privado Ponta da Madeira e Alumar, o Complexo Portuário de São Luís é, conforme a Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP), o segundo maior do país em movimentação de carga. De acordo com dados da EMAP, em 2012, mais de 133,5 milhões de toneladas foram operadas nesse complexo. Em relação à movimentação de carga entre os anos de 2001 a 2012, nota-se o aumento expressivo do volume de cargas comercializadas no Complexo Portuário de São Luís (Tabela 5). Tabela 5. Movimentação total de cargas nos Portos organizados e Terminais de uso Privativo (TUP), por sentido, por tipo de navegação e por natureza de mercadoria. São Luís MA, 2001 e 2012. Porto Porto do Itaqui Fonte: Adaptado de Mapa Socioeconômico de São Luís. Ainda segundo a Tabela 5, percebe-se que a navegação de Longo Curso, isto é, a realizada entre portos situados em diferentes países, representou, nos dois anos de referência, a maioria absoluta do volume comercializado no Complexo Portuário de São Luís. A fim de dimensionar a importância desse complexo portuário, vale a constatação da 3ª edição da Pesquisa CNT do Transporte Marítimo, realizada pela Confederação Nacional do Transporte: TUP Ponta da Madeira 2001 2012 TUP Alumar Complexo Itaqui Porto do Itaqui TUP Ponta da Madeira TUP Alumar Complexo Itaqui Desembarque 3.904.902 0 3.877.457 7.782.359 8.015.457 0 10.172.037 18.187.494 Embarque 8.687.979 54.926.197 5.561.657 69.175.833 7.684.642 105.033.621 2.602.195 115.320.458 Longo Curso 9.823.460 54.150.357 5.733.884 69.707.701 12.770.456 104.861.266 3.883.714 121.515.436 Cabotagem 2.769.421 776.097 3.704.973 7.250.491 2.929.643 172.355 8.890.518 11.992.516 Granel Sólido 7.935.429 54.708.343 9.439.114 72.082.886 7.896.585 105.033.621 11.996.074 124.926.280 Granel Liquido 4.415.266 217.854-4.633.120 7.554.711 0 778.158 8.332.869 Carga Geral 242.186 - - 242.186 248.803 0 0 248.803 Embarcações 380 - - - 777 533 326 1.636 Total 12.592.881 54.926.454 9.438.857 76.958.192 15.700.099 105.033.621 12.774.232 133.507.952 Em 2011, o porto [do Itaqui] movimentou 13,9 milhões de toneladas (6,7 milhões de toneladas de granéis sólidos, 7,0 milhões de toneladas de granéis líquidos e 200 mil toneladas de carga geral), o que representa 4,5% de toda a movimentação dos portos organizados no Brasil, alcançando, além disso, a segunda maior movimentação de granéis líquidos entre os portos organizados, ficando atrás apenas do porto de Santos. (CNT, 2012, p.2) 10

Quando se observa a movimentação das principais mercadorias, nota-se que o setor agropecuário e o de extração mineral respondem pela maior parte do volume comercializado através da navegação de Longo Curso no referido complexo portuário. Em 2012, por exemplo, o TUP Ponta da Madeira exportou 103.821.884 de toneladas de minério de ferro para o exterior, enquanto o fluxo via navegação de cabotagem, isto é, entre portos do Brasil, foi de apenas de 1.530.417 toneladas de manganês. O volume de ferro gusa e de soja exportados via o porto de Itaqui foi de 4.659.048 toneladas, e o TUP da Alumar exportou 2.493.588 toneladas de alumina e 34.860 de bauxita (Tabela 6). Tabela 6. Movimentação das principais mercadorias nos Portos organizados e Terminais de uso Privativo, por tipo de navegação, em São Luís MA, 2012. Porto/TUP de Origem Tipo de Navegação Grupo de Mercadoria Quantidade (t) TUP Ponta da Madeira Cabotagem Manganes 1.530.417 Longo Curso Minério de Ferro 103.821.884 Combustíveis e óleos minerais e produtos 5.168.264 Contêineres 13.255 Cabotagem Alumina 20.000 Coque de petróleo 189 Plasticos e suas obras 3 Produtos químicos orgânicos 12.965 Interior Combustíveis e óleos minerais e produtos 17.454 Plasticos e suas obras 1 Itaqui Alcool etilico 27.559 Alumínio e suas obras 54.603 Cobre, níquel, estanho, outros metais e suas obras 447.207 Contêineres 30.645 Longo Curso Ferro gusa 1.914.361 Manganes 44.888 Milho 526.471 Reatores, caldeiras, máquinas 236 Soja 2.744.687 Cabotagem Alumina 73.747 TUP Alumar Alumina 2.493.588 Longo Curso Bauxita 34.860 Total 118.977.284 Fonte: ANTAQ, disponibilizado em www.antaq.gov.br/. 2. SÃO LUÍS E OS NOVOS INVESTIMENTOS NO MARANHÃO Nos últimos dez anos, grandes investimentos têm sido planejados para serem instalados no Maranhão, tanto pelo setor público, como privado. A Secretaria de Desenvolvimento da Indústria e Comércio do Governo do Maranhão (SEDINC) identificou 68 grandes projetos a serem implementados ou em execução no estado, entre os anos de 2010 a 2016, totalizando cerca de 120 bilhões de reais previstos (HOLANDA, 2013). Do montante de investimentos previstos: 31% (R$ 37 bilhões) correspondem a atividades petroquímicas; 29% ao segmento de logística (rodovias, duplicação da Estrada de Ferro Carajás e ampliação das instalações portuárias); 13,7% com a geração 11

e distribuição de energia (Usina Hidrelétrica de Estreito, usinas termelétricas do Itaqui, Energia Eólica, entre outros); 5,7% com a atividade de reflorestamento, papel e celulose; 0,8% em atividades do ramo de mineração e metalúrgica (Gráfico 2). Gráfico 2. Investimentos em Andamento e Planejados no Estado do Maranhão (2010-2017), em % do Total. 0,8 5,7 13,7 15,9 3,8 31,1 29,0 Petroquímica Logística Geração e Distribuição de Energia Mínero Metalúrgica Reflorestamento, Papel e Celulose Governo Federal, Estadual e Municipal Outros Fonte: SEDINC-MA (apud HOLANDA, 2013). Percebe-se, também, uma participação expressiva de investimentos do Governo Federal, Estadual e Municipal, totalizando quase 16% do volume contabilizado. Segundo relatório do próprio Governo Federal, entre os anos de 2011 a 2014, um montante de 17,71 bilhões de reais foi destinado ao Maranhão através da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento, conhecida como PAC 2 (BRASIL, 2013). O relatório ainda informa que outros 45,85 bilhões de reais estão previstos para serem aplicados depois de 2014. A distribuição geográfica destes investimentos abrange todas as regiões do Maranhão (Mapa 4), no entanto, em relação ao porte financeiro, os maiores e em fase de implantação situam-se na região Norte do Estado, sobretudo em São Luís e Bacabeira, município que fica a 60 km do primeiro. 12

Mapa 4. Localização dos investimentos previstos e em andamento no Estado do Maranhão, de 2010 a 2016. Fonte: Elaborado por Yata Anderson M., com base nos dados disponibilizados pela SEDINC- MA. 3. CONCLUSÃO O relevante peso que São Luís apresentou na dinâmica econômica do Maranhão advém do século XVIII e XIX, sobretudo quando as atividades de exportação agrícola foi transformada em um grande negócio nesse território. Findado o primeiro auge da produção agrícola voltada ao mercado externo, especialmente a de algodão, a capital maranhense viveu o primórdio de sua história industrial, com a produção têxtil, que entrou em decadência ainda no século XIX. Destes processos históricos, uma cidade populosa foi se consolidando, inclusive emancipando-se em mais três municípios. Situada em uma ilha compartilhada com São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa, a cidade de São Luís mantém alta integração com estes municípios vizinhos. Os quatro municípios foram os primeiro a compor a RMGSL, que, na verdade, trata-se de um recorte territorial criado para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum a este espaço urbano, tal como prevê o parágrafo 3º do Artigo 25 da Constituição Federal. Alcântara viria a ser incorporada à Grande São Luís em 2003, mesmo tendo a baía de São Marcos como divisa da ilha onde se encontra os demais municípios da região. 13

A recente anexação de Bacabeira, Rosário e Santa Rita à RMGSL, em abril de 2013, torna necessária a inclusão dos mesmos em análises futuras sobre a região. Contudo, no presente estudo, optou-se por um exercício comparativo considerando a constituição deste território instituído antes desta anexação. Os dados quantitativos demonstram o grande peso demográfico e econômico que os municípios da Ilha de Upaon-Açu exercem sobre o Maranhão. Todavia, quando a análise se restringe apenas aos municípios da ilha e Alcântara isto é, a composição da RMGSL até o início de 2013, fica evidente a enorme concentração demográfica e, sobretudo, econômica de São Luís sobre os demais municípios da região. Afinal, com 76% da população residente na RMGSL em 2010, a capital maranhense também respondeu por quase 95% de todo PIB produzido na região durante o ano de 2011. Convém observar que, conforme os dados relacionados às movimentações portuárias realizadas, São Luís é um grande exportador de soja, apesar de sua ínfima produção agrícola. Isto é apenas um indicativo de sua ligação com as atividades econômicas desenvolvidas fora de seu território no caso, a produção de soja situada em vários municípios do Maranhão, sobretudo os da Região Sul. Esses dados ajudam a dimensionar a importância de São Luís no conjunto da economia maranhense e explicar, mesmo que em parte, a abrangência estadual de sua região de influência. E, com os novos blocos de grandes investimentos que recentemente têm sido dirigidos ao Maranhão, esta importância estratégica tende a se acentuar, em vista da concentração das atividades de serviços em São Luís e de sua posição e função portuária, que lhe garante um papel estratégico no desenvolvimento da economia do estado. 14

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