ADAPTAÇÃO PARA A ACESSIBILIDADE DO CAMPUS DE UVARANAS DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA



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11. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ÁREA TEMÁTICA: ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA (X ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( ) SAÚDE ( ) TRABALHO ( ) TECNOLOGIA ADAPTAÇÃO PARA A ACESSIBILIDADE DO CAMPUS DE UVARANAS DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA PEREIRA, Elias 1 ROCHA, Gabriel 2 KRÜGER, José Adelino 3 LAROCA JÚNIOR, Joel 4 RESUMO- O campus de Uvaranas da Universidade Estadual de Ponta Grossa apresenta vários pontos com falhas gritantes de acessibilidade. Isso se deve ao fato dele ter sido projetado em uma época em que a acessibilidade das edificações era muitas vezes ignorada. Neste contesto alguns dos blocos do campus de Uvaranas foram construídos, e hoje alguns já tem cerca de trinta anos de uso. Este trabalho tem por objetivo a análise e proposição de reformas das áreas externas e acessos dos blocos do campus em relação às normas e leis de acessibilidade, focando nas dificuldades de pessoas com mobilidade reduzida. Uma pessoa com mobilidade reduzida é aquela que, temporária ou permanente, tem limitada a sua capacidade de se relacionar com o meio e de utilizá-lo como, por exemplo, pessoas com deficiência visual, idosas, obesas, gestante, entre outros (ABNT NBR 9050:2004). Foram feitas saídas de campo percorrendo todas as áreas externas do campus, para o mapeamento e medição dos pontos em que se apresentavam falhas construtivas, de planejamento ou de manutenção que se caracterizavam como obstáculos às pessoas com mobilidade reduzida. Todos os pontos com falhas de acessibilidade foram catalogados, separados pelos seus respectivos blocos e apontados no mapa do campus obtido junto à Pró- Reitoria de Planejamento da UEPG. Partindo daí, o presente trabalho procura apontar as falhas e propor soluções pontuais para as desconformidades. Para cada solução adotada, foi analisada a norma técnica ABNT NBR 9050:2004 referente à acessibilidade interna e externa de edificações. PALAVRAS CHAVE Acessibilidade. UEPG. Campus Uvaranas. 1 Acadêmico de Eng. Civil UEPG, bolsita Fundação araucária. e-mail: elias_pereira@outlook.com 2 Acadêmico de Eng. Civil UEPG. e-mail: gabriel_redhot@yahoo.com 3 Doutor, professor do departamento de Eng. Civil. e-mail: jakruger@uepg.br 4 Mestre, professor do departamento de Eng. Civil e-mail:

11. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 2 Introdução Acessibilidade pode ser definida como acesso com segurança e autonomia de todas as pessoas, incluindo as portadoras de deficiência e com mobilidade reduzida, ao meio físico da sociedade, à comunicação e ao transporte. A Norma Brasileira ABNT NBR 9050:2004 define acessibilidade como sendo [...] a possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, de edificações, espaços, mobiliários e equipamentos urbanos. A legislação brasileira, através da Lei 10.098, de 19 de dezembro de 2000, define a palavra acessibilidade como [...] possibilidade e condição de alcance para a utilização, com segurança e autonomia, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos transportes e dos sistemas e meios de comunicação, por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida. Esse tema tem sido amplamente abordado nos dias atuais, e tornou-se comum vê-lo empregado em diversas áreas do conhecimento e nos divulgado nos meios de comunicação. Um dos principais meios de efetivamente concretizar a inclusão de pessoas com mobilidade reduzida seria por meio da Engenharia Civil, pois se os conceitos de acessibilidade forem observados no momento do planejamento e da execução de projetos arquitetônicos, não existiriam barreiras ou empecilhos para a circulação de pessoas na edificação já construída. Esse pensamento também é válido para modificações em construções já existentes, e que precisam de adequações para atenderam as especificações normativas, obedecendo assim as necessidades gerais de todos. Seguindo este enfoque, existem vários estudos e pesquisas ligados a Engenharia Civil que podem servir de material de estudo e de consulta, como leis e normas. Quando se quer uma edificação que atenda rigorosamente os conceitos de acessibilidade, é de extrema importância que esse material literário seja consultado e levado em consideração no momento da execução dos projetos, para que o produto final, que é a edificação, possa ser facilmente utilizado por todos. Partindo dessas considerações, o presente projeto tem por objetivo desenvolver um estudo que verifique se as áreas externas e acessos dos blocos do campus de Uvaranas da Universidade Estadual de Ponta Grossa estão em conformidade com as normas e leis atuais de acessibilidade, focando em obstáculos para pessoas com mobilidade reduzida. Objetivos Um dos objetivos é a realização de uma pesquisa bibliográfica sobre o tema acessibilidade, normas e as leis vigentes sobre o assunto, que devem ser observadas no decorrer do mesmo. Após a pesquisa, deve ser feito um material de apoio contendo o que realmente considera-se importante e que possivelmente será útil. Esse material de apoio dever ser utilizado nas saídas de campo para sanar possíveis dúvidas. Outro objetivo é a obtenção da planta baixa das edificações e áreas externas do campus de Uvaranas da UEPG, para que sejam feitas as divisões das áreas de ação. Essa divisão deve ser feita para organizar as saídas de campo e estabelecer metas para o término do trabalho, assim como alterar a escala da planta para facilitara sua manipulação no campo. Outro objetivo é organizar as saídas de campo e estabelecer os materiais necessários para as mesmas. Com todo o material organizado devem ser feitas as saídas de campo para a coleta de dados, aferições da planta e medições necessárias. Com esses dados pode ser feito o georeferênciamento dos pontos com falhas de acessibilidade no mapa. Por fim o objetivo é a proposição das melhorias a serem feitas para o enquadramento dos pontos falhos na norma. Para isso cada ponto falho deve ter uma descrição completa de como se solucionar o problema, podendo ser feito um projeto com planta baixa se necessário. Metodologia A pesquisa desenvolvida no trabalho teve início com a elaboração de planos de trabalho que visavam à organização das ações futuras. Posteriormente foi realizada a pesquisa bibliográfica sobre a acessibilidade e temas que fizessem alusão ao assunto. Encontramos muito material, como normas, leis, trabalhos acadêmicos, artigos e reportagens. Como o objetivo do nosso trabalho era unicamente acessibilidade em áreas externas, tivemos que apanhar tudo o que tínhamos encontrado e separar apenas os itens que seriam úteis no decorrer dos trabalhos. Utilizamos principalmente em nosso trabalho os conceitos da Lei 10.0982 instituída em dezembro de 2000 e a NBR 9050 que veio a implementar a lei já citada. A Lei 10.0982 veio como forma de regulamentar as questões de acessibilidade, que estabelece, basicamente, normas gerais e

11. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 3 critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, seja esta temporária ou não. Esta lei determinou parâmetros e definições sobre questões até então desconsideradas em muitos projetos urbanos e arquitetônicos, tais como acessibilidade em vias públicas, parques urbanos, estacionamentos, mobiliário urbano, transporte coletivo, edifícios públicos e privados, bem como acesso a sinais de tráfego e semáforos e aos sistemas de comunicação. A partir das questões apresentadas na Lei 10.098 a ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas publicou a NBR 9050, que estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados quando do projeto, construção, instalação e adaptação de edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos às condições de estabilidade, proporcionando à maior quantidade possível de pessoas, independente da faixa etária, estatura, limitação física e de mobilidade ou percepção, a utilização autônoma e segura de todos os espaços e equipamentos urbanos. A principal contribuição da NBR 9050 é a normatização das regras a serem adotadas por todos os profissionais envolvidos na construção, sendo referência em de todo o gênero de projeto. A importância desta norma se reflete, também, na responsabilidade técnica dos profissionais das áreas de arquitetura e engenharia, que devem assegurar junto ao CREA Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura que o projeto está ou não de acordo com a NBR 9050. Dessa forma, o profissional fica responsável em prever e implantar as definições de acessibilidade no projeto segundo a norma NBR 9050. Após ter todo o material normativo necessário, iniciamos as saídas de campo, nas quais circulávamos pelas áreas externas dos blocos da universidade observando as desconformidades estipuladas pela norma. Quando encontrávamos falhas construtivas, de projeto ou de manutenção, elas eram analisadas, referenciadas no mapa do campus e eram tiradas uma ou mais fotografias do local. Todos os pontos eram enumerados e referenciados no mapa do campus. No decorrer das saídas de campo pudemos observar que várias falhas se repetiam como é o caso de falta de rebaixo de meio fio, ausência de rampas, degraus nas portas, etc. A tabela e as fotografias a seguir exemplificam o método adotado. Quadro 1- Tabela utilizada nas saídas de campo Ponto no Observações Foto(s) Medidas mapa 1 Ponto de ônibus 01 2 Placa na calçada 02 3 Ausência de passagem elevada 03A e 03B 4 Ausência de rampa na entrada e passagem estreita 04A e 04B h=0,6 cmx1 m 5 Ausência de vagas para deficientes no estacionamento 05 h= 75 cm 6 Ausência de acesso ao estacionamento 06 h=75 cm 7 Degraus na porta 07A e 07B 8 Placa e ausência de rampa 08A e 08B h=90 cm 9 Rebaixamento da calçada 09 10 Rebaixamento da calçada 10 Fonte: Pesquisa de campo Alguns pontos mostraram-se incapazes de serem representados com apenas uma imagem, como foi o caso dos pontos 3, 4, 7 e 8 da tabela acima. Sendo assim foram tiradas tantas fotografias quantas foram necessárias para cada ponto, diferenciando-as com letras seguindo o alfabeto.

11. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 4 acima. Esta foto retirada do software Auto CAD mostra os pontos no mapa, referentes à tabela Figura 1 Marcação dos pontos tabelados no mapa Figura - Parte da planta de implantação do campus de Uvaranas Fonte: Universidade Estadual de Ponta Grossa Pró-reitoria de Planejamento A foto abaixo é referente a figura 03A do Quadro 1, que mostra a ausência de passagem elevada, mas em segundo plano também mostra a falta de rampa de acesso à porta e o poste da placa de sinalização no meio do passeio. Figura 2 Ausência de passagem elevada Figura Ausência de passagem elevada Fonte: Os autores

11. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 5 Por fim agrupamos todos os pontos encontrados e fizemos as proposições das possíveis adaptações das falhas, para que se adequassem a norma NBR 9050 (ABNT, 2004). Resultados Foram encontrados diversos problemas arquitetônicos e de manutenção referentes a NBR 9050 (ABNT, 2004), que tornam algumas áreas de difícil acesso ou até ate mesmo impedem o seu acesso. As falhas que mais se repetiram foram as irregularidades nos passeios, ausência de passeio, falta de rebaixamento em meio fios, degraus nas portas, portas estreitas, falta de rampas, escadas com degraus muito altos, falta de corrimãos, passeios estreitas e postes no meio dos passeios. Algumas dessas desconformidades são de fácil adequação a norma, não demandando muita verba para isso, e sendo assim podendo até mesmo serem resolvidas pela própria universidade. Conclusões Propôs-se realizar um projeto de adequação das áreas externas do campus de Uvaranas da Universidade Estadual de Ponta Grossa em relação às atuais normas e leis de acessibilidade, focando em pessoas com dificuldade de locomoção. Entende-se que o trabalho apresentado cumpre o objetivo geral, levando em consideração as metas estipuladas inicialmente. A Lei 10.098 e a NBR 9050 mostraram ser dois instrumentos de grande importância para a garantia da acessibilidade. Quando utilizadas de forma correta e responsável agregam valor inestimável aos espaços, de forma funcional e inclusiva. É importante pensar nos espaços como elementos de integração e socialização quando se trata de acessibilidade e mobilidade irrestrita, independente de faixa etária, estatura, limitação física e de mobilidade ou percepção. A possibilidade de circular de forma livre, sem impedimentos de barreiras e desníveis, é um direito de todos os cidadãos. A adequação nas leis e normas vigentes sobre acessibilidade seria, de certa forma, um dever ético dos profissionais de engenharia e arquitetura, pois são estes os responsáveis técnicos pelo bom funcionamento de edificações. Ambos devem unir esforço para minimizar erros e equívocos de projeto e execução, alem de prezar por fatores que assegurem a acessibilidade em locais públicos ou privados, internos ou externos, de grande, médio ou pequeno porte, com alto ou baixo fluxo de pedestres. Dessa forma, garantir um espaço livre e desimpedido de obstáculos é possibilitar a minimização de acidente, e garantir o desenvolvimento e inclusão social, sendo de responsabilidade de todos, para o benefício de todos e o crescimento de toda a sociedade. Acredita-se que as adequações indicadas neste trabalho solucionariam os problemas de acessibilidade em áreas externas do campus, assim facilitando a vinda de um possível aluno ou visitante com dificuldade de locomoção. Inclusive, tais modificações criariam oportunidade e maior interesse em pessoas que muitas vezes têm vontade de fazer um curso superior e, pelas dificuldades arquitetônicas encontradas no dia-a-dia do ambiente universitário, acabam desistindo de tal realização. Sabemos que todo o campus universitário precisa de adequações, e outros estudos sobre as áreas internas dos blocos são necessários para que se possa contar com uma universidade totalmente adaptada. Referências ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050 Acessibilidade a edifícios, mobiliário, espaço e equipamentos urbanos. Rio de janeiro: ABNT, 2004. BRASIL. Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Estabelece normas e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das Pessoas Portadoras de Deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. Disponível em: <http://planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l10098.htm>. Acesso em 13 abr. 2013. PEREIRA, Elias; ROCHA, Gabriel. Fotografia do software Auto CAD, 30 março. 2013.,2013. 1 fot.: PEREIRA, Elias; ROCHA, Gabriel. Fotografia Reitoria UEPG, 30 março. 2013.,2013. 2 fot.:

11. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 6 PEREIRA, Elias; ROCHA, Gabriel. Tabela das saídas de campo, 30 março. 2013.,2013. 1 quadro.: