FUNDO DE PENSÕES FUTURO ACTIVO RELATO FINANCEIRO 2012

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Transcrição:

FUNDO DE PENSÕES FUTURO ACTIVO RELATO FINANCEIRO 2012

--2- ÍNDICE 1. RELATÓRIO DE GESTÃO... 4 1.1. EVOLUÇÃO DOS ATIVOS EM 2012... 5 1.2. POLÍTICA DE INVESTIMENTO... 8 1.3.EVOLUÇÃO DOS RISCOS MATERIAIS... 10 1.4. GESTÃO DOS RISCOS MATERIAIS... 13 1.5. RESPONSABILIDADES E FINANCIAMENTO... 13 2. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS... 14 3. NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS... 18 3.1. NOTA INTRODUTÓRIA... 19 3.2. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS... 19 3.3. SISTEMAS DE GESTÃO DE RISCO E CONTROLO INTERNO... 22 3.4. INVENTÁRIO... 29 3.5. APLICAÇÕES DO FUNDO DE PENSÕES... 30 3.6. DEVEDORES... 30 3.7. ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS... 30 3.8. CREDORES... 31 3.9. CONTRIBUIÇÕES... 31 3.10. BENEFÍCIOS PAGOS... 31 3.11. GANHOS LÍQUIDOS DOS INVESTIMENTOS... 31

--3-3.12. MAIS / MENOS VALIAS REALIZADAS... 32 3.13. RENDIMENTOS... 32 3.14. OUTRAS DESPESAS... 33 4. CERTIFICAÇÃO DO REVISOR OFICIAL DE CONTAS... 34

1. RELATÓRIO DE GESTÃO

Dez-11 Jan-12 Fev-12 Mar-12 Abr-12 Mai-12 Jun-12 Jul-12 Ago-12 Set-12 Out-12 Nov-12 Dez-12 Milhões de Euros ---5- RELATÓRIO DE GESTÃO 1.1. EVOLUÇÃO DOS ATIVOS EM 2012 A conjuntura macroeconómica caracterizou-se, em 2012, por um novo abrandamento a nível mundial, com exceção dos EUA. Evolução dos Ativos O continente Europeu atravessou um ano assolado pela crise do Euro e da dívida soberana dos países da periferia, muito embora as medidas encetadas, sobretudo a partir de meados do ano, tenham permitido uma acalmia e o estreitamento de spreads face à dívida pública alemã. 1,2 1,0 0,8 0,6 1,06 1,08 1,10 1,10 1,09 1,07 1,07 1,09 1,10 1,10 1,10 1,11 1,12 Nos mercados acionistas, os índices de referência revelaram uma 0,4 tendência ascendente ao longo do ano, interrompida apenas no 2º trimestre e em outubro-novembro, quando os investidores se retraíram, atemorizados com as más notícias vindas dos países periféricos e 0,2 0,0 apreensivos em relação à determinação dos líderes da Zona Euro em tomar as medidas necessárias. Nos EUA, observou-se um comportamento claramente positivo dos índices acionistas, com o Nasdaq a liderar os ganhos (+15,9%), seguido do S&P 500 (+13,4%) e do industrial Dow Jones (+7,3%) comportamentos que estarão ligados às novas medidas de estímulo anunciadas pela Fed, mas também às decisões dos líderes do euro. Na Europa, os índices beneficiaram bastante da acalmia em torno da crise do euro e do perfil mais interventivo de Mario Draghi. Assim, o Eurostoxx 50 avançou 13,8% e o PSI-20 2,9%, com este índice nacional a ser condicionado pela recessão da economia portuguesa. Mais robustas foram as subidas dos índices da Alemanha e França o DAX e o CAC valorizaram 29,1% e 15,2%, respetivamente. Fora da Zona Euro, o FTSE-100 registou uma subida de 5,8%. O valor do FUNDO DE PENSÕES FUTURO ACTIVO, no final de dezembro de 2012, ascendia a 1.119.843,61. Durante o exercício, não houve contribuições (subscrições e transferências de outros fundos de pensões) e não foram resgatadas unidades de participação (reembolsos, pagamento de pensões e transferências para outros fundos de pensões). O FUNDO DE PENSÕES FUTURO ACTIVO registou nos últimos 12 meses uma rendibilidade líquida, medida pela variação da cotação das unidades de participação, de 5,99%. O risco (medido pela volatilidade das rendibilidades semanais ao longo do ano) foi de 3,48%.

-6- RELATÓRIO DE GESTÃO ESTRATÉGIA E MOVIMENTOS OCORRIDOS EM 2012 As deliberações sobre a atuação a seguir pela gestão são tomadas tendo por base as classes de ativos. Assim, considera-se em cada classe não apenas a exposição efetiva direta e indireta, como também a exposição implícita, tendo em conta posições de futuros / opções, sempre que existam. A liquidez é representada pelos depósitos a prazo em instituições financeiras, certificados de depósito, bilhetes de tesouro, papel comercial e outros instrumentos de curto prazo. Consideram-se também nesta classe de ativos os valores dos devedores e credores. As principais deliberações tomadas nas reuniões mensais do Comité de Investimentos, ao longo de 2012, para cada classe de ativos, foram as seguintes: AÇÕES No decorrer do ano, de uma forma geral, as deliberações tomadas visaram a manutenção da exposição ao segmento acionista tendo em conta a perspetiva de valorização dos mercados. ESTRUTURA DA CARTEIRA DE ATIVOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 AÇÕES 28,5% LIQUIDEZ 1,3% OBRIGAÇÕES (RISCO DE TAXA DE JURO) Continuou-se a adotar a atitude cautelosa face ao risco de taxa de juro apostando numa estratégia de duração média do segmento de dívida pública de taxa fixa inferior à duração média do benchmark seguido pela gestão. OBRIGAÇÕES (RISCO DE CRÉDITO) Tal como no ano anterior, a deliberação ao longo de 2012 apontou no sentido de não aumentar o risco de crédito da carteira de uma forma global, optando-se por uma atuação pontual, através da análise caso a caso, para a hipótese de proceder a um aumento do risco de crédito. No final de 2012, a carteira de ativos do FUNDO DE PENSÕES continuava a apresentar uma maior exposição em títulos de rendimento fixo, com um peso de cerca de 70% do total, mantendo-se em linha com o peso definido para o ponto central seguido pela gestão. O segmento acionista representava cerca de 29% da carteira. TITULOS DE DÍVIDA 70,2% A carteira de ativos do FUNDO DE PENSÕES FUTURO ACTIVO terminou o ano com uma exposição em liquidez dentro dos limites definidos.

-7- RELATÓRIO DE GESTÃO SEGMENTOS 31 dez 2011 31 mar 2012 30 jun 2012 30 set 2012 31 dez 2012 POLÍTICA DE INVESTIMENTOS * Segmentos Limites Dívida Pública Euro 54,56% 47,64% 48,76% 55,39% 54,61% Sovereign Corporate Euro 22,86% 22,91% 23,16% 15,59% 15,58% Corporate 30% - 80% Obrigações 77,42% 70,55% 71,92% 70,99% 70,19% Obrigações 30% - 80% Ações (Europa) 5,63% 5,85% 5,57% 5,90% 6,27% Acções Europa Ações (EUA) 7,04% 7,71% 7,27% 7,56% 7,38% Acções EUA Ações (Japão) 5,19% 5,45% 5,35% 5,13% 5,05% Acções Japão 10%-50% Ações (Merc. Emergentes 4,47% 9,71% 9,13% 9,54% 9,77% Acções Merc.Emerg. Acções 22,32% 28,72% 27,31% 28,13% 28,47% Acções 10% - 50% Investimento Direto 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% Imóveis 0% - 40% Investimento Indireto 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% FII 0% - 40% Imobiliário / F.I.I. 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% Imobiliário 0% - 40% Líquidez 0,26% 0,73% 0,77% 0,89% 1,33% Liquidez 0% - 20% TOTAL 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% Risco Cambial 0% - 30% * De acordo com o Regulamento de Gestão do FUNDO DE PENSÕES FUTURO ACTIVO Notas: Na classificação dos ativos por classes é considerada a exposição direta e indireta, como forma de identificar a segmentação prevista na política de investimento contratualizada e proceder à análise dos segmentos adequadamente.

-8- RELATÓRIO DE GESTÃO 1.2. POLÍTICA DE INVESTIMENTO A política de investimento do FUNDO DE PENSÕES FUTURO ACTIVO tem como principal objetivo formular os princípios de investimento e as linhas orientadoras de gestão dos ativos do FUNDO DE PENSÕES, com vista a potenciar o retorno das aplicações, a médio e a longo prazo, baseada em regras e procedimentos e evitar um inadequado risco de perda e obter um rendimento adequado ao risco incorrido. A política de investimento é objeto de revisão, pelo menos, de três em três anos, sem prejuízo da necessária revisão sempre que ocorram eventuais alterações significativas nos mercados financeiros, desde que das alterações não resultem situações de incumprimento da legislação em vigor. A política de investimento descrita no artigo 6º do regulamento de gestão do FUNDO DE PENSÕES FUTURO ACTIVO foi revista, a última vez, em 24 de março de 2010. A estratégia seguida para o FUNDO DE PENSÕES em matéria de afetação de ativos foi definida com base num modelo de adequação da estratégia de investimento, atendendo aos objetivos e ao regime legal específico dos fundos de pensões abertos e ao tipo de perfil dos Participantes a que o FUNDO DE PENSÕES FUTURO ACTIVO se destina a investidores que assumam uma tolerância ao risco muito elevada, tenham uma perspetiva de valorização do seu capital no longo prazo e não tenham necessidade de liquidez no curto prazo. O quadro seguinte apresenta a estratégia seguida em matéria de afetação de ativos, incluindo os limites de exposição a diferentes tipos de aplicações. Classe de ativos Obrigações e outros títulos de dívida, Fundos de Investimento Mobiliário (FIM s) de Obrigações Ações e Fundos de Investimento Mobiliário (FIM s) de Ações Investimento Imobiliário (Direto e Fundos de Investimento Imobiliário FII) a. O limite relativo a valores mobiliários que não se encontrem admitidos à negociação em bolsas de valores ou em outros mercados regulamentados de Estados membros da União Europeia, ou em mercados análogos de países da OCDE é 15%. b. O limite relativo a aplicações expressas em moedas distintas do euro é de 30%. Se este valor ultrapassar os 30%, a Entidade Gestora deve aplicar, no excesso, metodologias adequadas à cobertura dos riscos envolvidos, nomeadamente do risco de crédito e do risco cambial. Mínima Exposição Máxima 30 80 10 50 0 40 Direto 0 40 Fundos de Investimento Imobiliário (FII s) 0 40 Liquidez 0 20

-9- RELATÓRIO DE GESTÃO c. O FUNDO DE PENSÕES tendencialmente efetuará a cobertura do risco cambial inerente às aplicações financeiras expressas em divisas que não o euro. d. O FUNDO DE PENSÕES poderá investir em organismos de investimento coletivo não harmonizados, com os seguintes limites: i. O limite de investimento em organismos de investimento coletivo em valores mobiliários de índices não harmonizados, que não façam uso do efeito de alavancagem, é de 30%; PRINCÍPIOS E REGRAS PRUDENCIAIS O permanente controlo da composição da carteira de ativos, mantido ao longo de 2012, teve como principal objetivo assegurar que, a exposição da carteira do FUNDO DE PENSÕES FUTURO ACTIVO, se mantivesse no rigoroso cumprimento das regras e limites legais de diversificação e dispersão prudenciais, bem como no cumprimento das regras e princípios gerais relativos à política de investimento, composição e avaliação da carteira de ativos que compõem o seu património, estabelecidos pelo Instituto de Seguros de Portugal (ISP). ii. O limite de investimento em organismos de investimento coletivo não harmonizados que se enquadrem no âmbito da alínea e) do n.º 1 do artigo 19.º da Diretiva n.º 85/611/CEE, de 20 de dezembro, alterada pela Diretiva n.º 2001/108/CE, de 21 de janeiro de 2002, é de 30%; Em 31 de dezembro de 2012, não se verificaram situações de desvios. iii. O limite de investimento em outros organismos de investimento coletivo não harmonizados é de 10%. e. O FUNDO DE PENSÕES poderá utilizar derivados, operações de reporte e empréstimos de valores, de acordo com a legislação em vigor e de acordo com os limites legais com o objetivo de proceder à cobertura do risco de investimento do FUNDO DE PENSÕES e de proceder a uma adequada gestão do seu património. f. O FUNDO DE PENSÕES poderá utilizar investimentos de retorno absoluto, como estabilizadores de rendibilidade e outras aplicações que tenham por objetivo proporcionar retornos que não estejam diretamente correlacionados com a evolução dos mercados acionistas e obrigacionistas, num limite máximo de 3% do valor do seu património.

-10- RELATÓRIO DE GESTÃO 1.3.EVOLUÇÃO DOS RISCOS MATERIAIS Considerando a política de investimento definida para o FUNDO DE PENSÕES FUTURO ACTIVO, este poderá refletir diferentes fatores de risco relacionados com o investimento em ações, nomeadamente em mercados emergentes, onde a variação dos preços dos ativos é normalmente mais acentuada (risco de variação de preço que cada ativo integra). Também os ativos de taxa juro incorporam risco, seja o risco de crédito do emitente, o risco de variação da taxa de juro ou o risco de spread, associado à volatilidade dos spreads de crédito. Os ativos denominados em moeda estrangeira incorporam o risco originado pela volatilidade da taxa de câmbio face ao euro (risco cambial). Poderá também refletir os riscos de exposição geográfica e setorial associados ao investimento em diferentes países (risco de concentração). Em relação ao ano transato, não existiu qualquer alteração aos principais riscos materiais a que o FUNDO DE PENSÕES se encontra exposto, no entanto verificou-se um aumento global do VaR, relacionado com o risco de variação de preços com ações, consequência do aumento de exposição ao segmento acionista. ao uso de instrumentos financeiros derivados, ou de produtos substantivamente equiparáveis. A monitorização do risco de mercado é efetuado através da metodologia do VaR (Value at Risk). No final de dezembro de 2012, o VaR Global a 1 ano do FUNDO DE PENSÕES FUTURO ACTIVO era de 115.444. Considerando o risco dos investimentos subjacentes e as respetivas correlações, esta medida permite ter 99,5% de confiança de que a variação do valor do FUNDO DE PENSÕES ao longo de um ano não resultaria numa perda superior àquele montante. Ou seja, existe 0,5% de probabilidade de que o FUNDO DE PENSÕES possa desvalorizar mais do que 10,31% no período de um ano, superior ao valor apurado em 31 de dezembro de 2011, que representava 8,86%. 31-Dez-12 31-Dez-11 Em termos Absolutos ( ) Mark-to-Market (Total da Carteira) 1.119.844 % 1.056.594 % RISCO DE MERCADO A Norma Regulamentar N.º 8/2009-R, de 4 de junho do ISP define risco de mercado como sendo o o risco de movimentos adversos no valor de ativos do fundo de pensões, relacionados com variações dos mercados de capitais, dos mercados cambiais, das taxas de juro e do valor do imobiliário, intrinsecamente relacionado com o risco de mismatching entre ativos e responsabilidades, e incluindo ainda os riscos associados VaR Global (1 ano) 115.444 10,31% 93.565 8,86% Risco taxa de juro 18.297 1,63% 13.162 1,25% Risco variação preços com ações 108.926 9,73% 77.590 7,34% Risco variação preços com imobiliário 0 0,00% 0 0,00% Risco crédito (spread) 3.052 0,27% 2.448 0,23% Risco cambial 33.041 2,95% 22.257 2,11% Risco concentração 30.401 2,71% 49.436 4,68%

-11- RELATÓRIO DE GESTÃO i. Risco de taxa de juro o resultado da aplicação de choques de subida e de descida da taxa de juro ao longo da Estrutura Temporal de Taxa de Juro (ETTJ) mede o impacto no FUNDO DE PENSÕES. Em dezembro de 2012 o risco de taxa de juro era de 18.297. ii. Risco de variação de preços com ações mede a sensibilidade da carteira a variações no mercado de ações. Estão expostos a este risco, as ações e os fundos de investimento de ações, sendo o seu impacto nos resultados, com horizonte temporal a um ano de 108.926. O aumento de exposição no segmento face ao exercício anterior resultou numa variação do VaR de 2,39%, comparativamente com o ano de 2011. segmento acionista com consequente dispersão de ativos ao nível da sua concentração por grupo económico, face à situação que se verificava em 2011. vii. Risco com produtos derivados Em dezembro de 2012 não havia investimento em produtos derivados na carteira do FUNDO DE PENSÕES FUTURO ACTIVO pelo que o risco com este tipo de ativos era igual a zero. iii. Risco de variação de preços de imóveis/imobiliário não aplicável, motivado pela inexistência deste tipo de ativos. iv. Risco de crédito (spread) reflete a mudança em valor para movimentações da curva de crédito relativamente à taxa de juro sem risco. O VaR a um ano era de 3.052. v. Risco cambial aplicando choques de valorização e desvalorização cambial é possível calcular o VaR para flutuações cambiais face ao euro. Neste contexto, a perda para o FUNDO DE PENSÕES seria de 33.041. vi. Risco de concentração refere-se à volatilidade existente em carteiras muito concentradas e às perdas por incumprimento do emissor. O cálculo no âmbito da concentração por contraparte (Grupo Económico) tem em conta fatores como a qualidade creditícia da contraparte e os limites de concentração por rating. O risco de concentração para o FUNDO DE PENSÕES era de 30.401. A diminuição deste risco é explicado pela diminuição da exposição em títulos de dívida (77% para 70%), e aumento do investimento no

-12- RELATÓRIO DE GESTÃO EXPOSIÇÃO POR RATING DÍVIDA PUBLICA OU EQUIPARADA 86,4% RISCO DE LIQUIDEZ Risco de Liquidez do FUNDO DE PENSÕES é entendido como a capacidade de tornar liquida no mercado, a posição detida em ativos, com a maior rapidez e com o menor impacto possível, ao nível dos resultados realizados face ao que seria expectável mantendo as posições em carteira. 13,6% Os resultados aos testes realizados demonstram que 99,98% das posições de investimento direto em ações seriam alienadas no período AAA AA+ médio de 1 dia sem afetar de forma significativa o valor do FUNDO DE PENSÕES. À data de 31 de dezembro de 2012, o investimento direto em Obrigações referia-se a Dívida Soberana. Dentro deste segmento, que corresponde a 28,37% do total da carteira do FUNDO, 86,4% referem-se a emissões com rating AA+ e 13,6% a rating AAA (escala S&P). Risco de Liquidez - Ações detidas Média de dias para liquidar posição 31-Dez-12 31-Dez-11 1,00 99,98% 1,00 99,96% % ações da carteira total 0,53% 0,52%

-13- RELATÓRIO DE GESTÃO 1.4. GESTÃO DOS RISCOS MATERIAIS 1.5. RESPONSABILIDADES E FINANCIAMENTO CARTEIRA DE OBRIGAÇÕES No final do ano de 2012 a maturidade média ponderada da carteira de obrigações do FUNDO DE PENSÕES FUTURO ACTIVO era de 1,7 anos. À mesma data, cerca de 78% do valor global da carteira de Dívida era representada por títulos emitidos por estados soberanos, enquanto os emitentes corporate representavam cerca de 22%. A carteira de Dívida Pública de taxa fixa equivalia a 28,37% da carteira de ativos do FUNDO DE PENSÕES FUTURO ACTIVO e estava alocada em França (23,03%), Alemanha (3,86%) e Áustria (1,48%). VALOR ATUAL DAS RESPONSABILIDADES PASSADAS No final do ano de 2012 o FUNDO DE PENSÕES ABERTO FUTURO ACTIVO não financiava qualquer Adesão Coletiva. Lisboa, 10 de abril de 2013 A Yield to Maturity média da carteira de taxa fixa era de 0,5%, para uma Modified Duration média de 3,85 anos e uma maturidade média de 4,2 anos. GESTÃO DO RISCO CAMBIAL Durante o ano de 2012, não se efetuou a cobertura do risco cambial da exposição a ativos denominados em moedas diferentes do euro, uma vez que o montante global nessa situação não excede o limite previsto na política de investimento do fundo.

2. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

-15- DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Fundo de Pensões FUTURO ACTIVO DEMONSTRAÇÃO DA POSIÇÃO FINANCEIRA ATIVO Notas 31-Dez-2012 31-Dez-2011 INVESTIMENTOS Terrenos e edifícios - - Instrumentos de capital e unidades de participação 787.200,82 477.415,47 Títulos de dívida pública 311.255,48 568.587,47 Outros títulos de dívida - - Empréstimos concedidos - - Numerário, depósitos em instituições de crédito e aplicações MMI 14.995,02 3.434,32 Outras Aplicações - - 3.4 1.113.451,32 1.049.437,26 OUTROS ATIVOS Devedores Entidade gestora - - Estado e outros entes públicos - - Depositários - - Associados - - Participantes e beneficiários - - Outras entidades 1.540,33-3.6 1.540,33 - Acréscimos e diferimentos 3.7 6.449,24 7.899,94 Total do Ativo 1.121.440,89 1.057.337,20 PASSIVO 31-Dez-2012 31-Dez-2011 Credores Entidade gestora 379,77 358,29 Estado e outros entes públicos - - Depositários 110,51 101,86 Associados - - Participantes e beneficiários - - Outras entidades 1.107,00 282,90 3.8 1.597,28 743,05 Acréscimos e diferimentos 3.7 0,00-0,00 Total do Passivo 1.597,28 743,05 VALOR DO FUNDO 3.5 1.119.843,61 1.056.594,15 VALOR DA UNIDADE DE PARTICIPAÇÃO 10,3788 9,7926

-16- DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONTRIBUIÇÕES Notas 31-Dez-2012 31-Dez-2011 Associados - - Participantes - - Beneficiários - - Transferência de outros fundos de pensões / seguros - - PENSÕES, CAPITAIS E PRÉMIOS ÚNICOS VENCIDOS 3.9 - - Prémios de seguro - - Pensões pagas Velhice - - Invalidez - - Orfandade - - Viuvez - - Reforma antecipada e pré-reforma - - Reembolsos - - Encargos inerentes ao pagamento das pensões - - Transferência para outros fundos de pensões / seguros - - GANHOS LÍQUIDOS DOS INVESTIMENTOS 3.10 - - Terrenos e edifícios - - Instrumentos de capital e unidades de participação 30.978,75-41.391,84 Títulos de dívida pública 430,94 3.134,56 Outros títulos de dívida 18.982,96-365,31 Outras Aplicações - - RENDIMENTOS LÍQUIDOS DOS INVESTIMENTOS Fundo de Pensões FUTURO ACTIVO DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS 3.11 50.392,65-38.622,58 Terrenos e edifícios - - Instrumentos de capital e unidades de participação 1.035,12 1.275,21 Títulos de dívida pública 12.840,81 12.609,25 Outros títulos de dívida 5.130,73 3.756,28 Empréstimos concedidos - - Numerário, depósitos em instituições de crédito e aplicações MMI 59,63 947,36 Outras Aplicações - - 3.13 19.066,29 18.588,10 OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS 3.13-0,01 OUTRAS DESPESAS 3.14 6.209,48 6.019,68 RESULTADO LÍQUIDO 63.249,46-26.054,15

-17- DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS 31-Dez-2012 31-Dez-2011 OPERAÇÕES SOBRE ENTRADAS / SAÍDAS (PATRIMÓNIO DO FUNDO) RECEBIMENTOS: Contribuições - Associados - - Contribuições - Participantes - - Contribuições - Beneficiários - - Transferências - De fundos de pensões - - Transferências - De seguros - - Transferências - De fundos de investimento PPR/E - - PAGAMENTOS: Pensões pagas - - Prémios únicos para aquisição de rendas vitalícias - - Capitais vencidos - Remições - - Capitais vencidos - Vencimentos - - Transferências - Para fundos de pensões - - Transferências - Para seguros - - Transferências - Para fundos de investimento PPR/E - - Encargos inerentes ao pagamento das pensões - - Subsídios por morte - - Prémios de seguros de risco de invalidez ou morte - - Indemnizações resultantes de seguros contratados pelo fundo - - Participação nos resultados dos contratos de seguro emitidos em nome do fun - - Reembolsos fora das situações legalmente previstas - - Devolução por excesso de financiamento - - Fluxo Líquido das Operações sobre o Património do Fundo - - OPERAÇÕES DE GESTÃO CORRENTE RECEBIMENTOS: Outros rendimentos e ganhos - 0,01 PAGAMENTOS: Fundo de Pensões FUTURO ACTIVO DEMONSTRAÇÕES DE FLUXOS DE CAIXA Remunerações - De gestão 4.361,56 4.273,22 Remunerações - De depósito e guarda de ativos 618,54 514,90 Outras despesas 375,15 2.066,15 Fluxo Líquido das Operações de Gestão Corrente - 5.355,25-6.854,26 Fluxo de Caixa Líquido das Atividades Operacionais - 5.355,25-6.854,26 FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO 31-Dez-2012 31-Dez-2011 Operações da Carteira de Títulos RECEBIMENTOS: Recebimentos - Alienação / reembolso dos investimentos 781.989,42 456.033,42 Recebimentos - Rendimentos dos investimentos 25.766,31 19.578,45 PAGAMENTOS: Pagamentos - Aquisição de investimentos 783.989,76 587.529,16 Pagamentos - Comissões de transação e mediação 0,08 54,11 Pagamentos - Outros gastos com investimentos 6.849,94 453,70 Fluxo Líquido das Atividades de Investimento 16.915,95-112.425,10 Variações de caixa e seus equivalentes 11.560,70-119.279,36 Efeitos de alterações da taxa de câmbio - - Disponibilidades no início do período 3.434,32 122.713,68 Disponibilidades no fim do período 14.995,02 3.434,32

3. NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

-19- NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 3.1. NOTA INTRODUTÓRIA O FUNDO DE PENSÕES FUTURO ACTIVO é um fundo de pensões aberto, que permite adesões individuais (com plano de pensões de contribuição definida) e adesões coletivas (com plano de pensões de contribuição definida e/ou de benefício definido). Foi constituído em 24 de Março de 2010 e a sua comercialização teve início na mesma data. Tem um património autónomo, tendo como objetivo conceder pensões a título de pré-reforma, reforma antecipada, reforma por velhice, invalidez ou sobrevivência. A sua carteira é constituída por obrigações de taxa fixa e obrigações de taxa indexada, por ações, por fundos de investimento mobiliário e imobiliário e por depósitos em instituições de crédito. O FUNDO DE PENSÕES é gerido pela FUTURO, tendo como principal mandatário a Montepio Gestão de Activos, SA.. 3.2. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS As demonstrações financeiras constantes neste relatório foram preparadas a partir dos registos contabilísticos do FUNDO DE PENSÕES, de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal e em conformidade com as normas regulamentares aplicáveis do Instituto de Seguros de Portugal. Os principais critérios valorimétricos utilizados foram os seguintes: ESPECIALIZAÇÃO DE EXERCÍCIOS O FUNDO DE PENSÕES FUTURO ACTIVO tem o registo das receitas e das despesas de acordo com o princípio da especialização de exercícios pelo qual as receitas e despesas são reconhecidas à medida que são geradas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos ou pagos e as correspondentes receitas ou despesas são registadas nas rubricas de acréscimos e diferimentos. VALORIZAÇÃO DE INSTRUMENTOS FINANCEIROS O critério de valorização dos ativos é o seguinte: 1. INSTRUMENTOS DE DÍVIDA a. Activos admitidos em mercado regulamentado Para estes ativos, admitidos numa bolsa de valores ou em mercados regulamentados de Estado membro da União Europeia, ou noutros análogos de países da OCDE com funcionamento regular, reconhecidos e abertos ao público, foi utilizado o preço do respetivo mercado. b. Activos não admitidos em mercado regulamentado Os títulos desta categoria são valorizados, por ordem de prioridade: i. Níveis de mercado; ii. Cálculo do preço com base em modelos de desconto de fluxos financeiros; iii. Níveis indicativos de mercado; iv. Utilização de modelos de avaliação universalmente aceites. c. Activos a deter até à Maturidade

-20- NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Baseia-se no respetivo valor de reembolso e na respetiva taxa efetiva de capitalização (nas situações de manutenção dos títulos até à maturidade). d. Movimento de Referência O movimento de referência para as colocações disponibilizadas pelas Bolsas é às 17h00 do dia da valorização. RENDIMENTOS Os rendimentos respeitantes a rendimentos de títulos são contabilizados no período a que respeitam, exceto no caso de dividendos de ações que são reconhecidos quando recebidos. 2. INSTRUMENTOS DE CAPITAL Na valorização dos instrumentos de capital é utilizado o preço de fecho do respetivo mercado ou a cotação disponível à hora de referência. CONTRIBUIÇÕES As contribuições efetuadas para o Fundo são reconhecidas quando recebidas. COMISSÕES 1. COMISSÕES DE GESTÃO A comissão de gestão corresponde à remuneração da entidade gestora, cobrada ao FUNDO DE PENSÕES FUTURO ACTIVO pela gestão financeira, técnica e administrativa do FUNDO DE PENSÕES. O cálculo da comissão resulta da aplicação da percentagem definida no Regulamento de Gestão sobre o valor do FUNDO DE PENSÕES apurado diariamente. PENSÕES PAGAS As pensões são reconhecidas no momento em que são devidas, sendo este momento, em regra, o mesmo em que ocorre o seu pagamento. 2. COMISSÕES DE BANCO DEPOSITÁRIO Esta comissão corresponde ao pagamento à Caixa Económica Montepio Geral pelos serviços prestados no âmbito do contrato de mandato e tarifário do FUNDO DE PENSÕES FUTURO ACTIVO. O método de cálculo reside na aplicação da percentagem, definida no contrato, sobre o valor médio da carteira de ativos apurado em cada trimestre.

-21- NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS REGIME FISCAL De acordo com o artigo 16º do Estatuto dos Benefícios Fiscais, os Fundos de Pensões e equiparáveis são isentos de: i. IRC relativo aos rendimentos obtidos pelos Fundos de Pensões e equiparáveis e, ii. Imposto municipal sobre transmissões onerosas de imóveis. De acordo com o Decreto-lei nº 192/2005, os lucros distribuídos a sujeitos passivos que beneficiem de isenção total são tributados à taxa de 20% se as ações a que correspondem os lucros não tenham permanecido em carteira, de modo ininterrupto, durante o ano anterior à data da colocação do dividendo e não venham a ser mantidas durante o tempo necessário para completar esse período.

-22- NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 3.3. SISTEMAS DE GESTÃO DE RISCO E CONTROLO INTERNO 1. EXPOSIÇÃO E ORIGEM DOS RISCOS Fruto da política de investimento adotada, o FUNDO DE PENSÕES FUTURO ACTIVO está exposto a diversos tipos de risco, refletindo o risco implícito dos ativos que constituem a composição da carteira do FUNDO DE PENSÕES: Risco de Mercado reflete diferentes fatores de risco relacionados com o investimento em ações, onde a variação dos preços dos ativos é normalmente mais acentuada (sensibilidade da carteira a variações no mercado de ações). Igual condição está subjacente ao preço dos imóveis/imobiliário, embora a variação de preços destes não seja tão volátil. A classe de ativos de taxa de juro também é outro dos focos de risco, resultado das flutuações das taxas de juro ou dos spreads de créditos bem como pelo risco de crédito associado ao emitente. O investimento em ativos em moeda estrangeira incorpora o denominado risco cambial, originado pela volatilidade da taxa de câmbio face ao euro. Por fim, o conjunto dos investimentos efetuados poderá potenciar o risco de concentração aos mais diversos níveis, como por exemplo por contraparte ou por nível de rating. Risco de Crédito tal como definido pela Norma Regulamentar N.º 8/2009-R, do ISP, é o risco de incumprimento ou de alteração na qualidade creditícia dos emitentes de valores mobiliários aos quais o fundo de pensões está exposto, bem como dos devedores, prestatários, mediadores, participantes e resseguradores que com ele se relacionam. No âmbito do modelo da European Insurance and Occupational Pensions Authority (EIOPA), a aplicabilidade deste risco está relacionada com a garantia através de contratos de mitigação de risco (contratos de resseguro-benefícios financiados através de apólices de seguro) e contratos de derivados, situações estas que não se verificam no FUNDO DE PENSÕES FUTURO ACTIVO. Pelo efeito das alterações aos credit spreads dos instrumentos de dívida, o risco de crédito está implicitamente associado ao risco de spread, já que se trata do prémio de risco adicional que o mercado exige ao emitente face a outro ativo sem risco, para assumir a exposição de crédito, sob o risco do emitente não apresentar capacidade financeira para cumprir com as suas responsabilidades. Risco de Liquidez é entendido como a capacidade de tornar liquida no mercado, a posição detida em ativos, com a maior rapidez e com menor impacto possível, ao nível dos resultados realizados, face ao que seria expectável mantendo as posições em carteira. Consequência da política de investimento adotada existe o risco de haver uma eventual dificuldade na venda de alguns dos ativos do FUNDO DE PENSÕES. A entidade gestora procura gerir da melhor forma o seu portfólio para que não haja escassez de liquidez. 2. OBJETIVOS, POLÍTICAS E PROCEDIMENTOS DE GESTÃO DE RISCO A integração das políticas e estratégias do sistema de Gestão de Risco e Controlo Interno passou pela adoção de uma política específica que consiste em manter uma cultura de orientação para o risco com repercussão em toda a estrutura organizacional da FUTURO e com especial incidência ao nível das responsabilidades do órgão de administração e dos diretores de topo, estabelecendo os princípios que norteiam a definição das políticas, dos procedimentos e dos respetivos controlos.

-23- NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Considerando as disposições da política de Investimento do FUNDO DE PENSÕES FUTURO ACTIVO relativas à exposição aos diversos riscos e às diferentes disposições legais é monitorizado diariamente o controlo desses limites, através da emissão de um relatório limites legais e investimentos excedidos. O relatório é então analisado detalhadamente para que se decida se há motivos para atuar face aos limites excedidos. Posteriormente, a Gestão de Risco monitoriza o efeito das medidas adotadas e o seu impacto na política de investimento. Simultaneamente são também monitorizados os níveis de exposição aos limites legais e prudenciais que regulamentam o FUNDO DE PENSÕES FUTURO ACTIVO. Para além da verificação do cumprimento da política de investimento e dos limites legais e prudenciais, a FUTURO decidiu reforçar o controlo e a monitorização recorrendo a diversas medidas de risco e a um conjunto de procedimentos internos que visam manter a gestão sã e prudente do risco. Assim, é utilizado um modelo de gestão de Risco fundamentado na perspetiva técnica dos estudos QIS4 da EIOPA. O desenvolvimento de indicadores de tolerância para este modelo permite monitorizar as variações desses indicadores, de acordo com a política de Investimento definida para o FUNDO DE PENSÕES. A monitorização do risco de mercado assenta no cálculo do VaR, com um intervalo de confiança de 99,5% para o horizonte temporal a um ano. Dado o VaR não constituir uma garantia total de que os riscos não excedem a probabilidade usada, são também efetuados Stress Tests, com o objetivo de calcular o impacto de diversos cenários extremos sobre o valor da carteira. e também por sector. Complementarmente é feito o cálculo do número médio de dias necessário para liquidar os 10 títulos mais líquidos e qual o peso que esses mesmos ativos têm na carteira. O conjunto destes testes permite avaliar o grau de liquidez a curto prazo e monitorizar ou atuar perante a possível escassez de liquidez atempadamente. 3. ANÁLISE DE SENSIBILIDADE, MÉTODOS E PRESSUPOSTOS USADOS PARA CADA TIPO DE RISCO RISCO DE MERCADO Atendendo à variabilidade dos investimentos subjacentes e respetivas correlações, permite ter 99,5% de confiança de que a variação do FUNDO DE PENSÕES ao longo do ano de 2013 não resultará numa perda superior a 115.443,67. a. Risco de taxa de juro O Risco de taxa de Juro é medido através da aplicação de choques de subida e descida da taxa de juro ao longo da Estrutura Temporal de Taxa de Juro (ETTJ) e consequente impacto no ativo/passivo do FUNDO DE PENSÕES. A ETTJ é fornecida pelo estudo do EIOPA no QIS4 e corresponde à média das risk free yields curves de cada país da União Europeia (moeda euro) e da risk free yield dos Estados Unidos para o dólar. A aplicação destes choques varia consoante a maturidade dos ativos e a sua duração. A avaliação do nível de liquidez da componente acionista no mercado é feita através de um liquidity test. Esta análise é feita em número de dias para liquidar, tendo em conta o peso que estes ativos detêm na carteira. Este teste consiste na verificação do grau de liquidez por ativo

-24- NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Análise de Sensibilidade Risco Taxa de Juro Pressuposto Choque de subida e descida da taxa de juro variável consoante a maturidade/duração VaR Impacto no valor do Fundo % VaR sobre valor da carteira Montante dos ativos em análise No final do ano, o risco de taxa de juros era de 18.296,51 /ano, o que atesta a baixa sensibilidade a variações ocorridas. Data 18.297 1,63% 317.702 31-Dez-12 13.162 1,25% 576.484 31-Dez-11 Análise de Sensibilidade Risco de Variação de Preços com Ações Pressuposto Choque nos preços dos ativos de 32% para investimentos em países desenvolvidos e 45% para investimentos em mercados emergentes e investimentos alternativos VaR Impacto no valor do Fundo % VaR sobre valor da carteira Montante dos ativos em análise Data 108.926 9,73% 318.859 31-Dez-12 77.590 7,34% 235.875 31-Dez-11 b. Risco de variação de preços com ações Relaciona o risco das ações à volatilidade dos mercados. Utilizando índices de referência para verificar a sensibilidade da carteira a variações no mercado, o risco acionista foi associado a dois índices: i. Global para investimentos em países desenvolvidos ii. Outros mercados emergentes e investimentos alternativos Os fatores de stress a aplicar foram calibrados a partir dos dados históricos do índice MSCI Developed Markets TR, sendo os cenários de choque a aplicar para cada um dos índices 32% e 45%, respetivamente. Em Dezembro o risco de variação de preços com ações era de 108.925,61 /ano. c. Risco de variação de preços com imóveis/imobiliário O risco imobiliário está relacionado com o nível de volatilidade de preços dos imóveis. A aplicação de choques para os imóveis foi calibrado em 20%, que corresponde ao VaR a 99,5%, ou seja, simula-se o impacto imediato no valor de mercado dos ativos, tendo em conta as exposições diretas e indiretas. A calibragem de 20% foi determinada pela EIOPA através da análise de dados históricos do preço dos imóveis de 5 países de União Europeia. Motivado pela inexistência deste tipo de ativos na carteira a sensibilidade do fundo à variação de preços com imobiliário corresponde ao VaR de 0 para o período de um ano.

-25- NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Análise de Sensibilidade Risco Imobiliário Pressuposto Choque de descida de 20% no valor de mercado dos ativos VaR Impacto no valor do Fundo % VaR sobre valor da carteira Montante dos ativos em análise Data 0 0,00% 0 31-Dez-12 0 0,00% 0 31-Dez-11 Análise de Sensibilidade Risco de Spread Pressuposto Volatilidade dos spreads de crédito sobre a estrutura de taxa de juro sem risco VaR Impacto no valor do Fundo % VaR sobre valor da carteira Montante dos ativos em análise Data 3.052 0,27% 317.702 31-Dez-12 2.448 0,23% 576.484 31-Dez-11 A sensibilidade do fundo à variação de preços com imobiliário corresponde ao VaR de 0 /ano para o período de um ano, pelo facto de não existirem na carteira este tipo de ativos. Em Dezembro o impacto do risco de spread seria de 3.052,35, representando 0,27% do valor do FUNDO DE PENSÕES FUTURO ACTIVO. d. Risco de Crédito (Spread) O risco de Spread é explicado pela volatilidade dos spreads de crédito sobre a estrutura de taxa de juro sem risco, o que reflete as mudanças em valor para movimentações da curva de crédito relativamente à taxa de juro sem risco. A calibragem dos choques foi efetuada com base nos dados históricos de spreads de obrigações de médio prazo, de acordo com a notação da agência Moody s, no período de 1991-2006 e das séries históricas dos spreads de obrigações de longo prazo, no período de 1950-2006. Tal como o risco de taxa de juro, a FUTURO analisa o Risco de Spread para dois tipos de obrigações: Taxa fixa e Taxa Indexada. e. Risco Cambial Dado que o valor dos ativos expressos em moeda fora do euro pode alterar face a oscilações cambiais, o cálculo do VaR permite medir a valorização ou a desvalorização das várias moedas de investimento face à moeda de referência. Aplicando choques de valorização e desvalorização cambial (+20% e -20%), será possível calcular o VaR global do risco cambial. A calibragem destes choques foi efetuada com base nas taxas de câmbio de um cabaz composto por 7 moedas diferentes face ao euro. Os dados históricos utilizados foram para o período de 1958-2006 e para as moedas: USD, GBP, ARP, JPY, SEK, CHF e AUD. Análise de Sensibilidade Pressuposto VaR Impacto no valor do Fundo % VaR sobre valor da carteira Montante dos ativos em análise Data Risco Cambial Choques de valorização e desvalorização cambial de 20% 33.041 2,95% 198.244 31-Dez-12 22.257 2,11% 133.542 31-Dez-11

-26- NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS A perda máxima no horizonte temporal de um ano para a variação cambial em análise era de 33.040,64. A análise de sensibilidade considerando os parâmetros definidos, resulta numa perda de 30.400,85, o que representa 2,71% do valor total do FUNDO DE PENSÕES. f. Risco de Concentração O cálculo do risco de concentração é feito no âmbito da concentração por contraparte - Grupo Económico, atendendo a fatores como a qualidade creditícia da contraparte e aos limites de concentração por rating. Os FIM s, na composição das suas carteiras, também contêm risco de concentração, assim, a análise destes é feita numa perspetiva look-through, desde que a exposição a esses FIM s individualmente ultrapassar os 3%. A calibragem do risco de concentração foi efetuada, com o pressuposto de um portfólio de ativos médio de 30% em ações e 70% em obrigações. Nestas 25% serão sem risco (divida soberana com nível de rating AAA) e 75% as restantes. Os 30% em ações replicam a rendibilidade do índice Eurostoxx 50 (série históricas de preços no período de 1993-2006). RISCO DE CRÉDITO Em 31 de Dezembro de 2012 a componente obrigacionista da carteira do FUNDO DE PENSÕES FUTURO ACTIVO com rating igual ou inferior a BB + representava 0%. Através da verificação dos limites da política de investimento são monitorizados os limites de crédito por contraparte, assim como a notação média de rating da carteira, que se situava no final de 2012 no nível AA+, considerando a escala Standard & Poors. Risco de Crédito Percentagem de títulos rating < = BB+ Notação média de rating da carteira (Standard & Poors) 31-Dez-12 0,00% AA+ 31-Dez-11 0,00% AAA Análise de Sensibilidade Risco de Concentração Pressuposto Choque nos ativos tendo em conta fatores como a qualidade creditícia da contraparte e os limites de concentração por rating VaR Impacto no valor do Fundo % VaR sobre valor da carteira Montante dos ativos em análise Data 30.401 2,71% 323.399 31-Dez-12 49.436 4,68% 581.982 31-Dez-11 RISCO DE LIQUIDEZ Os resultados aos testes realizados demonstram que 99,98% das posições detidas em ações seriam alienadas no período médio de 1 dia sem afetar de forma significativa o valor do FUNDO DE PENSÕES.

-27- NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Ativo REN-REDE ENERGET BP PLC NOKIA BANCO OYJ SANTANDER BANCO COM PORT-R Dias para Liquidar Média dias para liquidar posição: % de Valor de Mercado da Carteira O peso total da componente de ações na carteira do FUNDO DE PENSÕES FUTURO ACTIVO é de 0,53%. Posições menos líquidas %VM carteira Volume (20 dias) 1 8,88 527 1.536.593 250 1 22,94 1.361 19.534.730 250 1 10,79 640 37.781.180 200 1 47,52 2.819 79.073.660 447 1 9,85 584 88.645.250 7.596 BANCO AtivoCOM Dias para Liquidar %VM carteira PORT-R BANCO SANTANDER NOKIA OYJ BP PLC REN-REDE ENERGET Média dias para liquidar posição: % de Valor de Mercado da Carteira Posições mais líquidas Valor Mercado Valor Mercado 1 99,9758 Volume (20 dias) Posição 1 9,85 584 88.645.250 7.596 1 47,52 2.819 79.073.660 447 1 10,79 640 37.781.180 200 1 22,94 1.361 19.534.730 250 1 8,88 527 1.536.593 250 1 99,9758 Posição Stress Tests Paralelamente à análise de sensibilidade é calculado o impacto de diversos cenários no valor da carteira, com os seguintes resultados: Stress Tests Black Monday Economic Recovery Falters Escândalo corporativo EUA em recessão Peq capital preocupa Yen Strengthens Taxas juros Alta 100pb Choque da tx crédito Spreads crédito Alta 100% Spreads crédito Alta 50% Spreads crédito Alta 25% Data Nº de ativos para análise Valor dos ativos para análise Impacto em valor Impacto em % 31-Dez-12 25 1.119.844-39.179-3,50% 31-Dez-11 27 1.056.594-36.338-3,43% 31-Dez-12 25 1.119.844-11.558-1,03% 31-Dez-11 27 1.056.594-13.927-1,32% 31-Dez-12 25 1.119.844-26.839-2,40% 31-Dez-11 27 1.056.594-26.413-2,50% 31-Dez-12 25 1.119.844-2.898-0,26% 31-Dez-11 27 1.056.594-8.300-0,78% 31-Dez-12 25 1.119.844-31.728-2,83% 31-Dez-11 27 1.056.594-31.245-2,95% 31-Dez-12 25 1.119.844-1.210-0,11% 31-Dez-11 27 1.056.594-4.044-0,38% 31-Dez-12 25 1.119.844-11.516-1,03% 31-Dez-11 27 1.056.594-8.816-0,83% 31-Dez-12 25 1.119.844 61 0,01% 31-Dez-11 27 1.056.594 564 0,05% 31-Dez-12 25 1.119.844 63 0,01% 31-Dez-11 27 1.056.594 586 0,06% 31-Dez-12 25 1.119.844 63 0,01% 31-Dez-11 27 1.056.594 586 0,06% 31-Dez-12 25 1.119.844 63 0,01% 31-Dez-11 27 1.056.594 586 0,06%

-28- NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 4. CONCENTRAÇÕES DE RISCO NÃO EVIDENTES NOS PONTOS ANTERIORES Não aplicável. 5. ALTERAÇÕES FACE AO PERÍODO ANTERIOR Não houve factos relevantes a assinalar.

-29- NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 3.4. INVENTÁRIO Descrição M oeda ISIN Quantidade /M ontante Valor Custo Valor M ercado Juro Total Carteira REN SGPS SA EUR PTBCP0AM0007 250,00 527,50 513,75 0,00 513,75 BCP-NO EUR GB0007980591 7.596,00 570,53 569,70 0,00 569,70 NOKIA OYJ EUR ES0113900J37 200,00 754,40 585,20 0,00 585,20 BSCH - Espanha EUR FI0009000681 447,00 2.338,10 2.726,70 0,00 2.726,70 BP PLC GBP PTREL0AM0008 250,00 1.378,25 1.301,31 0,00 1.301,31 Schroder Emerg Mkt $ USD LU0106252389 2.787,00 26.355,05 28.284,02 0,00 28.284,02 HSBC BRIC AC $ USD LU0449509016 1.663,00 23.953,42 27.025,96 0,00 27.025,96 HSBC Japanese AC JPY LU0164882085 1.433,00 54.831,06 56.592,32 0,00 56.592,32 ISHARES EURO STOXX50 EUR DE000A0RD800 2.500,00 53.950,00 64.525,00 0,00 64.525,00 BGF US BASIC VAL A2H EUR LU0200685153 536,00 17.177,85 19.022,64 0,00 19.022,64 MS US ADVANT ZH EUR LU0360484769 1.047,00 39.398,61 44.466,09 0,00 44.466,09 ALLIANZ RCM US WT H EUR IE00B4L9GL64 15,00 17.799,30 19.201,80 0,00 19.201,80 HSBC ASIA EXJPN AHC EUR LU0212851702 1.642,00 23.267,14 26.534,72 0,00 26.534,72 Schr INT GL EMO A $ USD LU0269904917 2.725,00 26.625,67 27.510,23 0,00 27.510,23 isheur Cor Bnd xfin GBP IE00B4L5ZG21 513,00 53.378,91 56.822,25 0,00 56.822,25 ish Eur Cor Bnd EUR IE00B3F81R35 465,00 51.684,75 56.774,18 0,00 56.774,18 DBX II IBOX CORP EUR LU0478205379 445,00 55.050,95 60.924,95 0,00 60.924,95 Schr Eur SHT BndBACC EUR LU0106234726 12.300,00 81.426,00 84.870,00 0,00 84.870,00 SCHR INTL EUR SHT T EUR LU0106234643 29.850,00 206.562,00 208.950,00 0,00 208.950,00 Instrumentos de capital e unidades de participação 787.200,82-787.200,82 Rep.Alem. 6% 20/6/16 EUR DE0001134468 35.000,00 42.926,78 42.145,25 1.116,16 43.261,41 RAGB 3.5% 15/07/15 EUR AT0000386198 15.000,00 16.059,75 16.279,95 243,08 16.523,03 FRTR 4% 25/04/2018 EUR FR0010604983 130.000,00 150.098,00 151.372,00 3.561,64 154.933,64 BTNS 2.50% 15/01/15 EUR FR0117836652 56.000,00 57.887,20 58.748,48 1.342,62 60.091,10 BTNS 1.00% 25/07/17 EUR FR0120746609 42.000,00 42.338,94 42.709,80 182,96 42.892,76 Títulos de dívida pública 311.255,48 6.446,46 317.701,94 DEPOSITOS ORDEM EUR 14.995,02 14.995,02 Numerário, depósitos em instituições de crédito e aplicações MMI 14.995,02-14.995,02

-30- NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 3.5. APLICAÇÕES DO FUNDO DE PENSÕES 3.6. DEVEDORES POR SEGMENTOS DA POLÍTICA DE INVESTIMENTO Nota: Na classificação dos ativos por segmentos, em cada classe, é considerada a exposição direta e indireta como forma de identificar a segmentação prevista na política de investimento contratualizada. O património do FUNDO DE PENSÕES FUTURO ACTIVO em 31 de dezembro de 2012, no montante de 1.119.843,61, era constituído principalmente por valores mobiliários, nomeadamente, títulos de rendimento fixo e os respetivos juros decorridos, títulos representativos de capital, unidades de participação em organismos de investimento coletivo, instrumentos representativos de dívida, depósitos bancários e outros ativos de natureza monetária. 31-Dez-2011 Ativo / Passivo Mais / Menos Ativo / Passivo Ativo / Passivo INVESTIMENTOS DO FUNDO bruto valias líquido líquido Por segmentos da política de investimento 31-Dez-2012 Ações 282.674,87 36.184,57 318.859,44 235.874,87 Investimento imobiliário - - - - Obrigações taxa fixa 597.298,67 7.776,81 605.075,48 568.587,47 Juros decorridos - taxa fixa 6.446,46-6.446,46 7.896,74 Obrigações taxa variável 161.370,42 13.150,96 174.521,38 241.540,60 Juros decorridos - taxa variável - - - - Liquidez 14.940,85-14.940,85 2.694,47 Total das aplicações 1.062.731,27 57.112,34 1.119.843,61 1.056.594,15 DEVEDORES AO FUNDO DE PENSÕES Dívidas de terceiros As operações a liquidar no final do ano, no valor total de 1.540,33, representavam os dividendos que estavam por receber referentes ao exercício de 2012. 3.7. ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS (ATIVO) 31-Dez-2012 31-Dez-2011 Entidade gestora - - Estado e outros entes públicos - - Depositários - - Associados - - Participantes e beneficiários - - Operações a liquidar 1.540,33 - Outros devedores - - Acréscimos e diferimentos Total Devedores 1.540,33 - Ativo Passivo 31-Dez-2012 31-Dez-2011 31-Dez-2012 31-Dez-2011 Juros decorridos - taxa fixa 6.446,46 7.896,74 0,00-0,00 Juros decorridos - taxa variável - - - - Juros decorridos - depósitos à ordem 2,78 3,20 - - Diferimento de contribuições - - - - Total Acréscimos e Diferimentos 6.449,24 7.899,94 0,00-0,00 O montante de 6.449,24 corresponde ao valor dos juros decorridos dos títulos de dívida, contados desde o vencimento do último cupão até

-31- NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ao dia 31 de dezembro, e aos juros dos depósitos à ordem vencidos à data de fecho do exercício. 3.10. BENEFÍCIOS PAGOS MONTANTE DOS BENEFÍCIOS PAGOS PELO FUNDO DE PENSÕES 3.8. CREDORES N/A CREDORES DO FUNDO DE PENSÕES 31-Dez-2012 31-Dez-2011 Dívidas a terceiros Entidade gestora 379,77 358,29 Estado e outros entes públicos - - Depositários 110,51 101,86 Associados - - Participantes e beneficiários - - Operações a liquidar - - Custos com auditoria 1.107,00 282,90 Outros credores - - Total Credores 1.597,28 743,05 O valor total de dívidas a terceiros reparte-se em 379,77 de comissões de gestão determinadas no 4º trimestre de 2012 a liquidar à FUTURO, em 110,51 da comissão de depositário do 4º trimestre a pagar ao Montepio e nos 1.107,00 que traduzem o custo da auditoria do ano. 3.9. CONTRIBUIÇÕES 3.11. GANHOS LÍQUIDOS DOS INVESTIMENTOS TOTAL DE GANHOS E PERDAS (POTENCIAIS MAIS REALIZADAS) ATIVO 31-Dez-2012 31-Dez-2011 Por segmentos da política de investimento Ganhos / Perdas Ações 36.167,45-41.296,45 Investimento imobiliário indireto - - Obrigações taxa fixa 6.262,94 3.134,56 Obrigações taxa variável 13.150,96-147,26 Comissões de mediação - 0,08-54,11 Ganhos / Perdas cambiais - 5.188,62-259,32 Total ganhos / perdas 50.392,65-38.622,58 Nota: Na classificação dos ativos por segmentos, em cada classe, é considerada a exposição direta e indireta como forma de identificar a segmentação prevista na política de investimento contratualizada. N/A CONTRIBUIÇÕES EFETUADAS PARA O FUNDO DE PENSÕES O resultado das aplicações realizadas no exercício de 2012 foi positivo em 50.392,65, com todos os segmentos a apresentarem ganhos. O aumento do valor das perdas cambiais resultou da desvalorização das moedas dos ativos expressos em moedas fora do cabaz face à cotação do euro.

-32- NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 3.12. MAIS / MENOS VALIAS REALIZADAS 3.13. RENDIMENTOS GANHOS E PERDAS RESULTANTES DA ALIENAÇÃO / REEMBOLSO DAS APLICAÇÕES RENDIMENTOS LÍQUIDOS DOS INVESTIMENTOS Ganhos da alienação/reembolso Perdas da alienação/reembolso INVESTIMENTOS DO FUNDO 31-Dez-2012 31-Dez-2011 31-Dez-2012 31-Dez-2011 Por segmentos da política de investimento Ações 0,24 8.926,38 17,36 11.947,72 Investimento imobiliário - - - - Obrigações taxa fixa 806,54-2.320,41 1.978,84 Obrigações taxa variável - - - - Liquidez - - - - Total ganhos / perdas realizadas 806,78 8.926,38 2.337,77 13.926,56 Nota: Na classificação dos ativos por segmentos, em cada classe, é considerada a exposição direta e indireta como forma de identificar a segmentação prevista na política de investimento contratualizada. O ano de 2012 terminou com todos os segmentos a apresentarem perdas superiores aos ganhos na alienação e/ou reembolso dos ativos. As perdas mais acentuadas verificaram-se no segmento das obrigações de taxa fixa, sobretudo à custa da evolução desfavorável do mercado de dívida pública nacional. 31-Dez-2012 31-Dez-2011 RENDIMENTOS LÍQUIDOS DOS INVESTIMENTOS Terrenos e edifícios - - Ações e unidades de participação 1.035,12 1.275,21 Obrigações taxa fixa 12.840,81 12.609,25 Obrigações taxa variável 5.130,73 3.756,28 Depósitos em instituições de crédito 59,63 947,36 Total Rendimentos Líquidos 19.066,29 18.588,10 Outras receitas - 0,01 Total Rendimentos 19.066,29 18.588,11 O valor de 19.066,29 reflete os valores efetivamente recebidos e por receber à data de 31 de dezembro pelo FUNDO DE PENSÕES FUTURO ACTIVO relativamente aos vários rendimentos obtidos das aplicações efetuadas em ações, unidades de participação, obrigações e em depósitos.

-33- NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 3.14. OUTRAS DESPESAS ENCARGOS RESULTANTES DA ATIVIDADE DO FUNDO DE PENSÕES 31-Dez-2012 31-Dez-2011 Decréscimos no valor do Fundo Comissões de gestão 4.383,04 4.263,41 Comissões de depositário 627,19 520,42 Outras despesas 92,25 104,25 Taxa I.S.P. - - Custos de auditoria 1.107,00 1.131,60 Resultado de exercícios anteriores - - Total Decréscimos 6.209,48 6.019,68 O montante de 4.383,04 apresentado em Comissões de gestão reflete o custo suportado pelo FUNDO DE PENSÕES com a gestão financeira, administrativa e atuarial devido à entidade gestora em 2012, conforme estabelecido pelas condições contratuais. Nas restantes rubricas estão refletidas as comissões de depositário do Montepio na qualidade de banco depositário no valor de 627,19, calculadas de acordo com o contrato de mandato em vigor e os custos de auditoria da KPMG & Associados SROC S.A. referentes ao exercício de 2012 no total de 1.107,00. A rubrica Outras despesas reflete maioritariamente os valores despendidos com pagamento de pedidos de informação financeira ao(s) Banco(s), por parte dos auditores.

4. CERTIFICAÇÃO DO REVISOR OFICIAL DE CONTAS

FUTURO SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE PENSÕES, S.A. Rua de Santa Justa, n.º 109 2.º 1100-484 LISBOA Tel.: +(351) 213 248 250 Fax: (+351) 213 248 131 Internet: www.futuro-sa.pt e-mail: geral@futuro-sa.pt