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Transcrição:

DETERMINAÇÃO DA CONTRAÇÃO LATERAL DO DIÂMETRO EM LIGAS METÁLICAS UTILIZANDO- SE O SCILAB DETERMINATION OF DIAMETER LATERAL CONTRACTION IN METALLIC ALLOYS USING SCILAB Luciana Claudia Martins Ferreira Diogenes, graduada e mestre em Física pela Unicamp, doutora em Engenharia Mecânica pela Unicamp. Resumo: Em projetos que envolvem estruturas é muito importante analisar as deformações causadas pelas cargas aplicadas. As estruturas em engenharia são deformáveis e dessa forma, precisa-se estudar se a estrutura atende a finalidade a qual é destinada e na determinação das tensões. Através de um gráfico de tensão-deformação pode-se obter muitas propriedades dos materiais como módulo de elasticidade, tensão se escoamento, tensão de ruptura, etc, assim como em um gráfico de tensão-deformação de cisalhamento, onde se obtém o coeficiente de rigidez e vários valores de tensão de cisalhamento. Nesse trabalho, será mostrada uma análise do comportamento de um corpo de prova de várias ligas-metálicas submetido a uma carga de 22 kn em um ensaio de tração. Através do uso do software Scilab, valores da contração no diâmetro foram calculados com as fórmulas específicas e com as propriedades mecânicas obtidas de tabelas. Palavras-chaves: alongamento, ensaio de tração, ligas metálicas, resistência dos materiais. Abstract: In projects involving structures it is very important to analyze the deformations caused by applied loads. The structures in engineering are deformable and in this way, it is necessary to study if the structure serves the purpose for which it is destined and in the determination of the tensions. Through a strain-strain graph one can obtain many properties of the materials such as modulus of elasticity, yield stress, rupture stress, etc., as well as in a stress-strain graph where the stiffness coefficient And various shear stress values. In this work, an analysis of the behavior of a test specimen of several metal alloys subjected to a load of 22 kn will be shown in a tensile test. Through the use of the Scilab software, contraction values in the diameter were calculated with the specific formulas and with the mechanical properties obtained from tables. Keywords: stretching, tensile test, metal alloys, strength of materials. I. INTRODUÇÃO O ensaio de tração consiste em aplicar uma carga de tração uniaxial a uma taxa muita lenta e constante em um corpo até o momento de sua ruptura (DALCIN,2007). Indústrias utilizam muito esse ensaio, como por exemplo em indústrias no ramo automotivo, como em bielas. Segundo (VAZ, 2012), bielas são projetadas para suportar tanto esforços em tração quanto em compressão e falham quando submetidas a esforços que ultrapassam seu limite de escoamento. Para realizar o ensaio de tração (figura 1), torna-se necessário ter um corpo padronizado em tamanho e forma (figura 2). Inicialmente, mede-se a área transversal inicial A 0 e o comprimento inicial L o. Tal comprimento é referente a distância entre as duas marcas feitas ao longo do corpo, longe das extremidades, as quais são encaixadas em juntas universais para evitar a deflexão do corpo. Uma máquina realiza a função de puxar o corpo a uma carga crescente até o corpo se romper. O alongamento δ é dado por (HIBBELER,2010):

δ = L L 0 (1) onde L: comprimento final, L 0: comprimento inicial. O ensaio de tração permite construir o diagrama de tensão-deformação importante para se obter dados sobre a resistência a tração de um material sem considerar o seu tamanho ou a geometria do material (HIBBELER, 2010): Figura 1. Ensaio de tração em um corpo de prova padronizado. Fonte: (BEER, 2011). Figura 2. Corpo de prova padronizado para ensaio de tração. Fonte: (BEER, 2011).

A tensão nominal ou tensão de engenharia σ é dada por (ANDRADE, 2007, p. 23), (DALCIN, 2007, p. 10), (HIBBELER, 2010), (CALLISTER, 2010, p. 154), (BEER, 2011, p.81): σ = P L 0 (2) A deformação nominal ou a deformação de engenharia é dada por (HIBBELER, 2010): ε = δ L 0 (3) A figura 3 mostra um exemplo de diagrama de tensão- deformação de um material como o aço. Durante o comportamento elástico do material tem-se uma linha reta, ou seja, a tensão é proporcional a deformação. O valor máximo de tensão suportada nessa região é denominado de limite de proporcionalidade, σ lp. Se a tensão for superior ao limite de proporcionalidade, em uma pequena região onde a reta tende a se curvar, o material ainda se comporta como elástico até o limite de elasticidade. Na região denominada de escoamento, o material se deforma permanentemente até a tensão de escoamento, σ e. Após a região de escoamento, encontra-se a região de endurecimento por deformação. Nessa região, o corpo vai se alongando e a área de sua secção transversal vai diminuindo. No ponto σ r, tem-se o limite de resistência. A medida que o corpo se alonga, após o limite de resistência, a área da secção transversal vai diminuindo até o corpo de prova quebrar, na tensão de ruptura σ r (HIBBELER, 2010):

Figura 3. Exemplo de um diagrama tensão-deformação. Fonte: (HIBBELER, 2010). 156): Quando o material se comporta na região linear, tem-se a seguinte relação (CALLISTER, 2010, p. σ = εe (4) onde E é o módulo de elasticidade ou módulo de Young. Ao se deformar um corpo quando ele está submetido a uma força de tração axial, ao mesmo tempo que ele se alonga axialmente, ele se contrai radialmente ou lateralmente (figura 4). As deformações referentes a essas contrações são dadas por: ε long = δ L (5) ε lat = δ r (6) onde ε long é a deformação no comprimento, ε lat é a deformação radial, δ é a deformação no raio e r é o raio. Na região elástica, a razão entre essas deformações é constante e essa razão é chamada de coeficiente de Poisson, ν,dado por (DALCIN, 2007, p. 12): ν = ε lat ε long (7)

Figura 4. Deformação na espessura e na largura. Fonte: (HIBBELER, 2010). Um corpo quando submetido a um cisalhamento, na região linear do diagrama de tensão-deformação de cisalhamento (figura 5) tem-se que: τ = Gγ (8) onde τ é a tensão de cisalhamento, G é o módulo de elasticidade de cisalhamento ou de rigidez e γ é a deformação por cisalhamento.

Figura 5. Diagrama de tensão- deformação de cisalhamento. Fonte: (HIBBELER, 2010). O módulo de elasticidade, o coeficiente de Poisson e o módulo de elasticidade de cisalhamento estão ligados da seguinte forma (CALLISTER, 2010, p. 161): G = E 2(1+ν) (9) Valores do módulo de elasticidade de elasticidade E, do módulo de cisalhamento e da tensão de escoamento σ e, para algumas ligas metálicas são mostrados na figura 6.

Figura 6. Tabela de propriedades mecânicas para algumas ligas. Fonte: (HIBBELER, 2010).

II. METODODOLOGIA Considerando um teste de tração em um corpo mostrado na figura 7, suponha que a carga nele aplicada e as suas dimensões sejam: P= 22*10 3 N, d 0 = 25*10-3 m, L 0= 250*10-3 m, δ= 1,2*10-3 m. Figura 7. Corpo de prova usado para calcular o alongamento lateral no diâmetro. Fonte: (HIBBELER, 2010). Considere o corpo de prova da figura 7 formado por todos os materiais da figura 6: ligas de alumínio forjadas 2014-T6, ligas de alumínio forjadas 6061-T6, ligas de ferro fundido cinzento ASTM 2, ligas de ferro fundido maleável ASTM A-197, ligas de cobre latão vermelho C83400, ligas de cobre bronze C86100, liga de magnésio Am 1004-T61, ligas de aço estrutural A36, ligas de aço inoxidável 304, ligas de aço ferramenta L2 e ligas de titânio T1-LA1-4V. Para se encontrar a contração lateral no diâmetro δ (substitua r por d o na eq. 6), deve-se utilizar o software Scilab disponível na internet para instalação e sem nenhum custo, e inserir todas as equações necessárias, além dos valores das propriedades mecânicas para cada material utilizado. Primeiramente, o programa calculou a tensão que o corpo está submetido pela eq. 2. O valor encontrado foi ser comparado com o valor da tensão de escoamento σ e encontrado na figura 6 para cada material escolhido. A eq. 3 foi utilizada para se determinar a deformação, cujo valor foi utilizado na eq. 4 para se determinar o módulo de elasticidade E. A partir de E calculado e do valor de G obtido da figura 6, determina-se o coeficiente de Poisson ν, usando a eq. 9. Da eq. 7 foi obtida a deformação lateral ε lateral. Dessa forma, a contração lateral no diâmetro é calculada pela eq. 6, com a substituição já explicada anteriormente.

O programa criado no Scilab é apresentado a seguir. Programa no software Scilab para calcular a contração no diâmetro em corpos de provas de ligas metálicas clear L0= 250*10^-3; D= 25*10^-3; P= 22*10^3; δ= 1.2*10^-3; //alongamento materialfinal=[]; Gfinal=[]; δlatfinal=[]; σfinal=[]; comparacaofinal=[]; σe= [414;255;0;0;70;345;152;250;207;703;924] // para comparaçao em MPa i=1; for G= [27*10^9,26*10^9,27*10^9,68*10^9,37*10^9,38*10^9,18*10^9,75*10^9,75*10^9,75*10^9,44*10^9 ] material=['ligas de aluminio forjadas 2014-T6'; 'ligas de alumínio forjadas 6061-T6';' ligas de ferro fundido cinzendo ASTM 2';'ligas de ferro fundido maleável ASTM A-197'; 'ligas de cobre latão vermelho C83400'; 'ligas de cobre bronze C86100'; 'liga de magnésio Am 1004-T61'; 'ligas de aço estrutural A36'; 'ligas de aço inoxidável 304'; 'ligas de aço ferramenta L2'; 'ligas de titânio T1-LA1-4V']; format(7) material1=material(i); σ= (4*P)/(%pi*D^2); //tensão σ<σe ε= δ/l0; E=σ/ε; ν= E/(2*G)-1; //contração εlat=-ε*ν; δlat=εlat*d; // e o sinal negativo??? comparacao=σ<(σe(i)*10^6); comparacaofinal=[comparacaofinal;comparacao];

δlatfinal=[δlatfinal;δlat/10^-3]; σfinal=[σfinal;σ/10^6]; Gfinal=[Gfinal;G/10^9]; materialfinal=[materialfinal;material1]; i=i+1; end ii=cat(1,'material',material); a=string(σe); aa=cat(1,'σe[mpa]',a); b=string(σfinal); bb=cat(1,'σfinal[mpa]',b); c=string(comparacaofinal); cc=cat(1,'comparacao',c); d=string(gfinal); dd=cat(1,'g[gpa]',d); e=string(δlatfinal); ee=cat(1,'δlat[mm]',e); cat(2,ii,aa,bb,cc,dd,ee) III. RESULTADOS A figura 8 mostra o resultado obtida da simulação no Scilab para cada material listado na figura 6:

Figura 8. Valores de contração lateral do diâmetro obtido por simulação no Scilab para ligas metálicas.

IV. CONCLUSÃO Considerando um corpo na região elástica, sua tensão σ aplicada deverá ser menor do que a tensão de escoamento σ e. Dessa forma, para um corpo de prova submetido a uma carga de 22 kn, a contração lateral no diâmetro para as ligas de ferro fundido cinzento ASTM 3 e maleável ASTM A-197 deverão ser desconsideradas. Pelos resultados mostrados na figura 8, observou-se que as maiores contrações, onde o corpo de prova diminuiu muito no diâmetro, foi para os seguintes materiais: ligas de aço estrutural A36, ligas de aço inoxidável 304 e ligas de aço ferramenta. Em todas essas ligas a contração δ foi de 0,1125 mm. A liga de magnésio Am 1004-T61 foi que menos apresentou contração, sendo δ = 0,0889 mm. REFERÊNCIAS ANDRADE, F. A. Estudo das propriedades mecânicas de tubos de aço com costura trefilados. Trabalho de Graduação. Curso de Engenharia de Materiais da Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2007. BEER, F. P. Resistencia dos materiais. 5ª ed. Pearson, Mc Graw Hill, 2011. CALLISTER Jr.; W.D.; RETHWISCH, D. D. Material Science and Engineering: an Introduction. 8ª edição, editora Wiley, 2010. DALCIN, G. B. Ensaio dos Materiais. Santo Ângelo, Janeiro de 2007. HIBBELER, R. C. Resistência dos Materiais, 7ª Ed, Pearson Education, 2010. VAZ, B. F. Mediação de tensões em bielas utilizando interferometria laser". Tese de Mestrado. Faculdade de engenharia mecânica. Unicamp, 2012.