REFORMA TRABALHISTA OPORTUNIDADES E REESTRUTURAÇÕES SÃO PAULO, NOVEMBRO DE 2017
Introdução: A Lei 13.467/2017, sancionada no dia 13/7/2017, chamada de Reforma Trabalhista, alterou diversos dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho e pode constituir o início de uma necessária modernização da ultrapassada legislação trabalhista. Em 11/11/2017 ela entrou em vigor e diversos pontos ainda não estão suficientemente claros para os Departamentos Jurídico e de Recursos Humanos das empresas. A seguir, apresentaremos alguns esclarecimentos principalmente com relação às mudanças materiais contidas na Lei.
RESPONSABILIDADE: Grupo Econômico; Sócio retirante; Desconsideração da personalidade jurídica.
GRUPO ECONÔMICO: Como era: Qualquer empresa com relação societária (próxima ou remota) com a empresa devedora era incluída no polo passivo para responder pela dívida. Artigo 2º, 3º Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes. Deverá ser provado que as empresas com sócios comuns têm interesse comercial comum e atuam de forma conjunta nas mesmas atividades.
SÓCIO RETIRANTE: Como era: O sócio retirante respondia pelo débito trabalhista a qualquer tempo, desde que tivesse participadoda empresa em algum momento do contrato de trabalho. Artigo 10-A O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistasda sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a seguinte ordem de preferência: I -a empresa devedora; II - os sócios atuais; e III -os sócios retirantes. O sócio retirante será responsabilizado somente se a ação trabalhista for ajuizada em até 2 (dois) anos após a sua retirada da empresa e depois de esgotadas as possibilidades de pagamento pela empresa devedora e sócios atuais.
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA: Como era: Inexistia previsão na CLT. Adaptação do Direito Civil para responsabilizar o sócio automaticamente pela dívida trabalhista não paga pela empresa. Artigo 855-A Aplica-se ao processo do trabalho o incidente de desconsideração da personalidade jurídica previsto nos arts. 133 a 137 da Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 -Código de Processo Civil. Será aberto um incidente (pequeno processo) e suspenso o processo principal para analisar se a conduta do sócio resultou no inadimplemento da empresa. Ao final, se verificado que o sócio não atuou com fraude ou abuso, não será responsabilizado pela dívida.
TERCEIRIZAÇÃO: Terceirização da atividade principal; Contratação de antigos empregados.
TERCEIRIZAÇÃO DA ATIVIDADE PRINCIPAL: Como era: Permitida somente para atividades-meio (serviços não relacionados à atividade principal). Alteração na Lei 6.019/74 Artigo 4º-A Considera-se prestação de serviços a terceiros a transferência feita pela contratante da execução de quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade principal, à pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviços que possua capacidade econômica compatível com a sua execução. Possibilidade de terceirização de todas as atividades da empresa, Contratar empresas com capacidade econômica (capital social e garantias) suficiente para assegurar o cumprimento do contrato.
CONTRATAÇÃO DE ANTIGOS EMPREGADOS: Como era: Inexistia previsão legal. Alteração na Lei 6.019/74 Artigo 5º-C Não pode figurar como contratada, nos termos do art. 4o-A desta Lei, a pessoa jurídica cujos titulares ou sócios tenham, nos últimos dezoito meses, prestado serviços à contratante na qualidade de empregado ou trabalhador sem vínculo empregatício, excetose os referidos titulares ou sócios forem aposentados. Artigo 5º-D O empregado que for demitido não poderá prestar serviços para esta mesma empresa na qualidade de empregado de empresa prestadora de serviços antes do decurso de prazo de dezoito meses, contados a partir da demissão do empregado. Ex-empregados ou colaboradores não podem ser contratados como prestadores de serviçosautônomos em menos de18 meses após o término do último contrato. Ex-empregados ou colaboradores não podem ser contratados por empresas prestadoras de serviço em menosde 18 meses após o término do contrato de trabalho.
GERENCIAMENTO DE PASSIVO TRABALHISTA: Acordo extrajudicial;
ACORDO EXTRAJUDICIAL: Como era: Inexistia previsão na CLT. Artigo 855-B O processo de homologação de acordo extrajudicial terá início por petição conjunta, sendo obrigatória a representação das partes por advogado. Dispensa de Reclamação Trabalhista para negociação de acordo com empregados.
FORMAS DE CONTRATAÇÃO: Teletrabalho; Contrato Intermitente; Trabalho Autônomo; Cláusula de Arbitragem.
TELETRABALHO: Como era: Pouca regulamentação, sem clareza sobre regras para controle de jornada, responsabilidade sobre acidentes etc. Artigo 75-BConsidera-se teletrabalho a prestação de serviços preponderantemente fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologiasde informação e de comunicação que, por sua natureza, não se constituam como trabalho externo. Parágrafo único. O comparecimento às dependências do empregador para a realização de atividades específicas que exijam a presença do empregado no estabelecimento não descaracteriza o regime de teletrabalho. Diversas atividades cujo trabalho pode ser feito à distância podem ser enquadradas como teletrabalho, com todas as vantagens desta modalidade, a exemplo de técnicos de informática, consultores, vendedores, advogados etc.
TELETRABALHO: Artigo 75-C A prestação de serviços na modalidade de teletrabalho deverá constar expressamente do contrato individual de trabalho, que especificará as atividades que serão realizadas pelo empregado. 1o Poderá ser realizada a alteração entre regime presencial e de teletrabalho desde que haja mútuo acordo entre as partes, registrado em aditivo contratual. Alternância entre trabalho presencial e teletrabalho, a depender da necessidade da empresa e concordância do empregado.
TELETRABALHO: Artigo 75-D As disposições relativas à responsabilidade pela aquisição, manutenção ou fornecimento dos equipamentos tecnológicos e da infraestrutura necessária e adequada à prestação do trabalho remoto, bemcomo ao reembolso de despesas arcadas pelo empregado, serão previstas em contrato escrito. Parágrafo único. As utilidades mencionadas no caput deste artigo não integram a remuneração do empregado. A empresa poderá remunerar o empregado por utilizar equipamentos de informática pessoais para o trabalho. Despesas como dados de internete telefonia serão reembolsados pela empresa e não integram a remuneração
TELETRABALHO: Artigo 75-E O empregador deverá instruir os empregados, de maneira expressa e ostensiva, quanto às precauções a tomar a fim de evitar doenças e acidentes de trabalho. Parágrafo único. O empregado deverá assinar termo de responsabilidade comprometendo-se a seguir as instruções fornecidas pelo empregador. A empresa não será responsabilizada objetivamente pela ocorrência de doenças e acidentes de trabalho, caso demonstre ter orientado os empregados.
TELETRABALHO: Artigo 62 Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo: III - os empregados em regime de teletrabalho. Os empregados que realizam teletrabalho não estão submetidos ao regime de horas extras.
Como era: Inexistia previsão na CLT. CONTRATO INTERMITENTE: Art. 443 3o Considera-se como intermitente o contrato de trabalho no qual a prestação de serviços, com subordinação, não é contínua, ocorrendo com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade, determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de atividade do empregado e do empregador, exceto para os aeronautas, regidos por legislação própria. Empregado terá todos os direitos de um trabalhador comum, porém, trabalhará em períodos curtos e pré-determinados, podendo atuar para diferentes empregadores.
CONTRATO INTERMITENTE: Artigo 452-A O contrato de trabalho intermitente deve ser celebrado por escrito e deve conter especificamente o valor da hora de trabalho, que não pode ser inferior ao valor horário do salário mínimo ou àquele devido aos demais empregados do estabelecimento que exerçam a mesma função em contrato intermitente ou não. 1o O empregador convocará, por qualquer meio de comunicação eficaz, para a prestação de serviços, informando qual será a jornada, com, pelo menos, três dias corridos de antecedência. 2o Recebida a convocação, o empregado terá o prazo de um dia útil para responder ao chamado, presumindo-se, no silêncio, a recusa. Empregado terá todos os direitos de um trabalhador comum, porém, trabalhará em períodos curtos e pré-determinados, podendo atuar para diferentes empregadores. Necessidade de 3 dias corridos de antecedência paraconvocação e o empregado terá 1 dia para aceita ou não.
Como era: Inexistia previsão na CLT. TRABALHO AUTÔNOMO: Artigo 442-B A contratação do autônomo, cumpridas por este todas as formalidades legais, com ou sem exclusividade, de forma contínua ou não, afasta a qualidade de empregado prevista no art. 3o desta Consolidação. Haverá vínculo de emprego somente se demonstrada efetiva subordinaçãona realização do trabalho. Exclusividade e regularidade não caracterizam vínculo de emprego.
Como era: Inexistia previsão na CLT. NEGOCIAÇÃO COM EXECUTIVOS: Art. 444 -As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes. Parágrafo único. A livre estipulação a que se refere o caput deste artigo aplica-se às hipóteses previstas no art. 611-A desta Consolidação, com a mesma eficácia legal e preponderância sobre os instrumentos coletivos, no caso de empregado portador de diploma de nível superior e que perceba salário mensal igual ou superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. Livre estipulação de condições contratuais para trabalhador com nível superior e salário igual ou superior a R$ 11.062,62. Possibilidadede alinhamento das mesmas matérias que podemser objeto de negociação coletiva e prevalecer sobre a legislação.
Como era: Inexistia previsão na CLT. CLÁUSULA DE ARBITRAGEM: Artigo 507-A Nos contratos individuais de trabalho cuja remuneração seja superiora duas vezes o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social, poderá ser pactuada cláusula compromissória de arbitragem, desde que por iniciativa do empregado ou mediante a sua concordância expressa, nos termos previstos na Lei no 9.307, de 23 de setembro de 1996. No ato da contratação poderá ser sugerida cláusulacompromissória de arbitragem, para que eventuais discussões sobre o contrato sejam solucionadas por árbitros em vez da Justiça do Trabalho.
REMUNERAÇÃO E BENEFÍCIOS: Ajuda de Custo, Auxílios, Diárias, Prêmios e Abonos; Equiparação Salarial.
AJUDA DE CUSTO, AUXÍLIOS, DIÁRIAS, PRÊMIOS E ABONOS: Como era: Natureza salarial e integração para fins trabalhistas e previdenciários. Artigo 457 2º As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário. 4º Consideram-se prêmios as liberalidades concedidas pelo empregador em forma de bens, serviços ou valor em dinheiro a empregado ou a grupo de empregados, em razão de desempenho superior ao ordinariamente esperado no exercício de suas atividades. O ajuste de pagamentos, mesmo que habituais, discriminados como ajuda de custo, diárias (até 50%) do salário), auxílioalimentação (exceto em dinheiro), prêmios e abonos não terá incidência salarial e previdenciária.
EQUIPARAÇÃO SALARIAL: Como era:equiparação entre trabalhadores da mesma região metropolitana e com diferença inferior a 2 anos na função. Possibilidade de equiparação em cadeia. Artigo 461 Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade. 1o Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço para o mesmo empregador não seja superior a quatro anos e a diferença de tempo na função não seja superior a dois anos. 2o Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal organizado em quadro de carreira ou adotar, por meio de norma interna da empresa ou de negociação coletiva, plano de cargos e salários, dispensada qualquer forma de homologação ou registro em órgão público. Somente empregados do mesmo estabelecimento (planta) têm direito a equiparação, desde que a diferença de tempo na empresa seja menor que 4 anos e na função menor que 2 anos. Também não haverá equiparação salarial na hipótese de quadro de carreira criado por regulamento interno da empresa ou via norma coletiva de trabalho, sem necessidade de homologação pelo Ministério do Trabalho (o que antes era exigido pela lei).
JORNADA DE TRABALHO: Tempo à disposição; Horas in itinere; Banco de horas; Horas extras em banco de horas; Regime de compensação; Jornada 12x36; Intervalo intrajornada (fruição e redução de período).
TEMPO A DISPOSIÇÃO DO EMPREGADOR: Como era: Atividades que superam 5 minutos os horários de entrada ou saída ensejam horas extras. Artigo 4º 2º Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será computado como período extraordinárioo que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco minutos previsto no 1o do art. 58 desta Consolidação, quando o empregado, por escolha própria, buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer atividades particulares, entre outras: prática religiosa, descanso, lazer, estudo, alimentação, relacionamento social, higiene pessoal e troca de uniforme que não precise ser realizada na empresa. Atividades que o empregado faz por opção (ou necessidade) no ambiente da empresa deixarão de ser computadas na jornada de trabalho.
HORAS IN ITINERE: Como era: Período de deslocamento até o trabalho e retorno não computados na jornada. Artigo 58 2ºO tempo despendidopelo empregado desde a sua residência até a efetiva ocupação do posto de trabalhoe para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não será computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à disposição do empregador. Independentemente do local onde está localizada a empresa ou quando há fornecimento de transporte pelo empregador (fretado, negreiro etc.), não será considerado tempo à disposição do empregador.
BANCO DE HORAS: Como era: Definido em acordo ou convenção coletiva para compensação em até 1 ano ou pagamento. Artigo 59 5ºO banco de horas de que trata o 2o deste artigo poderá ser pactuado por acordo individual escrito, desde que a compensação ocorra no período máximo de seis meses. Banco de horas ajustado diretamente com o empregado, para compensação do excesso de jornada em até 6 meses ou pagamento do excesso de jornada não compensado.
INTERVALO INTRAJORNADA(REDUÇÃO DE PERÍODO): Como era: Redução mediante negociação coletiva com risco de invalidação da norma coletiva. Artigo 611-A IIIA convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre: III -intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas superiores a seis horas; Negociação coletiva simples com sindicato dos trabalhadores para redução do período de intervalo para no mínimo 30 (trinta) minutos.
INTERVALO INTRAJORNADA(FRUIÇÃO IRREGULAR): Como era: Pagamento de 1 hora extra se o intervalo não for integralmente usufruído e integra o salário. Artigo 71, 4º A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornadamínimo, para repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de natureza indenizatória, apenas do período suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho. Remuneração como hora extra apenas do período do intervalo não usufruído, sem integração ao salário.
RESCISÃO CONTRATUAL: Acordo para rescisão contratual; Homologação da rescisão; Dispensa por justa causa (perda de habilitação).
ACORDO PARA RESCISÃO CONTRATUAL: Como era: Rescisão por iniciativa da empresa ou do empregado. Artigo 484-AO contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entre empregadoe empregador, caso em que serão devidas as seguintes verbas trabalhistas: I -por metade: a) o aviso prévio, se indenizado; e b) a indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, prevista no 1o do art. 18 da Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990; II -na integralidade, as demais verbas trabalhistas. Acordo entre as partes para extinção do contrato, sem fraude ao FGTS. O trabalhadorpoderá sacar FGTS mas não terá direito ao seguro desemprego.
HOMOLOGAÇÃO DA RESCISÃO CONTRATUAL: Como era: Indispensável para os contratos de trabalho com mais de 1 (um) ano de vigência. Artigo 477 10º A anotação da extinção do contrato na Carteira A rescisão será prática e objetiva de Trabalho e Previdência Social é documento hábil para (anotação da CTPS, gerar chave da requerer o benefício doseguro-desemprego e a movimentação conectividade e comunicação GFIP e da conta vinculada nofundo de Garantia do Tempo de Serviço, CAGED), sem custos com taxas e nas hipóteses legais, desde que a comunicação prevista no burocracias perante Sindicatos ou caput deste artigo tenha sido realizada. Ministério do Trabalho.
DISPENSA POR JUSTA CAUSA(PERDA DE HABILITAÇÃO): Como era: Inexistia previsão na CLT. Artigo 482 "m" perda da habilitação ou dos requisitos estabelecidos em lei para o exercício da profissão, em decorrência de conduta dolosa do empregado. Se o empregado der causa à perda da habilitação necessária para o trabalho, poderá ser dispensado por justa causa.
NEGOCIAÇÕES COLETIVAS: Contrapartidas nas negociações coletivas ; Vigência da Normas Coletivas; Comissões de empregados; Contribuições aos Sindicatos.
CONTRAPARTIDAS NAS NEGOCIAÇÕES COLETIVAS: Como era: Indicação de cláusula de contrapartida no instrumento coletivo.. Artigo 611 A 2º A inexistência de expressa indicação de contrapartidasrecíprocas em convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho não ensejará sua nulidade por não caracterizar um vício do negócio jurídico. A negociação coletiva não ensejará demonstração específica da contrapartida ajustada para determinada concessão.
Como era: Inexistia previsão na CLT. COMISSÃO DE EMPREGADOS: Artigo 510-A Nas empresas com mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de uma comissão para representá-los, com a finalidade de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores. Empresas com 200 empregados ou mais poderão contar com comissão de trabalhadores para negociações internas com o empregador. Estabilidade dos membros desde a candidatura e até 1 anos após o mandato.
CONTRIBUIÇÕES AOS SINDICATOS: Como era:desconto vedado se não autorizado expressamente pelo empregado e Contribuição Sindical obrigatória (1 dia de trabalho por ano). Artigo 545 Os empregadores ficam obrigados a descontar da folha de pagamento dos seus empregados, desde que por eles devidamente autorizados, as contribuições devidas ao sindicato, quando por este notificados. Artigo 582 Os empregadores são obrigados a descontar da folha de pagamento de seus empregados relativa ao mês de março de cada ano a contribuição sindical dos empregados que autorizaram prévia e expressamente o seu recolhimento aos respectivos sindicatos. Mesmo notificada pelo Sindicato, a empresa somente repassará ao sindicato as contribuições expressamente autorizadas pelo trabalhadore o Imposto Sindical será extinto.
MUDANÇAS PROCESSUAIS: Preposto.
PREPOSTO EM AUDIÊNCIA: Como é: deve ser empregado (exceto PME) / revelia e pena de confissão e defesa não recebida. Artigo 843 3º O preposto a que se refere o 1o deste artigo não precisa ser empregado da parte reclamada. Qualquer um pode ser preposto. Artigo 844 5º Ainda que ausente o reclamado, presente o advogado na audiência, serão aceitos a contestação e os documentos eventualmente apresentados. A ausência do preposto na audiência permite que o advogado entregue a Defesa e documentos.
CORDEIRO, LIMA E ADVOGADOS OBRIGADO! MARCOS MARTINS marcos@cordeirolima.com.br JEFFERSON CABRAL jefferson@cordeirolima.com.br