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Transcrição:

ÍNDICE - Folha de S.Paulo...2 Folha de S.Paulo...2 Dinheiro/ LENTIDÃO...2 Propriedade intelectual enfrenta gargalo...2 Folha de S.Paulo...4 São Paulo/ OUTRO LADO...4 Barato é "falso", diz representante da indústria...4 Para consultora da OMS, país paga caro por remédios...4 Gazeta Mercantil...5 Gazeta Mercantil...5 Opiniões...5 Nomes & Notas...5 Comemorando as ações...5

Folha de S.Paulo Dinheiro/ LENTIDÃO Propriedade intelectual enfrenta gargalo Falta de estrutura atravanca registro de marcas e patentes e ameaça investimentos; 360 mil pedidos aguardam avaliação MAELI PRADO A época é de recuperação da economia, e se torna cada vez mais evidente um gargalo de natureza diversa das freqüentemente discutidas. O nome do problema é propriedade intelectual -mais especificamente a demora para obter registro de marcas e patentes- e se concentra em um prédio de 18 andares, no Rio de Janeiro, que abriga a sede do Inpi (Instituto Nacional de Propriedade Industrial), e onde funcionou a extinta Rádio Nacional. Não existe nada artístico, no entanto, nas pilhas e pilhas de papéis com pedidos de registro. O tempo médio para que o órgão se pronuncie sobre essas solicitações -na fila aguardam 300 mil pedidos de marcas e 60 mil de patentes- é de, respectivamente, quatro e sete anos. A média internacional considerada razoável para patentes varia de dois a três anos. Após um ano e nove meses dirigido por um presidente interino, o Inpi é comandado, desde setembro, pelo também secretário de Tecnologia Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Roberto Jaguaribe, que promete dinamizar o órgão. A questão vem ganhando importância no governo, mesmo porque, segundo a indústria farmacêutica -um dos segmentos mais afetados-, é um dos fatores que restringem os investimentos no Brasil. O prazo para obtenção de um registro de patente não é o que determina se uma empresa vai ou não investir -o mais importante é a política de preços-, mas o fator tem o seu peso. "A Polônia, o México, a Rússia e a Argentina são países em que a aprovação é mais ágil do que no Brasil e que também oferecem preços mais interessantes", alerta Gabriel Tannus, presidente da Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa). "A estrutura do Inpi foi sucateada. Há um consenso na indústria de que, como as solicitações levam muito tempo, acabam se tornando obsoletas", diz Arthur Vasconcelos, diretor-executivo da Amcham (Câmara Americana de Comércio). "Mais realista que o rei" Outro fator potencializa a longa espera: no caso da indústria farmacêutica, novos produtos têm de ter o aval da Anvisa (Associação Nacional de Vigilância Sanitária) para serem lançados. "Há países em que o exame dos pedidos é puramente formal, cabendo aos tribunais analisar a validade das patentes concedidas caso haja disputas judiciais. Nesses países, uma patente é concedida no máximo em seis meses", afirma Nuno Pires de Carvalho, diretor-adjunto da seção de legislação de propriedade intelectual da Ompi (Organização Mundial da Propriedade Intelectual). "Mas em outros países, nos quais se procede ao exame técnico dos pedidos, a concessão demora bem mais. Para os países que aderiram ao PCT [Tratado de Cooperação de Patentes, do qual o Brasil faz parte], a demora aumenta ainda mais nos pedidos internacionais", diz Carvalho, que emitiu à Folha opiniões pessoais. Não é o procedimento em si, entretanto, que é criticado pelos principais especialistas na área, apesar de existirem os que acreditam que, ao implementar

certas regras, como por exemplo a necessidade de aprovação da Anvisa, o Brasil caiu na armadilha de ser "mais realista que o rei". O problema apontado é a falta de estrutura do Inpi para enfrentar essa rigidez. "A lei brasileira permite aos requerentes de patentes tomar medidas em defesa de suas expectativas de direitos, bem como permite calcular a indenização por violação de patente desde a data da publicação do pedido, ou mesmo antes, em circunstâncias especiais", diz Carvalho. "Essa medida, que infelizmente não é muito comum em outros países, permite atenuar os efeitos econômicos e jurídicos do atraso na concessão de patentes." Ele lembra que "o corpo técnico do Inpi é de excelente qualidade, e o rigor e o nível técnico dos exames feitos não são postos em dúvida". Mas, ao lado da falta de informatização, o pequeno número de examinadores de marcas e patentes é visto como um grande entrave. A complicada tarefa fica a cargo de 110 examinadores de patentes e 42 de marcas, número menor do que há dez anos, apesar da alta no número de pedidos. Em 1994, ano em que foram feitos 13,3 mil pedidos de patentes e 57,5 mil de marcas, a quantidade de examinadores era de, respectivamente, 130 e 80. No ano passado, a quantidade de novos pedidos foi quase o dobro: 24,8 mil e 97,2 mil, respectivamente.

Folha de S.Paulo São Paulo/ OUTRO LADO Barato é "falso", diz representante da indústria O governo tem uma "perspectiva falsa do mais barato", afirma Gabriel Tannus, presidente-executivo da Interfarma, que reúne laboratórios farmacêuticos de pesquisa - entre eles, os que fabricam os medicamentos contra a Aids. Para Tannus, as réplicas de produtos feitas na Índia, por exemplo, são de má qualidade. Ao comentar os preços praticados, o presidente-executivo afirmou que o país se equivoca ao fazer comparações com países africanos. "O Brasil não se compara aos africanos. Se estão esperando preço subsidiado, não dá para comprar. Oferecemos preços competitivos", explica. De acordo com o presidente-executivo, o país paga menos do que os EUA e outros países desenvolvidos. "Não existe orçamento infinito, todo mundo tem suas limitações", afirmou. Pedro Chequer, coordenador do programa nacional de DSTs/Aids, nega que a questão seja falta de recursos. A Saúde pretende gastar R$ 100 milhões a mais no ano que vem com as drogas, além dos custos para iniciar a produção nacional. "Não há nenhuma patente quebrada e o Brasil tem acordos internacionais a seguir", comentou Tannus sobre o fim das patentes. "O que é produzir aqui? Não fazem nem genéricos." (FL) Para consultora da OMS, país paga caro por remédios O Brasil paga caro por remédios para tratar a Aids, na opinião da brasileira Eloan Pinheiro, contratada pela Organização Mundial da Saúde para realizar um estudo sobre o custo dos medicamentos contra a doença no mundo. "Existe um abuso de empresas detentoras de patentes", argumenta Pinheiro, de Genebra, onde está localizada a sede da organização. Ex-diretora do laboratório público Farmanguinhos (RJ), Pinheiro falou, na semana passada, sobre o alto custo das drogas ao jornal "Valor Econômico", em uma reportagem a respeito do setor farmacêutico. A indústria reagiu. "A visão dela do assunto é parcial, abusa de comparações com China e Índia, o que não é correto", explica Gabriel Tannus, presidente-executivo da Interfarma, entidade que reúne laboratórios multinacionais de pesquisa -inclusive os que fazem drogas contra a Aids. Segundo Pinheiro, mesmo as drogas fabricadas no país que não são protegidas por patentes saem por um custo que está na faixa dos mais altos do fundo global contra a doença. O problema é que o país também é dependente de multinacionais para a compra das substâncias básicas das drogas -o que é feito aqui é, basicamente, a produção final.(fl)

Gazeta Mercantil Opiniões Nomes & Notas Comemorando as ações A Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Limpeza e Afins (Abipla), reuniu na última sexta-feira, para comemorar as ações realizadas durante o ano de 2004, entidades governamentais, associações de classe e representantes de vários segmentos da indústria relacionados ao setor. Estiveram presentes no jantar de confraternização, os presidentes da Fiesp, Paulo Skaf, e do Ciesp, Claudio Vaz, representantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e diversas associações e sindicatos importantes da economia nacional, e executivos das grandes empresas brasileiras e multinacionais de produtos de limpeza.