PROJETO REDE ITINERANTE CONTRA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA DIVULGAÇÃO E MEMORIAL FOTOGRÁFICO DO PROJETO
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- Felícia Capistrano Martinho
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1 Veículo: Site Institucional do Ministério Público do Pará Principal SANTARÉM: Rede itinerante de serviços de combate à violência doméstica vai ao Urucureá 03/03/2015 às 12:01 Em Santarém, após viagem de três horas de barco, a equipe do projeto Itinerante de Serviços de Combate à Violência Doméstica chegou à comunidade do Urucureá, a primeira a ser visitada, na região do rio Arapiuns. Palestras, atendimentos psicossociais, de saúde, e orientações jurídicas foram alguns dos serviços oferecidos. O projeto é da promotoria de justiça de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, coordenado pela promotora de justiça Luziana Barata Dantas, e faz parte do Plano de Atuação (PA) da promotoria. O objetivo é estender, por meio da itinerância, o atendimento realizado pela rede de proteção às pessoas em situação de violência doméstica nas comunidades de difícil acesso, terrestre ou fluvial, localizadas em Santarém.
2 Participaram e apoiaram a ação as secretarias municipais de Trabalho e Assistência Social, de Saúde, centro de referência Maria do Pará, Polícia Militar, Instituto Federal do Pará (IFPA), Propaz, Conselho Tutelar III e delegacia da Mulher. Os atendimentos aconteceram no barracão comunitário e na escola da comunidade. A abertura foi feita pela promotora de justiça Luziana Dantas, que falou sobre o objetivo do projeto, o papel do Ministério Público no enfrentamento à violência contra a mulher, ressaltando a Lei Maria da Penha e as medidas protetivas de urgência. Foram expostos os serviços ofertados pela rede de atendimento: centro Maria do Pará, Propazintegrado, Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), Conselho Tutelar, Saúde e IFPA. Foram oferecidos serviços de atendimento psicossocial, orientações jurídicas, vacinação, testes rápidos de HIV e VDVL, Cadastro Único, cartão SUS e atendimento do Conselho Tutelar. O MP ressalta que o objetivo é democratizar e ampliar o acesso à Rede de Proteção, principalmente nas comunidades mais distantes, com difícil acesso a sede. A comunitária Maria Elaine Batista soube da programação pela equipe do CRAS Ribeirinho. Utilizou os testes rápidos e achou bom juntar palestras e serviços. Vou utilizar a assistência jurídica do Maria do Pará, disse. Já Maria Zenaide soube por meio da escola e usou os serviços de emissão de documentos. Também pretendo fazer um curso pelo IFPA, informou.
3 Na avaliação da promotora de justiça Luziana Dantas, a primeira saída da equipe itinerante foi gratificante e alcançou o objetivo do projeto, que é levar conhecimento e informação sobre os direitos e garantias trazidos pela Lei Maria da Penha, bem como difundir os serviços da Rede de Proteção, conclui. Lila Bemerguy, de Santarém Fotos: Promotoria de Justiça de Violência Doméstica e Familiar Assessoria de Imprensa
4 Veiculo: Estado do Tapájosnet Data: 27/03/2015 Centro Maria do Pará atende cerca de mil mulheres vítimas de violência em Santarém Sílvia Vieira, Repórter de O Estado do Tapajós Reunião discutiu violência contra mulheres em Santarém Desde que iniciou suas atividades em Santarém no ano de 2011, o Centro Maria do Pará que integra a rede de enfrentamento à violência contra a mulher, a cada ano recebe um número maior de mulheres vítimas de violência doméstica ou sexual. Em 2011, quando ele começou, atendeu 96 mulheres; em 2012 foram 176; em 2013 e 2014, mais de 350 mulheres; e, atualmente, o centro está atendendo 967 mulheres. Mas, o número de mulheres vítimas de violência em Santarém pode ser muito maior, já que muitas por vergonha ou medo, nem chegam a denunciar as agressões sofridas ou buscar ajuda para se livrar do ciclo de violência em que vivem. Os números foram revelados durante reunião realiza nesta quinta-feira (26), na Câmara Municipal, por iniciativa das vereadoras Marcela Tolentino, Ivete Bastos e Ana Elvira Alho, com a participação de representantes de instituições de saúde, educação, OAB, assistência social, para debater sobre as políticas públicas para mulheres. A gente sabe que os casos de violência ocorrem em maior número, e os dados estão na Delegacia da Mulher e na Vara de Violência Doméstica e Familiar. Mesmo entre as mulheres que buscam os serviços do Centro Maria
5 do Pará, há aquelas que resistem em ir para o abrigo estadual, revela Talita Costa, do Centro Maria do Pará. Segundo Talita, o Centro está realizando trabalhos em parceria com o Ministério Público. Recentemente, levou o projeto itinerante que atende pessoas vítimas de violência à comunidade Urucureá, onde toda a rede de enfrentamento à violência contra a mulher esteve fazendo o atendimento e palestra sobre os serviços que ofertados por cada instituição. O município de Santarém está fazendo várias ações em prol da mulher, como o protocolo de atendimento à mulher vítima de violência sexual, que foi implementado por decreto do prefeito Alexandre Von. Santarém é um dos municípios que tem uma rede de enfrentamento à violência contra a mulher, mais completa. Aqui nós temos um centro de referência, uma delegacia especializada, uma vara de violência doméstica, uma promotoria especializada, um abrigo estadual. Santarém está à frente de vários municípios, até porque nós fazemos reuniões mensais, onde tiramos projetos que são colocados em prática, assegurou Talita. Para a vereadora Marcela Tolentino, o que está faltando para que as políticas públicas para mulheres sejam plenamente executadas é a união de esforços. No meu ponto de vista existe o município trabalhando de um lado, as instituições para outro e a sociedade civil organizada tem que estar mais próxima. A gente observa que existem leis, portarias, decretos, mas falta união de esforços para que as políticas públicas para mulheres sejam efetivadas. Temos exemplo aqui de um decreto do prefeito Alexandre Von que institui o protocolo de atendimento às mulheres e cria o grupo gestor e o grupo técnico para gerir esse protocolo. Então, é importante todas as instituições terem o conhecimento do protocolo para que a mulher vítima de violência saiba onde procurar para se livrar da violência, disse Marcela. A parlamentar também fez referência a uma portaria de 2005, do Ministério da Saúde, que até hoje não foi colocada em prática, sobre o direito da mulher de ter um parto humanizado. Além da necessidade de ampliação do número de creches no município para que as mulheres tenham onde deixar seus filhos enquanto vão trabalhar. Sobre o atendimento às mulheres vítimas de violência, Marcela lembrou que apesar de ter aumentado o número de delegadas em Santarém, uma está de licença maternidade e não tem uma substituta, o que impede que a delegacia da mulher funcione nos finais de semana. Ocorre que no final de semana tem um consumo maior de bebida alcoólica e alguns homens acabam excedendo e agredindo suas mulheres. Essas vítimas de violência ficam expostas a terem que fazer denúncia numa delegacia comum, que não é um local adequado para a mulher que já está sofrendo constrangimento, frisou. As três vereadoras estão dispostas a ir até Belém para uma reunião com o secretário de Segurança Pública do estado, para tratar sobre o funcionamento
6 da Delegacia da mulher. Um dos pleitos que as parlamentares levarão está a garantia de que nos casos de licença de alguma das delegadas tenha uma substituta provisória na delegacia para que as mulheres vítimas de violência não deixem de ser atendidas por falta de recursos humanos.
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