COMPARAÇÃO DE DIFERENTES FONTES DE CÁLCIO EM SOJA



Documentos relacionados
RELATÓRIO FINAL. AVALIAÇÃO DO PRODUTO CELLERON-SEEDS e CELLERON-FOLHA NA CULTURA DO MILHO CULTIVADO EM SEGUNDA SAFRA

10 AVALIAÇÃO DE CULTIVARES DE SOJA

CALAGEM, GESSAGEM E AO MANEJO DA ADUBAÇÃO (SAFRAS 2011 E

Resultados de Experimentação e Campos Demonstrativos de Milho Safra 2010/2011

EFEITO DE FONTES E DOSE DE NITROGÊNIO APLICADOS NO MILHO SAFRINHA NA PRODUTIVIDADE DO MILHO SAFRINHA E NA SOJA SUBSEQUENTE 1

NUTRIÇÃO FOLIAR (FATOS E REALIDADES) Prof. Dr. Tadeu T. Inoue Solos e Nutrição de Plantas Universidade Estadual de Maringá Departamento de Agronomia

PRODUTIVIDADE DO FEIJOEIRO COMUM EM FUNÇÃO DA SATURAÇÃO POR BASES DO SOLO E DA GESSAGEM. Acadêmico PVIC/UEG do Curso de Agronomia, UnU Ipameri - UEG.

APLICAÇÃO FOLIAR DE ZINCO NO FEIJOEIRO COM EMPREGO DE DIFERENTES FONTES E DOSES

RELATÓRIO DE PESQUISA 11 17

Referências Bibliográficas

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DE UMA SEMEADORA-ADUBADORA DE PLANTIO DIRETO NA CULTURA DA SOJA

FUNDAÇÃO MS PARA PESQUISA E DIFUSÃO DE TECNOLOGIAS AGROPECUÁRIAS

EFEITO DE DIFERENTES DOSAGENS DE LODO DE ESGOTO E FERTILIZAÇÃO QUÍMICA SOBRE A DISPONIBILIDADE DE FÓSFORO NO SOLO

Interpretação da análise de solo

RELATÓRIO TÉCNICO. Avaliação do comportamento de HÍBRIDOS DE MILHO semeados em 3 épocas na região Parecis de Mato Grosso.

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 455

Claudinei Kurtz Eng Agr MSc Epagri EE Ituporanga Fertilidade do Solo e Nutrição de Plantas. Governo do Estado

BOLETIM TÉCNICO SAFRA 2014/15

PRODUTIVIDADE DO CONSÓRCIO MILHO-BRAQUIÁRIA EM INTEGRAÇÃO COM PECUÁRIA E FLORESTA DE EUCALIPTO

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

PRODUÇÃO DO ALGODÃO COLORIDO EM FUNÇÃO DA APLICAÇÃO FOLIAR DE N E B

UTILIZAÇÃO DO LODO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO PARA ADUBAÇÃO DA GOIABEIRA

FERTILIDADE E MATÉRIA ORGÂNICA DO SOLO EM DIFERENTES SISTEMAS DE MANEJO DO SOLO

Estudo da dose de resposta de cobertura (N.K) na cultura do milho safrinha-mt Consultoria Pesquisa Agricultura de Precisão

PRODUÇÃO DE PORTA-ENXERTO DE MANGUEIRA EM SUBSTRATO COMPOSTO POR RESÍDUOS DA AGROINDÚSTRIA CANAVIEIRA

CALAGEM PARA O FEIJÃO-CAUPI [Vigna unguiculata (L.) WALP], CV. BR3 TRACUATEUA, EM SOLO ÁCIDO DE SALVATERRA, MARAJÓ, PARÁ

ADUBAÇÃO ORGÂNICA E MINERAL NA PRODUTIVIDADE DA CANA- SOCA

GASPAR H. KORNDÖRFER (Pesq. CNPq) UNIVERSIDADE FEDERAL UBERLANDIA

Relatório de pesquisa agrícola

Uso de húmus sólido e diferentes concentrações de húmus líquido em características agronômicas da alface

22º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental II USO DE EFLUENTES DE LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO PARA

Nutrição Mineral da soja em Sistemas de Produção. Adilson de Oliveira Junior

Influência do Espaçamento de Plantio de Milho na Produtividade de Silagem.

RESUMO. Introdução. 1 Acadêmicos PVIC/UEG, graduandos do Curso de Agronomia, UnU Ipameri - UEG.

BPUFs para milho em Mato Grosso do Sul informações locais. Eng. Agr. M.Sc. Douglas de Castilho Gitti

AVALIAÇÃO DE PROGÊNIES DE MILHO NA PRESENÇA E AUSÊNCIA DE ADUBO

DESSECAÇÃO DE BRAQUIÁRIA COM GLYPHOSATE SOB DIFERENTES VOLUMES DE CALDA RESUMO

BOLETIM TÉCNICO SAFRA 2014/15

Manejo da Fertilidade do Solo para implantação do sistema ILP

DESEMPENHO PRODUTIVO DE MIRTILEIRO (Vaccinium corymbosum) EM FUNÇÃO DO USO DE TORTA DE MAMONA

PP = 788,5 mm. Aplicação em R3 Aplicação em R5.1. Aplicação em Vn

Recomendações para o Controle Químico da Mancha Branca do Milho

FONTES E DOSES DE RESÍDUOS ORGÂNICOS NA RECUPERAÇÃO DE SOLO DEGRADADO SOB PASTAGENS DE Brachiaria brizantha cv. MARANDÚ

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 486

DENSIDADE DE SEMEADURA DE CULTIVARES DE MAMONA EM PELOTAS, RS 1

DIAGNOSE NUTRICIONAL DE PLANTAS DE SOJA, CULTIVADA EM SOLO COM ADUBAÇÃO RESIDUAL DE DEJETOS DE SUÍNOS, UTILIZANDO O DRIS

EFEITO ALELOPÁTICO DE CANOLA (Brassica napus) NO DESENVOLVIMENTO. PRODUÇÃO FINAL DE SOJA (Glycine max) E PRODUÇÃO FINAL DE SOJA (Glycine max)

ESSENCIALIDADE DE MACRONUTRIENTES EM MILHO CULTIVADO EM SOLUÇÃO NUTRITIVA

LEANDRO ZANCANARO LUIS CARLOS TESSARO JOEL HILLESHEIM LEONARDO VILELA

POPULAçÃO DE PLANTAS DE SOJA NO SISTEMA DE SEMEADURA DIRETA PARA O CENTRO-SUL DO ESTADO DO PARANÁ

Aplicação de Nitrogênio em Cobertura no Feijoeiro Irrigado*

Protocolo. Boro. Cultivo de soja sobre doses de boro em solo de textura média

DOSES DE DEJETO LÍQUIDO DE SUÍNOS NA CULTURA DO MILHO 1

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 731

Efeito da colhedora, velocidade e ponto de coleta na qualidade física de sementes de milho

16 EFEITO DA APLICAÇÃO DO FERTILIZANTE FARTURE

MÉTODOS DE CORREÇÃO DO SOLO

DESENVOLVIMENTO VEGETATIVO DE MUDAS DE CAFEEIRO SOB DOSES DE CAMA DE FRANGO E ESTERCO BOVINO CURTIDO

Campeão de Produtividade de Soja Região Sudeste. ANTONIO LUIZ FANCELLI Fundador do CESB e Docente da ESALQ/USP SAFRA 2011/2112

AVALIAÇÃO DE VARIEDADES DE ALGODÃO HERBÁCEO EM ESPAÇAMENTO ESTREITO COM CLORETO DE MEPIQUAT RESUMO

CLAUDINEI KURTZ Eng. Agrônomo, Dr. Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina

ATIVIDADES DE INSTALAÇÃO DO GLOBAL MAIZE PROJECT

COMPORTAMENTO DE HÍBRIDOS EXPERIMENTAIS DE MILHO EM CONDIÇÕES DE ESTRESSES DE SECA

CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS ATRAVÉS DE HERBICIDAS EM CONDIÇÕES DE SAFRINHA

Experimentação na fazenda com ferramentas de AP. Eng. Agrônomo Dr. Fabricio Povh

DESEMPENHO DE MUDAS CHRYSOPOGON ZIZANIOIDES (VETIVER) EM SUBSTRATO DE ESTÉRIL E DE REJEITO DA MINERAÇÃO DE MINÉRIO DE FERRO

SISTEMA DE MANEJO DO SOLO COM PALHADA. Sistema Plantio Direto (SPD) com qualidade

431 - AVALIAÇÃO DE VARIEDADES DE MILHO EM DIFERENTES DENSIDADES DE PLANTIO EM SISTEMA ORGÂNICO DE PRODUÇÃO

BOLETIM TÉCNICO SAFRA 2014/15

BOLETIM TÉCNICO SAFRA 2014/15

Resultados da Avaliação de Cultivares de Milho IAC/APTA/CATI/Empresas Safra de Verão 2013/14. Aildson Pereira Duarte Programa Milho IAC/APTA

Protocolo. Dinâmica do K. Dinâmica do potássio em solo de textura arenosa

EFICIÊNCIA AGRONÔMICA E VIABILIDADE TÉCNICA DO PROGRAMA FOLIAR KIMBERLIT EM SOJA

PRODUTIVIDADE DE MILHO SILAGEM SOB ADUBAÇÃO COM DEJETO LIQUIDO DE BOVINOS E MINERAL COM PARCELAMENTO DA ADUBAÇÃO NITROGENADA¹. a2es@cav.udesc.br.

PRODUÇÃO DE MUDAS DE TOMATEIRO EM DIFERENTES SUBSTRATOS À BASE DE MATERIAIS REGIONAIS SOB ADUBAÇÃO FOLIAR 1 INTRODUÇÃO

INFLUÊNCIA DA ADUBAÇÃO ORGÂNICA NOS ATRIBUTOS FÍSICOS DE UM NEOSSOLO QUARTZARÊNICO CULTIVADO COM EUCALIPTO.

Resposta de híbridos de milho ao nitrogênio. Eng. Agr. Dr. Douglas Gitti Pesquisador Manejo e Fertilidade do solo

Experimento Correção de P (safra 2010/11 a 2015/16)

Adubação da Cultura da Soja em Sistemas de Produção Dr. Eros Francisco Diretor Adjunto do IPNI Brasil

Nutrição de Plantas: Técnicas para aumento da produtividade da Soja. Eng. Agr. Dr. Douglas Gitti Pesquisador de Manejo e Fertilidade do Solo

Eficiência Agronômica de Compostos de Aminoácidos Aplicados nas Sementes e em Pulverização Foliar na Cultura do Milho 1. Antônio M.

13 AVALIAÇÃO DE PROGRAMAS DE NUTRIÇÃO VIA

PRODUÇÃO DE MAMONEIRA CV BRS 149 NORDESTINA ADUBADA COM NITROGÊNIO, FOSFÓRO E POTÁSSIO

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

JAN/2017. Haroldo Rix Engenheiro Agrônomo Gerente Nacional. Juliana Baldin Engenheira Agrônoma Sinop MT (65)

RELATÓRIO TÉCNICO DE PRATICABILIDADE E EFICIÊNCIA AGRONÔMICA

Protocolo. Programas de Nutrição. Performance de programas de nutrição para incremento de produtividade em solo de textura leve

ALTERAÇÕES QUÍMICAS DO SOLO E RENDIMENTO DE MILHO VERDE APÓS APLICAÇÃO DE COMPOSTAGEM DE CARCAÇA DE AVES

Recomendação de Adubação N, P e K....para os estados do RS e SC

AVALIAÇÃO DE FONTES DE NITROGÊNIO EM COBERTURA NO MILHO SAFRINHA EM SISTEMA DE SEMEADURA DIRETA APÓS A SOJA

CURSO P.I. PÊSSEGO - ANTONIO PRADO - RS ADUBAÇÃO FOLIAR EM PESSEGUEIRO CULTIVADO NA SERRA GAÚCHA RESOLVE?

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 682

ESTRATÉGIAS DE APLICAÇÃO E FONTES DE FERTILIZANTES NA CULTURA DA SOJA 1

TITULO DO PROJETO: (Orientador DPPA/CCA). Para que se tenha sucesso em um sistema de plantio direto é imprescindível uma boa cobertura do solo.

EFEITO DA ADUBAÇÃO FOSFATADA SOBRE O RENDIMENTO DE FORRAGEM E COMPOSIÇÃO QUÍMICA DE PASPALUM ATRATUM BRA

BOLETIM TÉCNICO 2015/16

CALAGEM E GESSAGEM DE SOLO CULTIVADO COM ALGODÃO NO CERRADO DE RORAIMA 1 INTRODUÇÃO

Resposta das culturas à adubação potássica:

INFLUÊNCIA DE PLANTAS DE COBERTURA DO SOLO NA OCORRÊNCIA DE PLANTAS DANINHAS E NA PRODUTIVIDADE DE GRÃOS DE TRIGO

Transcrição:

COMPARAÇÃO DE DIFERENTES FONTES DE CÁLCIO EM SOJA 1 INSTITUIÇÃO REALIZADORA SEEDS Serviço Especial em Diagnose de Sementes Ltda CNPJ 91.356.055/0001-94 Endereço: Rua João de Césaro, 255 - Sala 06 - Bairro Rodrigues CEP 99070-140 - Passo Fundo - RS Fone/Fax: (54) 3313 4046 E-mail: seeds@grupofloss.com Estação Experimental Endereço: Passo do Miranda Passo Fundo - RS 2 EMPRESA SOLICITANTE IRMÃOS CIOCCARI E CIA LTDA CNPJ no. 94.644.671/0004-81 BR 392 - km 253 - Zona Rural - CEP 96570-000 Caçapava do Sul - RS 3 AUTOR Luiz Gustavo Floss Engenheiro Agrônomo, MSc., Pesquisador CREA/RS 111.921 E-mail: luiz.gustavo@grupofloss.com 4 TÍTULO DO TRABALHO Comparação de diferentes fontes de cálcio na adubação da cultura da soja (Glycine max), safra 2010/2011. 5 INTRODUÇÃO A cultura de soja (Glycine max (L.) Merrill) ocupa área, no Brasil superior a vinte e dois milhões de hectares. A grande abrangência e, em algumas situações, o cultivo sucessivo de soja na mesma área, levam a uma série de problemas, como as doenças, por exemplo. A adubação de tal cultivo é feita com base em análises de solo. Para tanto, é preciso que essa adubação seja eficiente. Alguns nutrientes podem melhorar a nutrição das plantas e aumentar o rendimento de grãos. O uso de cálcio junto aos fertilizantes para a semeadura da soja auxilia no aumento dos teores desse nutriente diante da concentração da capacidade de troca de cátions, que em muitos casos impossibilita a sua absorção por parte da planta. 1

6 OBJETIVO O presente trabalho teve como objetivo comparar diferentes fontes de cálcio para a cultura da soja utilizando produto da FIDA denominado "Fidagran". 7 MATERIAIS E MÉTODOS O experimento foi conduzido na Estação Experimental SEEDS, localizado no Passo do Miranda, Passo Fundo, RS. A análise de solo do local do experimento está na Tabela 1. Tabela 1 - Resultados das análises de solo do local do experimento Argila (%) ph Ind. P K M.O. H 2 O SMP (mg/dm 3 ) (mg/dm 3 ) (%) 0-5 cm 43,3 5,9 6,3 12,7 149 3,7 5-10 cm 52,7 5,9 6,0 8,9 73 2,6 10-20 cm 55,6 5,9 6,0 6,5 45 2,2 20-40 cm 55,6 5,4 5,6 3,9 28 1,9 Al Ca Mg H+Al CTC Saturação (cmol c /dm 3 Bases Al K ) (%) 0-5 cm 0,0 5,2 2,2 3,1 10,9 72 0 3,5 5-10 cm 0,0 4,2 2,1 4,4 10,9 60 0 1,7 10-20 cm 0,0 3,9 2,2 4,4 10,6 59 0 1,1 20-40 cm 0,0 2,6 1,4 6,9 11,0 37 0 0,7 S B Mn Zn Cu (mg/dm 3 ) 0-5 cm 25 0,5 6,4 1,62 2,12 5-10 cm 12 0,4 6,0 0,74 2,23 10-20 cm 13 0,2 5,5 0,48 2,81 20-40 cm 15 0,2 5,6 0,88 2,61 Utilizou-se 55 kg.ha -1 do cultivar BMX Potência, totalizando uma densidade de 30 plantas.m -2, o qual foi semeado em 11/12/10. A adubação foi realizada junto com a semeadura utilizando 300 kg.ha -1 da fórmula 08-28-18. As sementes foram tratadas com imidacloprido + tiodicarbe (Cropstar) na dose de 300 ml.100 kg sementes -1, carbendazim + tiram (Derosal Plus) na dose de 200 ml.100 kg sementes -1, cobalto na dose de 5 g.100 kg sementes -1, molibdênio na dose de 50 g.100 kg sementes -1 e inoculante (Masterfix) na dose de 100 ml.100 kg sementes -1. O controle de plantas daninhas foi realizado na fase de 2 trifólios com glifosate (Roundup Ultra) na dose de 2 L. ha -1. O controle de moléstias foi feito com duas aplicações de trifloxistrobina + cyproconazole (Sphere Max), uma no estádio de R 1 e outra em R 5.1, ambas as aplicações na dose de 150 ml.ha -1. No controle de pragas usou-se triflumurom (Certero), na dose de 30 ml.ha -1, nos estádios de R 1 e R 5.1, e imidacloprido + beta-ciflutrina (Connect), na dose de 750 ml.ha -1, no estádio de R 5.1. Os dados da precipitação pluvial no período da realização do experimento está na Figura 1. 2

Figura 1 - Precipitação durante o período de realização do experimento (11/12/10 à 15/04/2011). O ensaio foi constituído por 6 tratamentos (ver item 8), em 4 repetições, dispostos sob delineamento de blocos casualizados. A parcela experimental era constituída por 18 m 2, sendo que para fins de avaliação considerou-se apenas 9 m 2 (2 linhas espaçadas em 0,45 m por 10 m de comprimento). A colheita ocorreu em 15/04/2011. No Laboratório SEEDS, quantificou-se a massa de grãos colhidos por parcela, o peso de mil sementes (PMS) e a umidade nesses grãos. Posteriormente fez-se o cálculo para quantificar o rendimento de grãos (kg.ha -1 ) e o PMS, corrigindo-se a umidade de 13%. Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância e a comparação entre as médias foi feita pelo Teste de Tukey (P= 0,05%). 8 DESCRIÇÃO DOS TRATAMENTOS Tabela 2 Descrição dos tratamentos para avaliar o efeito do cálcio na soja Produtos Dose Época de aplicação T01 - Testemunha --- --- T02 - Fidagran 200 kg/ha Semeadura T03 - Filler 200 kg/ha Semeadura T04 - Calcário calcítico 200 kg/ha Semeadura T05 - Calcário de concha 200 kg/ha Semeadura T06 - Ca Agrichem 4 L/ha Semeadura 3

9 RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados com peso de mil sementes e o rendimento de grãos são mostrados na Tabela 3. Tabela 3 Peso de mil sementes (PMS) e rendimento de grãos de soja nos diferentes tratamentos. SEEDS, 2011 Tratamentos PMS Rendimento de grãos (g) (kg.ha -1 ) Testemunha 143,8 ns 4.119 b Fidagran 141,2 4.674 a Filler 141,2 4.455 ab Calcário calcítico 144,5 4.391 ab Calcário de concha 140,9 4.452 ab Ca Agrichem 141,1 4.655 a Média 142,1 4.458 C.V. (%) 1,6 3,98 ns: não significativo pelo teste de Tukey (p< 0,05). Médias seguidas da mesma letra, dentro de cada coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade de erro. O peso de mil sementes não teve diferença significativa entre os tratamentos. O rendimento de grãos teve diferença significativa entre os tratamentos. O rendimento da soja com o Fidagran foi 13,5% superior à média do experimento. Na figura 2, observa-se os resultados de rendimento de grãos de forma gráfica. Figura 2 - Rendimento de grãos entre os tratamentos. SEEDS, 2011. Não houve sintomas de deficiência e nem fitotoxicidade de nutrientes nos tratamentos estudados. O uso de uma fonte de cálcio e enxofre, que possa ser colocada no sulco de semeadura para melhorar condicionamento do solo, foi facilitada com o uso do Fidagran, o qual pode ser aplicado na mistura com fertilizantes devido ser granulado. 4

Em contrapartida, as demais fontes são fareladas (filler, calcário calcítico e calcário de concha) ou líquida (Ca Agrichem), o que dificulta a mistura com os fertilizantes, e tem sua aplicação não homogênea no solo. 10 CONCLUSÕES Nas condições em que a pesquisa foi desenvolvida, os resultados obtidos permitem concluir que: a) O tratamento com Fidagran teve rendimento de grãos superior à testemunha; b) O Fidagran consiste em uma fonte de cálcio que pode ser adicionada ao fertilizante para aumento dos teores no solo; c) Não houve sintomas de deficiência e nem fitotoxicidade de nutrientes nos tratamentos; e, d) Facilidade de aplicação do Fidagran no sulco de semeadura, devido ser granulado. 11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CONSULTADAS REUNIÃO DE PESQUISA DA SOJA DA REGIÃO SUL, 37., 2009, Porto Alegre. Indicações Técnicas para a Cultura da Soja no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina 2009/20010. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2009. 144p. IBGE. Indicadores agropecuários. http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/ indicadores/agropecuaria/lspa/lspa_200803comentarios.pdf (acessado em 14/04/08). IBGE:http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/agropecuaria/indicadoresagro_ 19962003/default.shtm. Acessado em 04/02/2010. Passo Fundo/RS, 02 de maio de 2011. Luiz Gustavo Floss MSc. Pesquisador SEEDS Técnico Responsável 5