DISPOSITIVO INTRA-ORAL PARA O TRATAMENTO DO RONCO E APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO

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Transcrição:

DISPOSITIVO INTRA-ORAL PARA O TRATAMENTO DO RONCO E APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO Sumário 2 Introdução ao tratamento do ronco e apnéida do sono com dispositivo intraoral...02 2 Ronco x Apneia e suas consequências...02 2.1 - O Ronco...02 2.2 Apneia...03 3 O diagnóstico da apneia...03 4 - Modo de ação do dispositivo Intra-oral...04 5 - Tratamento sem intervenção médica...04 6 Exame de diagnóstico...05 7 - Limitações odontológicas (check up odontológico)...05 8 - Efeitos colaterais...07 9 - Conclusão...07 10 Dispositivo OdontoApneia...08 11 Links sugeridos...08 12 Contatos...09 13 Referências bibliográficas...09 1

1 - Introdução ao Tratamento do Ronco e Apneia do Sono com o Dispositivo Intra-Oral. O ronco e apneia obstrutiva do sono são nocivos à qualidade de vida e em caos severos podem levar a morte. Por este motivo, o tratamento do ronco e apneia do sono, tem despertado o interesse da classe odontológica e da população em todo o mundo, que estão aderindo ao emprego do tratamento, com os dispositivos orais, semelhantes as placas de mordidas e aos aparelhos ortopédicos funcionais. Trata-se de uma opção simples e extremamente eficaz quando bem indicados. O intuito deste conteúdo é apresentar aos interessados no assunto, informações prévias sobre o tratamento do ronco e apneia do sono através do uso dos dispositivos odontológicos que posicionam a mandíbula em sentido protrusivo (para frente) facilitando a passagem do nariz para os pulmões. Este tipo de tratamento é realizado desde a década de 1980, e encontra-se em pleno desenvolvimento em todo mundo, comprovando por meio de publicações científicas a imensa colaboração da odontologia na medicina do sono. 2 Ronco x Apneia e suas consequências. O Ronco O ronco causa constrangimento para quem ronca e um grande desconforto para quem dorme ao lado. Reclamações durante a noite são comuns na vida do casal que sofre com esse problema, podendo até levá-los a dormir em quartos separados. Segundo estatísticas americanas o ronco é um problema que atinge 40% dos homens acima de 30 anos e um elevado número de mulheres acentuando-se após a menopausa. Piora com a idade, ganho de peso e uso de bebidas alcoólicas ou medicamentos ansiolíticos. O ronco acontece quando as estruturas e músculos da região da garganta relaxam muito durante o sono e vibram quando o ar passa por eles, produzindo o som do ronco. O ronco é nocivo, afeta a família e outros que convivem com a pessoa que ronca. Além disso, o roncador tem grande probabilidade de apresentar uma doença séria conhecida como Apneia Obstrutiva do Sono. 2

Apneia A apneia é o distúrbio do sono mais sério e atinge 4% da população mundial. Essa doença se caracteriza por paradas respiratórias de 10 segundos ou mais durante o sono causadas pelo bloqueio da passagem do ar, devido ao excessivo relaxamento das estruturas da garganta. Quando essas paradas respiratórias acontecem, o cérebro manda uma mensagem para que a pessoa saia do sono profundo e com um pequeno despertar, muitas vezes sem ter consciência, volte a respirar. Esses sucessivos despertares momentâneos fazem com que haja o comprometimento na qualidade do sono, assim é comum que as pessoas com essa doença reclamem de excesso de sonolência durante o dia, chegando até a se envolver em acidentes de carro por dormirem no volante. Problemas maiores causados pela apneia incluem: Dormir enquanto dirige; Problemas cardíacos; Acidentes vasculares (derrames); Pressão alta. 3 O diagnóstico da apneia. A cada dia que passa a população é informada através da televisão, internet e outros que o tratamento do ronco e apneia pode ser realizado através de um dispositivo oral, e por isso a procura de tratamento do ronco e apneia do sono nos consultórios odontológicos aumentam a cada dia. O dentista ao receber um paciente, deve levar em consideração que a apneia é um problema médico e não odontológico. O diagnóstico para o tratamento do ronco e apneia do sono é de origem médica associado a uma equipe multidisciplinar que forma o seguinte grupo: médico do sono, otorrino, neurologista e outras especialidades complementares como psicólogos e nutricionistas. 3

O dispositivo odontológico é indicado para o tratamento do ronco e de apneias leves ou moderadas com indicação médica. Para o dentista iniciar o tratamento do ronco e apneia, o paciente deve ser encaminhado ao médico do sono, solicitando o exame de polissonografia que determina o tipo da apneia (central, obstrutiva ou mista) e a classificação da severidade da mesma. Através deste exame e diagnóstico, é determinado a indicação ou não de um dispositivo intraoral. O contato entre médico do sono, equipe multidisciplinar e dentista, se faz necessário para melhor conduzir a particularidade de cada caso. O exame de polissonografia é realizado na clínica do sono, onde o paciente é monitorado por uma noite medindo-se diversos parâmetros, como eletroencefalograma (EEG), eletrocardiograma (ECG), eletromiograma (EMG), eletro-oculograma (EOG), saturação do oxigênio arterial, fluxo aéreo e movimentos do tórax e abdômen. A polissonografia é que vai determinar a severidade da apneia através do índice de apneia/hipopneia (IAH), que é o fator principal na decisão de qual tratamento adotar. 4 - Modo de ação do dispositivo Intra-oral Embora existam vários tipos de dispositivos, a maioria trabalha na mesma filosofia: avanço de mandíbula e língua, que tem como objetivo a abertura do espaço aéreo, afastando dos tecidos da garganta liberando a passagem de ar. aéreas superiores. De modo geral, o uso dos dispositivos orais convencionais deve prevenir a abertura da boca durante o sono, devem estabilizar a mandíbula, impedindo que ela caia durante a noite, pois caso a boca abra, a língua se posiciona posteriormente, fazendo com que a passagem do ar se estreite e reduza a eficiência dos músculos dilatadores das vias 5 - Tratamento sem intervenção médica Um paciente que inicia um tratamento sem um diagnóstico médico prévio, sem o exame de polissonografia, pode ficar em risco potencial de agravamento da apneia. Fato é que, sem um diagnóstico médico, não é possível saber o grau de apneia do paciente, um exemplo é que se o paciente sofre com um 4

problema de apneia grave, e iniciar o tratamento com o uso do dispositivo oral, é possível que o ronco diminua ou desapareça, mas não é possível saber se realmente o problema da apneia foi diminuído a ponto de não promover alterações cardíacas e hemodinâmicas, deixando o paciente em uma faixa de risco. 6 Exames de diagnóstico Apesar dos dispositivos orais conseguirem um ótimo resultado no tratamento do ronco e apneia do sono, os mesmos têm limitações importantes, não devendo utiliza-los em pacientes com acentuada dessaturação de oxigênio sanguíneo ou em pacientes com apneia obstrutiva severa ou apneia central, obesidade acentuada IMC>30 e hipertrofias ou tumores nas vias aéreas, por esse motivo é sempre importante o exame da polissonografia, e o diagnóstico preciso, pois através do exame e do diagnóstico é possível saber se o paciente é limitado ao uso do dispositivo intra-oral. Nos casos de Apneia severa, é indicado o uso do CPAP. 7 - Limitações odontológicas (check up odontológico) Quando o diagnóstico médico indica o uso do dispositivo oral, inicia-se o trabalho do dentista, realizando o exame clínico odontológico que verificará a real possibilidade do paciente utilizar o aparelho. O uso destes tipos de dispositivos, tem algumas restrições e limitações já observadas clinicamente, que são: impossibilidade de ancorar o dispositivo oral por número insuficiente de dentes, próteses extensas ou problemas periodontais avançados, com mobilidade dental ou perca óssea acentuada próxima de 50%. Obrigatoriamente, necessita-se de suporte dentário para promover uma boa retenção do dispositivo, sendo necessário que o paciente tenha entre 8 a 10 dentes em cada arcada. Em alguns casos, é possível a utilização deste tipo de dispositivo sobre próteses removíveis (PPR), inclusive em próteses totais superiores, desde que as mesmas estejam em boas condições, sendo contra indicados nos casos de próteses totais inferiores, entretanto é possível utilizar o dispositivo intra-oral sobre próteses totais inferiores sobre implantes. 5

Os pacientes com alterações articulares e sinais de disfunção temporomandibular (DTM aguda), não devem fazer uso dos dispositivos. Já os pacientes com DTM sem dores, podem ser tratados com o dispositivo oral, porém confeccionado com avanço no máximo de 3 mm. Também fica excluída a possibilidade de uso destes dispositivos em pacientes com limitações de avanço mandibular, ou seja, pacientes que conseguem avançar a mandíbula menos que 5 mm. Uma vez não tendo nenhuma limitação odontológica, dentista irá fazer a escolha do tipo de dispositivo e a instalação do mesmo. Após 15 dias da instalação do dispositivo, o paciente deve retornar ao consultório odontológico, para que seja realizado possíveis ajustes no dispositivo com finalidade de obter melhores resultados para o paciente. Os ajustes iniciais podem ser feitos desgastando algumas zonas internas do dispositivo, que possa estar gerando pressão em determinado dente apresentando mobilidade, relatado pelo paciente, também é possível ajustar o dispositivo, ativando o mesmo quando necessário e a situação articular permita, ou ainda diminuindo o avanço do dispositivo em casos que o paciente relate aparecimento de dores ou desconforto. Estes ajustes iniciais devem ser realizados de 15 em 15 dias até que o paciente use o aparelho sem relatar nenhum desconforto. Após todos ajustes, os casos diagnosticado com apneia e não ronco primário, deve-se solicitar ao paciente, um novo exame de polissonografia utilizando o dispositivo oral, para realmente confirmar a redução do IAH, normalização da saturação de oxigênio, bem como pela confirmação da remissão da sintomatologia. Já os casos diagnosticados somente com ronco primário, não necessita de um novo exame de polissonografia com o uso do dispositivo, o relato subjetivo do paciente ou cônjuge que os sintomas foram reduzidos a níveis aceitável, é o suficiente. Após todos ajustes e a confirmação dos resultados pela possinografia, o paciente deve retornar de seis em seis meses no médico para exame de polissonografia, e no dentista para avaliar possíveis desajustes no aparelho e 6

articulação. Após o primeiro ano de tratamento só é necessário retornar de ano em ano aos mesmos. 8 - Efeitos colaterais O agravamento ou aparecimento de dor articular após o uso dos dispositivos orais, tem sido o principal efeito colateral relatado pelos pesquisadores, acontecendo em 15% a 40% dos casos. Ruídos articulares e desvio de abertura, fechamento ou na protrusão, mesmo sem dor, devem ser avaliados, pois estes pacientes têm um risco maior de apresentarem dores após alguns dias de uso do dispositivo, então nestes casos, é indicado reduzir o avanço mandibular no próprio dispositivo oral para que o sintoma da dor desapareça. 9 - Conclusão: A apneia do sono por sua característica multifuncional exige uma abordagem multidisciplinar, portanto uma boa avaliação clínica odontológica de problemas articulares e musculatura, devem ser feitos com a palpação do masseter e temporal, verificando também a presença de alterações de movimento e assimetrias na abertura, fechamento e limitações de protrusão mandibular. Em relação aos aparelhos, podemos compará-los aos óculos, ou seja, só apresentaram bons resultados quando utilizados. A escolha do dispositivo oral deve ser totalmente relacionada ao conforto permitindo que a mandíbula possa executar os movimentos de lateralidade, praticidade em sua ativação e ajustes, Por este motivo, concluímos que o dispositivo OdontoApneia preenche todos esses requisitos, além do que, o dispositivo ainda estimula o selamento labial enquanto os outros convencionais não. Os dispositivos orais devem ser confeccionados por técnicos de laboratórios que tiveram boa formação de introduções de confecção dos mesmos nas mais diversas técnicas, pois a confecção destes dispositivos de forma inadequada, pode desencadear uma série de efeitos indesejáveis como: efeitos basculantes (mal planejamento e confecção da base), índices de roturas contínuas (não simetria dos componentes), movimentações dentárias (não realização de alívios determinados através do planejamento individual de cada dispositivo que permite a inserção e remoção do mesmo da boca), dentre outros. Embora 7

pareça ser simples a confecção dos dispositivos, os protocolos de confecção de cada um, deve ser respeitado, para que funcionem de forma mais confortável e eficiente. 10 Dispositivo OdontoApneia Existem diversos dispositivos odontológicos para o tratamento do ronco e apneia no mercado. Cada profissional deve indicar aquele que mais se adapta e tem facilidade de manipulação. Recomendamos, porém, o uso do dispositivo OdontoApneia, que tem se mostrado bastante eficaz, além de, proporcionar maior comodidade ao paciente permitindo os movimentos de lateralidade da boca durante seu uso. Se você tem problemas com sono por causa do ronco, mas não sabe se tratase apenas de ronco ou também de apneia e se você esta disposto a mudar a situação e melhorar sua qualidade de vida, entre em contato conosco e faça uma avaliação. Iremos orientá-lo(a) em todas as etapas do seu tratamento, desde a indicação ao médico para a realização dos exames de diagnóstico necessários até sua alta definitiva e controles periódicos à longo prazo. 11 Links sugeridos https://youtu.be/nmhggllpdzo https://youtu.be/ivfvjxhyuk0 https://youtu.be/q7xqxzigen4 https://youtu.be/k4tdpgzhqna 8

12 Contatos Google + - https://plus.google.com/103106439225615107115 E-mail = contato-dr.fauze@hotmail.com - dr.fauze@hotmail.com Facebook = Tel = (11) 33264571 e (11) 33266391 Cel. / Awhatsupp (11) 96547243 13 Referências Bibliográficas 1. Todos os direitos reservados Odonto Apneia 2. Sher AE, Schechtman KB, Piccirillo JF. The Efficacy of Surgical Modifications of the Upper Airway in Adults with Obstructive Sleep Apnea Syndrome. Sleep 1996, 19(2): 156-177. 3. 4. Wiegand L, Zwilich CW. Obstructive Sleep Apnea. In Bone RC (Ed) Disease-a-Month. St. Louis, Mosby Year Book; 1994, volume XL, 4, pp 199-252. 9