NOVO MÉTODO DE GESTÃO DO RISCO DE LONGEVIDADE PARA FUNDOS DE PENSÃO E SEGURADORAS



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Transcrição:

ISSN 1984-9354 NOVO MÉTODO DE GESTÃO DO RISCO DE LONGEVIDADE PARA FUNDOS DE PENSÃO E SEGURADORAS Jordanno Brunno Nicoletta dos Santos (Universidade de São Paulo) Flavio Almeida de Magalhaes Cipparrone (Universidade de São Paulo) Resumo Na avaliação dos riscos que geram impacto no valor das obrigações em fundos de pensão e seguradoras, abordamos o risco de longevidade. O risco de longevidade está relacionado com o fator tempo, isto é, com a incerteza do momento de falecimeento de um participante/beneficiário, da duração ou existência do benefício, e com o fato de o indivíduo se invalidar ou deixar simplesmente de estar abrangido pelo plano em análise. As probabilidades de morte determinam largamente o valor atual das responsabilidades de fundos de pensão e seguradoras, qualquer alteração na mortalidade poderá afetar significativamente este valor. Este artigo propõe uma nova metodologia para avaliação do risco de longevidade. A utilização desta nova metodologia permitirá o controle adequado da liquidez e solvência das carteiras de investimentos dos fundos de pensão e seguradoras. O ponto principal deste artigo consiste nos cálculos de cenários para evolução da probabilidade de morte com base em caminhos verificados em populações com grande desenvolvimento da expectativa de vida. A aplicação desses cenários nos cálculos dos fluxos de caixa de fundos de pensão e seguradoras resulta em uma consistente forma de mitigar a variabilidade do fluxo de caixa e a definir tecnicamente as margens de segurança adequadas às Provisões Matemáticas. A metodologia apresentada torna-se fundamenta para auxiliar os fundos de pensão e seguradoras na gestão da carteira de investimento evitando perdas por subdmensionamento ou em custo de opotunidade pelo excesso de liquidez. Palavras-chaves: gestão de riscos; mortalidade;fluxo de caixa.

INTRODUÇÃO O estudo apresentado surgiu a partir de uma análise dos riscos envolvidos na gestão de fundos de pensão e seguradoras. As instituições que trabalham com seguro ou previdência, cujos eventos podem levar décadas para se consolidar, correm riscos no desenvolvimento de sua atividade. Isso ocorre porque é extremamente difícil considerar todas as informações sobre eventos futuros que possam subsidiar os gestores na tomada de decisão que evite ou minimize esses riscos. Na avaliação dos riscos que geram impacto no valor das obrigações em fundos de pensão, abordamos o risco de longevidade. O risco de longevidade está relacionado com o fator tempo, isto é, com a incerteza do momento de falecimento de um participante/beneficiário, da duração ou existência do benefício, e com o fato de o indivíduo se invalidar ou deixar simplesmente de estar abrangido pelo plano em análise. No caso de um fundo de pensão, torna-se necessário identificar e analisar o risco de longevidade como uma das principais variáveis que define a situação financeira e o nível de solvência, uma vez que o risco longevidade está relacionado ao risco de uma pessoa que está recebendo renda ou pensão sobreviver mais do que o esperado por quem assumiu o risco de pagamento das anuidades. Deste modo, nos planos de fundos de pensão e produtos de seguradoras que possuem o compromisso de pagamento de anuidades, o principal risco inerente à operação é o risco de sobrevivência, mais especificamente o de longevidade. O objetivo deste artigo é apresentar um novo método para cálculo de uma premissa que impacta diretamente o valor de Provisão apresentado nos balanços de fundos de pensão e seguradoras, a função [q(x)] (calcula a probabilidade de uma pessoa morrer entre as idades x e x+n). REFERENCIAL TEÓRICO 2

Tábua de Mortalidade, também chamada de Tábua de Vida ou ainda Tábua Atuarial é uma tabela utilizada no cálculo atuarial, para planos de previdência e seguros de vida, tanto no setor público quanto no setor privado. São utilizadas para calcular as probabilidades de vida e morte de uma população, em função da idade. As tábuas de mortalidade são elaboradas com base em um grupo inicial de indivíduos, conhecido por coorte, com uma mesma idade inicial, chamada de raiz da tábua, até a morte do mais longevo, causando a extinção total do grupo em uma idade final, ômega (ω), que é a última idade atingível nesta tábua. Como as tábuas analisam as probabilidades de sobrevivência e morte em relação à idade, é preciso que uma tábua analise um coorte com indivíduos de mesmas chances de sobrevivência. Para que isso ocorra e uma tábua apresente dados confiáveis, os indivíduos estudados devem ser os nascidos em um mesmo espaço de tempo, que convivam em uma mesma região geográfica, fechada a migração, sob as mesmas condições de vida. Como não são considerados novos nascimentos ou outras formas de entrada de pessoas, diz-se que o cenário proposto por uma tábua é estacionário, sendo registrados apenas os óbitos dos membros do coorte. Assim, o número de indivíduos que atingem uma determinada idade é obrigatoriamente igual ou menor do que os indivíduos que estavam vivos no início da idade anterior. As probabilidades de vida/morte determinam largamente o valor atual das responsabilidades de um fundo de pensão, uma vez que uma alteração na mortalidade poderá afetar significativamente este valor. O estudo do risco de longevidade efetuado pelo CEIOPS (Committee of European Insurance and Occupational Pensions Supervisors) consiste num scenario based approach, que procura compreender, no âmbito de uma análise dinâmica, a componente do risco de tendência, isto é, a evolução futura da mortalidade, e a incerteza associada ao risco de os parâmetros da mortalidade não estarem bem estimados. O scenario based approach (através do stress test) consiste na simulação de um choque de mortalidade, admitindo um cenário de decréscimo das taxas de mortalidade para cada idade. Para a determinação do choque, o CEIOPS teve por base um estudo efetuado pela Watson Wyatt, publicado em 2004, que consistia em uma proposta para o nível de capital standard necessário Individual Capital Adequacy Standard (ICAS) para as instituições financeiras do Reino Unido, no que respeitava à redução da mortalidade a um nível de confiança de 99,5% num horizonte temporal de 1 ano, expressa numa única diminuição permanente e uniforme da mortalidade. Este estudo indicou um decréscimo das taxas de 3

mortalidade num intervalo entre os 5% e os 35%, assumindo-se em média um decréscimo de, aproximadamente, 18%. Recentemente as submissões para o Individual Capital Adequacy Standard (ICAS) no Reino Unido passavam por um decréscimo, em média, das taxas de mortalidade de 25%, de forma a cobrir o risco de longevidade, pressuposto considerado consistente e adequado por peritos externos. Este choque revela-se, igualmente, consistente com a experiência observada nos últimos anos relativamente à taxa de aceleração da melhoria da longevidade da população (WILLETS et al., 2004), a qual é induzida por uma vasta combinação de fatores, tais como os avanços na área da medicina, particularmente no tratamento de doenças do coração e cancro, a redução do número de fumantes e a melhoria das condições de vida, entre outros. Assim, assume-se que uma diminuição de 25% da probabilidade de um indivíduo não chegar vivo à idade normal de aposentadoria (65 anos) ou falecer após essa data, considerando a tábua de mortalidade assumida pela entidade gestora, é equivalente a aumentar a esperança de vida daquele indivíduo em 3. A seguir detalhamos como pretendemos calcular o risco de longevidade (a variabilidade da função [q(x)]) que impacta diretamente o valor das obrigações em fundos de pensão e seguradoras. METODOLOGIA Para gerenciamento do risco de longevidade, o primeiro passo é estudar a tendência de melhoramento (improvement) no padrão de mortalidade da população. Para tal, devem-se utilizar métodos de projeção nos quais é analisada a tendência da mortalidade da população, como resultado de um longo período de observação. Como citado por Pitacco (2007), em muitos países, evidências estatísticas mostram que a mortalidade humana declinou no último século, em particular na última década. Em função disso, vários modelos estatísticos foram propostos para estimação dessa redução, entre eles citamos o método de Lee-Carter e o modelo de redução dos fatores de mortalidade (RENSHAW; HABERMAN, 2003). No entanto, para essa modelagem são necessários alguns anos de dados, o que a maioria dos fundos de pensão e seguradoras não possui. 4

A metodologia proposta é feita com base em estudo empírico sobre a experiência histórica de evolução da mortalidade nos EUA, para gerarmos cenários de evolução futura de mortalidade, o que se convencionou chamar de Mortality Improvement. Este artigo considera dados de mortalidade de 1959 até 2002. A partir dos dados de mortalidade [q(x)], criamos um Índice de Mortalidade (IM) normalizando os valores observados ano a ano, tomando por base a mortalidade em cada idade no ano de 1959 com valor 1.0000. Evolução da Taxa de Mortalidade Relativa por Idade - USA - Ambos os Sexos (índice base ano 1959 = 1.0000 em cada idade) 1,2000 1,1000 1,0000 0,9000 0,8000 0,7000 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0,6000 0,5000 1959 1960 1961 1962 1963 1964 1965 1966 1967 1968 1969 1970 1971 1972 1973 1974 1975 1976 1977 1978 1979 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Figura 1: Evolução da Taxa de Mortalidade por Idade Observamos que para qualquer idade (x), salvo idades entre 18 e 30 anos em alguns períodos, a mortalidade [q(x)] apresentou tendência geral de redução. Analisando a figura 1, verifica-se que, no período de 1959 a 2002, o Índice de Mortalidade foi reduzido de seu valor inicial (IM t=0 = 1.0000) para algo entre 0.50 e 0.75 para todas as idades, exceto 100 anos, onde a redução estabilizou-se em 0.90 desde 1975. Utilizamos a cauda da distribuição normal padrão iniciando em +1 desvio-padrão para criarmos famílias de caminhos com decaimento assintótico (assintótica, isto é, estende-se de - infinito a + infinito, sem nunca tocar o eixo horizontal, e portanto a função de x jamais se anula). 5

Figura 2: Distribuição normal padrão Para realizar isto, a partir da distribuição cumulativa normal padrão N(0,1), estabeleceram-se os seguintes parâmetros: A redução máxima (assintótica, limite para o tempo infinito) que denominamos de Valor Terminal (VT x ) e O número de anos necessários para que o Índice de Mortalidade (IM x ) seja reduzido em 50% da sua queda potencial, ou seja, o tempo necessário para que o IM x seja igual a VT x + 0.5* (1- VT x ). Com base na figura 1, foi estabelecida como premissa a possibilidade de que esses índices ainda tenham o potencial de redução de 33% da observada no período completo do estudo. Assim, obtivemos as seguintes estimativas dos valores terminais do Índice de Mortalidade para cada idade (x): Tabela 1: Valor terminal para os índices de mortalidade AGE VT 20 0.708 30 0.754 40 0.523 50 0.406 60 0.496 70 0.476 80 0.485 90 0.601 100 0.83 Partindo desses valores terminais, buscamos os valores dos Tempos de Meia Vida (TMV) que minimizam a soma dos quadrados dos desvios entre os valores obtidos pelo modelo e aqueles observados nos dados reais disponíveis. 6

Nesse processo, foi utilizada a soma dos quadrados dos desvios apenas para os dados a partir de 1980, por entender que seria mais importante priorizar o ajuste dos caminhos obtidos pelo modelo aos dados mais recentes. Na tabela a seguir, observamos os valores obtidos para os TMV x (Tempo de Meia Vida na idade x) para cada uma das idades em foco. Tabela 2: Valor terminal e Tempo de Meia Vida por idade AGE TMV VT 20 26.22454 0.68774 30 26.86289 0.73337 40 24.37224 0.51159 50 23.42252 0.40533 60 24.49754 0.48238 70 24.21198 0.46535 80 24.25305 0.47395 90 25.0953 0.58465 100 24.85311 0.82425 Depois de definidos esses valores e processos, foram calculados os valores esperados dos Índices de Mortalidade de algumas idades junto com os dados históricos. Evolução da Taxa de Mortalidade Relativa por Idade - USA - Ambos os Sexos (índice base ano 1959 = 1.0000 em cada idade) 1,2000 1,1000 1,0000 0,9000 0,8000 0,7000 0,6000 20 30 40 50 60 70 80 90 100 20* 50* 70* 90* 100* 0,5000 1959 1960 1961 1962 1963 1964 1965 1966 1967 1968 1969 1970 1971 1972 1973 1974 1975 1976 1977 1978 1979 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Figura 3: Valores esperados para os Índices de Mortalidade Os caminhos de decaimento obtidos pelo modelo são tracejados. Não foram apresentados todos os caminhos (ou seja, todas as idades) para preservar a legibilidade do gráfico. Como desejado, o ajuste parece melhor nos dados mais recentes. Calculam-se então os erros de projeção de cada caminho e os respectivos desviospadrão. 7

Tabela 3: Desvio Padrão (erros de projeção) AGE STDEV 20 0.095226 30 0.087454 40 0.070135 50 0.052383 60 0.052296 70 0.03392 80 0.02426 90 0.019002 100 0.024243 O comportamento da volatilidade mostra que os resíduos decrescem suavemente com o aumento da idade. A partir dos cálculos das correlações entre os resíduos (desvios), obtémse a seguinte matriz: Tabela 4 - Matriz de Correlação entre os resíduos AGE 20 30 40 50 60 70 80 90 100 20 1 0.93 0.82 0.84 0.87 0.6 0.74 0.27 0.45 30 0.93 1 0.96 0.91 0.95 0.75 0.89 0.41 0.58 40 0.82 0.96 1 0.93 0.96 0.83 0.93 0.5 0.7 50 0.84 0.91 0.93 1 0.94 0.93 0.97 0.69 0.82 60 0.87 0.95 0.96 0.94 1 0.8 0.9 0.46 0.73 70 0.6 0.75 0.83 0.93 0.8 1 0.96 0.86 0.9 80 0.74 0.89 0.93 0.97 0.9 0.96 1 0.73 0.86 90 0.27 0.41 0.5 0.69 0.46 0.86 0.73 1 0.83 100 0.45 0.58 0.7 0.82 0.73 0.9 0.86 0.83 1 Com esses dados, podemos gerar simulações para a evolução futura dos Índices de Mortalidade. Definida a Tábua de Referência através do teste de aderência, podemos então estabelecer um ano de referência para a massa de interesse, e utilizarmos os ganhos potenciais a partir desse ano de referência (aplicamos os ganhos potenciais com base no ano de partida). Se, por exemplo, a função verossimilhança indica que a Tábua de Referência assemelha-se à mortalidade nos EUA do ano de 1995, podemos adotar como ponto de partida as mortalidades do ano de 1995. A cada simulação, a expectativa do Índice de Mortalidade deve ser somada a um erro, obtido a partir das volatilidades e correlações (utilizando Cholesky) anteriormente expostas, de modo a introduzir uma provisão para a variação desse Índice que não é explicada pelo modelo. 8

Finalmente, a mortalidade a ser utilizada no cenário será o produto da taxa de mortalidade da Tábua de Referência [q(x),0] pelo respectivo Índice de Mortalidade IM x,t Cenário. O Índice de Mortalidade é definido da seguinte forma: X = a + b.z z~n(0,1) (1) onde: a é Índice de Mortalidade (IM) normalizado original, os valores observados ano a ano, tomando por base a mortalidade em cada idade no ano de 1959 com valor 1.0000; b é o desvio entre o Índice de Mortalidade (IM) original e os caminhos de decaimento obtidos pelo modelo; z variável aleatória simulada por N(0,1). Simulações Correlacionadas: a transformação de Cholesky Para considerar o efeito das correlações entre as variáveis (no caso evolução da mortalidade por idade), a alternativa utilizada neste artigo foi aplicar a transformação de Cholesky às variáveis aleatórias geradas no processo de simulação. A representação da transformação é dada por: : Matriz de correlação vetor erros : LL t, onde L é uma matriz triangular inferior. ':L (2) APLICAÇÃO DO MODELO Para gerar simulações para a evolução futura dos Índices de Mortalidade foram consideradas as seguintes premissas: 9

I. Tábua de referência: AT-83. II. Para gerarmos cenários de mortalidade futura (Mortality Improvement), foi considerada a experiência histórica de evolução da mortalidade nos EUA. III. Dados de mortalidade: 1959 a 2002. IV. Potencial de redução para cálculo dos valores terminais do Índice de Mortalidade: 33% da observada no período completo. V. Para cálculo dos valores dos Tempos de Meia Vida: minimizar a soma dos quadrados dos desvios para os dados a partir de 1980 (por entender que seria importante priorizar o ajuste dos caminhos obtidos pelo modelo com os dados mais recentes). Na tabela 5 é apresentado um exemplo das saídas do modelo utilizado para geração de cenário de mortalidade: Tabela 5 Evolução do q(x) da tábua de referência Idade q x (2009) q x (2010) q x (2011) 20 q 20 q Cenário 20 x IMx,T Cenário q 20 x IMx,T+1 30 q 30 q Cenário 30 x IMx,T Cenário q 30 x IMx,T+1. 90 q 90 q Cenário 90 x IMx,T Cenário q 90 x IMx,T+1 100 q 100 q 100 x IMx,T Cenário q 100 x IMx,T+1 Cenário Os resultados das evoluções do [q(x)] (probabilidade de morte) não foram apresentados para todas as idades, pois a Tábua de Referência (AT-83) apresenta um grande intervalo de idades e o número de anos projetado é significativo. Os resultados projetados para todos os anos simulados da probabilidade de morte [q(x)] das idades 45, 50, 55, 60, 65, 70, 75 e 80 foram apresentados através dos gráficos de Box-Plot abaixo. O gráfico Box-Plot fornece algumas medidas estatísticas importantes como: mediana, 1 o quartil, 3 o quartil, valor máximo, valor mínimo e média, que auxiliam na interpretação do desempenho de um determinado resultado em um período qualquer. 10

0,0035 0,0030 0,0025 0,0020 0,0015 0,0010 0,0005 0,0000 Evolução q 45 \ 0,0050 0,0045 0,0040 0,0035 0,0030 0,0025 0,0020 0,0015 0,0010 0,0005 0,0000 Evolução q 50 \ 0,0080 0,0070 0,0060 0,0050 0,0040 0,0030 0,0020 0,0010 0,0000 Evolução q 55 \ 0,0100 0,0090 0,0080 0,0070 0,0060 0,0050 0,0040 0,0030 0,0020 0,0010 0,0000 Evolução q 60 \ 0,0160 Evolução q 65 0,0250 Evolução q 70 0,0140 0,0120 0,0200 0,0100 0,0080 0,0060 \ 0,0150 0,0100 \ 0,0040 0,0020 0,0050 0,0000 0,0000 0,0450 0,0400 0,0350 0,0300 0,0250 0,0200 0,0150 0,0100 0,0050 0,0000 Evolução q 75 \ 0,0700 0,0600 0,0500 0,0400 0,0300 0,0200 0,0100 0,0000 Evolução q 80 \ Figura 4: Evolução do [q(x)] por idade Os resultados projetados para todos os anos simulados da probabilidade de morte [q(x)] das idades 45, 50, 55, 60, 65, 70, 75 e 80 demonstram tendência geral de redução da mortalidade [q(x)] quando comparamos o primeiro ano (representado pela tábua de referência) com os demais anos. O percentual de redução para 28 anos de simulação depende 11

da idade tratada, no entanto, poderá chegar a aproximadamente 40% de redução na probabilidade de morte da tábua AT-83. CONCLUSÃO Para avaliarmos resultados de carteiras de investimentos de fundos de pensão e segurados e definirmos conclusões quanto à projeção de liquidez, precisamos abordar alguns pontos importantes quando utilizamos modelos determinísticos para avaliação de passivo atuarial. A metodologia tradicional de cálculo do fluxo de caixa do Passivo Atuarial busca encontrar o valor esperado das receitas e despesas do plano. Essa é uma estimativa pontual do valor esperado, nada se podendo inferir quanto a sua incerteza (variabilidade). Assim, somente com o decorrer do tempo, quando da realização do fluxo de caixa, descobriremos então o valor verdadeiro da despesa atuarial. Se o fluxo realizado de obrigações for superior ao estimado, então, corre-se o risco de liquidez, ou seja, pode ser necessário vender ativos antes do vencimento para formação de caixa. Essa venda precoce de ativos poderá resultar na realização de perdas. O modelo proposto neste artigo para simulação de cenários de mortalidade futura resulta em distribuições de mortalidade. Quando os cenários de mortalidade são aplicados para desenvolvimento do fluxo de caixa, os resultados permitem que qualquer modelo que venha a ser utilizado para definição de carteira contemple o risco de liquidez na totalidade ou em grande percentual desses cenários possíveis de despesas atuariais. Assim, o uso do fluxo de caixa gerado com base no modelo apresentado neste artigo para simulação dos cenários de mortalidade torna-se importante ferramenta para o gerenciamento técnico da liquidez necessária, podendo auferir riscos de perdas por subdimensionamento ou em custo de oportunidade por deixar excessivamente líquida a carteira. REFERÊNCIAS AFONSO, L. E. Previdência social e fundos de pensão. São Paulo: FUNENSEG, 1996. 79 p. 12

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