DE MITO PARA HISTÓRIA DO PARANÁ: A PRODUÇÃO HISTORIOGRÁFICA DE ROMARIO MARTINS. Maureen Elina Javorski (Historiadora do DEAP/mestranda UEPG) Palavras chave: historiografia paranaense, Alfredo Romario Martins, identidade. Os ambientes de intelectualidade que emergiram, durante o século XX, formaram no Brasil e, especificamente, no Paraná alguns personagens fundamentais que passam a existir como exemplos deste espírito envolvente da época. Uma personalidade paranaense de grande influência e que esteve presente em diversas ramificações do cenário estadual, durante a primeira metade deste século, foi: Alfredo Romario Martins. Nascido em Curitiba em 8 de dezembro de 1874, Alfredo foi filho único de um casal, ambos viúvos, que eram atuantes no cenário político, econômico e social no período em que o Paraná ainda era província do Império. Estas influências paternas envolveram o herdeiro e o seguiram em toda sua trajetória de vida. A sua atuação no mercado de trabalho começou muito cedo. Foi na oficina de tipografia do jornal Dezenove de Dezembro que Romario, com apenas 14 anos foi aprendiz. Devido seu bom desempenho não demorou a ser convidado para participar do jornal A República, logo ingressando na redação do jornal e, mais tarde, ocupando o cargo de redator-chefe. Sua participação no funcionalismo público percorreu longos 35 anos em que atuou por diversos campos: sendo colaborador na Superintendência do Ensino Público; funcionário da Secretaria de Obras Públicas e Colonização; superintendente do Ensino Público; diretor do Museu Paranaense de 1902-1928; foi político (deputado estadual, vereador e presidente da Câmara Municipal); chegou a ocupar o cargo de prefeito de Curitiba, por cerca de 8 meses; também foi diretor do Departamento de Agricultura do Estado do Paraná, entre outras influências. 1
Toda a carreira que se seguiu, a partir de seus percursos de atuação, foram de mérito e interesse dele próprio. Ao contrário de seus colegas contemporâneos, Romario Martins não frequentou nenhuma faculdade de o auxiliasse em sua formação intelectual. Mas a falta de instrução superior não atrapalhou a sua carreira. A sua dedicação e o domínio da prática do jornalismo parecem ter preenchido a ausência de uma formação acadêmica: A oficina é uma história e um lar. Instrui e educa. Ela formou meu espírito e formou-o de maneira a fazer de mim uma individualidade moral e intelectual de ação no meio do meu tempo 1. Sua trajetória na então Universidade do jornal lhe proporcionou todas as pressões sociais e políticas, o jogo de interesses o idealismo pessoal, as paixões, tudo o que uma época tem de vivo e dinâmico 2, conteúdo prático que possivelmente as outras graduações não lhe proporcionariam da mesma forma. Estes percursos o favoreceram na sua fixação em um lugar privilegiado ou um lugar comum, como aponta o pesquisador Antonio Marcos Myskiw em seu trabalho sobre a República das Letras onde revela que as redações de jornais e revistas, nos conselhos editoriais das tipografias, nos clubes, cafés e associações literárias 3 sendo estes espaços privilegiados. Neste contexto as temáticas como: o republicanismo, o livre-pensamento, o ocultismo, o positivismo, o patriotismo, o nacionalismo, os movimentos operários, o simbolismo, o neopitagorismo, a maçonaria, o espiritismo, o paranismo e o anticlericalismo 4 ganhavam força entre a sociedade e nestes círculos de participação dos grupos de intelectuais paranaenses. Com estas influências se iniciou sua produção literária. Estréia com uma carreira poética que logo se desmembra com a publicação do seu raro livro: O socialismo (1895) 1 MARTINS apud CAROLLO, Cassiana Lacerda. Romário Martins: biografia intelectual. In: MARTINS, Romário. História do Paraná. 20ª ed. Curitiba: Travessa dos Editores, 1995. p. XXI 2 TREVISAN, Edilberto. A formação de Romário Martins. In: Boletim do Instituto Histórico, Geográfico e Etnográfico Paranaense. v. XXIII, ano 1974. p. 12. 3 MYSKIW, Antonio Marcos. Curitiba, República das Letras (1870-1920). In: Revista eletrônica Reflexões em História. v. 2, n. 3, p. 1-27, Dourados, 2008. p.2. 4 CARNEIRO, Cintia Maria Sant ana Braga. O Museu Paranaense e Romário Martins: a busca de uma identidade para o Paraná (1902-1928). Curitiba: SAMP, 2013. p.77. 2
onde o mesmo mostrou-se apoiador dos ideais de defesa aos indígenas abraçando como seu principal mestre o historiador Rocha Pombo. O momento que marca seu início de contribuição para a produção historiográfica sobre o Paraná é identificado pelo pesquisador Luis Roberto Soares com a publicação do folheto Combate do Cormorant, publicado em 1898 que assinala o seu ingresso nas chamadas letras históricas 5. Mas foi com a publicação de História do Paraná (1899) que seu nome se vinculou ao título de historiador. Esta obra lhe proporcionou uma abertura de oportunidades que permitiu um reconhecimento entre as instituições intelectuais brasileiras e até mesmo internacionais. Este livro foi caracterizado, por Brasil Pinheiro Machado, como o fundador de uma história regional que abrangia a história de uma comunidade [...] de um grupo humano nas suas relações com o meio geográfico 6. Como consequência desta publicação, Romario Martins foi aceito como sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) e se sentiu estimulado a fundar, ao lado de outros companheiros, o Instituto Histórico e Geográfico Paranaense (IHGPR) em maio de 1900. Adentrando aos modelos de pesquisa, preestabelecidos pelo IHGB, podemos perceber a necessidade das criações das identidades brasileira e também regional. Esta ultima era como uma peça, formada por um estado ou região, que iria compor uma espécie de quebra cabeça que iria gerar a identidade do ser brasileiro. O exemplo prático era o Estado do Paraná que ainda sofria com as questões de pertencimento e assimilação. A sua criação como província, independente de São Paulo, tinha apenas 47 anos; passando pela ocorrência do período de grande imigração (1890-1910) e sofrendo com os conflitos existentes nas questões de limites territoriais com Santa Catarina, por exemplo. 5 SOARES, Luis Roberto. Romário: um historiador combatente. In: MARTINS, Romário. História do Paraná. 20ª ed. Curitiba: Travessa dos Editores, 1995. p. X 6 MACHADO, Brasil Pinheiro. A historiografia de Romário Martins na sua História do Paraná. In. Anais do Colóquio de Estudos Regionais comemorativo ao I Centenário de Romário Martins. In: Boletim do Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, n. 21, 1974, p. 43. 3
Era momento de fazer emergir uma História que estivesse fundamentada nos propósitos nacionais. Uma narrativa que atingisse tanto o caboclo do interior como o novo imigrante que se inseria na sociedade paranaense, mesmo que não fosse de total apreciação dos lusitanos já estabelecidos. Juntamente com outros criadores, a escrita da história por Romario Martins foi muito eficaz: garantida graças ao exercício de funções míticas que realiza ao forjar um passado inteligível e compreensível dando sentido a aspectos significativos das relações sociais. Assim, é possível a uma parcela ponderável da população se reconhecer como fruto desta história, pois esta lhe dá uma origem auspiciosa, um presente de conquistas civilizacionais e um futuro venturoso 7. Interligado com as suas ações, a contribuição do Instituto Histórico e Geográfico Paranaense tinha como principal finalidade, de acordo com seu estatuto de fundação: Coligir, estudar, publicar e arquivar os documentos que sirvam à historiografia do Paraná, promovendo a difusão de seu conhecimento pela imprensa e pela tribuna 8 que garantissem a formação da história paranaense, perante todos seus conflitos, sustentados pela concentração de uma documentação que sustentassem uma memória que queriam formar. Com estes elementos de apoio a criação de uma história visava um interesse individual para o trabalho no específico iniciando seu caminho com o resgate de mitos e lendas paranaenses para formular suas teorias e criar os seus heróis. Não obstante e dando prosseguimento ao seu mestre, Rocha Pombo, o aparecimento dos ídolos indígenas ganhou destaque em seus textos. Para tanto Romario foi a busca do conhecimento de alguns termos indígenas para aparentar uma proximidade de identificação com estes grupos etnológicos. Neste elemento personagens como Guairacá, Paiquerê, Naipi e Tarobá, entre outros ganharam as páginas de seus livros e as dos jornais que colaborava. Em seus textos historiográficos buscava seguir as concepções de enaltecimento destes mitos que foram essenciais para o que o Paraná e o paranaense de seu tempo tinha se 7 SVARÇA, Décio. O Forjador: ruínas de um mito. Romário Martins (1874-1944). Dissertação de Mestrado. Curitiba: Universidade Federal do Paraná, 1993. p.118. 8 Estatuto de fundação do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná. In: Boletim do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná, v.1, Curitiba, 1917.p.22. 4
transformado. O apoio aos indígenas e a inserção do negro na sua escrita merece destaques e ressalvas. O destaque fica por conta do fato de se fazer emergir na história personagens que até então não apareciam como pertencentes de um conjunto de formação nacional e que nas palavras de intelectuais da época ganhavam espaço. Já as ressalvas podem ser levadas em conta com os princípios dos interesses econômicos. A busca pela propaganda de progresso: um Paraná morigerado, advindo de suas participações na Secretaria de Agricultura, impulsionou Romario na dedicação de obras sobre a potencialidade da natureza nativa, do Estado, e produtiva. Desta forma, acreditava que o apoio de quem conhecia melhor esta natureza seria fundamental: o indígena e o caboclo. Conhecedores sim, mas administradores não!para isso pessoas mais qualificadas eram destinadas aos centros de cooperativas existentes. Mas dentre os seus objetivo não deixou de buscar incentivo e participação dos nativos. Para isso a obra, com fundamentação educacional, intitulada: Escolas rurais especiais para a educação e socialização do caboclo 9 serviu para a qualificação da mão de obra. Sobre este fator não buscamos compreender a finco, mas sua documentação acusa que o seu desempenho na difusão da agricultura surtiu efeito, alcançando metas nacionais e ultrapassando concorrentes já estabelecidos. Como foi, por exemplo, a Cruzada do Trigo (1925-1930). Suas demais preocupações envolviam assuntos como a história e o diálogo dos indígenas com os portugueses; o desenvolvimento econômico paranaense; aspectos e histórico da fundação de cidades; discussões sobre o ensino no estado; preocupações com questões do patrimônio e memória; estudos e interesses técnicos sobre a Erva Mate; acompanhamento de feitos e diálogos com intelectuais paranaenses contemporâneos; homenagens e ações patrióticas ao Brasil e ao Paraná; fundações de sociedades de intelectuais; questão de limites territoriais entre Santa Catarina e Paraná; relações comerciais; intervenções políticas; divulgação de assuntos relativos ao Estado do Paraná; 9 Nome de obra publicada por Romario Martins no ano de 1940. 5
comprometimento com a divulgação da memória e identidade paranaense por meio do IHGPR; entre outros incontáveis assuntos que ele se envolvia 10. Outro fator que merece ser apresentado, sobre os interesses particulares de Romario Martins, era que o mesmo compunha a elite paranaense que se fundamentava nos proprietários de fazendas e produtores da Erva-Mate, que mais tarde caiu em decadência, mas que Romário teve a audácia de projetar novos investimentos nos ramos agrícolas, como vimos anteriormente. Este mesmo grupo foi, também, responsável e investidora nas questões de formação da identidade do ser paranaense. As propagações culturais podem ser observadas com o grande marco de uma geração que ficou conhecida pelo Movimento Paranista, de 1927, que ainda é lembrado por ter Romario como seu principal fundador, mas que foi fruto desta aliança da elite 11. O IHGPR também serviu como uma espécie de associação que cumpriria diferentes papéis: para alguns significava um local de projeção intelectual, para outros um espaço de promoção pessoal 12, da mesma forma que referenciam os participantes da mesma instituição nacional. Personalidades como Rocha Pombo, Romario Martins, Dario Vellozo, Euclides Bandeira, por exemplo, se beneficiaram das idéias elitistas no cenário cultural e intelectual paranaense dos anos 1870 a 1920 13. Como forma de divulgação o uso do simbolismo foi o principal veículo de propagação dos interesses, já mencionados. Elementos como: a Erva Mate, o pinheiro, o pinhão, o indígena, o trabalhador, o trigo, a terra, as águas, entre outros eram percebidos como um conjunto de símbolos que representavam a terra e o Estado do Paraná. 10 Consideração realizada pela autora, deste artigo, estimulado pelo longo período de pesquisa no fundo de número 41 do acervo de Romario Martins existente no Departamento Estadual do Arquivo Público do Paraná. 11 CORDOVA, Maria Julieta Weber. O paranismo e o processo de produção historiográfica paranaense: o episódio do Cerco da Lapa. In: Revista de História Regional, Ponta Grossa, v. 12, n. 2, p. 151-190, 2007. p.171. 12 BELTRAMI apud SCHWARCZ. BELTRAMI, Rafael C. de C.. Da poesia na ciência: Fundadores do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná, uma historia de suas idéias. Curitiba, 1900. Dissertação de mestrado em história. Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2002. p.21 13 MYSKIW. op. cit. p. 2. 6
Neste período a história, enquanto ciência, ainda não se apoiava nos historiadores. Pensadores de diversas áreas se desdobravam na escrita de uma história sem metodologia. Desta forma, um tipógrafo, político, poeta, intelectual, folclorista, simbolista e participante ativo da imprensa se viu próximo das instituições incumbidas na produção da história e responsáveis na produção de narrativas historiográficas regionais. O universo da imprensa, do Museu Paranaense, do Instituto Histórico Geográfico do Paraná, o Movimento Paranista e outras propostas culturais organizadas e compostas por este personagem foram fundamentais para a produção de uma história mitológica do Paraná que visava o desenvolvimento e o progresso por meio do resgate e criação de mitos e símbolos que reunissem os elementos que formaram a identidade desta coletividade. Seus textos proporcionaram reflexões de temas que ainda não haviam sido explorados pelos pesquisadores paranaenses, de até então, que se arriscaram a fazer história. Também não se prendeu a quaisquer cunhos metodológicos ou na descrição dos seus critérios historiográficos em suas obras 14. O historiador paranaense: Brasil Pinheiro Machado colocou esse historiador como o responsável pelo estabelecimento dos pontos principais para essa história local, assim como Varnhagen havia sido para os pertinentes à história nacional 15. Estatuto o qual valoriza sua contribuição para não só a história regional, mas como a nacional também. A temporalidade presente no livro de Romário Martins, também revela a sua vinculação a um conceito de história que constrói uma ponte ligando o passado resgatado como presente que se pretende legitimar. Uma das idéias mais cara a este pensamento acaba sendo a de progresso, onde os fatos históricos, resgatados de documentos oficiais e narrados sem qualquer preocupação com alguma crítica, são articulados de forma a demonstrar toda a evolução que a sociedade experimenta e, neste caso paranaense, mais do que isto, ainda tem a intenção de 14 MACHADO, B. P. A historiografia de Romário Martins na sua História do Paraná. In. Anais do Colóquio de Estudos Regionais comemorativo ao I Centenário de Romário Martins. In: Boletim do Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, n. 21, 1974, p. 43. 15 MARCHETTE, Tatiana Dantas. A trajetória de Brasil Pinheiro Machado e a construção da historiografia regional do Paraná no território acadêmico. Tese de doutorado. Universidade Federal do Paraná, 2013. p. 107 7
criar uma tradição para um Estado que até então não possuía sequer uma história sistematizada. 16 Suas constantes revisitações aos textos, perceptíveis em seus grifos, anotações e os reescritos representam sua preocupação com a atualização de seus novos pontos de vista. A afirmação de que Bastava-lhe depois uma folha de papel de borrão dos usados na imprensa, para lançar os seis períodos naquela letra cursiva bem talhada, de preferência a lápis permitindo a correção sem prejudicar a limpeza 17 se mostra presente em seu acervo documental. Uma tentativa de autocrítica que mostra um compromisso com seus estudos e com a sua intensa produção intelectual. O incansável Romário não deixava de publicar anualmente inúmeros artigos, livros, folhetos e de participar de eventos sociais, bem como dos centros culturais os quais ele também colaborou na fundação como o Centro Paranaense de Letras, o Circulo dos Estudos Bandeirantes, entre outros. O percurso de vida intelectual de Romario Martins deve ser lembrado pela sua força de vontade e possibilidades, positivas, que fizeram o mesmo ter vantagem em suas produções textuais. Sua vida foi dedicada aos estudos sobre o Paraná. Da mesma forma que suas propostas agrícolas do paranaense como um semeador que espalha suas sementes para o progresso do estado, buscou o conhecimento em diversas áreas e produziu uma literatura e desenvolveu projetos culturais com a finalidade de implantar uma representação do Paraná traçado em elementos próprios dos grupos étnicos existentes no estado. Sem dúvida a criação de mitos para se fazer história, deve, esta última muito mais do que imaginemos a figura deste paranaense que tanto fez e ainda hoje é pouco lembrado pela sociedade paranaense e até mesmo por nós historiadores. 16 PEREIRA, Luis Fernando Lopes. Paranismo: cultura e imaginário no Paraná da I República. Dissertação de Mestrado em História. Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 1996. p. 124. 17 TREVISAN, Edilberto. A formação de Romário Martins. In: Boletim do Instituto Histórico, Geográfico e Etnográfico Paranaense. v. XXIII, ano 1974. p. 24. 8
Referências bibliográficas: BELTRAMI, Rafael C. de C.. Da poesia na ciência: Fundadores do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná, uma historia de suas idéias. Curitiba, 1900. Dissertação de mestrado em história. Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2002. CARNEIRO, Cintia Maria Sant ana Braga. O Museu Paranaense e Romário Martins: a busca de uma identidade para o Paraná (1902-1928). Curitiba: SAMP, 2013. CAROLLO, Cassiana Lacerda. Romário Martins: biografia intelectual. In: MARTINS, Romário. História do Paraná. 20ª ed. Curitiba: Travessa dos Editores, 1995. CORDOVA, Maria Julieta Weber. O paranismo e o processo de produção historiográfica paranaense: o episódio do Cerco da Lapa. In: Revista de História Regional, Ponta Grossa, v. 12, n. 2, p. 151-190, 2007. Estatuto de fundação do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná. In: Boletim do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná, v.1, Curitiba, 1917. MACHADO, Brasil Pinheiro. A historiografia de Romário Martins na sua História do Paraná. In. Anais do Colóquio de Estudos Regionais comemorativo ao I Centenário de Romário Martins. In: Boletim do Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, n. 21, 1974, pp. 43-49. MARCHETTE, Tatiana Dantas. A trajetória de Brasil Pinheiro Machado e a construção da historiografia regional do Paraná no território acadêmico. Tese de doutorado. Universidade Federal do Paraná, 2013. MACIEL, Marcial. Romário na intimidade. In: Boletim do Instituto Histórico, Geográfico e Etnográfico Paranaense. Curitiba, v. 23, p. 43-50, 1974. MYSKIW, Antonio Marcos. Curitiba, República das Letras (1870-1920). In: Revista eletrônica Reflexões em História. v. 2, n. 3, p. 1-27, Dourados, 2008. Disponível em: http://www.periodicos.ufgd.edu.br/index.php/historiaemreflexao/article/viewarticle/266. Acesso em: 01 de junho de 2015 PEREIRA, Luis Fernando Lopes. Paranismo: cultura e imaginário no Paraná da I República. Dissertação de Mestrado em História. Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 1996. SOARES, Luis Roberto. Romário: um historiador combatente. In: MARTINS, Romário. História do Paraná. 20ª ed. Curitiba: Travessa dos Editores, 1995. SVARÇA, Décio. O Forjador: ruínas de um mito. Romário Martins (1874-1944). Dissertação de Mestrado. Departamento de História. Curitiba: Universidade Federal do Paraná, 1993. TREVISAN, Edilberto. A formação de Romário Martins. In: Boletim do Instituto Histórico, Geográfico e Etnográfico Paranaense. v. XXIII, ano 1974. 9