ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NO CONTEÚDO DE CIÊNCIAS NA ESCOLA ESTADUAL GABRIEL ODORICO MG

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Transcrição:

ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NO CONTEÚDO DE CIÊNCIAS NA ESCOLA ESTADUAL GABRIEL ODORICO MG Ana Carolinne A. B. GUIMARÃES¹; Bruna C. CARMO²; Cintia R. S. Z. DOMINGOS³; Luana P. P. SILVA 4 ; Tayná C. BAPTISTA 5, Thayná C. F. GONÇALVES 6 RESUMO O presente artigo de caráter qualitativo consiste em expor as metodologias abordadas em sala que possibilita melhor alfabetização e letramento científico dos alunos no ensino fundamental II de uma escola pública do Sul de Minas Gerais. Utilizou-se uma análise através dos livros didáticos e os temas abordados no CBC para investigar o letramento do 6º e 7º ano, posteriormente foram construídos caçapalavras voltados para o conteúdo de Ciências. Em segundo momento se desenvolveu mapas conceituais com intuito de aprimorar o conhecimento científico, como avaliação final os alunos construíram novos caça-palavras. Depois de realizadas as análises, os resultados obtidos mostraram que apesar das dificuldades encontradas pelos alunos houve aprendizado gradativo de terminologias e conceituações, contribuindo para o início do letramento científico. Palavras-chave: Alfabetização. Caça-palavras. Letramento científico. Machado/MG - E-mail: anacarolinneguimaraes@hotmail.com 2 Machado/MG - E-mail: bruna.cdo.carmo@gmail.com 3 Machado/MG - E-mail: cintiarachel@hotmail.com 4 Machado/MG - E-mail: luanapratezi@hotmail.com 5 Machado/MG - E-mail: taynacbaptista@gmail.com 6 Machado/MG - E-mail: thayna_cristinafg@hotmail.com

INTRODUÇÃO Os conteúdos da área das Ciências Naturais e suas tecnologias requerem metodologias que viabilizem a alfabetização e o letramento científico no ensino fundamental II para que o país possa intensificar a educação de qualidade de conhecimento e habilidades almejada pela sociedade e empresas e em geral conforme destaca os diversos relatórios da UNESCO das últimas décadas. Com este propósito as bolsistas do PIBID¹ do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais Campus Machado, cursando Licenciatura em Ciências Biológicas, que atuam na Escola Estadual Gabriel Odorico, situada na Avenida Santa Cruz, número 315, no município de Machado, optaram por desenvolver uma metodologia que possibilitasse uma maior compreensão da nomenclatura e terminologias científicas além de promover a aprendizagem com ludicidade. MATERIAL E MÉTODOS As bolsistas analisaram os livros didáticos e os temas propostos no Currículo Básico Comum (CBC) das escolas estaduais de Minas Gerais para cada ano de escolaridade e decidiram investigar o letramento no 6º e 7º anos nos períodos diurno e vespertino. Após a análise dos temas para as respectivas escolaridades, as bolsistas do PIBID¹, construíram vários caça-palavras com nomenclatura e terminologias para serem aplicados em sala de aula, geralmente com 15 a 20 termos em cada diagrama dispostos em todas as direções no papel A4. A metodologia na sala de aula iniciava com a leitura coletiva sobre a temática e após as explicações necessárias, aplicava-se o caça palavra, na maioria das vezes em aulas subsequentes. Para a análise da apreensão do conhecimento, após a resolução do caçapalavras, os alunos tinham como atividade a construção de frases com os termos encontrados. Em seguida elas eram utilizadas num texto fazendo a conexão com os referidos conceitos. Na segunda etapa da pesquisa as bolsistas desenvolveram atividades com mapas conceituais para aprimorar as habilidades com o emprego das terminologias PIBID¹ Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência é uma iniciativa para o aperfeiçoamento e a valorização da formação de professores para a educação básica (CAPES,2015).

e conceitos científicos e para avaliação final os alunos construíram novos caçapalavras e atividades complementares, sendo observados pela autonomia e criatividade na execução dos trabalhos. RESULTADOS E DISCUSSÃO O caça-palavras é uma metodologia fácil na concepção dos alunos, porém eles não estão habituados a realizar atividades para a mobilidade e aperfeiçoamento em prol da alfabetização científica a partir dele e também não o reconhecem como um jogo lógico e de ação. Os alunos na sua maioria encontram os termos com facilidade no diagrama, entretanto, quando os termos estão em diagonal ou invertidos eles demonstram mais dificuldades e, com isso, demandam um tempo maior para a resolução. No início da pesquisa as frases são eram simples e desconexas do conhecimento científico, mas com a orientação dos professores, isto é regente de sala de aula e bolsistas do PIBID¹, elas foram aprimoradas gradualmente. Em contrapartida, os temas que já foram explorados na Educação Infantil relacionados à conservação ambiental favoreceram uma construção de textos com idéias mais organizadas, resultando numa mobilidade dos saberes para uma melhor compreensão do referencial científico desde o ensino fundamental II da educação básica. Para Martins (2000) a interação verbal na construção de significações na sala de aula é relevante para a discussão sobre as concepções do letramento científico e os contextos interdisciplinares, conforme propõe os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais), interligando a realidade do aluno numa visão interdisciplinar para a valorização da cidadania e a credibilidade no conhecimento científico. Todos os textos construídos na sala de aula foram socializados para evidenciar a importância da divulgação de informações para um conhecimento mais eficaz para a comunidade em geral. Na segunda etapa da pesquisa foi possível constatar que após um determinado período, muitos alunos já apresentam dificuldade na conceituação e na identificação temática estudada. Com o resgate da terminologia e conceituações estudadas os alunos realizam as atividades com mais facilidade e interesse, principalmente, quando percebem o desafio na construção de seus próprios diagramas e com flexibilidade na escolha dos temas e termos do conteúdo programático.

Delizoicov, et alii (2009) destaca que a construção de redes ou mapas conceituais permite a visão global e estruturada de temas científicos. Isso ocorre porque os alunos desenvolvem a capacidade de raciocínio e de concentração num jogo lógico. Nas atividades de recuperação paralela foi possível destacar que os alunos reconhecem verbalmente a terminologia científica e seus conceitos, porém, a maioria não emprega nos textos de construções livres. O emprego regular da terminologia científica nos textos depende da exigência e das regras do professor em sala de aula. A tarefa do professor deixa de ser apenas apresentação dos conhecimentos científicos e possibilita alterações conceituais a partir da associação de meios comunicativos variados na construção de sentidos pelos sujeitos de acordo com Martins & Nascimento (2005). Outro fato relevante é o trabalho coletivo, porque muitos preferem trabalhar em grupos para a construção e resolução das atividades complementares para avaliação da mobilização dos saberes básicos inerentes à temática. É importante destacar que a resolução do caça-palavras e a construção de texto após o caça-palavras possibilita uma melhor qualidade de escrita, uma melhor fluência no letramento e uma melhor aquisição retórica para um letramento científico mais eficiente a partir de uma metodologia mais objetiva e de forma lúdica. Santos (2007) ressalta que muitos professores descrevem os fenômenos naturais com linguagem científica e desarticulada das contextualizações sociais, políticas e culturais nas quais estão inseridas. Nessa pesquisa pode se observar que isso não é realidade na escola em estudo, comprovando que é preciso introduzir uma educação científica que promova a implementação e a utilização adequada do conhecimento científico e tecnológico com benefícios pessoais e coletivos nos cidadãos em construção. Segundo Demo (2010) uma coisa é absorver conteúdos, outra, bem diferente, é reconstruí-los com originalidade. Contudo na escola as contextualizações sociais no conteúdo de Ciências são fortalecidas nas temáticas relacionadas com a saúde e ambiente mais ainda não promove uma qualidade de vida e de educação. Rezende et alii (2011) enfatiza que o desinteresse mundial pelas Ciências, dentre os jovens, já está em níveis elevados.

É fundamental tornar a educação científica como parte da formação do aluno (DEMO, 2004). O autor afirma que o processo formativo deve ser gerado na própria construção do conhecimento. CONCLUSÕES A pesquisa possibilitou aos bolsistas reconhecerem a importância do trabalho coletivo para a melhoria do convívio social em sala de aula porque intensifica as relações interpessoais, amplia os conhecimentos através da adequação da mobilização dos termos científicos com eficiência e a reeducação das habilidades que devem ser concretizadas numa alfabetização e letramento científico a partir do ensino fundamental II da educação básica. Que a ludicidade nas aulas de ciências também contribuem para a originalidade, criatividade e autonomia, contribuindo para a capacidade de raciocínio e concentração por envolver a motricidade, afetividade e a socialização de cada aluno e também a sua interação com o professor na sala de aula. Portanto, o aluno torna-se proativo e aumenta a sua capacidade de retenção do conteúdo estudado de forma lógica. A educação científica é imprescindível para a mobilidade dos saberes necessários e para tanto, os docentes em geral, devem qualificar seu referencial teórico constantemente e reavaliar suas concepções e reeducar seus conceitos numa visão de mundo mais sustentável. A utilização de metodologias alternativas na busca de fundamentação para a alfabetização e letramento científico também requer a atuação dos professores como produtores de seus materiais didáticos e educativos, uma vez que os livros didáticos não estimulam a criatividade e a pesquisa. A partir do momento que os professores forem autores de sua própria educação científica será possível uma mobilização dos saberes para uma ampla participação nas demandas científicas e tecnológicas e consequentemente seus alunos desenvolverão habilidades de excelência para contribuir com a sociedade atual. AGRADECIMENTOS Agradecemos primeiramente a nossa supervisora Jane Soares, pelo apoio durante todo o tempo em que estivemos no PIBID e também por nos ter proporcionado tantos saberes relacionados a prática educativa. Ao IFSULDEMINAS CAMPUS MACHADO pelo suporte técnico e as coordenadoras do programa e

subprojeto de Biologia Michele Correa Freitas Soares e Ariane Borges de Figueiredo pelo auxílio e participação do nosso sucesso profissional. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL, MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Parâmetros Curriculares Nacionais. 1997. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro01.pdf> Acesso em 25 set 2015. CAPES.. Programa Institucional de Bolsa de Iniciação á Docência PIBID. Disponível em: <http://www.capes.gov.br/educacao-basica/capespibid> Acesso em 25 set 2015. DEMO, P. Aprendizagem no Brasil: ainda muito por fazer. Porto Alegre.. Mediação, 2004.. Educação científica. B. Tec. SENAC: a R. Educ. Prof., Rio de Janeiro, v.36,n.1jan/abr. p.15-25, 2010. DELIZOICOV.D. et alli. Ensino de Ciências: fundamentos e métodos. 3ª ed.são Paulo, Cortez, p. 290. 2009. RESENDE, Flávia. et alii. Qualidade da educação científica na voz dos professores. Ciência e educação. V. 17, nº 2, p. 269-288, 2011. SANTOS, W. L. P.. Contextualização no ensino de ciências por meio de temas CTS em uma perspectiva crítica. Ciência & Ensino, Campinas, v.1 n. esp., p. 126-152, 2007. MARTINS, I. Retórica, ciência e ensino de ciências. In: ALMEIDA, M.J.P.M. & SILVA,H.C. Linguagens, leituras e ensino da ciência. Campinas, São Paulo. FE/UNICAMP. 2000. MARTINS, I. & NASCIMENTO, T. G.. O texto de genética no livro didático de ciências: uma análise retórica crítica. Investigações em ensino de ciências. V. 10 (2). P. 255-78. 2005.