Integração Atenção Básica e Vigilância em Saúde

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Transcrição:

Integração Atenção Básica e Vigilância em Saúde

Política Nacional de Atenção Básica - PNAB A Atenção Básica é o conjunto de ações de saúde individuais, familiares e coletivas que envolvem promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos e vigilância em saúde, desenvolvida por meio de práticas de cuidado integrado e gestão qualificada, realizada com equipe multiprofissional e dirigida à população em território definido, sobre a qual as equipes assumem responsabilidade sanitária. (PNAB, 2017)

Contextualização da Integração Atenção Básica e Vigilância em Saúde 1999 - Fundação Nacional de Saúde inicia o processo de descentralização para os municípios das ações na área de Epidemiologia e Controle de Doenças (Portaria GM/MS n 1.399, de 15 de dezembro); 2002 - Os Agentes Comunitários de Saúde passam a atuar na prevenção e no controle da malária e da dengue (Portaria GM/MS nº 44, de 03 de janeiro); 2006 - Regulamentação das atividades dos Agentes Comunitários de Saúde e dos Agentes de Combate às Endemias (Lei nº 11.350 de 5 de outubro); 2008 - Publicação do Caderno de Atenção Básica nº 21 / Vigilância em Saúde; 2009 - Publicação do Caderno de Atenção Básica nº 22 / Vigilância em Saúde: zoonozes; - Microscopistas são incluídos nas equipes de atenção básica para realizar, prioritariamente, ações de controle da malária (Portaria GM/MS nº 3.238, de 18 de dezembro); - São aprovadas diretrizes e instituídos componentes para financiamento das ações de Vigilância em Saúde pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios (Portaria GM/MS nº 3.252, de 22 de dezembro); 2010 - Foi criado incentivo financeiro adicional para os municípios que cadastrassem Agentes de Combate às Endemias na equipe saúde da família (Portaria GM/MS nº 1007 de 4 de maio);

Contextualização da Integração Atenção Básica e Vigilância em Saúde 2014 Sistema e-sus AB permite o registro da produção dos Agentes de Combate às Endemias; 2015 - Criação do Código Brasileiro de Ocupações para permitir a inserção dos Agentes de Combate às Endemias nas equipes de atenção básica (Portaria GM/MS nº 165, de 25 de fevereiro); - Definição de parâmetros e diretrizes para a quantidade de ACE e ACS a ser financiada pelo Ministério da Saúde, incluindo a integração das ações dos ACS e dos ACE (Decreto GM/MS nº 8.474, de 22 de junho) - Reforço às ações de controle e redução dos riscos em saúde pelas Equipes de Atenção Básica (Portaria 2.121 de 18 de dezembro) 2017 - Integração do processo de trabalho da Atenção Básica e Vigilância em Saúde, ações de vigilância inseridas nas atribuições de todos os profissionais da AB, definidas atribuições comuns dos ACS e ACE (PNAB - Portaria GM/MS 2.436, de 21 de setembro); 2018 Reformulação das atribuições dos Agentes Comunitários de Saúde e dos Agentes de Combate às Endemias (Lei nº 13.595, de 5 de janeiro);

Integração Atenção Básica e Vigilância em Saúde A integração entre a Vigilância em Saúde e a Atenção Básica é condição essencial para o alcance de resultados que atendam às necessidades de saúde da população, na ótica da integralidade da atenção à saúde e visa estabelecer processos de trabalho que considerem Determinantes sociais Riscos e danos à saúde Intra e intersetorialidade (PNAB, 2017)

Integração Atenção Básica e Vigilância em Saúde Integração das ações: um dos grandes desafios do Sistema Único de Saúde no Brasil, em todos os níveis de gestão Profissionais atuando segundo suas próprias rotinas, com pouca articulação e planejamento integrado com outros setores, acabando por duplicar e segmentar uma realidade que é indivisível e inter-relacionada A ausência ou insuficiência dessas práticas, especialmente no locus das Unidades Básicas de Saúde (UBS) acaba provocando dificuldades no efetivo controle das doenças e agravos prioritários do território Integração como forte aliada na melhoria da eficiência, efetividade e qualidade das ações em saúde. Problemas comuns atuação integrada para potencializar os resultados

Integração entre Vigilância em Saúde e Atenção Básica Vigilância em Saúde (sanitária, ambiental, epidemiológica e do trabalhador) e a Promoção da Saúde se mostram como referenciais essenciais para a identificação da rede de causalidades e dos elementos que exercem determinação sobre o processo saúde-doença, auxiliando na percepção dos problemas de saúde e no planejamento das estratégias de intervenção. Determinantes sociais, riscos e danos à saúde REORGANIZAÇÃO DO PROCESSO DE TRABALHO (PNAB, 2017)

Integração Atenção Básica e Vigilância em Saúde Mapeamento de Vulnerabilidades Epidemiologia como ferramenta Identificação dos principais problemas de saúde do território Planejar, executar e avaliar ações É preciso que os profissionais compreendam e intervenham sobre os problemas de saúde prioritários da população tomando como base o planejamento integrado das ações de promoção, prevenção e controle das doenças e agravos no seu território de atuação Processo de trabalho das equipes de atenção básica caracterizado pelo desenvolvimento de ações de prevenção de doenças e agravos em todos os níveis de atenção (primária, secundária, terciária e quaternária), que priorizem determinados perfis epidemiológicos e os fatores de risco clínicos, comportamentais, alimentares e/ou ambientais, bem como aqueles determinados pela produção e circulação de bens, prestação de serviços de interesse da saúde, ambientes e processos de trabalho.

Integração Atenção Básica e Vigilância em Saúde Dentre as atribuições comuns a todos os membros das equipes de atuam na atenção básica, destacam-se algumas referentes à integração AB e vigilância: Garantir atendimento da demanda espontânea, da realização das ações programáticas, coletivas e de vigilância à saúde Garantir a atenção à saúde buscando a integralidade por meio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde e prevenção de agravos Realizar busca ativa e notificar doenças e agravos de notificação compulsória, bem como outras doenças, agravos, surtos, acidentes, violências, situações sanitárias e ambientais de importância local, para planejamento de ações de prevenção, proteção e recuperação em saúde; Realizar trabalhos interdisciplinares e em equipe, integrando áreas técnicas, profissionais e níveis de atenção, buscando incorporar práticas de vigilância, clínica ampliada e matriciamento ao processo de trabalho cotidiano (PNAB, 2017)

(PNAB, 20 Reorganização do processo de trabalho das equipes Importância da aproximação da equipe de atenção básica e de vigilância a fim de eleger prioridades e problemas comuns a serem enfrentados no território, possibilitando melhorar cobertura, qualificar o cuidado, ampliar as ações e a resolutividade. Cada equipe de atenção básica deve realizar ações de vigilância em saúde no território adscrito: Análises que subsidiem o planejamento, estabelecimento de prioridades e estratégias, monitoramento e avaliação das ações de saúde pública; Detecção oportuna de doenças e agravos e adoção de medidas adequadas para a resposta de saúde pública; Notificação compulsória e condução da investigação dos casos suspeitos ou confirmados de doenças, agravos e outros eventos de relevância para a saúde pública, conforme protocolos e normas vigentes. Vigilância, prevenção e controle das doenças e agravos;

Reorganização do processo de trabalho das equipes A equipe precisa estar atenta às mudanças no perfil de atendimento ex. 3 casos de conjuntivite/mês e, em 1 semana já atenderam 10 casos : está ocorrendo um surto? Avaliar, notificar, investigar e orientar a população com as medidas de prevenção Vigilância ativa busca de usuários que se constituem como público-alvo para vacinação e ainda não procuraram o serviço com essa finalidade; de contatos de pacientes com doenças transmissíveis para avaliação (tuberculose, hanseníase); de pessoas com fatores de risco para realização de ações de promoção da saúde, dentre outras É preciso ainda destacar a importância de acolher nas unidades de saúde e orientar os usuários de outras localidades, especialmente aqueles acometidos por doenças que ainda carregam consigo o estigma e preconceito (tuberculose, hanseníase, HIV/AIDS, etc), pois os usuários podem não se sentir a vontade de procurar as unidades de saúde às quais estão vinculados pelo simples receio de serem vítimas de preconceito no momento do diagnóstico ou ao informarem sua situação de saúde. Ao mesmo tempo, devem ser realizadas ações de combate ao estigma e preconceito envolvendo a comunidade e espaços sociais, no sentido de divulgar os sintomas das doenças e suas formas de tratamento, estimulando o diagnóstico precoce e o enfrentamento à doença.

Reorganização do processo de trabalho das equipes Visitas domiciliares (oportunidades) Identificação oportuna de sintomáticos de doenças transmissíveis Tendo em vista a necessidade de implementação de barreiras para a quebra do elo de transmissão de doenças Detecção de surtos na comunidade Com a finalidade de identificar a(s) fonte(s) do problema para prevenir que novas pessoas adoeçam, interrompendo a cadeia de transmissão ou exposição Identificação de fatores de risco intradomiciliares Para o desenvolvimento de doenças não transmissíveis, bem como a intervenção em tempo oportuno, evitando o seu agravamento Questionar sobre a situação vacinal ou realizar a verificação da caderneta Para orientar ou encaminhar os usuários para iniciar ou completar o esquema vacinal, conforme o Calendário Nacional de Vacinação estabelecido

Reorganização do processo de trabalho das equipes Território único deve direcionar a integração do processo de trabalho entre a equipe de Atenção Básica e a Vigilância em Saúde; O planejamento deve reorganizar a territorialização e os processos de trabalho de acordo com a realidade local; A gestão deve definir o território de responsabilidade de cada equipe; Cada equipe deve conhecer o território de atuação para programar suas ações de acordo com o perfil e as necessidades da comunidade; Importante refazer ou complementar a territorialização sempre que necessário, já que o território é vivo. Possibilidade, de acordo com a necessidade e conformação do território, através de pactuação e negociação entre gestão e equipes, que o usuário possa ser atendido fora de sua área de cobertura, mantendo o diálogo e a informação com a equipe de referência. (PNAB, 2017)

Reorganização do processo de trabalho das equipes A PNAB 2017 possibilita a inclusão do ACE na equipe de Atenção Básica. O ACS e o ACE devem compor uma equipe de Atenção Básica (eab) ou uma equipe de Saúde da Família (esf) e serem coordenados por profissionais de saúde de nível superior realizado de forma compartilhada entre a Atenção Básica e a Vigilância em Saúde. Destaca-se a importância da integração entre essas coordenações para o pleno desenvolvimento das ações integradas no território. A integração entre os ACS e ACE, apesar de importante e necessária, não é suficiente para garantir que haja a completa integração entre vigilância em saúde e atenção básica. Essa integração deve se dar de forma mais abrangente, incluindo todos os profissionais integrantes dessas duas áreas do conhecimento.

Reorganização do processo de trabalho das equipes Nas localidades em que não houver cobertura por equipe de Atenção Básica (eab) ou equipe de Saúde da Família (esf), o ACS deve se vincular à equipe da Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde (EACS). Nas localidades onde existem apenas ACE, este profissional pode auxiliar na identificação de casos suspeitos das doenças agravos à saúde e reportar à vigilância em saúde para que esta articule as ações necessárias junto à equipe de atenção básica da secretaria de saúde. Além disso, o ACE poderá divulgar informações para a comunidade sobre sinais e sintomas, riscos e agentes transmissores de doenças e medidas de prevenção individual e coletiva.

Atuação integrada ACS e ACE Os ACS e ACE são membros importantes da equipe, pois, por trabalharem mais próximo da comunidade, podem não apenas criar vínculos mais facilmente, como também detectar mais oportunamente as mudanças nos fatores determinantes e condicionantes da saúde da comunidade. Dessa forma, a integração desses profissionais agrega esforços para o controle de doenças e agravos à saúde, seja na suspeição dessas doenças e agravos, nas ações para a divulgação dos sinais e sintomas das doenças no território, no encaminhamento de indivíduos suspeitos e seus contatos para a realização dos exames ou ainda na identificação de ações no ambiente necessárias para evitar a ocorrência de doenças e agravos, podendo auxiliar na articulação e adoção de estratégias intersetoriais para eliminação ou redução dos riscos e danos.

Atuação integrada ACS e ACE Os ACS e ACE devem compor, nos locais em que houver cobertura de Estratégia de Saúde da Família ou equipes de atenção básica, uma equipe integrada, atuando sob território único. Na prática, pode ocorrer de um único ACE ter responsabilidade de realizar as suas ações em uma localidade que envolva o território de mais de uma equipe de saúde da família, por exemplo. Neste caso, as equipes de saúde da família ou de atenção básica deverão incluir este ACE como um dos profissionais que auxiliará no enfrentamento dos principais problemas do território, no que for de sua competência. Além disso, ele auxilia no planejamento e execução das ações de promoção, prevenção e controle de doenças e agravos, devendo participar das reuniões de equipe, podendo compor formalmente ou não as mesmas de acordo com a decisão do gestor local.

São atribuições comuns do ACS e ACE: Realizar diagnóstico demográfico, social, cultural, ambiental, epidemiológico e sanitário do território em que atuam, contribuindo para o processo de territorialização e mapeamento da área de atuação da equipe; Desenvolver atividades de promoção da saúde, de prevenção de doenças e agravos, em especial aqueles mais prevalentes no território, e de vigilância em saúde, por meio de visitas domiciliares regulares e de ações educativas individuais e coletivas, na UBS, no domicílio e outros espaços da comunidade, incluindo a investigação epidemiológica de casos suspeitos de doenças e agravos junto a outros profissionais da equipe quando necessário; Realizar visitas domiciliares com periodicidade estabelecida no planejamento da equipe e conforme as necessidades de saúde da população, para o monitoramento da situação das famílias e indivíduos do território, com especial atenção às pessoas com agravos e condições que necessitem de maior número de visitas domiciliares; (PNAB, 2017)

São atribuições comuns do ACS e ACE Identificar e registrar situações que interfiram no curso das doenças ou que tenham importância epidemiológica relacionada aos fatores ambientais, realizando, quando necessário, bloqueio de transmissão de doenças infecciosas e agravos; Orientar a comunidade sobre sintomas, riscos e agentes transmissores de doenças e medidas de prevenção individual e coletiva; Identificar casos suspeitos de doenças e agravos, encaminhar os usuários para a unidade de saúde de referência, registrar e comunicar o fato à autoridade de saúde responsável pelo território; Informar e mobilizar a comunidade para desenvolver medidas simples de manejo ambiental e outras formas de intervenção no ambiente para o controle de vetores. (PNAB, 2017)

São atribuições comuns do ACS e ACE Conhecer o funcionamento das ações e serviços do seu território e orientar as pessoas quanto à utilização dos serviços de saúde disponíveis; Estimular a participação da comunidade nas políticas públicas voltadas para a área da saúde; Identificar parceiros e recursos na comunidade que possam potencializar ações intersetoriais de relevância para a promoção da qualidade de vida da população, como ações e programas de educação, esporte e lazer, assistência social, entre outros; Exercer outras atribuições que lhes sejam atribuídas por legislação específica da categoria, ou outra normativa instituída pelo gestor federal, municipal ou do Distrito Federal. (PNAB, 2017)

1. Guia para gestores e profissionais implementarem a integração da AB e VS nos contextos locais. 2. ACS e ACE: coordenação compartilhada entre Atenção Básica e Vigilância em Saúde. 3. Mudanças necessárias no CNES 4. Publicações: Agenda de implementação AB-VS

Desafios para a integração da Atenção Básica com a Vigilância em Saúde Realizar planejamento conjunto das ações de Atenção Básica e da Vigilância em Saúde com base nas necessidades do território Fortalecer o diálogo e ações conjuntas visando a melhoria das condições de saúde da população Monitorar e realizar a análise conjunta entre as equipes de vigilância e atenção básica, a fim de proporcionar mudanças positivas no cuidado e no processo saúde e doença da população Sistema de Informação

(61) 3315-5906 cggab@saude.gov.br