Glaucoma Cirurgias Convencionais e Minimamente Invasivas As cirurgias para Glaucoma previstas no rol da ANS são: 30310083 Iridectomia (laser ou cirúrgica) 30310067 Fototrabeculoplastia (laser) 30310075 Goniotomia ou trabeculotomia 30310032 Cirurgias fistulizantes antiglaucomatosas 30310040 Cirurgias fistulizantes com implantes valvulares 30310024 Cicloterapia - qualquer técnica As cirurgias antiglaucomatosas minimamente invasivas (ou MIGS) não constam no rol da ANS, de acordo com artigo 12 do Capítulo II da RN 428. Art. 12. Os procedimentos realizados por laser, radiofrequência, robótica, neuronavegação ou outro sistema de navegação, escopias e técnicas minimamente invasivas somente terão cobertura assegurada quando assim especificados no Anexo I, de acordo com a segmentação contratada. CIRURGIAS ANTIGLAUCOMATOSAS PREVISTAS NO ROL DA ANS Iridotomia/Iridectomia/Iridoplastia a Laser CÓDIGO TUSS DESCRITIVO 30310083 Iridectomia (laser ou cirúrgica) Iridotomia/Iridectomia a laser consiste na criação de um pertuito que comunica a câmera anterior e a posterior, com finalidade de igualar as pressões entre as duas câmaras. Utiliza-se o laser Nd Yag Laser A Iridoplastia ou Gonioplastia a laser objetiva reduzir o contato iridocorneal, uma vez que o laser (de argônio) provoca contração periférica da íris, aumentando a profundidade da câmara anterior.
Trabeculoplastia ou Fototrabeculoplastia a laser 30310067 Fototrabeculoplastia (laser) Consiste na aplicação de Laser na malha trabecular com intuito de reduzir a pressão intraocular. Os tipos de laser podem variar de acordo com o espectro de luz, tempo de exposição e forma de aplicação. Trabeculectomia ou Cirurgias fistulizantes antiglaucomatosas 30310032 Cirurgias fistulizantes antiglaucomatosas Cirurgia onde é criada uma alternativa ao escoamento do humor aquoso para a circulação sistêmica possibilitando a absorção pelos vasos sanguíneos, venosos e linfáticos. É realizado um retalho escleral e confecção de uma fístula que facilita a drenagem do humor aquoso. Goniotomia/Trabeculotomia ou Cirurgias angulares 30310075 Goniotomia ou trabeculotomia Consideradas como primeira escolha para o tratamento do glaucoma congênito. O objetivo é seccionar o tecido mesodérmico que dificulta a drenagem do humor aquoso, variando apenas a localização da secção, a depender das características clínicas e experiência do cirurgião.
Cirurgias Fistulizantes com implantes de drenagem 30310040 Cirurgias fistulizantes com implantes valvulares Os implantes são dispositivos compostos por um longo tubo de silicone posicionado tipicamente na câmara anterior Fonte: http://revista.sbglaucoma.com.br/implantes-de-drenagem Fonte: https://www.ioc.com.br/tratamentos/view/id/4/cirurgia-antiglaucomatosa---implante-de-tubo-de-ah.html Procedimentos Ciclodestrutivos CÓDIGO TUSS DESCRITIVO 30310024 Cicloterapia - qualquer técnica
Estes procedimentos reduzem a pressão intraocular devido realização da destruição dos processos ciliares Pode ser utilizado como fonte de destruição a crioterapia, fotocoagulação por Nd Yag Laser. Também é utilizado o laser diodo com auxílio de um monitor de vídeo (Ciclofotocoagulação por laser diodo) - Este último, devido ao uso de microendoscopia, não está coberto pelo rol da ANS. Fonte: revista Digital Glaucoma.com http://revista.sbglaucoma.com.br/ciclofotocoagulacao-o-que-ha-de-novo Cirurgias combinadas de glaucoma e catarata Em decorrência do aumento da expectativa de vida da população, o número de pacientes com catarata e glaucoma coexistentes vem crescendo nas últimas décadas. Alguns autores proclamam que, muitas vezes, é possível obter queda significativa da pressão intraocular em olhos glaucomatosos, apenas com a facectomia. O resultado tensional dos pacientes glaucomatosos submetidos à facectomia com implante de lente intraocular parece ser satisfatório. No entanto, há sempre a possibilidade de agravamento do grau de controle da pressão intraocular em um número não desprezível de olhos. A indicação de cirurgia combinada é nítida quando a baixa visual pela catarata é significativa e a pressão intraocular não está em níveis adequados, apesar da medicação máxima tolerada pelo paciente. Em outras circunstâncias, a cirurgia combinada pode ser ditada primariamente ou pela catarata, ou pelo glaucoma. Num certo momento, há indicação para a cirurgia de catarata (por exemplo: acuidade visual de 20/40 ou pior), mas a pressão intraocular está controlada.
Pode-se optar apenas pela facectomia com implante de lente intraocular se a pressão intraocular exibe fácil controle com apenas um tipo de colírio. Mas se a medicação já é a máxima tolerada pelo paciente, apenas a extração da catarata com implante pode agravar o grau de controle da pressão e, então, a melhor opção será acrescentar-se a trabeculectomia à técnica cirúrgica. Também, se o glaucoma é muito avançado pode-se optar pela cirurgia combinada, mesmo que a pressão esteja bem controlada. Fonte: http://revista.sbglaucoma.com.br/cirurgias-combinadas-glaucoma-e-catarata Cirurgias Minimamente Invasivas ou MIGS (Minimal Invasive Glaucoma Surgery) - Não Cobertas pelo Rol da ANS As principais características destas cirurgias denominadas como minimamente invasivas são: criações de pertuitos internos, sem comunicação como o exterior, utilizando materiais biocompatíveis, com mínimo dano estrutural e fisiológico, e eficaz na redução da pressão intraocular.
Existem três tipos de abordagens mais comuns: - Implantes ou drenagens no canal de Schlemm e canais coletores (área trabecular) Implantes Hydrus, I stent e procedimentos com lâminas KDB ( Kahook Dual Blade) e trabectome- alguns destes sem registro ANVISA - Cirurgias que comunicam a câmara anterior ao espaço supraciliar Ex Cypass stent - Canaloplastia cateterização e viscodilatação do canal de Schlemm Ex: Microcateter para Canaloplastia FUNDAMENTOS TÉCNICOS De acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Glaucoma, publicado no Diário Oficial da União em novembro de 2013, a pressão ocular normal varia de 10-21 mmhg (milímetros de mercúrio é um tipo de medida de pressão). Além disso, o comum é que a diferença de pressão dos dois olhos não seja superior a 2 mmhg. Classificação Clínica a) Pressão Intraocular alta e restante normal Presença de pressão ocular elevada ou discrepante entre os dois olhos, mas com nervo óptico normal e sem lesão no campo visual. b) Pressão intraocular normal e lesão do nervo óptico Presença pressão ocular normal, mas com lesão em nervo óptico c) Pressão Intraocular alta e lesão do nervo ótico Presença de pressão ocular elevada e lesão característica no nervo ótico Classificação etiológica Glaucoma Primário de Ângulo Aberto Sem associação com alterações da câmara anterior do olho, sem alterações sistêmicas ou qualquer outra causa ocular que possa levar ao aumento da pressão Glaucoma Primário de Ângulo Fechado
Glaucoma associado à presença de um ângulo fechado, sem doenças, alterações sistêmicas ou outras causas oculares de aumento da pressão e de fechamento do ângulo (ou seja: um ângulo fechado sem causa para isso) Glaucoma Secundário Aumento da pressão e lesão do nervo óptico, secundário a doença ocular predisponente, alteração sistêmica, trauma ou uso de medicamentos, por exemplo. Esse tipo de glaucoma possui inúmeras causas e não é um grupo homogêneo (pode ser secundário a traumas, hemorragias, inflamação do olho, etc). Glaucoma Congênito Presente ao nascer onde se observa obstrução da drenagem do líquido do olho devido problemas no desenvolvimento ocular. REFERÊNCIAS 1.Primeiro Consenso de Cirurgia de Glaucoma Sociedade Brasileira de Glaucoma 2. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Glaucoma