LEVANTAMENTO DE ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO, CAMPUS CUIABÁ-BELA VISTA



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Transcrição:

LEVANTAMENTO DE ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO, CAMPUS CUIABÁ-BELA VISTA Edson José de Castro Júnior (1) Acadêmico do Curso Superior de Tecnologia em Gestão pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso Campus Cuiabá Bela Vista Alencar Garcia Bacarji Economista formado pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul UFMS e Mestre em Agronegócios pelo consórcio UFMS/UnB/UFG. Atualmente é professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso Campus Cuiabá Bela Vista. Juliano Bonatti Biólogo formado pela Universidade de Passo Fundo e Mestre em Ecologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS. Atualmente é professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso Campus Cuiabá Bela Vista. Endereço (1) : Rua Sanhaço, Quadra 27, N 9, CPA 4, 1 Etapa, Cuiabá/Mato Grosso, CEP 78058-120. Fone: (65) 3646-3898; (65) 9215-9956 ou (65) 9631-8054. e-mail: jr_ira@hotmail.com. RESUMO O desenvolvimento das cidades e o aumento populacional geraram um grande impacto no ambiente natural o qual precisou ser alterado de acordo com as necessidades do homem, porém a situação atual preocupa pois o meio ambiente correspondeu as mudanças através do aquecimento global, chuvas ácidas, entre outros meios. Assim, fez com que o homem criasse os Sistemas de Gestão (SGA) para tentar mitigar estes problemas ambientais em prol do desenvolvimento sustentável. Assim como uma indústria poluidora, as Instituições de Ensino Superior (IES) tem seu papel com a natureza gerando impactos, não de grande relevância como uma fábrica de papel, couro, entre outras que em sua cadeia, produzem grande quantidade de poluentes, mas ocupa um meio natural e modifica-o, sendo assim relevante para natureza. Assim o objetivo desta pesquisa é levantar quais são os impactos ambientais gera no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso, Campus Cuiabá-Bela Vista através da ferramenta FMEA (Failure Mode and Effects Analysis) que permite ordenar os aspectos e impactos de maior relevância através seus índices de criticidade. Depois de identifica, o intuito deste estudo é levar á comissão do projeto de caráter ambiental deste IES para tentar mitigar estes aspectos/impactos além de, através dele, é possível criar um modelo de SGA para futura aplicação neste campus. PALAVRAS-CHAVE: Impacto ambiental, Sistema de Gestão, Instituto de Ensino superior. INTRODUÇÃO A preocupação com o meio ambiente, nos últimos anos tornou-se constante, principalmente, devido ao esgotamento recursos e da intensificação da degradação do ambiente natural. Isso estreitou a relação entre a humanidade e o ambiente, na qual as nações necessitam diretamente do meio ambiente para o seu desenvolvimento sócio-econômico. Esse foi alguns fatores que levaram a criação Sistemas de Gestão (SGA), os quais são processos volta á resolver, mitigar e prevenir os problemas de caráter ambiental, visando o desenvolvimento sustentável (UNIVERSO AMBIENTAL, 2009). O objetivo principal de um SGA é fazer melhorias ambientais em uma empresa ou instituição, além de contribuir com a melhoria de seus produtos e serviços. Porém, para a implantação de um SGA é necessário desenvolver, avaliar e determinar uma política ambiental baseada nos impactos promovi pelas instalações e atividade que exploram o meio natural, dando assim, diretrizes para direcionar as ações do SGA e assim, desenvolver atividades sustentáveis em uma empresa/instituição. Para um levantamento ambiental, a ferramenta FMEA (Failure Mode and Effects Analysis) mostra-se útil em uma ação deste caráter, pois ela cria uma ordem de prioridade através índices de criticidade, os IBEAS Instituto Brasileiro de Estu Ambientais 1

quais agregam valores para que possam ser avalia os maiores riscos ambientais associa às facilidades de implantar ações corretivas (CAMPANI et. al., 2006). Este método já foi implantado em algumas instituições, como por exemplo, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), no prédio do curso de engenharia mecânica, faculdade que já possui desenvolvimento de um SGA para este bloco. Assim, esta ferramenta tornou-se útil, pois dá continuidade a avaliação das formas atuais de e nas ações recomendadas pelos gestores. Com isso, estas ações, se forem aplicadas, tornam-se a ser avaliadas novamente e, nesta nova análise, é possível perceber se esta ação mitigou o problema ambiental gerado. O objetivo deste estudo foi realizar um levantamento de aspectos e impactos ambientais do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT), Campus Cuiabá-Bela Vista, com intuito de apontar os aspectos positivos e subsidiar diretrizes para um projeto ambiental em implantação na instituição, criando objetivos e metas nos moldes da norma ambiental ISO 14.001 para a elaboração de um modelo ambiental. METODOLOGIA O IFMT, campus Cuiabá-Bela Vista, está localizado na cidade de Cuiabá-MT e caracteriza-se pela oferta de cursos em diferentes modalidades de ensino, ensino médio integrado aos cursos técnicos, cursos técnicos subseqüentes, educação à distância e cursos superiores tecnologia e engenharia. O levantamento da foi realizado seguindo o modelo de Moreira (2000), adaptado por Campani et. al. (2006), o qual se baseia na utilização da ferramenta FMEA, o que possibilita identificar e ordenar os impactos ambientais de maiores prioridades. Primeiramente, definiram-se os espaços á serem analisa e em seguida realizou-se visitas para identificar os aspectos e impactos que os setores geram. Posteriormente os setores que possuem aspectos e impactos semelhantes formam agrupa de acordo com o seguinte: 2 1. Sanitários (quadro 5); 2. Laboratórios de química, microbiologia, bromatologia e solos; Sala reagentes e sala da autoclave (quadro 8); 3. Salas de aula, laboratório de informática e áreas administrativas (quadro 6); 4. Cantina (quadro 7); Após a realização este agrupamento, foram coletadas as informações de acordo com o quadro de avaliação aspectos e impactos ambientais e seus quatro índices de criticidade: Gravidade do impacto (G): Avalia a gravidade de um impacto ambiental de um modo potencial de falha ao meio ambiente, estimado de um á dez (Quadro 1). Quadro 1. Diretrizes para classificar o índice de gravidade do impacto. Fonte: Campani et. al. 2006 apud Moreira, 2000. 1-2 Dificilmente será visível. Muito Baixa para ocasionar um impacto no meio ambiente. 3-4 Não-conformidade com a política de gestão ambiental da universidade. Impacto baixo ou muito baixo sobre o meio ambiente. 5-6 Não conformidade com os requisitos legais e normativos. Potencial de prejuízo moderado ao meio ambiente. 7-8 Sérios prejuízos á saúde das pessoas diretamente envolvidas com a tarefa. 9-10 Sérios riscos para o meio ambiente. Ocorrência da causa (O): Trata-se da probabilidade de ocorrência de uma específica causa/mecanismo em uma escala de um á dez (Quadro 2). Quadro 2. Diretrizes para classificar o índice de ocorrência da causa. Fonte: Campani et. al. 2006 apud Moreira, 2000. 1-2 Remota É altamente improvável que ocorra. 3-4 Baixo Baixa possibilidade de ocorrer em 1 semestre. IBEAS Instituto Brasileiro de Estu Ambientais

5-6 Moderado Razoável probabilidade de ocorrer em 1 semestre. 7-8 Alto Ocorre com regularidade mais de uma vez por semestre 9-10 Muito alto Grande possibilidade de ocorrer cada vez que executada a tarefa. Grau de detecção (D): é a relação entre a detecção e a solução de uma ocorrência, de acordo com o Quadro 7. Quadro 3. Diretrizes para classificar o grau de detecção. Fonte: Campani et. al. 2006 apud Moreira, 2000. 1 Detecção rápida e solução rápida. 2 Detecção rápida e solução a médio prazo. 3 Detecção a médio prazo e solução rápida. 4 Detecção rápida e solução a longo prazo. 5 Detecção a médio prazo e solução a médio prazo. 6 Detecção a longo prazo e solução rápida. 7 Detecção a médio prazo e solução a longo prazo. 8 Detecção a longo prazo e solução médio prazo. 9 Detecção a longo prazo e solução longo prazo. 10 Sem detecção e/ou sem solução. Facilidade de implantação da ação recomendada (F): Relaciona os custos, o número de pessoas envolvidas e o tempo gasto para a aplicação do plano de ação numa escala de um á dez (Quadro 4). Quadro 4. Diretrizes para classificar a facilidade de implantação da ação recomendada. Fonte: Campani et. al. 2006 apud Moreira, 2000. CUSTO N DE PESSOAS TEMPO 1 Não existe tecnologia ou custo da mesma, é inviável. 2 Alto Todas Alto 3 Alto Apenas envolvidas com a tarefa Alto 4 Alto Todas Baixo 5 Alto Apenas envolvidas com a tarefa Baixo 6 Baixo Todas Alto 7 Baixo Apenas envolvidas com a tarefa Alto 8 Baixo Todas Baixo 9 Baixo Apenas envolvidas com a tarefa Baixo 10 Mínimo custo ou custo benefício de retorno imediato. Logo após a realização desta análise, fez-se a determinação do índice de risco ambiental (IRA), obtido pela multiplicação quatro índices de criticidade, com os valores variando de um á 10 mil. Com isso, foram destaca como prioridade os aspectos/impactos que possuíram IRA mais alto, seguindo uma ordem decrescente de prioridade (Campani et. al., 2006). RESULTADOS OBTIDOS Na análise aspectos e impactos ambientais do IFMT, Campus Cuiabá-Bela Vista percebe-se no Quadro 8 que os problemas gera por resíduos nos laboratórios são conseqüências preocupantes que necessitam de soluções emergenciais. Algumas informações obtidas relatam que os usuários algumas vezes despejam resíduos, diretamente no esgoto, sem nenhum tratamento. O correto seria responsabilizar o criador resíduos á armazenar e destinar para o tratamento apropriado. Quanto ao consumo de água, notou-se que os aparelhos de destilação (item avaliado no Quadro 8) possuem problemas no seu processo de funcionamento. Geralmente, o aparelho utiliza 12 litros de água para geração de um litro de água destilada, sendo o restante eliminado diretamente no esgoto, gerando uma importância significativa em seu impacto. Com isso, é importante mitigar este problema. IBEAS Instituto Brasileiro de Estu Ambientais 3

Também é perceptível que alguns impactos ambientais são gera por problemas de hábitos de seus (Quadro 5 e 7) como o consumo excessivo de papel, o que gera um material que poderia ser separado e reciclado. O costume de deixar a torneira aberta ou semi fechada, além da diminuição bens de consumo e o hábito de deixar as lâmpadas, o ar condicionado e/ou ventiladores liga, sem nenhuma função comprometem os recursos, fazendo-se assim necessário o trabalho de conscientização e usuário setores, com o intuito de mudar hábitos de suas rotinas. Também se notou que o gasto de energia é elevado (Quadro 5, 6, 7 e 8) sendo assim necessária, além de trabalhar a educação ambiental, a criação de um programa para incentivar os alunos e servidores á economizarem energia. Além disso, percebe-se a necessidade elaborar e implantar um programa para incentivar a separação do lixo e sua destinação correta. Quadro 5. FMEA para os sanitários do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso, campus Cuiabá-Bela Vista, no período de junho de 2011. Aspecto Impacto G Causa Potencial O Forma atual de D Ação Recomendada F IRA Resíduos sóli da lixeira Odores Geração de resíduos 3 Falta do recolhimento com maior freqüência Desconforto usuários 1 Deficiência na circulação do ar 9 Nenhuma 2 Cobrança da empresa terceirizada de limpeza 9 Nenhuma 2 Instalação de exaustores 9 486 7 126 Falta do recolhimento resíduos com maior freqüência 9 Controle visual 1 Cobrança da empresa terceirizada de limpeza 8 72 Consumo de energia Consumo de água 4 recursos Exploração recursos Falta de limpeza 9 Controle visual Dispositivos com defeito 2 Falta de educação ambiental 7 Conserto periódico 8 Palestras e eventos sobre o tema Falta de atenção 7 Sem 3 Dispositivos com 6 Conserto defeito periódico 1 Cobrança da empresa terceirizada de limpeza 2 Conscientização e preservação dispositivos pelos Substituição dispositivos 1 Trabalhar melhor a consciência ambiental nos 2 Conscientização 1 Conscientização e preservação dispositivos pelos 9 81 10 140 8 112 8 128 8 224 8 144 IBEAS Instituto Brasileiro de Estu Ambientais

Bens de consumo (papel higiênico, papel toalha, etc) Geração de alta carga de resíduos sóli e líquido Má utilização das pias Controle inadequado usuários da vazão da água em tempo excessivo 5 Falta de conscientização Utilização excessiva bens 9 Nenhuma 2 Substituição dispositivos; Conscientização 9 Sem 2 Conscientização 9 Nenhuma 2 Conscientização 10 Nenhuma 2 Conscientização 8 432 8 432 8 720 8 800 Quadro 6. FMEA para a cantina do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso, campus Cuiabá-Bela Vista, no período de junho de 2011. Aspecto Impacto G Causa Potencial O Forma atual de D Ação Recomendada F IRA Manuseios de matérias orgânicos Consumo de energia Consumo de água Geração de resíduos orgânicos com os recursos com os recursos 3 A disposição de resíduos desta espécie em uma lixeira especifica 1 Falta de informação e atenção 2 Utilização inadequada da vazão da água e em tempo excessivo 10 Sem 10 Nenhum a 9 Nenhum a 1 Cobranças da disposição correta responsáveis do local 2 Controle de consumo por medidores 2 Reeducação e conscientização 10 300 9 180 9 324 Quadro 7. FMEA para as Salas de aula, laboratórios de informática e área administrativa do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso, campus Cuiabá-Bela Vista, no período de junho de 2011. Aspecto Impacto G Causa O Forma atual D Ação F IRA Potencial de Recomendada Geração de Destinação 5 Falta de atenção 5 Execução de 2 Maior cobrança 8 400 resíduo sólido incorreta e e informação palestras ou reciclável possível eventos. mistura com outros tipos de materiais Disposição Possível 4 Falta de atenção 9 Execução de 2 Maior cobrança 8 576 incorreta do mistura. e informação palestras e resíduo orgânico eventos Consumo de 3 Falta de atenção 9 Cobrança 2 Trabalhar melhor 8 432 energia no desligamento com os IBEAS Instituto Brasileiro de Estu Ambientais 5

Consumo de bens materiais (pincéis, cartuchos de impressoras, papéis, copos, etc.) recursos Alta geração de resíduos e comprometimento com os recursos. Utilização inadequada do ar condicionado, computadores, etc 3 Consumo excessivo Falta de conscientiza-ção 9 Cobrança 8 Reutilização de papéis a educação ambiental 2 Desligar o ar condicionado e computadores quando não estão sendo usa 4 Controle da distribuição de papeis. Impressões no modo rascunho 9 Sem 4 Conscientização e reeducação 9 486 6 576 8 786 6 648 Quadro 8. FMEA para os laboratório de química, bromatologia, microbiologia, solos, sala reagentes e da autoclave do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso, campus Cuiabá-Bela Vista, no período de junho de 2011. Aspecto Consumo de energia Impacto com os recursos G Causa Potencial 9 Aparelhos eletrônicos de medições e de esterilização O Forma atual de 1 O ligamento do aparelho somente quando realmente for usado D Ação Recomendada 1 Conscientização de grande parte F IRA 6 54 Consumo de água com os recursos 5 Hábito de deixar a torneira aberta 7 Cobranças do responsável pelos laboratórios 2 Maior cobrança do responsável Conscientização 5 350 6 420 6 Gasto excessivo de água no processo de destilação Odores Desconforto 1 Armazenamento reagentes em uma sala com pouca 10 Nenhuma 4 Verificação de eficiência do processo para economia Investimentos com equipamentos mais modernos 10 Exaustores 1 Readequação reagentes em outro local 3 600 4 800 2 200 IBEAS Instituto Brasileiro de Estu Ambientais

ventilação Misturas de reagentes Bens de consumo (papel toalha, detergentes, sabões, etc.) Geração de resíduo de várias espécies (metais pesa, áci e bases fortes) Geração de uma carga significativa de resíduo de todas as espécies. 9 Disposição incorreta deste resíduo 4 Disposição incorreta deste resíduo 10 Nenhuma 4 Conscientização Contratar serviço terceirizado para destinação e tratamento Implementação de uma política interna para responsabilizar os com a disposição destes resíduos 1 Nenhuma 10 Conscientização 2 720 3 1080 2 720 8 320 Manuseio de vidrarias e plástico Disposição incorreta do serviço terceirizado 1 A indisposição inadequada de vidros quebra ou sem uso e plásticos sem utilidade 5 Nenhuma 2 Cobrança da disposição correta deste resíduo do serviço terceirizado Mudança de empresa terceirizada 9 90 9 90 CONCLUSÃO Com isso, percebe-se que a ferramenta pode apontar uma ordem de prioridade impactos ambientais além de se tornar um meio para uma nova avaliação, caso sejam tomadas as medidas para mitigar esses impactos a fim de alcançar um melhor desempenho ambiental da instituição, principalmente no que diz respeito á geração resíduos laboratoriais, o consumo de água nos laboratórios, investimento na educação ambiental e comunidade acadêmica do campus, a geração de resíduos sóli nas salas técnico-administrativas e redução do consumo da energia elétrica em to os ambientes, respectivamente. Além disto, espera-se que este estudo contribua com o projeto de caráter ambiental, recente criado na instituição, dando subsídios para a comissão gestora definir os objetivos e metas do projeto para criação de programas ambientais consolidando assim um futuro modelo de sistema de gestão ambiental para ser aplicado no IFMT, campus Cuiabá - Bela Vista, podendo-se propor a expansão para os demais campi do IFMT e/ou demais Institutos Federais do país. IBEAS Instituto Brasileiro de Estu Ambientais 7

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. CAMPANI, D.B.; COIMBRA, N.S.; FERNANDES, T.G.; BIRNFELD, E.F., IMPLEMENTAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL NO PRÉDIO DA ENGENHARIA MECÂNICA UFRGS. In. Congresso Interamericano de Engenharia Sanitária e. 30. 2006. Punta del este, Uruguai. 2. ANDRADE, M.R.S.; TURRIONE, J.B. Uma metodologia de análise aspectos e impactos ambientais através da utilização do FMEA. In: Encontro Nacional de Engenharia de Produção/ ENEGEP, São Paulo: 2000. 3. NBR ISO 14001: Sistemas de Gestão : especificações e diretrizes para uso. ABNT, Rio de Janeiro, 1996. 4. UNIVERSO AMBIENTAL. O que é SGA (sistema de gestão ambiental)? Disponível em: <http://www.universoambiental.com.br/novo/artigo_ler.php?canal=6&canallocal=10&canalsub2=28&id=65>. Acesso em 12 jun. 2011. 8 IBEAS Instituto Brasileiro de Estu Ambientais