Secretaria Nacional de Enfrentamento a Violencia contra as Mulheres Setembro de 2012 Secretaria de Políticas para as Mulheres/PR
Diretrizes para Enfrentamento ao Protocolo de Palermo Tráfico de Mulheres Plano Nacional de Políticas para as Mulheres (PNPM) Política Nacional de Enfrentamento ä Violencia contra as Mulheres Pacto Nacional de Enfrentamento a Violencia contra as Mulheres Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas Planos Nacionais de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas Norma Técnica do Centro de Referencia de Atendimento a Mulher em Situacao de Violencia
Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas 3 Eixos de atuacao: Prevencao ao Tráfico de Pessoas; Repressao ao Tráfico de Pessoas; e Atendimento as Vítimas de Tráfico Participam 21 Ministérios do Executivo Federal Coordenacao Tripartite: Ministério da Justica, Secretaria de Politicas para as Mulheres e Secretaria de Direitos Humanos
Conceito de Enfrentamento Contempla PREVENCAO: Diz respeito as acoes educativas de mudanca cultural e informacao, tais como campanhas. Varias esferas. Contempla REPRESSAO/COMBATE: Diz respeito as acoes de repressao ao crime. Esfera da seguranca publica e justica Contempla ATENDIMENTO: Diz respeito a implementacao de servicos públicos que prestam atendimento psicosocial as vitimas, buscando garantia de direitos e empoderamento. Esfera do atendimento especializado e nao especializado nas áreas da assistencia social, acesso a justica, assistencia consular etc.
CONCEITOS DE REDE Rede de atendimento às mulheres em situação de violência Rede de enfrentamento à violência contra as mulheres
Rede de Enfrentamento X Rede de Atendimento Rede de Enfrentamento -Contempla todos os eixos da Política Nacional (combate, prevenção, assistência e garantia de direitos). - Inclui órgãos responsáveis pela gestão e controle social das políticas de gênero, além dos serviços de atendimento. -É mais ampla que a rede de atendimento às mulheres em situação de violência. Rede de Atendimento -Refere-se somente ao eixo da Assistência. - Restringe-se a serviços de atendimento (especializados e não-especializados). - Faz parte da rede de enfrentamento à violência contra as mulheres.
Rede de Atendimento o conceito de Rede de atendimento refere-se à atuação articulada entre as instituições/serviços governamentais, não-governamentais e a comunidade, visando à ampliação e melhoria da qualidade do atendimento. A constituição da rede de atendimento busca dar conta da complexidade da violência contra as mulheres e do caráter multidimensional do problema, que perpassa diversas áreas, tais como: a saúde, a educação, a segurança pública, a assistência social, a justiça, entre outros. A rede é composta por serviços especializados e portas-de-entrada.
Rede de Atendimento A Rede de atendimento à Mulher em Situação de Violência está dividida em quatro principais setores/áreas (saúde, justiça, segurança pública e assistência social) e é composta por duas principais categorias de serviços: a) Serviços não-especializados de atendimento à mulher - que, em geral, constituem a porta de entrada da mulher na rede (a saber, hospitais gerais, serviços de atenção básica, programa saúde da família, delegacias comuns, polícia militar, polícia federal, Centros de Referência de Assistência Social/CRAS, Ministério Público, defensorias públicas, posto avançado de atendimento à migrante) e b) Serviços especializados de atendimento à mulher - aqueles que atendem exclusivamente as mulheres em situação de violência. São eles: Centros de Atendimento à Mulher em situação de violência (Centros de Referência de Atendimento à Mulher, Núcleos de Atendimento à Mulher em situação de Violência, Centros Integrados da Mulher), Casas Abrigo, Casas de Acolhimento Provisório (Casas de Passagem), Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAM), Núcleos especializados de atendimento as mulheres nas delegacias comuns; Núcleos da Mulher nas Defensorias Públicas, Promotorias Especializadas, Juizados Especiais de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, Central de Atendimento à Mulher - Ligue 180, Ouvidoria da Mulher, Centros Especializados de Assistência Social (CREAS), Serviços de saúde voltados para o atendimento aos casos de violência sexual e doméstica, Institutos Médico Legal, Serviços de Atendimento em Fronteiras Secas (Núcleos da Mulher na Casa do Migrante) e Unidades Moveis de Atendimento.
Composição da Rede de Enfrentamento agentes governamentais e não-governamentais propositores, fiscalizadores e executores de políticas voltadas paras as mulheres (organismos de políticas para as mulheres, ONGs feministas, movimento de mulheres, conselhos dos direitos das mulheres, outros conselhos de controle social; núcleos de enfrentamento ao tráfico de mulheres, etc.); serviços/programas voltados para a responsabilização dos agressores; universidades; órgãos federais, estaduais e municipais responsáveis pela garantia de direitos (habitação, educação, trabalho, seguridade social, cultura); e serviços especializados e não-especializados de atendimento às mulheres em situação de violência (que compõem a rede de atendimento às mulheres em situação de violência
Rede de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres Atuação articulada entre as instituições e serviços governamentais + não-governamentais + comunidade Visa o desenvolvimento de estratégias de: ENFRENTAMENTO que incluam o combate, prevenção, garantia de direitos e assistência; políticas que garantam o EMPODERAMENTO das mulheres e seus DIREITOS HUMANOS e a Responsabilização dos Agressores
Acoes da SPM no Enfrentamento ao Tráfico de Mulheres Aumentar o número de servicos especializados no país. Capacitação das profissionais dos Centros de Referência para o atendimento às mulheres em situação de tráfico de pessoas; Capacitacao das atendentes do Ligue 180 para atender situacoes de tráfico e enviar denúncia a Policia Federal Inserir módulo sobre o tráfico de mulheres em todas as capacitações dos serviços da rede de atendimento (Segurança pública, saúde, justiça, assistencia consular e assistência social);
Acoes da SPM no Enfrentamento ao Tráfico de Mulheres Instalação de serviços de acolhimento nas fronteiras secas para atendimento das mulheres em situação de migração e vulneráveis ao tráfico de pessoas; Realizar campanhas de prevencao adaptadas a cada realidade regional; Capacitação dos Conselheiros Tutelares para o enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes, sob a perspectiva de genero. Promover a integracao dos servicos especializados da Rede com os Nucleos de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Postos Avancados de Atendimento a deportados/inadimitidos; Adequar a política de abrigamento para atender vítimas de tráfico; e Coordenar a Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas.
Os Centros de Referência de Atendimento às Mulheres em Situação de Violência
Centro de Referência de Atendimento à Mulher Serviço público especializado que presta acolhida, acompanhamento psicológico e social, e orientação jurídica às mulheres em situação de violência (sexual,patrimonial, moral, física, psicológica; tráfico de mulheres; assédio sexual; assédio moral; etc). Faz atendimento integral. Personagem chave para a articulacao dos demais servicos.
Centro de Referência de Atendimento à Mulher - Histórico SOS-Mulher: centros de atendimento não-governamentais (Campinas, 1980; Coletivo Feminista de Saúde, São Paulo) Experiências esparsas de CIAM (Centros Integrados de Atendimento à Mulher nos estados de SP, RJ, MS e PR) Demanda da I Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, 2004 (I PNPM, capítulo 4) Encontro Nacional de Delegadas das DEAMs (2005) Norma Técnica do Centro de Referência de Atendimento à Mulher em situação de Violência (SPM, 2006) Evolução do número de serviços- 36 CRs em 2003 para 196, em 2012
Centro de Referência de Atendimento à Mulher- Princípios Perspectiva Feminista; Empoderamento das mulheres; Reconhecimento da mulher como SUJEITO DE DIREITOS e da AUTONOMIA da mulher; Laicidade do Estado; Abordagem interdisciplinar; Atuação em rede; Reconhecimento das diversidades existentes entre as mulheres.
Centro de Referência de Atendimento à Mulher- Princípios espaço de referência para a mulher (não-atendimento a agressores); Não-utilização de técnicas de mediação/conciliação de casais; segurança da mulher e dos/as profissionais; foco do atendimento - mulheres em situação de violência (não famílias ou crianças); ampliação para atendimento também nos casos de tráfico de pessoas e exploração sexual;
Abrigamento Workshop Política Nacional de Abrigamento 2009: Representantes da sociedade civil, dos organismos de políticas para as mulheres, do governo federal e dos serviços especializados (Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher, Casas-Abrigo, Casas de Acolhimento Provisório e Centros de Referência de Atendimento à Mulher); foi realizado um grupo de trabalho sobre a questão do abrigamento e o tráfico de mulheres. Recomendações do grupo: - a criação de Casas de acolhimento provisório de curta duração espaços institucionalizados, não sigilosos, para mulheres vitimas de violência, que não se encontrem em situação de risco iminente de morte. Como exemplo de situações a serem atendidas por esses serviços, foram mencionadas as mulheres aguardando o beneficio do pagamento de passagens para retorno ao seu local de origem, migrantes em situação irregular, deportadas e não admitidas; - a utilização do benefício eventual para as mulheres em situação de violência, conforme o previsto no decreto 6.307/2007 (sob o acompanhamento dos Centros de Referência e dos serviços afins). - Como recomendação geral do grupo de trabalho, foi reforçado que - no caso de mulheres migrantes e/ou situação de tráfico - os serviços de abrigamento deverão acolher mulheres estrangeiras e irregulares.
Central de Atendimento à Mulher - Ligue180 Configura-se como uma importante porta de entrada da rede de atendimento; Serviço de utilidade pública; As ligações são gratuitas; Funciona 24 horas por dia todos os dias da semana; Abrangência nacional e internacional ( Portugal, Espanha e Itália); Atribuições: informar as mulheres em situação de risco de violência sobre seus direitos, encaminhar aos serviços que compõem a rede, registrar relatos de violência e situação de funcionamento inadequado dos serviços da rede, sistematizar as informações geradas pelo atendimento para subsidiar a elaboração de políticas públicas.
Servicos de Atendimento na Frronteira - Núcleo da Mulher da Casa do Migrante na Tríplice Fronteira A Casa do Migrante, inaugurada em 20 de junho de 2008, resultado de uma parceria entre o Ministério do Trabalho e Emprego, por meio do Conselho Nacional de Imigração, o Ministério das Relações Exteriores e a Prefeitura de Foz do Iguaçu, desenvolve atividades de orientação para a obtenção de documentação brasileira, encaminhamento para os serviços de saúde pública, de acesso a educação e a busca de melhoria de condições de vida, através do treinamento e de emprego, além de prestar esclarecimentos sobre os procedimentos básicos para inserção no mercado de trabalho formal, obtenção de carteira de trabalho e inscrição na previdência social. Com o conhecimento das inúmeras demandas de mulheres vítimas de violência que procuram a Casa do Migrante, a SPM/PR propôs uma parceria com o MTE, MRE e Prefeitura de Foz do Iguaçu para instalar o serviço trinacional de acolhimento às mulheres migrantes junto à estrutura da Casa do Migrante.
Servicos de Atendimento na Frronteira - Núcleo da Mulher da Casa do Migrante na Tríplice Fronteira Em 2009 foi assinado Acordo entre Brasil, Paraguai e Argentina com o intuito de transformar o Núcleo em um centro trinacional, que atenderá mulheres das tres nacionalidades e estabelecerá parcerias com os servicos dos tres países. O Núcleo ativa uma rede regional de atendimento as mulheres. O Núcleo da Mulher presta atendimento de caráter emergencial e encaminha para servicos que prestam o atendimento integral nos tres paises. O Núcleo tem o papel de definir um diagnóstico da situacao das mulheres que vivem em transito na fronteira. O Nucleo deve reunir os tres paises em uma agenda de discussao das realidades/dificuldade/potencialidades da regiao por meio de um Comite de fronteira, que inclui instituicoes que trabalahm com as mulheres dos tres paises, em especial dos municipios fronteiricos
Servicos de Atendimento na Frronteira Centro de Atendimento as Mulheres Migrantes Vítimas de Violencia Roraima/Venezuela Em 2009 foi assinado Acordo entre Brasil e Venezuela para a criacao de servicos de atendimento as mulheres em suas fronteiras, como forma de prevenir o tráfico para fins de exploracao sexual e empoderar as mulheres da regiao. Em 2012 a SPM inaugurou o servico do lado brasileiro em Pacaraima (RR), que já atendeu 30 mulheres. A inauguracao no lado venezuelano (Santa Helena de Uyarén) ainda nao aconteceu, porém ambos paises já estao se reunindo em comite para discutir os encaminhamentos.
Servicos de Atendimento na Frronteira Próximas Prioridades Casa do Migrante em Oiapoque (Amapá) fronteira com Guiana Francesa. Já existe Casa do Migrante, falta criar núcleo especializado da mulher. Fronteira entre Rio Grande do Sul e Uruguai: O governo estadual e In Mujeres já iniciaram as discussoes. Tríplice Fronteira Brasil x Bolívia e Peru (Acre): Já existem Postos Avancados do Ministério da Justica, falta criar núcleo especializado para a mulher.
Desafios em Relação aos Serviços da Rede de Atendimento Monitoramento e garantia da continuidade dos serviços Ampliação do número de serviços especializados com garantia da qualidade de atendimento Integração das redes existentes (rede sócio-assistencial, rede de atenção da saúde, justiça e segurança) Relação CRM, os serviços da assistência social (CRAS e CREAS) e os Núcleos de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas. Encaminhamento para a reinserção social.
Desafios em Relação aos Serviços da Rede de Atendimento Identificação e encaminhamentos adequados nas portas-deentrada, com a compreensão de cada fenômeno de violência. Capilaridade do atendimento Produção de dados sobre o atendimento nos serviços (atendimento sistemático, criação de sistemas, divulgação dos dados, etc.) Atendimento a brasileiras no exterior: cooperação, Ligue 180 Internacional e sistematização do retorno. Implementação de política de abrigamento para casos de tráfico.
Obrigada! Clarissa Corrêa de Carvalho clarissa.carvalho@spmulheres.gov.br 55 61 3411-4206 Coordenadora da Central de Atendimento a Mulher Ligue 180 Secretaria Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres Secretaria de Políticas para as Mulheres SPM/Presidência da República