PROJETO CURRICULAR DE VALÊNCIA DE JARDIM DE INFÂNCIA. Casa do Povo de Óbidos - Creche e Jardim de Infância

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Transcrição:

PROJETO CURRICULAR DE VALÊNCIA DE JARDIM DE INFÂNCIA Ano Letivo de 2015/2016

INDÍCE INTRODUÇÃO... 1 PRINCÍPIOS GERAIS E OBEJCTIVOS PEDAGÓGICOS DA EDUCAÇÃO PRÉ- ESCOLAR... 2 COMPETÊNCIAS PEDAGÓGICAS... 8 INTERACÇÃO INSTITUIÇÃO/COMUNIDADE... 10 TEMA DO PROJECTO CURRICULAR... 11 COMPETÊNCIAS ESPECIFICAS DO PROJECTO EM CADA ÁREA... 12 AVALIAÇÃO... 15 CONCLUSÃO... 16 BIBLIOGRAFIA... 17

INTRODUÇÃO A entrada para o jardim de infância é um momento de especial importância tanto para os pais como para os filhos. Na verdade, a frequência do Jardim de infância, significa mais um passo no caminho da autonomia. Valorizar as características de cada criança, respeitando-a sem nunca esquecer o grupo, é um ponto essencial que o educador deve de promover, desenvolvendo a ação educativa assente nas Orientações curriculares. A criança é essencialmente um ser social que pertence à família e à comunidade, sendo o jardim de infância o local de encontro de interesses comuns à família, à comunidade e às instituições. Aprende a partir da exploração, da criatividade, da expressão, da curiosidade e de múltiplas outras acções implícitas no processo da prática educativa, um perfil de competências gerais em prol de um cidadão mais consciente para a vida. A intenção do projecto em jardim de infância é contribuir na resolução de problemas, para que possamos formar cidadãos livres, responsáveis, autónomos, solidários, possuidores de um espírito democrático e pluralista, respeitadores dos outros, abertos ao diálogo, críticos e criativos, de acordo com o que vem consignado na Lei de Bases do Sistema Educativo desde 1986. Num projecto, temos consciência da interacção de personalidades, daquilo que cada um é, da manifestação da sociabilidade humana de todos e de cada um. Este traduz o valor a cada criança ou pelo grupo, o que torna acessíveis as necessidades e os interesses, procurando direccionar-se na concretização das mesmas. Assim sendo o educador deve promover o desenvolvimento pessoal e social da criança e fomentar a inserção em grupos sociais diversos, contribuindo para a igualdade de oportunidades, estimulando o desenvolvimento global, o desenvolvimento da expressão e a comunicação através de linguagens múltiplas, despertando a curiosidade e o pensamento crítico. 1

PRINCÍPIOS GERAIS E OBEJCTIVOS PEDAGÓGICOS DA EDUCAÇÃO PRÉ- ESCOLAR Tal como nos é referido na Lei-Quadro da Educação Pré-escolar, o princípio geral em que se baseia estabelece a educação pré-escolar como a primeira etapa da educação básica no processo de educação ao longo da vida, sendo complementar da acção educativa da família, com a qual deve estabelecer estreita relação, favorecendo a formação e o desenvolvimento equilibrado da criança, tendo em vista a sua plena inserção na sociedade como ser autónomo, livre e solidário. Por tudo isto, torna-se cada vez mais necessário que, durante esta etapa do desenvolvimento da criança, se criem condições favoráveis às suas aprendizagens, para que estas...aprendam a aprender. Contribuir para a igualdade de oportunidades no acesso à escola e para o sucesso das aprendizagens Assim sendo, o pré-escolar surge como um importante contributo para a igualdade de oportunidades, favorecendo o sucesso escolar da criança, nas etapas seguintes da sua vida escolar. É através de uma pedagogia organizada e estruturada que o educador de infância facilita a aprendizagem e o desenvolvimento de competências que conduzirão a progressos relevantes, tendo em conta as capacidades e características da cada criança. Estimular o desenvolvimento global da criança no respeito pelas suas características individuais, incutindo comportamentos que favoreçam aprendizagens significativas e diferenciadas Desta forma, o educador deverá encarar cada criança como sujeito do processo educativo, partindo do que esta sabe, a sua cultura e saberes próprios, promovendo, o mais possível, experiências diversificadas facilitando a interacção social da criança. 2

Promover o desenvolvimento pessoal e social da criança com base em experiências da vida democrática numa perspectiva da educação para a cidadania No que diz respeito ao espaço envolvente e à organização do ambiente educativo, a criança deverá ter uma posição participativa e interactiva nesta função aprendendo, assim, a respeitar os outros, a si mesma e às diferentes culturas. Fomentar a inserção da criança em grupos sociais diversos, no respeito pela pluralidade das culturas, favorecendo uma progressiva consciência como membro da sociedade Outro aspecto fundamental para o sucesso de novas aprendizagens é, sem dúvida, um ambiente educativo acolhedor, luminoso e cuidado, que contribua para a auto-estima e o desejo de aprender por parte da criança. Proporcionar ocasiões de bem-estar e de segurança, nomeadamente no âmbito da saúde individual e colectiva Contudo, para facultar uma plena inserção na sociedade como ser autónomo e livre, o educador deverá promover novas formas de desenvolvimento e aprendizagens diversificadas. Desenvolver a expressão e a comunicação através de linguagens múltiplas como meios de relação de informação, de sensibilização estética e de compreensão do mundo Nos dias que correm, e perante uma sociedade em plena ascensão e desenvolvimento, o Jardim de Infância tem também como função a complementaridade da acção educativa da família, cabendo-lhe compensar o meio familiar da criança, assim como estabelecer relação com o meio de origem com o meio na qual estas terão de desenvolver as suas aprendizagens. 3

Incentivar a participação das famílias no processo educativo e estabelecer relações de efectiva colaboração com a comunidade Cada vez mais, acentua-se a importância de articulação das diferentes áreas de conteúdo, visando a interligação dos âmbitos do saber que supõem diferentes tipos de aprendizagens, atitudes e saber fazer, dando oportunidade à criança de explorar o mundo que a rodeia relacionando-se consigo própria, com os outros e com os objectos. 4

METAS DE APRENDIZAGEM As diferentes áreas de conteúdo constituem referências a ter em conta no planeamento e organização de experiências educativas no pré-escolar, designam formas de pensar e organizar a intervenção e a acção do educador de infância no ambiente educativo, e podendo proporcionar às crianças experiências e aprendizagens diversificadas para o seu desenvolvimento. ÁREA DE FORMAÇÃO PESSOAL E SOCIAL Esta área corresponde a um percurso do desenvolvimento da criança que irá incidir na aquisição de espírito crítico e na interiorização de valores espirituais, estéticos, morais e cívicos. A educação pré-escolar constitui um meio favorável para que a criança tome consciência de si e dos outros, construindo-se como ser humano, influenciada e influenciando o meio que a rodeia. Também o educador tem um papel fundamental nesta área pois é através das suas atitudes, estímulos, valorização e respeito que a criança vai estabelecer relações com os outros tendo como exemplo as acções do adulto. Desta forma, o educador terá de favorecer as relações pessoais da criança bem como a sua autonomia e independência. Nesta área está também subjacente o desenvolvimento da criança como ser individual, ou seja, a criança toma consciência de si e da sua identidade ao conhecer as suas capacidades e limitações próprias de cada criança. 5

ÁREA DE EXPRESSÃO E COMUNICAÇÃO Nesta área estão englobadas as aprendizagens relacionadas com o desenvolvimento psicomotor e simbólico que determinam a compreensão e o domínio das diferentes formas de linguagem. Aqui distinguem-se vários domínios que se relacionam entre si pois todos eles se destinam ao desenvolvimento e à aprendizagem da criança. Esta área é considerada como uma área básica de conteúdos pois incide sobre aspectos fundamentais para o desenvolvimento global da criança e fomenta instrumentos para que esta continue a aprender ao longo da sua vida. É nesta área que o educador deverá facultar instrumentos de aprendizagem, ao nível da expressão e comunicação, que proporcionem o prazer de realizar novas experiências, valorizando as descobertas da criança. Deste modo, iremos encontrar três diferentes domínios: - Domínio das expressões, onde se diferenciam quatro vertentes com especificidade própria mas que constituem formas de comunicação e expressão, completando-se mutuamente: * Expressão Motora * Expressão Dramática * Expressão Plástica * Expressão Musical * Dança - Domínio da linguagem oral e abordagem à escrita, abrangendo um conjunto de conhecimentos linguísticos essenciais na aprendizagem da linguagem escrita e no sucesso escolar. Salienta-se a capacidade de interacção verbal e os comportamentos emergentes de leitura e escrita. 6

- Domínio da matemática, que na idade pré-escolar tem um papel fundamental na estruturação do pensamento da criança, que através de pequenas aprendizagens matemáticas vai apoiar o desenvolvimento do pensamento lógico-matemático. ÁREA DO CONHECIMENTO DO MUNDO Esta área está inerente à curiosidade natural da criança e no seu desejo de saber e compreender o porquê das coisas que a rodeiam. O ser humano procura dar sentido ao mundo que o rodeia e que origina por isso as formas elaboradas de pensamento, o desenvolvimento das ciências, das técnicas e das artes. Cabe ao educador sensibilizar a criança para a observação e interrogação do que os rodeia, procurando obter novos conceitos interrogando-se sobre a realidade, os seus problemas e procurando soluções. O Conhecimento do Mundo tem também como função enriquecer os diferentes domínios de Expressão e Comunicação, a linguagem e a matemática e promove o desenvolvimento de atitudes de relação com os outros e com o mundo que rodeia a criança. 7

COMPETÊNCIAS PEDAGÓGICAS - Valorizar e respeitar a criança individualmente e em grupo; - Promover práticas educativas promotoras de uma educação multicultural; - Favorecer a segurança, a autoconfiança e auto-estima com base numa relação afectiva estável; - Desenvolver valores fundamentais de auto-estima, auto conceito do eu, da importância da sua existência na vida familiar, escolar e social, de solidariedade, de amizade, democraticidade e cooperação; - Colaborar com a família numa partilha de cuidados e responsabilidades no processo evolutivo da criança; - Estabelecer e criar inter-relações entre o mundo real e o mundo imaginário, através de experiências e aprendizagens lúdicas; - Sensibilizar os encarregados de educação para o projecto que estamos a desenvolver; - Desenvolver ações e projetos que tornem a escola num espaço de aprendizagens diversificadas que promovam a ligação da escola ao meio; - Colaborar estritamente com a família numa partilha de cuidados e responsabilidades em todo o processo evolutivo das crianças; - Encorajar a individualização de cada criança respeitando os seus tempos, ou ritmos e as suas preferências pessoais, potenciando o desenvolvimento psicoafectivo de cada uma; - Proporcionar momentos lúdicos; - Colaborar de forma eficaz no despiste precoce de qualquer inadaptação ou deficiência e assegurar o seu encaminhamento adequado; - Fomentar a curiosidade e vontade de aprender; - Proporcionar momentos privilegiados de acesso à arte e à cultura; - Trabalhar a tomada de consciência de si, dos outros e do mundo; - Assumir a multiculturalidade como riqueza a integrar; - Facilitar a tomada de consciência de diferentes idiomas; - Tomar consciência que diferentes tipos de habitação, de vestuário e de alimentação depende de factores climáticos e culturais; 8

- Descobrir os animais do mundo: Como são e como crescem; - Proporcionar momentos de criatividade, imaginação e exploração; - Promover a articulação entre família escola - comunidade; - Salvaguardar tradições culturais. 9

INTERAÇÃO INSTITUIÇÃO/FAMÍLIA O Jardim de Infância e a Família são dois contextos educativos que contribuem para a educação de uma mesma criança e porque a família é o principal responsável pela educação dos seus filhos, aos pais assiste o direito de conhecer, seleccionar e contribuir activamente na resposta educativa que desejam para os seus filhos. Assim, podemos dizer que é nosso objectivo, fomentar a interacção escola/família relação vital para o sucesso do ambiente educativo. INTERAÇÃO INSTITUIÇÃO/COMUNIDADE O facto do Projecto Curricular ter em consideração o meio social no qual as crianças vivem, incluindo a participação de diferentes parceiros da comunidade, contribui significativamente para a resposta educativa proporcionada às crianças. A colaboração dos pais, e também de outros membros da comunidade, o contributo dos seus saberes e competências para o trabalho educativo a desenvolver com as crianças, é um meio essencial que alarga e enriquece situações de aprendizagem. Assim, podemos dizer que é nosso objectivo, promover a interacção escola/comunidade. 10

TEMA DO PROJETO CURRICULAR BRINCAR COM A ARTE De acordo com Carl Rogers, a existência precede a essência, primeiro o individuo é, depois conhece o mundo que está em processo de mudança. Assim, partindo da sua realidade, o individuo constrói a sua aprendizagem em contacto com o outro, onde o educador assume o papel de facilitador nesta dimensão relacional em que a criança aprende e se desenvolve. A criança aprende e desenvolve-se como um sujeito ativo na construção da sua própria realidade e, portanto, da sua identidade social (Freire, 1992). Ao integrar o jardim-de-infância, o leque de relações alarga-se e há um contacto da criança com diferentes valores e perspetivas que permitem que esta vá aprendendo a tomar consciência de si própria e do outro, como um individuo, também ele com crenças e valores. Tendo consciência de que a educação é a base estrutural, juntamente com a família de uma sociedade plena, é importante humanizar comportamentos. A arte humaniza. Logo, a sua utilização no meio educacional e na sociedade de um modo geral é essencial. Com a arte, a criança inicia a sua criação, através do desenho, da pintura, da música, do teatro, expressando-se de diversas formas. Assim, o conceito de arte que abordaremos neste projeto contempla a expressão dos sentimentos e também dos conhecimentos que iluminam a vida através da imaginação e da criatividade. Brincar com a Arte visa utilizar a Arte como instrumento de formação na Educação já que condiciona a perceção, estrutura o pensamento, proporciona uma linguagem expressiva permitindo desenvolver a criatividade estimulando a fantasia e a imaginação. Pretende-se desenvolver nas crianças capacidades e habilidades necessárias para que saibam lidar com as constantes e diferentes mudanças que se apresentam no Mundo, com criatividade, flexibilidade, responsabilidade e pensamento crítico. 11

COMPETÊNCIAS ESPECIFICAS DO PROJETO EM CADA ÁREA O Projecto Curricular Brincar com a Arte reflecte as três Áreas de Conteúdo mencionadas no documento das Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar: Área do Conhecimento do Mundo - Conhecer o meio envolvente; - Sensibilizar para a ciência; - Revelar interesse pela preservação do meio ambiente; - Revisão dos meios de transporte; - Identificar diversas profissões; - Desenvolver o respeito pelos livros; - Conhecer e explorar as estações do ano; - Respeitar as diferenças sociais e culturais; Área de Formação Pessoal e Social - Conhecer-se a si próprio e ao outro; - Gostar de aprender; - Cumprir as regras da sala; - Aceitar as diferenças e outras culturas; - Respeitar os outros; - Ser autónomo; - Ser tolerante; - Ter espírito de cooperação; 12

- Ser solidário e saber partilhar; Área da Expressão e Comunicação -Domínio da linguagem: - Aprender a compreender narrações, contos, poemas, canções; -Adquirir o gosto pela leitura e pela escrita; -Adquirir vocabulário diversificado; -Domínio da Expressão Plástica: - Desenvolver a imaginação e criatividade; - Desenvolver a destreza manual; - Incentivar a utilização de diversas técnicas e materiais; -Domínio da Expressão Motora/ Dramática -Desenvolver a motricidade global; -Conhecer o esquema corporal; - Imitar e representar situações; -Domínio da Expressão Musical: - Incentivar o gosto pela música; - Ser capaz de participar em pequenas danças; - Movimentar-se ao som da música; 13

- Possuir um reportório de canções; - Identificar sons e ritmos, -Domínio da Matemática: - Reconhecer as cores; -Identificar os números até 10; -Aquisição da noção dos opostos (pequeno/grande, aberto/ fechado, longe/perto ); -Identificar formas geométricas; -Aquisição das noções espaço temporais (dia/noite, manhã/tarde, dias da semana ); - Conhecer as propriedades e relações entre objectos; Em conclusão é nosso objectivo partir á descoberta do conhecimento do mundo real sob várias formas lúdicas, utilizando todos os sentidos para dar às crianças a oportunidade de crescerem num ambiente rico e multicultural. 14

AVALIAÇÃO É necessário avaliar para poder conhecer, corrigir e projectar. É importante comparar resultados obtidos com objectivos previamente elaborados e reformulados se necessário. A avaliação implica uma tomada de consciência da acção, sendo esta baseada num processo contínuo de análise que sustenta a adequação do processo educativo às necessidades de cada criança e do grupo, tendo em conta a sua evolução. Nesta linha de pensamento o processo de avaliação será contínuo, adaptável, diferenciado, reflexivo e actuante. Ao longo das acções educativas, o processo de avaliação passa por diversos instrumentos de avaliação: 1- Avaliação feita pelas crianças; 2- Avaliação com as famílias; 3- Avaliação com a equipa pedagógica; 1- Avaliação feita pelas crianças será feita através de: Registos gráficos Conversas Fotografias Desenhos 2- Avaliação com as famílias será feita através de: Conversas Registos escritos Reuniões 3 Avaliação com a equipa pedagógica será feita através: Conversas informais Reuniões de avaliação do projecto 15

CONCLUSÃO Durante muito tempo, a educação teve uma função seletiva. A Escola tinha por principal finalidade apresentar aos alunos a informação elaborada e organizada e faziao sem prestar grande atenção às capacidades individuais dos alunos. É indispensável que o Educador esteja permanentemente aberto a uma análise sincera de coerência que consegue manter entre os princípios educacionais que adopta, as atitudes no relacionamento com o grupo e as atividades que realiza. Cabelhe ainda estar atento para garantir a inclusão, á sua planificação, a uma variedade adequada a estímulos, através de atividades que atendam aos interesses do grupo de uma forma globalizante e articulada. A educação pré-escolar é perspetivada no sentido da educação ao longo da vida, assegurando á criança condições para abordar com sucesso as novas etapas da sua vida. Assim, cabe ao educador proporcionar actividades que desenvolvam o grupo de crianças, no seu todo; actividades essas, que devem estar relacionadas com os temas incluídos neste projecto. 16

BIBLIOGRAFIA - Brazelton,T.B 1995. O grande livro da criança, Lisboa, Ed.presença. - Formosinho, Júlia 1996. Modelos Curriculares para a Educação de Infância; Porto Editora. - Ministério da Educação 1994. Jardim de Infância/Família - uma abordagem interactiva; Departamento da Educação Básica - Núcleo de Educação Pré-Escolar; Lisboa. - Ministério da Educação 1997. Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar; Departamento da Educação Básica/Núcleo de Educação Pré-Escolar; Lisboa. - Ministério da Educação; Lisboa; 1998. Qualidade e Projecto na Educação Pré-Escolar; Colecção Pré-Escolar; - GESELL, Arnold (1970). Criança dos 0 aos 5 anos; Lisboa; Publicação D. Quixote. - Qualidade e Projecto na Educação Pré-Escolar; Colecção Pré-escolar; Ministério da Educação; Lisboa, 1998. - Projectos na Educação Pré-Escolar Educativo/ Pedagógico; FIGUEIREDO, Manuel Alves Ribeiro Colecção Pré. Lisboa: (2001). - INTERNET (Pesquisa Google). 17