Resumos de Dissertações Defendidas

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Resumos de Dissertações Defendidas

Adriana de Carvalho Medeiros TÍTULO: Nóis era uma escrava! E se a gente não briga? Era pio! Experiências de luta de classe das operárias metalúrgicas de São Paulo e São Bernardo do Campo (1970-1980). Defendeu no dia 12 de março de 2008 BANCA:Antônio de Pádua Bosi (Orientador - UNIOESTE), Paulo Roberto de Almeida (UFU), Rinaldo José Varussa (UNIOESTE). Resumo: O presente trabalho tem como objetivo explorar as experiências de classe e luta das operárias metalúrgicas engajadas no Movimento de Oposição Sindical Metalúrgica de São Paulo, e do Sindicato Metalúrgico de São Bernardo do Campo entre nas décadas de 1970 e 1980. Assim, pretendemos discutir como estas ex-operárias vivenciaram neste período as lutas desenvolvidas no movimento operário, a partir de como estas perceberam e reinterpretaram suas próprias experiências, relativas às estratégias de luta, tanto no trabalho, nos sindicatos, e na vida cotidiana, a partir das narrativas produzidas no presente. Palavras-chave: operárias metalúrgicas, sindicalismo, experiência de classe. Elen Patrícia de Jesus Silva Davi TÍTULO: Trabalhadores na Fronteira: experiências dos sacoleiros e laranjas em Foz do Iguaçu Ciudad Del Este (1990 a 2006). Defendeu no dia 13 de março de 2008. BANCA: Rinaldo José Varussa (Orientador - UNIOESTE), Paulo Roberto de Almeida (UFU), Antônio de Pádua Bosi (UNIOESTE). Resumo: Essa dissertação visa discutir parte das experiências e os modos de viver dos chamados sacoleiros e laranjas, bem como suas relações de trabalho e com a cidade de Foz do Iguaçu, constituída a partir do comércio estabelecido na fronteira Brasil - Paraguai. Por meio desse enfoque, propus-me entender discutir as relações desses sujeitos com os órgãos públicos e privados (tais como A Receita Federal, Prefeitura, imprensa jornalística), partindo das dinâmicas constituída por eles, suas estratégias de trabalho forjadas, bem como os significados estabelecidos com relação atividade e a cidade. Propus-me compreender, também, como esses sujeitos se constituem enquanto classe, a partir das suas trajetórias, migrações, experiências individuais e coletivas, bem como suas formas próprias de viver, inserir, agir e interpretar o espaço urbano. Enfim, desvendar as dinâmicas dos sacoleiros e laranjas revela-se também uma forma de situar as memórias desses trabalhadores como fazendo parte do processo de afirmação e construção dos espaços sociais, reafirmando sua condição de agentes produtores na cidade de Foz do Iguaçu. Palavras-chaves: trabalhadores, trajetórias, espaço urbano. T E M P O S HISTÓRICOS volume 12-1º semestre - 2008 - p. 207-210 ISSN 1517-4689

Maralice Maschio TÍTULO: experiências dos trabalhadores das lojas pernambucanas no contexto da reestruturação produtiva (1970-2000). Defendeu no dia 17 de março de 2008. BANCA: Antônio de Pádua Bosi (Orientador - UNIOESTE), Ruy Gomes Braga Neto (USP), Rinaldo José Varussa (UNIOESTE). Resumo: Esta dissertação propõe refletir sobre o processo de reestruturação produtiva nas Pernambucanas como história dos próprios trabalhadores. Fontes como boletins, informativos, obras de memorialistas, produzidas pela empresa ou a mando dela, permitiram indicar as estratégias da empresa para tentar promover o chamado consentimento na esfera da produção. Porém, dialogando com as narrativas orais dos funcionários e exfuncionários das Pernambucanas que viveram e vivem o processo, são perceptíveis os modos como estes significam e configuram as mudanças ocorridas nos seus modos de viver e trabalhar, ditando dinâmicas neste espaço. Procurei analisar a loja num espaço de jogo produtivo no qual o trabalhador disputa com o patrão sentidos sobre o seu trabalho, ao mesmo tempo em que consente a exploração utilizando-se de artificios ou brechas existentes, para tirar proveito de situações, utilizá-las em benefício próprio. Palavras-Chave: Reestruturação produtiva; Trabalhadores; Experiência; Consentimento; Pernambucanas. Marcos Alexandre Smaniotto TITULO: A Burguesia Rondonense em Ação: a formação e atuação da Guarda Mirim (1966/1979). Defendeu no dia 27 de março de 2008. BANCA: Gilberto Grassi Calil (Orientador - UNIOESTE), Sônia Regina Mendonça (UFF), Paulo José Koling (UNIOESTE) Resumo: O trabalho ora desenvolvido tem como proposta estudar as primeiras manifestações da(s) classe(s) dominante(s) em Marechal Cândido Rondon, e, principalmente, a formação e atuação do Centro de Integração Comunitário 12 de Outubro (Guarda Mirim) no município. Pretende-se com isso desvendar algumas das principais formas de dominação burguesa no município, demonstrando como as diferentes frações da burguesia rondonense se articulavam na defesa de seus objetivos, através de aparelhos privados de hegemonia e da ampliação do Estado. As armas na luta de classes da burguesia rondonense também foram investigadas, e, desta forma, a educação, a filantropia e a repressão ás práticas extralegais formam alguns pontos de discussão seguidos durante a pesquisa. Ainda, foi investigada a relação pedagógica da Guarda Mirim com os menores através do regime paramilitar e, principalmente, através da exploração do trabalho de crianças e adolescentes. Palavras-chave: 208 Tempos Históricos volume 12 1º semestre 2008 p. 207-210

Odirlei Manarin TÍTULO: Peões da Barragem: Memórias e relações de trabalho dos operários da construção da hidrelétrica de Itaipu - 1975 a 1991. Defendeu no dia 25 de abril de 2008. BANCA: Rinaldo José Varussa (Orientador - UNIOESTE), Heloisa Faria Cruz (PUC-SP), Antônio de Pádua Bosi (UNIOESTE). Resumo: Esta pesquisa analisa as trajetórias dos operários que vieram em meados da década 1970 para a cidade de Foz do Iguaçu PR, com o intuito de trabalharem na construção da barragem de Itaipu. Dialogando com os operários discuti-se as relações de trabalho vividas por eles durante as atividades no canteiro de obras, buscando entender os significados, percepções e sentidos durante aquela rotina de trabalho. Além da participação nas greves realizadas na usina, percebendo as maneiras como se organizaram na realização do movimento. Assim, problematizando a história projetada pelos administradores da barragem que apresentam a realização da obra num ambiente de compromisso entre ela e seus trabalhadores, entendendo essas questões a partir das experiências dos operários que emerge a dinâmica do processo de construção e composição passando a entrelaçar e constituir a história da usina e também da cidade compreendidas num mesmo campo de possibilidades, compartilhadas de experiências plurais, diferentes da memória que aparece cristalizada e perpetuada pela empresa. Palavras-chave: memória, Itaipu, trabalhadores, trajetória, greve Judite Veranisa Schmitt TÍTULO: Os atingidos por Itaipu:História e memória. Oeste do Paraná, décadas de 1970 a 2000. Defendeu no dia 25 de abril de 2008. BANCA: Rinaldo José Varussa (Orientador - UNIOESTE), Yara Maria Aun Khoury (PUC-SP), Antônio de Pádua Bosi (UNIOESTE). Resumo: Este trabalho retrata o movimento social dos atingidos por Itaipu, desencadeado pelos expropriados que não aceitaram as propostas de indenização da Binacional, no final da década de 1970 e início da década de 1980, no oeste do Paraná. A pesquisa dá ênfase e privilegia a potencialidade dos atingidos, aqueles que participaram do movimento social, enquanto sujeitos, capazes de conduzir seu próprio movimento, em que muitas experiências foram compartilhadas ao longo do processo constituído. Os atingidos que decidiram participar do movimento foram discutindo pautas coletivamente, planejando estratégias de mobilização e depositaram suas expectativas em relação a ele. Das muitas experiências vivenciadas pelos atingidos neste processo, algumas delas são narradas, neste trabalho, e muitas histórias foram relembradas com atribuição de significados. O movimento dos atingidos teve apoio de vários órgãos e instituições. Uma destas instituições, que esteve presente nas mobilizações, foi a Comissão Pastoral da Terra, que interferiu no movimento, através de inúmeros trabalhos coletivos de base, realizados junto aos expropriados, pelos membros que tinham uma caminhada, voltada às questões sociais e consideravam a forma de indenização, promovida pela Itaipu incoerente, impossibilitando aos atingidos a sobrevivência em outros lugares. Como o movimento teve grande visibilidade no contexto regional e nacional, a imprensa escrita do oeste do Paraná passou a difundir o movimento dos atingidos, com publicações das mobilizações Tempos Históricos volume 12 1º semestre 2008 p. 207-210 209

dos expropriados. Os jornais, pelos quais optei em analisar no trabalho, apresentaram posições e opiniões em relação ao movimento, sendo estas discutidas na pesquisa. Palavras-chave: atingidos, movimento, memória. 210 Tempos Históricos volume 12 1º semestre 2008 p. 207-210