INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE FUNORTE / SOEBRAS ABELARDO DA SILVA MOREIRA



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Transcrição:

INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE FUNORTE / SOEBRAS ABELARDO DA SILVA MOREIRA INFLUENCIA DA TÉCNICA DE POLIMERIZAÇÃO POR ENERGIA DE MICROONDAS PARA PRÓTESE TOTAL NAS PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS DAS RESINAS ACRÍLICAS Manaus 2012

ABELARDO DA SILVA MOREIRA INFLUENCIA DA TÉCNICA DE POLIMERIZAÇÃO POR ENERGIA DE MICROONDAS PARA PRÓTESE TOTAL NAS PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS DAS RESINAS ACRÍLICAS Monografia apresentada ao Programa de Especialização em Prótese Dentária, ICS FUNORTE/SOEBRAS Núcleo Manaus, como parte dos requisitos para obtenção do título de Especialista. Orientador: Prof. Dr. Jonas Alves de Oliveira Manaus 2012

FICHA CATALOGRÁFICA Moreira, Abelardo da Silva Influencia da Técnica de Polimerização por Energia de Microondas para prótese Total nas Propriedades Físicas e Mecânicas das Resinas Acrílicas / Abelardo da Silva Moreira - Brasil - Manaus Instituto de Ciências da Saúde FUNORTE/SOEBRAS - Núcleo Manaus, 2012. 30 de f. 30 il. Color. Orientador: Prof. Dr. Jonas Alves de Oliveira Monografia (Especialização em Prótese Dentária) - Instituto de Ciências da Saúde FUNORTE/SOEBRAS Núcleo Manaus, 2012. 1. Resinas Acrílicas. 2. Polimerização. 3. Prótese Dentaria I. Oliveira, Jonas Alves de. II. Instituto de Ciências da Saúde FUNORTE/SOEBRAS - Núcleo Manaus. Curso de Especialização em Prótese Dentária. III. Influencia da Técnica de Polimerização por Energia de Microondas para Prótese Total nas Propriedades Físicas e Mecânicas das resinas Acrílicas.

A Deus por permitir de que todas das minhas quedas sejam uma inspiração, para aprender, se levantar e erguer, com a força de meu trabalho, assim pudendo extrair de minha própria queda. A minha esposa pela atenção, compreensão, carinho e estímulo de superação. Dedicado as minhas filhas, Giselle Moreira, Gabrielle Moreira que compartilham de meu ideal, incentivando-me a prosseguir na jornada, dando-me forças para não desanimar, dividam comigo os méritos desta conquista, pois ela também lhes pertence.

AGRADECIMENTOS A meu orientador, Dr. Jonas Alves de Oliveira por procurar e dizer um elemento essencial da comunicação humana, não só com relação aos fatos e à informação, mas também e especialmente sobre a natureza e destino da pessoa humana, com respeito à sociedade e o bem comum, obrigado! A FUNORTE- Núcleo Manaus, na pessoa do Diretor de Ensino e Pós- Graduação Margareth Ishigaki, cuja dedicação, fazem parte do curso de pósgraduação na especialização em Prótese Dentaria disponibilizando uma agradável convivência dos valiosos ensinamentos obtidos na instituição. Aos amigos (as). Que compartilharem os momentos difíceis e felizes durante este percurso de especialização. Ao corpo técnico administrativo da FUNORTE por toda a colaboração direta e indireta. Aos pacientes que foram o estímulo de minha formação prática e conhecimento.

"É durante as fases de maior adversidade que surgem as grandes oportunidades de se fazer o bem a si mesmo e aos outros". (Dalai Lama).

RESUMO A larga utilização das resinas acrílicas na odontologia e principalmente em reabilitação oral protética faz a utilização de microondas como proposta para a polimerização das resinas acrílicas utilizadas como base de próteses. A polimerização por energia de microondas quanto ao mecanismo de ação desta energia nas resinas acrílicas dependerá das muflas utilizadas, aos fornos e protocolo da técnica, considerando esta energia é capaz de fornecer aquecimento de forma mais homogênea para a resina, o aumento da temperatura é rápido, é recomendada para a técnica o uso de uma mufla específica. O presente trabalho objetiva abordar o emprego de microondas na polimerização de resinas acrílicas termopolimerizáveis na confecção de próteses dentais, enfatizando seu uso dentro das possibilidades da sua indicação. Palavra chave: Resinas Acrílicas, Microondas, Prótese Dentaria.

ABSTRACT The widespread use of acrylic resins in dentistry and oral rehabilitation prosthetic mainly makes use of microwaves as a proposal for the polymerization of acrylic resins used as denture base. The polymerization by microwave energy as the mechanism of action of this energy in the acrylic resins, used will depend on the flask, the furnaces and protocol of the art, considering that energy is capable of providing more homogeneous heating of the resin for the temperature increase is fast, the technique is recommended to use a particular flask. The present work aims to address the use of microwaves in the polymerization of acrylic resins in the manufacture of dental prostheses, emphasizing their use within the scope of your indication. Keyword: Acrylic Resins, Microwave, Implant Dentistry.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 - Esquema representativo da amostra e medidas nas posições A e B... 15 Figura 2 - Pontos e segmentos a serem mensurados... 20 Figura 3 - Mensuração bidimensional dos segmentos, pelo Auto CAD R14... 20

LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Grupos, resinas, tipo e tempo de polimerização... 18 Tabela 2 - Ciclos de polimerização e respectivas resinas acrílicas... 22

LISTA DE ABREVIATURAS RAAT... Resina Acrílica Ativada Termicamente.

SUMARIO 1. INTRODUÇÃO... 11 2. PROPOSIÇÃO... 13 3. REVISÃO DA LITERATURA... 14 4. DISCUSSÃO... 25 5. CONCLUSÃO... 27 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 28

11 1 INTRODUÇÃO A resina acrílica ativada termicamente começou a ser utilizada a partir da década de 40 em substituição a materiais até então em uso, como vulcanite e baquelite, Visualizando esta necessidade futura, Nisch em 1968, foi o primeiro estudioso desta área a relatar a utilização da energia de microondas para a polimerização da resina acrílica da prótese total. Sendo atualmente o material de eleição para confecção de bases de dentaduras. Tal fato provavelmente deve-se a algumas características favoráveis deste material, como nível apropriado de biocompatibilidade, estabilidade dimensional nas temperaturas bucais, boa capacidade de polimento e estética aceitável, dentre outras (PAES-JÚNIOR et al.,1999). Fraturas em bases de resina acrílica representam um problema nas reabilitações com próteses totais. Várias pesquisas vêm sendo desenvolvidas buscando-se melhorar a resistência das resinas acrílicas, utilizando, para isso, novos métodos de processamento (BARBOSA et al., 2003). A utilização da energia de microondas na polimerização da resina acrílica é um processo que apresenta como principal vantagem à economia de tempo nos procedimentos laboratoriais para a confecção de próteses totais. No entanto, é importante que se utilizem tempos e potências adequados para que não ocorra prejuízo às propriedades físicas e mecânicas da resina acrílica (PERO et al., 2006). Muitas técnicas foram propostas com o intuito de minimizar as distorções inerentes às resinas acrílicas, mas na verdade, todos os materiais envolvidos na confecção de próteses ainda são passíveis de alterações. A utilização de microondas como proposta para a polimerização das resinas acrílicas utilizadas como base de próteses e sua relação com os materiais de revestimentos utilizados, ainda não parece totalmente esclarecida (GENNARI FILHO et al., 2003). O excesso de aquecimento gerado em altas potências no forno de microondas juntamente com a exotermia da reação de polimerização da resina acrílica pode causar porosidade indesejável nesse material. Também técnica de processamento e o tipo de polimento, nas resinas acrílicas apresentam rugosidade superficial inferior às resinas compostas, apesar de diversos trabalhos encontrarem resultados comparáveis entre a resina para base protética polimerizada convencionalmente em banho de água e a polimerizada por microondas, poucos

12 avaliaram a influência do método de polimerização ou do tipo de resina para base protética sobre a rugosidade superficial desses materiais (COMPAGNONI et al., 2005). Com a introdução da energia de microondas como uma alternativa para a polimerização das resinas acrílicas termopolimerizadas, existem algumas considerações nas propriedades de outros materiais incluídas na polimerização como os gessos pedra tipo III, como também os silicones para inclusão, que durante a polimerização em microondas são atribuídas às alterações que sofrem durante o processamento. Além desses fatores com características intrínsecas dos materiais e técnicas, existem ainda aqueles inerentes ao potencial de erros dos técnicos e dos dentistas (GENARI FILHO et al., 2003).

13 2 PROPOSIÇÃO Este estudo teve por objetivo avaliar a literatura quanto à influencia e técnica de polimerização por energia de microondas nas suas propriedades físicas e mecânicas da resina acrílicas durante o processamento das próteses totais.

14 3 REVISAO DA LITERATURA Braun, Cury, Cury (1998) tiveram como objetivo verificar as alterações dimensionais na polimerização da resina acrílica submetidas a energia do microondas, foram confeccionados 36 corpos-de-prova cilíndricos contendo no seu interior uma sela metálica divididos aleatoriamente em 3 grupos e submetidos aos seguintes processamentos: G1) resina Clássico termopolimerizada em ciclo curto; G2) resina Acron-MC polimerizada em forno de microondas por 3 minutos a 500 W; G3) resina Clássico polimerizada em forno de microondas por 3 minutos a 500 W. Após a polimerização, cada amostra foi dividida em duas partes aproximadamente iguais, sendo que uma das partes foi utilizada para a avaliação de monômero residual, enquanto a outra foi submetida aos testes de dureza e porosidade. A dosagem de monômero liberada na água durante doze dias consecutivos foi avaliada através da espectrofotometria. A dureza Knoop foi verificada nas distâncias de 50, 100, 200, 400 e 800 µm da sela metálica, e a porosidade interna e externa foi avaliada a olho nu e com auxílio de microscópio com aumento de 100X. Diante dos resultados obtidos, sugerem que o metal não interferiu com a polimerização da resina acrílica quando processada através da energia de microondas, pois foi observado que as amostras do Grupo 2 (A.MC) apresentaram os melhores resultados, diferindo significativamente do Grupo 1, concluíram que a energia de microondas pode ser utilizada para a polimerização da resina acrílica contendo sela metálica no seu interior e que as resinas acrílicas convencionais, quando polimerizadas através da energia de microondas, apresentaram maior quantidade de porosidade. Ganzarolli et al., (1999) avaliaram a influência dos destes de dois métodos de polimerização sobre a resistência de união entre os dentes artificiais e base de próteses, com as resinas acrílicas termopolimerizáveis Lucitone 550 e Acron MC, nos diferentes métodos de polimerização, onde confeccionaram 18 corpos-de-prova sendo sete em resina Lucitone 550, polimerizada em banho de água aquecida por 3 horas (Técnica modificada de Tuckfield); e 07 em resina Acron MC polimerizada em forno de microondas à 900W durante 03 minutos. Os resultados indicaram que a força (Kg) média necessária para provocar a falha entre os dentes e a resina Lucitone 550 foi de 66,58 (±19,93) e entre os dentes e a resina Acron MC foi de 51,73 (±11,91); valores estes que submetidos ao teste t de Student para amostras

15 pareadas não apresentaram diferenças significantes. Puderam concluir que o método de polimerização não influenciou a resistência de união entre dentes artificiais e resina acrílica para base de próteses. Paes Junior, Marchini, Kimpara (1999) tiveram como objetivo investigar a formação de porosidades em corpos de prova de resina acrílica ativada termicamente (RAAT), em função das variáveis ciclos de polimerização (banho de água quente convencional e por energia de microondas) e tempo de prensagem. A metodologia empregada consistiu da confecção de cubos de cera 7 com 2 cm de aresta num total de 36 cubos, que foram divididos em dois grupos de 18, sendo um grupo destinado á polimerização pela técnica convencional em ciclo longo, utilizando-se da resina incolor de polimerização térmica marca Clássico e o outro em microondas. Os resultados demonstraram que o ciclo convencional possibilitou a obtenção de corpos de prova de qualidade superior aos polimerizados em microondas, e que a prensagem após 24 horas de descanso mostrou valores menores de porosidades para ambas as técnicas, sendo que de todos os ciclos utilizados, o que apresentou menor ocorrência de bolhas foi o convencional com polimerização após 24 horas da prensagem. Braun et al. (2000) propuseram neste estudo compararam as alterações dimensionais de 3 resinas para bases de próteses quando submetidas à três ciclos de polimerização: A- longo; B- curto; C- energia de microondas, quando inmersas em agua destilada por um período de trinta dias. Os corpos-de-prova foram confeccionados a partir da inclusão de matrizes de aço com as dimensões de 65,0 x 10,0 x 3,0 mm em gesso-pedra tipo III. Estas matrizes possuíam marcas iguais em três pontos equidistantes (Figura 1) que permitiriam as mensurações para a determinação da presença ou não das alterações dimensionais. Figura 1- esquema representativo da amostra e medidas nas posições A e B. Fonte: Braun et al. (2000).

16 1) Ciclo 1: 12 horas em polimerizadora automática a temperatura de 73ºC ± 2 C 2) Ciclo 2: 90 minutos a temperatura de 65 ± 3 C e 90 minutos a aproximadamente 100 C. 3) Ciclo 3: 3 minutos a 500 W em forno de microondas. As resinas usadas foram Clássico, Lucitone 550 e Acron MC. As resinas Clássico e Lucitone 550 foram submetidas aos três ciclos, enquanto a resina Acron-MC somente ao ciclo 3. Foram confeccionados 21 corpos-de-prova para cada combinação resina/ciclo de polimerização e que foram submetidos a 3 leituras para cada posição (A e B), com o auxílio do microscópio de mensuração (precisão de 0,001 mm), imediatamente após a polimerização e depois do período de imersão em água por 30 dias. Os resultados a interação entre as resinas acrílicas utilizadas e os ciclos de polimerização não diferiram estatisticamente para as posições A e B. No entanto, para o fator resina, a Lucitone 550 diferiu significantemente da resina Clássico (p < 0,05), apresentando maior alteração dimensional na posição A. Com relação à interação resina acrílica e ciclo de polimerização para a posição B, independente do ciclo utilizado não houve diferença significativa (p > 0,05) para as resinas Clássico e Lucitone 550, concluíram que todas as resinas acrílicas apresentaram alteração dimensional quando submetidas à imersão em água, independente do ciclo de polimerização a que tenham sido submetidas. Goiato et al. (2000) avaliaram a alteração dimensional e ocorrência ou não de porosidades nas resinas acrílicas de quatro tipos entre elas Clássico, QC 20, Vipi Dent e clássico Onda Cryl. Os métodos de polimerização variaram entre convencionais, energia de micro-ondas e polimento químico. Todas as resinas para base de dentadura analisadas, independente do método de polimerização e presença o não de polimento químico apresentaram alteração dimensional linear negativa (contração) e ausência de porosidades. Utilizaram muflas metálicas divididas em três grupos, incluídas resinas termopolimerizáveis Clássico, QC 20, e Vipi Dent seguindo ciclo de polimerização convencional. Já as muflas para microondas foram divididas em quatro grupos as mesmas resinas mais a resina Clássico Onda Cryl, própria para acrilização por microondas. Depois de polimerizadas segundo o fabricante, foram desincluídas e cada grupo dividido em dois subgrupos, um grupo submetido a polimento químico através de imersão e o outro grupo ficou ausente de qualquer tipo de polimento. A presença de porosidades foi analisada por uma lupa estereoscópica Carl Zeiss (Alemanha) aumento de 16

17 vezes. Não encontraram porosidades nas amostras das resinas acrilicas independente do método de polimerização e observaram que a alteração dimensional linear e negativa das resinas acrílicas Clássico, Vipi Dent e QC 20 polimerizadas pelo método convencional e as resinas polimerizadas por microondas estatisticamente e insignificante. Já na utilização do polimento químico não carretaram diferenças estatísticas. Neisser, Olivieri em (2001) avaliaram a resistência ao impacto e dureza de resinas acrílicas termicamente ativadas para base de prótese total, quando polimerizadas em banho de água quente e por energia de microondas (quadro 1). Foram confeccionados 5 corpos-de-prova retangulares de cada condição utilizando as resinas Clássico e Lucitone com diferentes ciclos de polimerização, em agua, e as resinas QC 20 e Acron (para microondas). O grupo da resina Acron apresentaram os maiores valores de resistência ao impacto e o da resina QC 20, os menores. Os demais grupos não apresentaram diferenças estatisticamente significantes. Os grupos das resinas Lucitone e Acron apresentaram os maiores valores de dureza Knoop e o da QC 20, os menores, os demais grupos não apresentaram diferenças estatisticamente significantes. Para o ensaio de dureza de superfície foram utilizados cinco corpos-de-prova para cada material e para cada ciclo de polimerização, que foram incluídos em resina à base de poliéster (Resopol T 208). Foram efetuadas as medidas de dureza Knoop em um aparelho Durimet (Leitz Wetzlar), usando carga de 50 gramas e 30 segundos de tempo para cada penetração, num total de cinco penetrações para cada corpo-de-prova. Puderam concluir que a resina Acron (microondas) apresentou os melhores resultados frente às propriedades físicas estudadas e a resina QC 20.

18 Quadro 1 - Grupos, resinas, tipo e tempo de polimerização. GRUPO RESINAS TIPOS E TEMPOS DE POLIMERIZAÇÃO 1 clássico Agua Aquecida a 74 C 540 minutos 2 lucitone Agua Aquecida a 74 C 540 minutos 3 clássico Agua Aquecida a 100 C 30 minutos 4 lucitone Agua Aquecida a 100 C 30 minutos 5 clássico Agua Aquecida fogo baixo - 30 minutos Fogo alto 30 minutos 6 lucitone Agua Aquecida fogo baixo - 30 minutos Fogo alto 30 minutos 7 QC - 20 Agua Aquecida a 100 C 20 minutos 8 Acron MC Microondas 800W 3 minutos Fonte: Neisser & Olivieri, em 2001. Barbosa et al. (2003) avaliaram a influência de dois ciclos de polimerização por microondas, resistência à flexão de um tipo de resina acrílica temopolimerizavel. Para isso, três grupos foram avaliados (A, B e C), utilizaram para todas as resinas acrílicas termopolimerizável convencional Clássico. Os grupos A e B foram polimerizados no forno de microondas Continental, modelo AW-30 com prato giratório (Bosh Eletrodomésticos). Já o Grupo C foi utilizado como controle e a resina acrílica Clássico foi polimerizada em banho de água quente em uma polimerizada automática (Termotron P-100, Termotron Equipamentos). a polimerizaçãodos ciclos foram Grupo A) 3 minutos a 500W e Grupo B) pré-polimerização com a mufla posicionada verticalmente por 13 minutos a 90W e polimerização final por 90 segundos a 500W com a mufla na horizontal. O Grupo C foi polimerizado em banho de água quente por 9 horas a 74ºC e utilizado como controle nessa pesquisa. A análise de variância mostrou diferença significativa entre os grupos avaliados, sendo esta evidenciada entre os grupos A e C através do teste de Tuckey (p<0,05), concluíram, dessa forma, que a resina acrílica termopolimerizável convencional Clássico pôde ser polimerizada pela energia de microondas, sem prejuízo à propriedade mecânica avaliada. Damião et al. (2003) foram avaliar as alterações na dimensão vertical de oclusão de prótese total, devido à movimentação dos dentes artificiais, decorrente do processo de polimerização, comparando o uso de mufla específica para microondas e a mufla HH (mufla bimaxilar) com a técnica convencional. Foram utilizados cinco pares de PT acrilizadas por microondas e cinco pares com a mufla

19 HH. Obtiveram a média total das diferenças medidas entre as fases cera e acrilizada, igual a 0,4258 mm para as PT confeccionadas por microondas e 0,0025 mm para as confeccionadas com a mufla HH. Sendo assim, analisados os resultados obtidos das mensurações executadas neste trabalho experimental, confirmando um ganho da DVO ocorrida devido à movimentação de elementos dentais, recomendando uma correta montagem das prteses totais, em articuladores semi-ajustáveis, a fim de retificar parte destas alterações oclusais e, ainda, sugerir novos estudos para minimizá-las. Concluíram que ambas as técnicas levaram a alterações dimensionais das PT com o aumento na DVO e a mufla HH pode ser considerada um fator minimizador dessas alterações, porém aceitável dentro de padrões clínicos. Gennari Filho et al. (2003) avaliaram comparativamente, a modificação da posição relativa dos dentes artificiais durante o processamento de dentaduras superiores, quando a inclusão com gesso pedra tipo III isoladamente, com barreira de silicone e com barreira de gesso especial tipo IV, submetidas à polimerização por microondas. Confeccionaram 18 exemplares de uma prótese total superior, divididas em três grupos de seis espécimes de acordo com o tipo de inclusão; com gesso tipo III, com muralha de silicone e com muralha de gesso tipo IV. As medidas entre os pontos foram realizadas após a digitalização das mesmas, exportadas para um programa específico (Auto Cad R14), para análise (Figura 2). A inclusão das dentaduras enceradas com os diferentes materiais, seguida pela polimerização por microondas (3 minutos. em 40% da potência + 4 min. Em repouso + 3 minutos. em 90% da potência, considerando a potência máxima de 800 watts), permitiu a comparação entre a fase encerada e a fase polimerizada e a observação do comportamento dos materiais de inclusão e seus reflexos na posição dos dentes artificiais assim mostraram, uma evidente diferença significante entre as técnicas propostas. Concluíram assim que todas as amostras sofreram alterações em maior ou menor grau. O grupo T1 (inclusão com gesso pedra) apresentou maiores distorções quando comparado ao T2 (muralha de silicone) e T3 (muralha de gesso especial). E a região posterior (triângulo ABF) das amostras foi a que sofreu maiores distorções, (Figura 1).

20 Figura 2 - Pontos e segmentos a serem mensurados. Fonte: Gennari Filho et al., (2003). Figura 3 - Mensuração bidimensional dos segmentos, pelo AutoCAD R14. Fonte: Gennari Filho et al., (2003). Botega et al. (2004) neste estudo determinaram os tempos necessários para a polimerização padrão de uma resina acrílica em microondas, utilizando várias muflas simultaneamente. As amostras foram confeccionadas em resina acrílica Acron. As mensurações foram realizadas em quatro grupos (24 amostras cada): G1 - uma mufla no forno de microondas (controle); G2 - duas muflas no forno de microondas; G3 - quatro muflas no forno de microondas; e G4 - seis muflas no forno de microondas, respectivamente. Inicialmente, o mesmo protocolo de polimerização foi utilizado para todos os grupos: 3 minutos a 450 W. Os tempos necessários para a polimerização da resina Acron MC foram: 4,5 minutos para duas muflas; 8,5 minutos

21 para quatro muflas e 13 minutos para seis muflas. De acordo com os resultados, a polimerização de resina em microondas, utilizando mais de uma mufla no forno, é um procedimento viável, desde que os tempos de polimerização sejam ajustados. Os resultados indicaram que o grupo 2 apresentarem quantidades de monómero de libertação semelhantes aos valores do grupo de controle, mas os níveis de monómero nos Grupos 3 e 4 foram maiores. Por esta razão, os grupos 3 e 4 receberam a irradiação por 7 e 10 minutos, respectivamente, sempre com 450 W de potência (terceira fase). Os resultados desta terceira fase mostraram que os grupos 3 e 4 não atingiram os valores de libertação de monómero semelhante aos valores do grupo de controle. Finalmente, os Grupos 3 e 4 receberam irradiação de 8,5 e 13,0 minutos, respectivamente, sempre com 450 W de potência (quarta fase). Concluiram que o número de muflas no interior do forno de microondas não interfere com a polimerização da resina acrílica, se o tempo de polimerização é ajustado para o número de frascos com ajuste de potência a 450 W, 4,5 minutos são necessários para a polimerização completa de dois frascos, 8,5 minutos para 4 frascos, e 13 minutos para 6 frascos. Compagnoni et al. (2005) avaliaram a influência de diferentes ciclos de polimerização por meio da energia de microondas sobre a rugosidade superficial de uma resina acrílica para base protética específica para esse método de polimerização. Os espécimes de resina (n = 50) foram divididos em cinco grupos, de acordo com o ciclo de polimerização (Tabela 4): Grupo A (Onda-Cryl, ciclo curto em microondas); Grupo B (Onda-Cryl, ciclo longo em microondas); Grupo C (Onda-Cryl, ciclo recomendado pelo fabricante); Grupo T (Clássico, resina termopolimerizável, ciclo em banho de água quente) e Grupo Q (Jet resina autopolimerizável, ciclo sob pressão). A média da rugosidade (Ra) foi registrada em cinco locais sobre a superfície de cada espécime por meio de um rugosímetro com precisão de 0,01 μm. A avaliação dos dados foi efetuada pela análise de variância de um fator (α = 0,05), complementada pelo teste de Tukey HSD. As médias, em μm, e os desvios padrão para cada grupo foram: A = 0,11 ± 0,02; B = 0,12 ± 0,03; C = 0,14 ± 0,02, T = 0,12 ± 0,02 e Q = 0,14 ± 0,02. Nos resultados indicaram que o Grupo A possibilitou uma superfície menos rugosa. Os Grupos B e T foram semelhante aos demais, o que indica que esses apresentaram resultados intermediários. Por fim, os Grupos C e Q resultaram em

22 superfícies mais rugosas, apesar de diferenças significativas serem observadas apenas em relação ao Grupo A, concluíram que o ciclo de polimerização por meio da energia de micro-ondas interfere na rugosidade da superfície da resina acrílica para base protética avaliada. Tabela 2 - Ciclos de polimerização e respectivas resinas acrílicas ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Ciclo de Polimerização Resina Acrílica Fabricante ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Ciclo A 3 min. a 500 W Onda-Cryl Artigos Odontológicos Clássicos Ciclo B 13 min. a 90 W (mufla vertical) + 90 seg. a 500 W (mufla horizontal) Ciclo C 3 min. a 320 W + 4 min. 0 W + 3 min. a 720 W* Onda-Cryl Onda-Cryl Ltda São Paulo SP. Artigos Odontológicos Clássicos Ltda São Paulo - SP Artigos Odontológicos Clássicos Ltda São Paulo - SP Ciclo T 9 horas à 74 C Clássico Artigos Odontológicos Clássicos Ciclo Q 2 bar por 15 min. a 45 C Jet *Ciclo proposto pelo fabricante da resina acrílica Onda-Cryl Ltda São Paulo - SP Artigos Odontológicos Clássicos Ltda São Paulo - SP ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- Fonte: Compagnoni et al., 2005. Goiato et al. (2005) avaliaram duas marcas de resinas termopolimerizáveis por microondas e duas marcas comerciais de silicone para inclusão no padrão oclusal de próteses totais superiores, após a demuflagem e após a separação do modelo, pelo método de computação gráfica. Foram confeccionadas quarenta próteses totais superiores, divididas em quatro grupos com dez espécimes cada, de acordo com o tipo de resina para inclusão (Vipwave; Ondacryl) e o tipo de silicone (Zetalabor; Vip-sil) utilizado no revestimento. Os resultados permitiram concluir que: Todos os grupos estudados sofreram alterações com um comportamento semelhante, quando se avaliou a contração de polimerização após a demuflagem, não encontrando diferenças entre os grupos (p<0,05). A separação do modelo da prótese apontou para o grupo T1 (resina Vipwave e silicone Zetalabor) alterações significantemente (p<0,05) inferiores. O conjunto das alterações, após a demuflagem

23 e após a separação, refletiu em um deslocamento significantemente menor para o grupo T2 (resina Vipwave e silicone Vip-sil) em relação ao T3 (resina Ondacryl e silicone Zetalabor), embora não tenham diferido significantemente dos grupos T1 e T4 (resina Ondacryl e silicone Vip-sil). O estudo sugere que todos os materiais testados mostram-se dentro dos padrões aceitáveis para a confecção de próteses totais, não podendo descartar, clinicamente, a remontagem das próteses no articulador, após o seu processamento, para que se realize um bom ajuste oclusal, principalmente na região dos dentes posteriores. Neppelenbroek et al., (2006) realizaram um estudo avaliando a efetividade da irradiação por microondas na desinfecção de microorganismos patogênicos presentes em duas resinas acrílicas rígidas para reembasamento para base de proteses (Duraliner II-D e New Truliner-N) e uma resina acrílica termopolimerizável para base de prótese (Lucitone 550-L). 276 corpos-de-prova foram confeccionados e esterilizados por óxido de etileno, individualmente inoculados com 107 cfu.ml-1 de cada microorganismo patogênico testado (C.albicans-Ca, S. aureus-sa, B. subtilis- Bs e P. aeruginosa-pa). Após 48 horas de incubação a 37 C, 40 corpos-de-prova de cada material foram imersos em 200 ml de água e irradiados a 650 W por 6 minutos e 40 corpos-de-prova não foram irradiados (controle positivo). Após o período de incubação, os números de ufc.ml-1 referentes às colônias viáveis foram transformados em logaritmo na base 10 e submetidos ao teste de Kruskal-Wallis (α = 0,05). A análise em MEV indicou alteração na colônia e na morfologia dos microrganismos após irradiação. A irradiação por microondas por 6 minutos a 650 W foi efetiva ao esterilizar os três materiais avaliados. Pero et al. (2006) verificaram a presença de poros em diferentes regiões de bases protéticas processadas em três ciclos de polimerização por meio de energia de microondas. Após o seu processamento, as bases foram seccionadas transversalmente em três regiões (anterior, média e posterior) e em cada região três áreas foram analisadas. Nenhuma diferença significativa na porosidade foi encontrada em relação às regiões analisadas nas bases polimerizadas nos ciclos em microondas. Ainda, a quantidade de poros nas bases polimerizadas em microondas foi semelhante para as bases polimerizadas pelo método convencional, independente da região analisada. Concluíram que os diferentes ciclos de polimerização estudados produziram efeitos semelhantes sobre a presença de poros na resina acrílica avaliada, independente da região da base protética.

24 Silva et al. (2011) avaliaram o efeito do tratamento por energia de microondas sobre as propriedades mecânicas de uma resina acrílica de ativação química quanto a sua resistência à flexão e microdureza. Foram confeccionados 24 corposde-prova separados em quatro grupos de acordo com o ciclo de tratamento por energia de microondas. O G1 (controle) não recebeu tratamento algum. Os grupos G2, G3 e G4 foram imersos em 200ml de água destilada e irradiados em microondas a 650W durante 5, 3 e 1 minuto, respectivamente. Cada grupo (n=6) foi submetido ao ensaio de resistência à flexão de três pontos e ao teste de microdureza Vickers (após 48 horas de armazenamento). Concluíram que o tratamento por energia de microondas aumentou a resistência à flexão nos grupos G3 e G4, quando comparados aos grupos G1 e G2, sendo que o ciclo de 1 minuto a 650W foi que apresentou maiores valores de resistência de flexão e reduziu a microdureza da resina acrílica. O tratamento por energia de micro-ondas mostrou estatisticamente diminuição de valores quanto à microdureza, sendo o grupo GI o que apresentou valores mais altos para esta propriedade.

25 4 DISCUSSÃO A resina acrílica ativada termicamente começou a ser utilizada com algumas características favoráveis deste material, como nível apropriado de biocompatibilidade, estabilidade dimensional nas temperaturas bucais, boa capacidade de polimento e estética aceitável, dentre outras, Paes Junior et al. (1999). A utilização da irradiação por microondas foi proposta inicialmente para a avaliação de seu efeito na desinfecção de resinas acrílicas contaminadas com microrganismos patogênicos, Neppelenbroek et al. (2006). As resinas para base de dentadura Clássica, QC 20, Vipi Dent e Clássico Onda Cryl, independente do método de polimerização e presença ou não de polimento químico apresentaram alteração linear negativa (contração), Goiato et al. (2000). Corroborando com as afirmações indicaram que todas as resinas acrílicas apresentaram alteração dimensional quando submetidas à imersão em água, independente do ciclo de polimerização a que tenham sido submetidas, Braun et al., (2000), assim também podem sofrer alterações em diferentes magnitudes, como alteração na posição dos dentes artificiai, Genari filho et al. (2003), como também na alteração de DVO devido a movimentação dos dentes artificiais, Damião et at. (2003). A resina acrílica tem sido amplamente utilizada na Odontologia em confecções de aparelhos ortodônticos, bases para próteses totais e parciais removíveis, e em restaurações provisórias. A ativação deste material promove a conversão de monômero (MMA) em polímero (PMMA), Silva et al. (2011). Portanto a porosidade na resina acrílica (RA) é atribuída a uma série de fatores e pode interferir nas propriedades deste material e na estética das bases protéticas, Pero et al., (2006). Também é de suma importância e compromete o tempo de uso e a resistência, Goiato et al. (2000), e a polimerização através de energia de microondas permite uma união eficaz entre dentes artificiais e resina acrílica para bases de próteses, Ganzarolli et al. (1999). Portanto não existiu diferença estatisticamente significante entre a rugosidade superficial da resina acrílica polimerizada nos diferentes ciclos por meio da energia de microondas, Conpagnoni et al. (2005). As resinas acrílicas dentais foram lançadas no mercado por volta de 1938, substituindo a borracha vulcanizada, que apresentava propriedades físicas e mecânicas satisfatórias, mas não oferecia estética às próteses. Além de possuir

26 melhor estética, as resinas acrílicas apresentam maior facilidade de processamento e reparo, Ganzarolli et al. (1999). Porosidades podem interferir nas propriedades deste material e na estética das bases protéticas, Pero et al. (2006).

27 CONCLUSÃO De acordo com os artigos pesquisados podemos concluir: As resinas acrílicas termopolimerizáveis apresentaram alteração física estatisticamente insignificante sendo submetidas à imersão em água ou por microondas e independente do ciclo de polimerização a que tenham sido submetidas. Os ciclos de polimerização das resinas acrílicas que empregam a energia de micro-ondas na ativação do material tem aplicação consagrada pela literatura mostrando sua efetividade também quanto à desinfecção e esterilização de peças protéticas

28 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARBOSA, D.B.; SOUZA, R.F.; LUCAS, M.G.; LELES, C.R.; COMPAGNONI, M.A. Resistência à flexão de resina acrílica polimerizada pela energia de microondas, Cienc Odontol Bras, v.6, n.2, p.72-79, abr/jun., 2003. BOTEGA, D.M.; MACHADO, T.S.; MELLO, J.A.N.; GARCIA, R.C.M.R.; DEL BEL CURY. A.A. Tempo de polimerização de resina acrílica em microondas, utilizando múltiplas muflas. Braz Oral Res, v.18, n.1, p.23-28, 2004. BRAUN, K.O.; RODRIGUES GARCIA, R.C.M.; RIZZATTI-BARBOSA, C.M. DEL BEL CURY, A.A. Alteração dimensional linear de resinas para bases de próteses polimerizadas com micro-ondas. Pesqui Odontol Bras, v.14, n.3, p.278-282, jul./set. 2000. BRAUN, K.O.; DEL BEL CURY, A.A.; CURY, J. A. Avaliação in vitro da efetividade de polimerização da resina acrílica dental ativada através de energia de microondas, quando em contato com metal. Rev Odontol Univ São Paulo, v.12, n. 2, p.173-180, abr./jun., 1998. COMPAGNONI, M.A.; BARBOSA, D.B.; SOUZA, R.F.; PERO, A.C. Efeito do ciclo de polimerização sobre a rugosidade superficial de resina acrílica polimerizada por microondas. Revista de Odontologia da UNESP, v.34, n.2, p.101-106, 2005. DAMIÃO, C.F.; CUNHA, V.P.P.; NEISSER, M.P.; RODE, S.M. Estudo do deslocamento de dentes artificiais frente à alteração dimensional de base de resina acrílica polimerizada por microondas. Rev. biociênc., v.9, n.1, p.69-75, jan/mar., 2003. GANZAROLLI, S. M.; RACHED,R.N.; GARCIA,R.M.R.; DEL BEL CURY, A. Resistência de união entre dentes artificiais e bases de próteses polimerizadas com microondas. Pós-Grad. Rev. Fac. Odontol. v.2, n.2, p., Jul/dez., 1999.

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