Trilha 4 Diversidade e Conteúdo Matriz GERAL de sistematização



Documentos relacionados
Trilha 4 Como estimular conteúdos e plataformas nacionais na rede mundial

Síntese dos debates ocorridos nos fóruns anteriores relacionados ao tema. Inovação e Empreendedorismo. Data: 02/04/2014 Versão 1.0

Sheet1. Criação de uma rede formada por tvs e rádios comunitárias, para acesso aos conteúdos

PLANO SETORIAL DE DANÇA. DOCUMENTO BASE: Secretaria de Políticas Culturais - SPC Fundação Nacional de Artes FUNARTE Câmaras Setoriais de Dança

O Projeto Casa Brasil de inclusão digital e social

Trilha 3 Banda larga no Brasil e inclusão digital: o que fazer?

Carta para a Preservação do Patrimônio Arquivístico Digital Preservar para garantir o acesso

Ministério da Educação Secretaria de Educação Básica Diretoria de Formulação de Conteúdos Educacionais Programa Nacional de Tecnologia Educacional

FORMAÇÃO DA CIDADANIA OBJETIVOS E METAS

CADERNO DE RESULTADOS

Realização de rodas de conversa e de troca de conhecimento para intercâmbio do que foi desenvolvido e produzido.

Leitura do relatório sintético das trilhas elaborado pela Comissão de Sistematização e Relatores

TEXTO BASE PARA UM POLÍTICA NACIONAL NO ÂMBITO DA EDUCAÇÃO PATRIMONIAL

Diretrizes: 1. Cumprir as metas do Compromisso Todos Pela Educação- TPE

ANEXO 1 - QUESTIONÁRIO

Orientações sobre a realização das Conferências de Assistência Social/ 2015

ANEXO I. PROJETO DE LONGA DURAÇÃO

Política Nacional de Participação Social

Capacitação Gerencial PST

Redes sociais no Terceiro Setor

O direito à tecnologia da informação: perspectivas e desafios. Prof. José Carlos Vaz EACH-USP

PROJETO CIDADE DIGITAL. CIDADE ONLINE e Internet para todos

Ministério do Desenvolvimento Agrário Secretaria de Desenvolvimento Territorial. Sistema de Gestão Estratégica. Documento de Referência

EIXO I - IMPLEMENTAÇÃO DO SISTEMA NACIONAL DE CULTURA

PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA e AÇÕES DO PACTO

Eixo 3: Distribuição de Conteúdos

Resoluções sobre Financiamento das três edições da Conferência Nacional do Esporte

CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO ELEMENTOS PARA O NOVO PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO


Panorama da EPT. Fonte: Manpower/BBC

Ministério das Comunicações. Secretaria de Inclusão Digital

Faço saber que a Assembléia Legislativa do Estado do Tocantins decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

total

Trilha I Desafios da Inclusão Digital

CULTURA OBJETIVOS E METAS

Secretaria de Ciência e Tecnologia para a Inclusão o Social. Institutos Federais. Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social - SECIS

COMISSÃO DIRETORA PARECER Nº 522, DE 2014

A construção da. Base Nacional Comum. para garantir. Direitos e Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento

Regulamentação da Internet e seus impactos nos modelos de negócio

Telecom Social. Responsabilidade Social Corporativa: Inclusão Social pela Inclusão Digital

O Portal de Periódicos da Capes Katyusha Madureira Loures de Souza Novembro de 2014

CADERNO DE ORIENTAÇÃO DIDÁTICA PARA INFORMÁTICA EDUCATIVA: PRODUÇÃO COLABORATIVA VIA INTERNET

PLANO ESTADUAL DE CULTURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO PLANO SETORIAL DO LIVRO E LEITURA

Fundação Itaú Social. Por uma educação integral,

Governo do Estado do Rio Grande do Sul Secretaria da Educação Secretaria do Meio Ambiente Órgão Gestor da Política Estadual de Educação Ambiental

1. Apresentação. 2. Pontos Fixos de Comercialização Solidária

34 respostas. Resumo. 1. Qual sua principal ocupação ou vínculo institucional? 2. Como tomou conhecimento desta oficina? 1 of :22

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Que acontece quando se solta uma mola comprimida, quando se liberta um pássaro, quando se abrem as comportas de uma represa? Veremos...

e construção do conhecimento em educação popular e o processo de participação em ações coletivas, tendo a cidadania como objetivo principal.

INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA A AGRICULTURA TERMO DE REFERÊNCIA CONS CUL Vaga

RESULTADOS FINAIS DO ENCONTRO NACIONAL - ÁREA MEIO - ESTRATÉGIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO

DIÁLOGOS SOBRE O DIREITO HUMANO À ALIMENTAÇÃO NO BRASIL. (Pesquisa qualitativa -- RESUMO)

ANÁLISE DOS ASPECTOS TEÓRICO METODOLÓGICOS DO CURSO DE FORMAÇÃO CONTINUADA DE CONSELHEIROS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO

PPA PLANO DE DESENVOLVIMENTO ESTRATÉGICO PROGRAMA ESCOLA DO LEGISLATIVO

Organização dos Estados Ibero-americanos. Para a Educação, a Ciência e a Cultura

MESTRADO EM MEMÓRIA SOCIAL E BENS CULTURAIS. 1.1 Matriz Curricular Disciplinas obrigatórias

PROPOSTAS DO III SEMINARIO SUL BRASILEIRO DE AGRICULTURA SUSTENTÁVEL GRUPO DE TRABALHO PRODUÇÃO DE ALIMENTOS PARA O TURISMO RURAL

Profª.. MSc. Silvana Pimentel de Oliveira Manaus/2009

Mesa Redonda Novas agendas de atuação e os perfis profissionais em bibliotecas universitárias

PATRÍCIA NEVES RAPOSO UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

PLANO NACIONAL DE DANÇA

POLÍTICAS PÚBLICAS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E

Promover um ambiente de trabalho inclusivo que ofereça igualdade de oportunidades;

REFORMA UNIVERSITÁRIA: contribuições da FENAJ, FNPJ e SBPJor. Brasília, outubro de 2004

Fabiola Rizzo Sanchez José Carlos Balbino Rosa Eliane Aparecida Souza Cruz Gildete de Oliveira Batista

Instituto de Educação

EDITAL PRÊMIO GUNGA IDENTIDADE E CULTURA

V CINFORM Encontro Nacional de Ciência da Informação. Política de Informação Pública

Tecnologia nos Municípios Brasileiros

Trilha IV Internet e Direitos Humanos

TRIBUTAÇÃO NA NUVEM. Tax Friday 21 de outubro de 2011 AMCHAM - RJ

PROJETO PONTO DE CULTURA FAZENDO ARTE 1

Ministério da Cultura

Sustentabilidade nas instituições financeiras Os novos horizontes da responsabilidade socioambiental

2 Oferta de cursos técnicos e superiores por eixo tecnológico, por Campus. Taxa de ingresso nos cursos técnicos na forma de oferta, por Campus

Gestão da informação científica e repositórios institucionais de acesso aberto Fernando César Lima Leite fernandoc@unb.br

Eixos Programa de longo prazo e impacto geracional Rede Cooperação horizontal 1º, 2º e 3º setores Território Criativo - Setor Cultural Estruturante

Formação de Recursos Humanos na área de fármacos e medicamentos

LEI Nº , de 17 de novembro de Dispõe sobre a Política Estadual de Educação Ambiental - PEEA - e adota outras providências.

PLANO DE TRABALHO GT PESQUISA VIVA:

POLÍTICA DE ENSINO DA FISMA

Duração: 8 meses Carga Horária: 360 horas. Os cursos de Pós-Graduação estão estruturados de acordo com as exigências da Resolução CNE/CES nº 01/2007.

Composição Orçamentária ISAGS 2015(*) Natureza Valor Anual (US$) Porcentagem (%) Projetos ,97 35,48% Pessoal 822.

EIXO III CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA INSTITUIÇÃO E DE CADA UM DE SEUS CURSOS

POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE

Dias 12 e 13 de fevereiro de 2014 João Pessoa - Paraíba

Rio de Janeiro Avenida General Justo, 307 CEP: Rio de Janeiro PABX (21)

NÚCLEOS DE EXTENSÃO EM DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL. PARCERIA MDA / CNPq. Brasília, 13 de maio de 2014

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE SECRETARIA EXECUTIVA DOS CONSELHOS

UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO

EIXO DE TRABALHO 01 DIREITO A CIDADANIA, PARTICIPAÇÃO SOCIAL E POLÍTICA E A REPRESENTAÇÃO JUVENIL

LEGALIZAÇÃO DO COMPARTILHAMENTO DE ARQUIVOS DIGITAIS

EDUCAÇÃO AMBIENTAL. Meta e Estratégias. Meta

Secretaria para Assuntos Estratégicos

Artigo Publicado na revista Eletrônica Apucarana-PR, v.1, n.1, 61-66, INCLUSÃO DIGITAL

Oficina Recursos Educacionais Abertos REA. Débora Sebriam Centro Educacional Pioneiro Julho/2011

A cidade digital plena, articulada a partir da administração local. Marcos de C. Marques Pesquisador e Consultor São Paulo, 09 de Junho de 2009

Desenvolvimento de Pessoas na Administração Pública. Assembléia Legislativa do Estado de Säo Paulo 14 de outubro de 2008

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE SUPERINTENDÊNCIA DE DOCUMENTAÇÃO COORDENAÇÃO DE BIBLIOTECAS PLANO DE METAS 2013/2014

Transcrição:

Trilha 4 Diversidade e Conteúdo Matriz GERAL de sistematização coordenador: Lisandro Zambenedetti Granville relatores: Francele Cocco e Lucas Farinella Pretti A) Questões-chave SUSTENTABILIDADE DE PRODUTORES DE CONTEÚDO Como remunerar produtores independentes DIREITO À COMUNICAÇÃO, CULTURA E EDUCAÇÃO Garantir o acesso universal e público à Internet Preocupação com a educação sob a lógica da cultura digital Desenvolvimento de massa crítica para lidar com as questões contemporâneas GARANTIAS À LIBERDADE/DIVERSIDADE Reforma da Lei de Direito Autoral Continuidade das políticas públicas de cultura digital Mais representatividade para povos de culturas tradicionais e grupos sociais historicamente oprimidos Incentivo ao desenvolvimento de softwares livres e abertos 1) Principais controvérsias ou consensos - consensos É preciso incentivar o fomento e sustentabilidade de produtores de conteúdo. A Internet deve chegar com qualidade a todas as regiões do país, sem qualquer distinção de qualquer natureza, de forma universalizada e pública.

Garantir direito à liberdade de expressão e diversidade para todos os segmentos da sociedade. É necessária a reforma da Lei de Direito Autoral. É urgente repensar a gestão da propriedade intelectual considerando a cultura digital, garantindo supervisão pública do processo de arrecadação e distribuição dos direitos autorais. Incentivar novos modelos de negócios considerando a cultura digital. Mecanismos de busca, softwares e outras ferramentas da cultura digital devem considerar a história e cultura dos povos em seu processo de desenvolvimento no momento de indexação dos conteúdos. Incentivar o desenvolvimento nacional de softwares livres e abertos. Continuidade das políticas públicas iniciadas no Ministério da Cultura do governo Lula. Realizar mais oficinas de formação para jovens em cultura digital, software livre e economia solidária para potencializar o acesso, produção de conteúdo e integração regional com o global a partir das bases das comunidades. Moção de apoio à Lei Cultura Viva. Moção de apoio ao novo marco Regulatório das Comunicações, gerado pelo Fórum da Democratização da Comunicação. Fomentar mercados regionais baseados na economia solidária e em softwares livres, criando espaços de trabalho de economia criativa.

Construção de políticas públicas voltadas para a diversidade de gênero. Estimular a produção nacional de conteúdos educacionais interativos. Garantir a neutralidade da rede junto ao CGI.br.

Propostas de ação: 1) SUSTENTABILIDADE DE PRODUTORES DE CONTEÚDO Criação de fundos setoriais de estímulo à produção de conteúdo a partir de taxas pagas por provedores de acesso e empresas de telecomunicações e arrecadadas pela publicidade de videoblogs tais como YouTube e Vimeo. Fomento a plataformas que discutam tipos diferentes de licenças. Fomento à criação e à disponibilização de redes e bases de dados geridas colaborativamente para as redes de comunicação e cultura. Criação de políticas públicas que garantam o financiamento dos conteúdos voltados à divulgação de políticas de gênero. Ampliação da Lei da Informática também para desenvolvimento de softwares. Estimular o desenvolvimento de plataformas (e.g., busca Web e redes sociais) por empresas brasileiras. Estabelecer linhas de crédito para Pontos de Cultura. Criar fundos para estímulo à produção nacional de conteúdos educacionais interativos e criativos com fins didáticos. Mudança da legislação tributária de forma a incentivar a produção de conteúdo por produtores independentes. Repasse de parte das verbas de publicidade de instituições públicas para produtores independentes de conteúdo. Investimento a fundo perdido para adequação de espaços culturais independentes.

2) DIREITO À COMUNICAÇÃO, CULTURA E EDUCAÇÃO Criação e manutenção de equipamentos públicos para produção, armazenamento, documentação e distribuição de conteúdos audiovisuais, sonoros e impressos, que atendam prioritariamente povos tradicionais e comunidades com dificuldade de acesso a estes recursos, geridos por meio de conselhos paritários que envolvam o Poder Público e a Sociedade Civil. Criação de uma plataforma virtual de cadastro de mídias alternativas do país vinculada ao site do Ministério das Comunicações, legitimando estes meios de comunicação. Utilização das redes de Internet públicas federais, municipais e estaduais como base de infraestrutura para disponibilização de servidores de Internet públicos, com conselhos de gestão paritários entre Poder Público e Sociedade Civil, de modo que tal infraestrutura seja gerida colaborativamente visando à construção de redes de comunicação e cultura. Construir um framework para gerenciamento de identidade incluindo protocolo de interconectividades entre redes sociais. Melhorias no Plano Nacional de Banda Larga, de forma a deixar as mensalidades de planos de troca de dados mais acessíveis financeiramente e de maior qualidade de banda e cobertura. Abertura dos servidores e banda larga das instituições públicas de ensino para a sociedade civil. Aprovação do projeto de lei PL 1513/ 2011 REA - Recursos Educacionais Abertos: garantir licenças livres para conteúdos científicos e educacionais realizados com recursos públicos. Tirar da ilegalidade o compartilhamento de arquivos (via redes par-a-par e outras) com a criação de marco regulatório para legalização e estímulo das redes de troca e compartilhamento

de conteúdo livre, cultural, educacional, comunicacional e informacional. Incluir no sistema educacional fundamental e médio a disciplina "Leitura Crítica para a Mídia" e incentivar a formação dos educadores da rede pública de ensino nessa área. Criação de auto-selos de conteúdo segundo critérios de classificação indicativa. Convergência de ações dos programas governamentais e não governamentais de inclusão digital com os eixos estratégicos e linhas de ação do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), integrando telecentros, LAN houses, bibliotecas comunitárias, domiciliares urbanas e rurais, pontos de cultura, pontos de leitura e demais espaços de difusão cultural. 3) GARANTIAS À LIBERDADE/DIVERSIDADE Criação de um sistema público de distribuição de conteúdos produzidos pelas redes de comunicação e cultura de forma a garantir que a produção cultural financiada com dinheiro público seja exibida e distribuída de forma livre, licenciada através de licenças flexíveis e disponibilizada em acervos livres. Criar um repositório comum de metodologias que partam do reconhecimento das identidades culturais regionais, que contemplem soluções tecnológicas flexíveis de letramento digital, produção e divulgação de conteúdo, reforçando a importância da autonomia e liberdade nos processos de aprendizagem. Estabelecer cotas de gênero entre os membros do CGI.br. Apoio à Lei Cultura Viva, ao Marco Civil da Internet e ao movimento MEGA NÃO, de repúdio à Lei Azeredo. Realização de novos fóruns do CGI de forma descentralizada, em outros locais.

Obrigatoriedade (sem exclusão de outras opções) do uso e desenvolvimento em instituições de ensino públicas de software livre, em conjunto com formação apropriada. Plenária final Blogueiras feministas afirmaram a representatividade quantitativa e qualitativa das mulheres no CGI.br registrando a proposta de paridade de gênero em sua composição. Sinditelebrasil registrou não ser consensual a proposta de criação de novos fundos setoriais para recolhimento obrigatório das empresas.