Dezembro de 2016 RETROSPECTIVA O ano de 2016 foi marcado por grandes desafios, vivemos um período de enorme turbulência política onde as instituições e a jovem democracia brasileira foram testadas no seu limite. O impacto sobre a economia foi direto e a volatilidade dos ativos exigiu uma condução bastante cautelosa das carteiras de investimentos. Grandes oportunidades apareceram e sob a ótica dos investimentos, as elevadas taxas de juros permitiram a montagem de portfolio que certamente vai trazer ótimos resultados no próximo ano. Fazendo uma análise dos assuntos abordados por nós ao longo de 2016, podemos checar o que foi destaque e como a equipe de gestão se portou frente aos acontecimentos do ano. Abrimos o ano mostrando de forma quantitativa as vantagens de uma carteira diversificada em títulos de crédito privado. As elevadas taxas do momento combinadas com o spread de crédito trouxeram ótimas oportunidades. 1
Março marcou nossa análise do que poderia acontecer com o Além dos fundos de crédito que sentimos conforto em alocar, compramos alguns CRIs. A estratégia foi bastante interessante, com o fechamento das taxas ao longo do ano e a melhora do cenário, esses títulos estão com taxas muito atraentes em relação ao mercado atual. Exemplos: CRI IPCA/IGP+ % CDI Mapfre 8,21% 141% Natura 7,79% 137% BB+Caixa 8,00% 139% Atento 7,78% 137% impeachment da presidente Dilma. Buscamos nos documentos econômicos do PMDB o que seriam as diretrizes do novo Governo. Nossa conclusão foi que o caminho estava certo e os preços que já vinham apreciando poderiam melhorar ainda mais. Voltaríamos a falar sobre a importância do ajuste fiscal em Setembro. Com a consolidação do processo de impeachment em Abril, escrevemos: Mesmo acreditando que existe uma real possibilidade de sucesso na execução de políticas que restaurariam a confiança dos investidores, ainda entendemos que as taxas de juros no No mês de Fevereiro falamos sobre o FGC, base das nossas alocações em Renda Fixa. Discutimos as novas regras do fundo e assim como havíamos feito para o crédito privado, mostramos o racional estatístico de uma carteira diversificada em produtos do FGC. Essa carta tem sido muito utilizada para dar conforto aos nossos investidores. Brasil, principalmente no mercado de crédito privado são a melhor alternativa para alocação. Desta forma, entendemos que a melhor estratégia de alocação acontecerá com a migração de parte da carteira que hoje se encontra dentro da proteção do FGC para produtos com taxas mais atraentes no mercado de crédito Em Maio, nossa confiança subiu: 2
Acreditamos que existe uma boa chance do atual Governo aprovar as medidas de ajuste e retomar a confiança do mercado. Entendemos que em função das atuações do Banco Central, que já comprou quase USD 80 bilhões desde o afastamento da Presidente Dilma, a melhor relação retorno risco encontra-se no mercado de câmbio. Montamos uma operação de capital protegido de venda de dólar para vencimento em Maio de 2017 a 3,80. No dólar atual a operação está rodando a 300% do cdi. Com o aumento da nossa carteira de clientes, percebemos que o extrato cotizado muitas vezes não é de fácil compreensão para todos. A Carta de Junho busca explicar detalhadamente como ele funciona. Em Julho e Agosto falamos sobre taxa de juros, primeiro sobre a taxa de juros no Brasil e a decisão do Banco Central de mais uma vez mantê-la inalterada e depois sobre os possíveis impactos da elevação da taxa de juros nos Estados Unidos nos preços dos ativos locais. Se em relação às taxas locais estávamos céticos com o movimento de queda e esperávamos melhores momentos para aplicar, com relação aos juros americanos, entendíamos que os fatores internos seriam mais preponderantes na formação de preços. Em Setembro, nossa Carta faz alusão à de Março e relembra a importância de sanear as contas públicas para a retomada do crescimento. Explica a PEC241 que dominou o noticiário do período e faz o link entre a aprovação das medidas fiscais e as possibilidades de redução da taxa Selic: O sucesso do ajuste fiscal pode chegar no momento em que as condições para uma queda expressiva dos juros reais se apresentam. Conforme vimos acima, existe um hiato do PIB muito negativo e o desemprego atinge números muito elevados. O ciclo de alta dos preços agrícolas parece estar chegando ao seu final. A taxa de câmbio deve continuar seu processo de apreciação, uma vez que com o sucesso na aprovação das medidas o ingresso de capitas no país deve ser expressivo. Mais uma vez estamos vivendo uma oportunidade de mudarmos de patamar, caberá à sociedade cobrar e exigir dos seus representantes o dever de não estragá-la. Com o início do ciclo de queda nas taxas de juros pelo Banco Central, voltamos ao tema dos títulos pré e o funcionamento do mercado futuro de taxas de juros. 3
Embora acreditando na melhora do cenário, colocamos nossos argumentos para manter as carteiras em pós 125% e títulos de inflação (falaremos sobre a resiliência da inflação no próximo mês). No mês passado, introduzimos um elemento novo em nossas carteiras de crédito privado. Explicamos o mercado de debêntures e pontuamos fatores que nos fazem acreditar que existem boas oportunidades a serem exploradas. Pela primeira vez desde que a Ativa WM nasceu em 2012, começamos o ano com esperança de vivenciarmos tempos mais amenos no mercado. Buscaremos além da estratégia básica de proteção de capital, algumas operações que busquem assimetrias e oportunidades de ganho adicional. Feliz 2017! 4
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