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Transcrição:

1 de 5 1- Situação de Revisão: Situação Data Alteração 0.0 06/09/2010 Validação 2- Referência: 01 CCIH Higienização das Mãos 40 DE-EP Punção de Acesso Venoso Periférico 3- Em que consiste? Consiste na coleta de sangue por punção venosa periférica para que se obtenham valores corretos da situação metabólica do paciente, no que se refere às taxas de componentes sanguíneos. Locais de preferência: Veias intermediárias cefálicas e basílicas em adultos e crianças maiores e veias jugulares e femorais. Existe uma infinidade de exames de sangue, cada um com a sua finalidade específica, os quais são realizados com técnicas também diferentes, algumas mais simples, outras mais complexas, mais antigas ou mais modernas, como exemplos, temos: hemograma, hematócrito, eletroforeses de hemoglobina e proteínas, glicemia, triglicerídeos, ácido úrico, toxoplasmose, citomegalovírus, eletrólitos, etc. 4- Por que fazer? Para auxiliar no diagnóstico e/ou determinar o agente infeccioso para direcionar o tratamento. O exame de sangue é muito utilizado, pois através de coletas adequadas, podemos fazer uma rica e rápida avaliação em estados normais ou de emergência, contando-se ainda com a vantagem que pode se obter o material, através de uma punção em uma das veias. Elaborado por: Validado por: Revisado por: Enfª Márcia C. de A. Pires Enfª Maria Lucia Simas Enf Luiz Henrique F. da Silva Enfª Vitória Regina Souza Pinto

2 de 5 5- Quem deverá fazer? Enfermeiros Técnicos de Enfermagem 6- Quando deverá fazer? Normalmente, na rotina, os exames são colhidos pela manhã, no inicio do plantão. Nem todos os exames necessitam de jejum. O tempo de jejum requerido pode variar entre diversos exames, sendo de 4 horas para boa parte dos exames, de 8 horas para alguns e de 12 a 14 horas para triglicérides e frações de colesterol. Exames como hemograma, por exemplo, não requerem jejum. Um tempo de jejum muito prolongado (superior a 14 horas) também causa variações nos exames. 7- Como fazer? Material: Cuba rim Bolas de algodão Álcool a 70% Seringas de 5, 10 ou 20 ml Agulhas 25 x8 ou 25 x7 ou agulha com trava de segurança Scalp numeração variada ou scalp com acionamento automático Luva de procedimentos Tubos estéreis de coleta específicos para cada exame Desenvolvimento do Processo: Explicar o procedimento ao paciente e acompanhante, Lavar as mãos; Identificar o frasco de coleta com: nome, leito, número do prontuário, unidade de internação, data e hora;

3 de 5 Verificar se o paciente encontra-se em jejum, quando este for necessário; Levar o material até ao paciente; Colocar luvas de procedimentos Retirar a agulha da embalagem estéril e acoplar à seringa estéril, deixando na própria embalagem estéril pronta para ser usada; Posicionar o braço do paciente, inclinando-o para baixo, na altura do ombro; Colocar o garrote, se ele for usado para seleção preliminar da veia, pedir para o paciente abrir e fechar a mão várias vezes para facilitar a visualização da veia; Afrouxar o garrote e esperar 2 minutos para utilizá-lo novamente Pela inspeção e palpação determinar a veia a ser puncionada, que deve ser calibrosa e firme; Fazer a assepsia da pele sobre a veia a ser selecionada, com álcool a 70% de forma circular, de dentro para fora; Deixar a pele secar e não tocar o local a ser puncionado Garrotear o braço do paciente; Pedir ao paciente para ficar com a mão fechada Pegar a seringa, retirar a proteção da agulha, colocar o dedo sobre o mandril da agulha, para guiá-la durante a introdução na veia; Fazer a punção numa angulação oblíqua de 30, com o bisel da agulha voltado para cima, Puxar lentamente o êmbolo, quando o sangue fluir espontaneamente para dentro da seringa, verificar se a agulha está na veia e, em seguida retirar o sangue necessário; Soltar o garrote, Retirar a agulha da veia do paciente Exercer pressão no local da punção com algodão seco, por 1 a 2 minutos, evitando a formação de hematomas e sangramentos, se possível oriente ao paciente para que ele faça a pressão até que o orifício da punção pare de sangrar; Transferir o sangue coletado para os tubos com ou sem anticoagulante, de acordo com o exame solicitado, escorrendo lentamente o sangue, sem formar espuma; Movimentar os tubos com anticoagulantes, lentamente, com movimentos de cima para baixo, para homogeneizar o sangue com o anticoagulante;

4 de 5 Colocar a etiqueta para identificação Assegurar que o paciente esteja confortável e seguro no leito (grades elevadas); Descartar o material utilizado em local apropriado Lavar e passar álcool 70% na cuba metálica e no garrote Retirar luvas de procedimentos Lavar as mãos Registrar o procedimento em ficha única Encaminhar o material ao laboratório, se possível logo após a coleta ou o mais breve possível. OBS: 1. Tubos utilizados na coleta de exames: Tampa Vermelha: Sem anticoagulante, utilizado para obter soro para bioquímica e sorologia; por exemplo, creatinina, glicose, uréia, colesterol, pesquisa e identificação de anticorpos e ou antígenos no soro. Tampa Roxa: Com anticoagulante EDTA sódico ou potássico, bloqueia a coagulação, utilizado para obter sangue total para hematologia; eritrograma, leucograma, plaquetas. Tampa Azul: Contém citrato de sódio, com anticoagulante, utilizado para a obtenção de plasma para provas de coagulação, retração de coágulo, tempo parcial de tromboplastina, tempo de protombina. Tampa preta: Os tubos para VHS contêm solução tamponada de citrato trissódico, utilizados para coleta e transporte de sangue venoso para o teste de sedimentação. Tampa Amarela: Tubos para tipagem sanguínea, com solução de ACD (ácido citrato dextrose), utilizados para teste de tipagem sanguínea ou preservação celular. Tampa Cinza: tubos para glicemia contêm um anticoagulante e um estabilizador, em diferentes versões: EDTA e fluoreto de sódio, oxalato de potássio e fluoreto de sódio, heparina lítica e iodoacetadto, assim ocorre a inibição da glicólise para determinação da taxa de glicose sanguínea. Tampa verde: As paredes internas revestidas com heparina para produção de uma amostra de sangue total, estabilização por até 48 horas, utilizados para testes bioquímicos.

5 de 5 2. De um modo geral, o jejum torna-se necessário pelo fato de que determinadas substâncias encontradas nos alimentos e nas refeições normalmente interferem nos resultados obtidos, sendo que os valores de referência desenvolvidos através de técnicas para cada análise correlacionam-se com o estado do paciente em jejum. 3. Não selecionar um local no braço onde o paciente foi submetido a uma infusão intravenosa; não selecionar um local com hematoma, edema ou contusão; não selecionar um local com múltiplas punções ou em braço que tenha uma punção de fístula para diálise. 4. O garrote é utilizado durante a coleta de sangue para facilitar a localização das veias, tornando-as proeminentes. O garrote deve ser colocado no braço do paciente próximo ao local da punção (4 a 5 dedos ou 10cm acima do local da punção). 5. Não puncionar a veia para coleta próximo de uma veia em que está sendo infundido soro e ou medicação; 6. Em caso de hematoma aplicar compressa de gelo, ou bolsa de gelo no local; 7. Sequência de coleta para tubos de vidro de coleta de sangue 1º. Frascos para hemocultura 2º. Tubos para soro vidro-siliconizados (tampa vermelha) 3º. Tubos com citrato (tampa azul-claro) 4º. Tubos citrato seditainer 5º. Tubos para soro com ativador de coágulo com gel separador (tampa amarela) 6º. Tubos com heparina com ou sem gel separador de plasma (tampa verde) 7º. Tubos com EDTA (tampa roxa) 8º. Tubos com fluoreto (tampa cinza)