HistÄria e evoluåço da concepåço do eixo corpo movimento nas aulas de EducaÅÇo FÉsica



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Transcrição:

1 HistÄria e evoluåço da concepåço do eixo corpo movimento nas aulas de EducaÅÇo FÉsica Joyce Ribeiro 1 Orientador: Samanta Garcia ** Resumo Este artigo terå como objetivo primårio mostrar as diferentes visçes do conceito corporal, o conceito histérico, as visçes corporais durante as fases da vida, as diferentes visçes dos autores nos conceitos fñsicos, fisiolégico, patolégico, psicomotor e psicolégico e como ele Ö influenciado pelo meio social em que vive. Em um segundo momento, veremos como a danüa vem evoluindo desde o surgimento do homem no mundo, suas alteraüçes por questçes sociais, culturais e como e onde ela deve ser trabalhada e ensinada para levar uma maior consciáncia corporal aos seus praticantes. Para um terceiro momento e finalizando, mostraremos segundo a visào dos autores como e porquá a danüa deve ser trabalhada nas escolas, veremos os benefñcios que ela pode trazer tanto ao corpo fñsico mas tamböm a mente e contribuindo para uma formaüào integral dos alunos e formando pessoas integralmente para o convñvio social. Palavras chaves: ConcepÜào, danüas, eixo corpo-movimento, evoluüào, ludicidade. 1 INTRODUÑÖO Nos dias atuais a EducaÜào FÑsica passa por muitas divergáncias e busca o desenvolvimento completo do ser humano, sob diversas concepüçes sociolégicas, pedagégicas e filoséficas. Segundo Oliveira (2004) a EducaÜào FÑsica existe por causa do homem, enquanto ser social e individual. Assim, se faz necessårio compreender o indivñduo como um todo, em suas diversas formas de relacionar-se com o mundo e, a EducaÜào FÑsica, como cultura corporal de movimento deve atentar-se âs individualidades. Para Daolio (2004) cultura Ö um conceito importante para a EducaÜào FÑsica, levando em consideraüào o fato de que o movimento humano Ö a questào em estudo, mas nào se pode esquecer que a EducaÜào FÑsica deve ensinar aos alunos as questçes sécio culturais baseando-se na realidade em que se inserem. Assim, para-se para pensar no corpo enquanto objeto de estudo na EducaÜào FÑsica Medina (2010) retrata a crise instaurada em nossa Årea de conhecimento a 1 Discentes do Curso de EducaÜào FÑsica da Universidade Salgado de Oliveira. ** Docente do curso de EducaÜào FÑsica da Universidade Salgado de Oliveira.

2 reduüào do corpo a um simples objeto nada diferente de uma måquina qualquer, eliminando todas as suas dimensçes: sociais, culturais, polñticas, econämicas, a crise aponta o fato de que o homem nào pode ser fragmentado, mostrando-nos a necessidade de uma compreensào global e essencial da dimensào do corpo humano. Para compreender a importãncia do eixo corpo/movimento dentro da DanÜa nas aulas de EducaÜào FÑsica Ö necessårio estudar um pouco sobre essa evoluüào do conceito de corpo na histéria. Segundo Gusdorf (1986) apud Volp, Schwart, Deutsch (1995), atualmente o homem preocupa-se mais com o corpo do que nos söculos passados. O homem da atualidade possui dois corpos, um organismo material representado pelos livros de anatomia, fisiologia e patologia, que sào de domñnio dos especialistas de histéria natural e outro explicitado pelo corpo interior. Mostrando um aspecto diferente da cultura moderna em que o corpo objeto possui uma funüào material e de consumo corrente, transformando-se em um objeto de preocupaüào estötica (VOLP SCHWART, DEUTSCH, 1995 apud LORENZ, 1986). Os valores morais e Öticos, bem como a natureza estötica, responsåveis pelo sentimento de beleza sofrem fortes variaüçes e interferáncias de componentes sociais e sào portadores de significaüçes pessoais que transpçem as barreiras do cotidiano, evidenciando a perspectiva mñtica, em um nñvel de identificaüào imaginåria dos mitos corporais (VOLP, SCHWART, DEUTSCH, 1995). Foucault (1994) apud Palma (2001) amplia a discussào da corporeidade trazendo a idöia dos corpos submissos e exercitados como déceis. Na era industrial o corpo era disciplinado como instrumento de produüào, na sociedade pés-industrial passou por uma incessante produüào de serviüos e desejos. E hoje Ö ao mesmo tempo consumidor e objeto de consumo (PALMA, 2001). Palma (2001) aponta que o corpo nào se manifesta apenas como veñculo da aparáncia, mas antes como lugar de seduüào, fascñnio, criaüào de pactos estöticos que explicitam o amor, o prazer, etc. Assim a imagem corporal resulta tanto da experiáncia motora, quanto da sensibilidade sexual motivada pelos desejos, prazeres e sonhos. Portanto, nào convöm uma visào maniqueñsta para lidar com o assunto. 2 METODOLOGIA

3 Este estudo se caracteriza como uma pesquisa bibliogråfica que recolhe e seleciona conhecimentos e informaüçes acerca de um problema ou hipétese, jå organizados e trabalhados por outro autor, colocando o pesquisador em contato com materiais e informaüçes sobre determinado assunto (MATTO, ROSSETO JUNIOR e BLECHER, 2008). 3 REFERENCIAL TEÜRICO O CORPO E A SUAS CONCEPÑáES Para Sayào (2003) apud Fiamoncini e Galli (2006), o corpo Ö a primeira forma de identificaüào, pois logo ao nascer somos identificados atravös da corporalidade, como homens e mulheres. Para Teixeira (2003) apud Fiamoncini e Galli (2006) o corpo Ö singular, em consequáncia dessa singularidade temos um corpo que sabe que sente, sabe que existe e sabe que sabe que existe e sente. O corpo acompanha a evoluüào da civilizaüào que estå inserido, expressando a cultura, a sociedade, a histéria, a economia, a polñtica, a moda... As noüçes de corpo e movimento estào diretamente ligadas devendo ser contextualizadas de forma antropolégica, uma vez que o indivñduo conhece o mundo atravös de sua entidade corporal e durante toda sua existáncia vive atravös do seu corpo (FIAMONCINI e GALLI, 2006). Sabe-se que as mudanüas dos padrçes corporais, as maneiras de tratar o corpo e o cuidado com a aparáncia ao longo do tempo, Ö resultado das transformaüçes dos conceitos de beleza, (re) construñdas pelas experiáncias histéricas e sociais dos indivñduos (SILVA & PORPINO, 2010). Os diversos entendimentos e funüçes do corpo ao longo da histéria e nos vårios contextos sociais sào estudados por diversos pesquisadores da EducaÜào FÑsica. O söculo XIX marcado pela revoluüào industrial, revoluüào cientñfica trås a tona o caråter higiánico, militar e tecnicista da EducaÜào FÑsica, assim, alarga-se e imprime-se, a estötica da retidào. Multiplicam-se neste momento, pesquisas sobre o movimento, sobre sua utilizaüào na vida cotidiana e, particularmente, no mundo do trabalho. Nestes preceitos observa se uma autoeducaüào corporal e a internalizaüào de economia de forüas do interior de seus préprios corpos. Gestos medidos, gestos pensados, gestos

4 contidos. Nào havia ali nenhuma explicaüào cientñfica. O corpo aprendia, no siláncio, a gestualidade necessåria e a adequada utilizaüào das forüas para a produüào (SOARES, 2000; AGATTI, 2003; MEDINA, 2010). JÅ a corrente bio-psicolégica reforüada principalmente pela incorporaüào dos discursos da psicomotricidade destaca o aspecto psicomotor do desenvolvimento do corpo, em articulaüào com o cognitivo e o afetivo (AGATTI, 2003). Outra importante influáncia histérica para a visào de corpo e da prépria EducaÜào FÑsica Ö a visào esportivista marcada por uma grande projeüào mundial devido ao fenämeno esportivo. Aqui se privilegia o corpo forte, råpido, Ågil, vencedor e, acima de tudo, competitivo (AGATTI, 2003). Outra importante influáncia que busca uma ruptura do padrào biolégico e a ampliaüào da visào e da apropriaüào de corpo pela EducaÜào FÑsica Ö o ClÅssico Metodologia do Ensino da EducaÜào FÑsica trazendo uma concepüào crñtica, humanista do homem buscando uma formaüào cidadà, crñtica, autänoma e politizada (COLETIVO DE AUTORES, 2009). Segundo Katz e Greiner, 2001 apud Fiamoncini & Galli, 2006; o corpo resulta de contñnuas negociaüçes e informaüçes com o ambiente, carregando seu modo de existir para outras instãncias, transformando-se em representaüào teatral, gesto musical, danüa e diversas aüçes no mundo em forma de arte. No ponto de vista de Kunz (1994), o movimento como manifestaüào da evoluüào das sociedades industriais, da ciáncia e da tecnologia, busca seu sentido funcional, melhorando a performance. Assim, sabe-se que movimento e corpo constituem a matöria-prima da EducaÜào FÑsica (AGATTI, 2003). Para Agatti (2003), no contexto escolar, sào vårias as formas que a EducaÜào FÑsica tratou, trata e trata o corpo. VariaÜÇes estas que sào em sua maioria explicadas por influáncias sofridas pelo contexto histérico-polñtico-social de cada Öpoca. Segundo Agatti (2003), no que diz respeito â EducaÜào FÑsica fora da escola o corpo tem sido visto de forma töcnica, em estado de aprendizagem de habilidades especñficas a um esporte, podendo apresentar ludicidade, e caråter recreativo ou de rendimento, com fins competitivos. Tem-se levado muito a sörio o aspecto saéde/qualidade de vida, onde as pessoas buscam cada vez mais as atividades fñsicas, em procura de um corpo saudåvel. Leva-se muito em consideraüào a questào estötica associando â musculatura definida e magreza.

5 Em suas diversas concepüçes o corpo Ö ressaltado nas aulas de EducaÜào FÑsica, cabendo ao professor a escolha que enfatize um ou outro aspecto, nào deixando de lado sua orientaüào teérico-pråtica que deve basear-se na natureza de sua intervenüào, sendo sempre sociocultural e pedagégica (AGATTI, 2003). A DANÑA E A EXPRESSÖO / EVOLUÑÖO DO CORPO A EducaÜào FÑsica permite que se vivenciem diferentes pråticas corporais advindas das mais diversas manifestaüçes culturais e se enxergue como essa variada combinaüào de influáncias estå presente na vida cotidiana. As danüas, esportes, lutas, jogos e ginåsticas compçem um vasto patrimänio cultural que deve ser valorizado, conhecido e desfrutado. AlÖm disso, esse conhecimento contribui para a adoüào de uma postura nào preconceituosa e discriminatéria diante das manifestaüçes e expressçes dos diferentes grupos Ötnicos e sociais e âs pessoas que dele fazem parte. A pråtica da EducaÜào FÑsica na escola poderå favorecer a autonomia dos alunos para monitorar as préprias atividades, regulando o esforüo, traüando metas, conhecendo as potencialidades e limitaüçes e sabendo distinguir situaüçes de trabalho corporal que podem ser prejudiciais (BRASIL,1997). Segundo Cavasin (2003), desde a antigèidade a danüa Ö apresentada pela humanidade atravös de suas manifestaüçes sociais, com a expressào corporal. Cada povo apropriou-se de um conteédo como mésica, arte e pintura. Aqui a danüa mostrou sua relevãncia nas diversas sociedades, atravös do seu caråter mñstico e/ou artñstico. A partir de entào, a danüa passou por diversas alteraüçes, tornou-se social e tamböm comeüou a ser utilizada nas festas da nobreza, primeiro como entretenimento e recreaüào, passando depois a ser apresentada em espetåculos teatrais. Houve uma grande transformaüào na danüa social, o que tornou possñvel o aparecimento das danüas populares. AtravÖs de sua evoluüào a danüa trouxe ao ser humano muitas possibilidades para a busca do autoconhecimento e da felicidade, aprimorando os gestos expressados (CAVASIN, 2003). Segundo Nanni (1995), a partir do söculo XIX surgiram duas vertentes relacionadas ao aprendizado da danüa: a moderna (que surgia com o prenéncio da DanÜa Criativa, ou DanÜa/EducaÜào), e a acadámica tradicional (a DanÜa/Arte ou espetåculo). As quais demandam aos professores competáncias distintas para ensinå-la.

6 A nova tendáncia da danüa converge para o movimento humano expressivo e, assim, o ensino da danüa moderna passa, gradativamente, a integrar o currñculo escolar. Em se tratando do ensino da DanÜa na escola pode-se citar Diniz (2002) ao afirmar que: "A utilizaüào da danüa na escola Ö uma proposta para alöm de um arranjo coreogråfico de elementos selecionados da experiáncia de movimentos; Ö tamböm refinamento, abstraüào e intensificaüào destes elementos de acordo coma viváncia dos alunos, em direüào a constituiüào de um saber, de um fazer préprio e da alegria de simplesmente danüar. O ser humano se expressa de diversas maneiras, comunicando-se atravös de suas aüçes, posturas e atitudes, pelos seus movimentos e gestos, mesmo sem danüar. Os movimentos diårios transformam-se em danüa a partir do momento em que assumimos uma nova postura, podendo ser diferenciada unindo-se ao caråter expressivo, onde o movimento corporal Ö transformando em poesia (ZONTA, 1994). Para Zonta (1994), a danüa Ö um conjunto de gestos e emoüçes, sentimentos opostos que se unem e contagiam. Onde algo simples transforma-se em arte. A linguagem expressa pela danüa traz alegria, tristeza, angéstia, enfim, todos os sentimentos afloram, havendo uma transformaüào onde corpo e alma se fundem, gerando a cultura corporal. Nos PCN s (2001) encontra-se a DanÜa como um bloco de conteédo que inclui as manifestaüçes da cultura corporal, orientadas por estñmulos sonoros que visa a expressào e comunicaüào por meio do movimento do corpo. A DANÑA NA ESCOLA: UMA EXPRESSÖO DO CORPO Pensar a educaüào dos corpos no espaüo escolar pressupçe, primeiramente entender que o corpo nào Ö apenas um dado material resultante da aüào na natureza (FIGUEIRA, 2008). A princñpio deve-se parar para refletir a seguinte questào: nés temos ou somos um corpo? Pensar que se tem um corpo nos traz a ideia de uma caixa com a funüào de guardar o pensamento, como se mente e corpo fossem duas coisas diferentes. Enquanto pensar que se Ö um corpo remete-nos a ideia de que corpo e mente nào se separam, uma vez que os pensamentos sào criaüào do préprio corpo. Sem sombras de dévida, o corpo fala.

7 Por mais que o corpo seja constituñdo por elementos biolégicos, ele Ö tamböm uma construüào sécio-cultural, de forma que em qualquer sociedade ele serå submetido a um conjunto de normas e pråticas de interdiüào, controle, etc. ë visñvel as modificaüçes ocorridas em diversas Öpocas e diferentes civilizaüçes. As marcas como tatuagens, piercings e brincos, a forma de se vestir, as pinturas de pele, a necessidade de se disciplinar o corpo do trabalhador, a busca do corpo perfeito baseando-se na estötica e na moda, etc. Todas essas sào diversas formas utilizadas para retratar a uma classe social como forma de pertencer ou nào âquele grupo. Segundo Figueira (2008): O corpo Ö construñdo no contexto cultural e social onde vive, sendo produzido nas relaüçes que ali se estabelecem na medida em que os significados culturais que cada grupo social estabelece para si, se inscrevem no corpo possibilitando definir o que Ö considerado, por exemplo, bonito ou feio, magro ou gordo, atlötico ou raquñtico, apto ou inapto. Figueira (2008) ainda aborda em seu texto que na instituiüào escolar a aula de EducaÜào FÑsica pode ser identificada como um espaüo privilegiado para a construüào de representaüçes de corpos e dos valores que a eles se atribuem. A EducaÜào FÑsica em um processo de formaüào crñtica busca trazer a conscientizaüào corporal como forma de mostrar ao indivñduo que seu corpo engloba diversos aspectos sejam eles biolégicos, sécio-histéricos, psicolégicos, etc. A busca dessa conscientizaüào corporal na EducaÜào FÑsica tem o interesse em construir e/ou reconstruir um corpo que nào seja robotizado/controlado, nem tào menos repetidor de movimentos e normas. Trata-se de buscar um corpo consciente dos seus atos e movimentos, que se conduz em uma aprendizagem criativa, permanente e prazerosa, superando o simples fazer pelo fazer, incorporando a reflexào crñtica do porquá e dos valores inseridos nesta pråtica. Fazendo entào com que os alunos pensem o corpo como forma de defender-se em sua ordem social. Nào se trata de simplesmente adaptar-se â sociedade, e sim contribuir com a formaüào do homem como um todo, enfim, do homem com um agente de transformaüào social. Assim, o homem torna-se capaz de ir alöm das pråticas corporais, desenvolvendo tamböm seu lado crñtico relacionado â pråxis. Relacionando essa pråtica â intervenüào do profissional de EducaÜào FÑsica, Figueira (2008) afirma que identifica a danüa como uma forma de conhecimento que

8 possibilita uma intervenüào direcionada para a ampliaüào da expressividade dos sujeitos dado que ela permite ler a gestualidade humana como uma linguagem. A danüa oferece uma educaüào voltada â totalidade do indivñduo. A viváncia de suas experiáncias criativas e originais permite ao indivñduo ampliar sua noüào da realidade, favorecendo experiáncias diversificadas que geram uma comunicaüào reflexiva e crñtica. Trata-se de um processo de comunicaüào interpessoal (de pessoa para pessoa) com a finalidade de se transmitir algo. AtravÖs da danüa acontece a criaüào de gestos préprios, englobando energias interiores, emoüçes e sensibilidade. O indivñduo que pratica a danüa precisa entender que qualquer movimento diårio do ser humano pode ser usado na danüa, independente do que se trata, ele pode ser desenvolvido atravös da imaginaüào, da expressividade do gesto e da presenüa de emoüçes, sendo personalizado da forma que marque a caracterñstica do indivñduo. AlÖm do desenvolvimento de movimentos e gestos especñficos da danüa que trazem ao indivñduo novas experiáncias motoras. Enfim, a danüa como intervenüào favorece ao indivñduo a expressào individual e ensina comportamentos coletivos que devem ser atribuñdos â criaüào de um espetåculo, como o saber ouvir (crñticas e idöias), a compreensào de sua maneira de ser, saber trabalhar e criar em equipe, trabalhar o poder de concentraüào, etc. Segundo Silva, Jélio e Paixào (2010), a danüa Ö uma atividade que resgata e educa o corpo, nào obrigando o mesmo a possuir töcnica ou biétipo especñfico, mas despertando a participaüào de todos no sentido de experimentar, pesquisar e vivenciar movimentos, possibilitando ao aluno o conhecimento de si e de sua capacidade fñsica baseado numa töcnica livre. Sendo assim, pode-se afirmar que a danüa na escola tem diversas funüçes como criar a autonomia e a liberdade do indivñduo, fazendo com que o aluno saiba relacionarse atravös do seu poder de observaüào, da sua sensibilizaüào e suas experiáncias. Vivenciando a danüa atravös do movimento, do ritmo e lidando com as questçes de espaüo e tempo, o indivñduo Ö capaz de desenvolver mentalmente, fisicamente, emocionalmente e torna-se um ser sensñvel. Ela tamböm trås ao aluno uma consciáncia crñtica e atravös do seu domñnio de corpo e movimento ele pode compreender melhor as questçes relacionadas a estñmulos sensoriais e comeüar a observar de forma mais clara as cores e formas, sabores, ruñdos, movimentos e cheiros. Sua pråtica na escola ajuda a resgatar diversos tipos de manifestaüçes culturais e/ou brincadeiras cantadas tradicionais. Dessa forma, a danüa na escola traz ao aluno o conhecimento de qualidades dos movimentos de expressào como lentos e råpidos, fracos e fortes, senso de direüào,

9 duraüào, intensidade, sendo entào capazes de fazer anålises e conhecendo töcnicas de execuüào de movimentos, utilizando-as para criar coreografias, improvisar e tomar atitudes que apreciem e valorizem essas manifestaüçes da expressào corporal. Assim a danüa contribui de forma direta com a formaüào do cidadào. Ainda em seu texto, Silva, Jélio e Paixào (2010) apud Szego (2009) afirma que danüar nào faz bem somente para o corpo. Entende-se que a danüa traz um enorme bem para o corpo e tamböm para a mente. Podendo ser usada de forma terapáutica fazendo com que as pessoas que sofrem com alguma coisa sintam-se melhores com uma sensaüào de bem estar. A danüa ajuda a melhorar a autoestima, a diminuir o nñvel de estresse e, a socializaüào e possñveis relacionamentos amorosos tamböm sào benefñcios que a danüa pode trazer ao indivñduo, assim como a motivaüào em conhecer novos estilos e ritmos. Enfim, danüar transcende os limites de emoüào. Mesmo sabendo de toda a importãncia da danüa na escola, em se tratando de um meio para a evoluüào do corpo e do ser humano como um todo, ela nào encontra-se inserida nos planejamentos e nas aulas de EducaÜào FÑsica (SILVA, JíLIO e PAIXìO, 2010). Infelizmente a maior parte dos professores ainda estå muito ligada âs tradiüçes, prendendo-se âs normas e preconceitos em utilizar a danüa na escola, sào professores que nào fazem questào de inovar e quebrar certos paradigmas. Eles nào conseguem enxergar na danüa suas possibilidades de ajudar o aluno no desenvolvimento da imaginaüào, criatividade e atö mesmo na bagagem motora. Ou atö enxergam, poröm nào se interessam por se tratar de um conteédo que o professor precise ter bastante criatividade e vontade de desenvolvá-la em suas diversas variaüçes, ou por acharem que necessitam de certo domñnio da mesma. De certa forma, acaba sendo mais fåcil e cämodo contemplar outros conteédos da EducaÜào FÑsica e por fim acabam utilizando a danüa apenas em datas comemorativas. Afirma Silva, Jélio e Paixào (2010), que os professores nào precisam saber danüar, sendo necessårio contextualizar os movimentos com objetividade, permitindo aos alunos vivenciar, experimentar e criar movimentos a partir de um tema, trechos de mésicas e sons desafiadores para superar as dificuldades. Assim, os professores devem compreender que para desenvolver o conteédo danüa na escola nào precisa ser danüarino (a) ou bailarino (a) e sim, saber como proporcionar aos alunos as experiáncias das pråticas corporais da danüa a fim de que

10 aumentem o repertério motor dos mesmos, superem seus préprios medos e preconceitos ligados na relaüào danüa/movimento humano, fazendo tamböm com que haja um diålogo com o préprio corpo e com o do colega. Assim os professores nào devem mostrar atitudes preconceituosas com relaüào â danüa na escola. 4 CONSIDERAÑáES FINAIS Como pode-se observar a danüa engloba muitos fatores referentes â histéria do homem, a sua evoluüào, ao seu contexto histérico e estå presente nos dias de hoje em nossas vidas. Vimos tamböm que ela Ö de grande valia para ajudar no desenvolvimento fñsico e mental das pessoas, mas sem deixar de lado as questçes socioculturais que envolvem o meio onde vivem seus praticantes, portanto tendo que ser levado em conta todos estes fatores. No ãmbito escolar os autores foram bastante esclarecedores em relaüào aos fatores de aplicaüào da danüa nas aulas de educaüào fñsica e as valáncias que sào pertinentes â danüa e que ajudaram no desenvolvimento dos alunos, nào apenas fñsico, mas tamböm em sua formaüào integral, formando pessoas integralmente e preparados para o convivo social. REFERàNCIAS AGATTI, S. M. ConcepÜÇes de corpo na graduaüào em educaüào fñsica: um estudo preliminar com professores. http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires ano 9, n. 66. Nov/2003. Brasil. Secretaria de EducaÜào Fundamental. Parãmetros Curriculares Nacionais: EducaÜào fñsica / Secretaria de EducaÜào Fundamental. BrasÑlia: MEC/SEF, 1997. 96p. COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino de EducaÄÅo FÇsica. 2î ed. Sào Paulo: Cortez, 2009. DAOLIO, J. EducaÄÅo FÇsica e o conceito de cultura. Campinas, SP: Autores Associados, 2004.

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