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Transcrição:

2015 InfoVer São João del-rei, fevereiro de 2013 InFover InFover Informativo sobre o Mercado de Leite de Vaca do Campo Uma publicação do DCECO- UFSJ Ano VIII Nº 76 Junho de 2015 Universidade Federal de São João del-rei UFSJ Campus Santo Antônio Praça Frei Orlando, nº 170 Centro São João del-rei Minas Gerais CEP: 36307-904 Tel.: +55 32 3379-2300 www.ufsj.edu.br Departamento de Ciências Econômicas DCECO Coord.: Prof. Norberto Martins Vieira Técnico Administrativo: Paulo Afonso Palumbo Mestrando PUCRS: Alexandre Rodrigues Loures Acadêmicos UFSJ Gabriel Costa Mariana Carolina da Silva Tel.: +55 32 3379-2537 São E-mail: João del-rei, infover@ufsj.edu.br junho de 2015

Termos de troca milho, soja e leite Os preços dos insumos pesquisados pelo DCECO (Departamento de Ciências Econômicas), em junho de 2015, comparados a maio de 2015, segundo mostra a Tabela 1, apresentaram variações. Os produtos que obtiveram aumento no preço foram: farelo de trigo, com 16,13%; farelo de algodão, com 7,51%, milho, com 5,36%; farelo de soja, com 4,95%; ração para bezerro, com 0,22%. Já os que tiveram queda: sal mineral, com 4,37%; poupa cítrica, com 4,12%. O único produto que manteve seu preço estável foi a ração para vaca. Conforme se pode observar na Tabela 2 e Figura 1, no que se refere à relação de troca de soja por litros de leite, em São João del-rei, verifica-se acréscimo de 2,19%, em junho. Isto ocorreu porque o produtor precisou de 75,00 litros de leite para adquirir uma saca de farelo de soja, enquanto que, no mês anterior, esta exigência era de 873,39 litros de leite. Para a relação de troca entre o milho/litros de leite em São João del-rei, também registra um amento de 2,60%. Isso porque, em junho o produtor precisou trocar 34,14 litros de leite para adquirir uma saca de milho, enquanto que, em maio, esta relação era igual a 33,28 litros de leite. Figura 1 - Litros de leite necessários para adquirir uma saca de milho ou uma saca de soja. Fonte: DCECO/NEPE (Departamento de Ciências Econômicas - Núcleo de Estudos e Pesquisa em Economia). Tabela 2 Relação de troca milho, soja e leite, São João del-rei Mês Farelo de soja Milho 2015 %* 2015 %* Jan 99,75L 16,09 49,42L 27,58 Fev 90,57L -9,20 45,18L -8,58 Mar 82,82L -8,55 42,52L -5,87 Abr 80,09L -3,30 35,68L -16,10 Mai 73,39L -8,36 33,28L -6,72 Jun 75,00 L 2,19 34,14 L 2,60 Jul Ago Set Out Nov Dez Fonte: DCECO/NEPE (Departamento de Ciências Econômicas - Núcleo de Estudos e Pesquisa em Economia). Nota: *Variação em relação ao mês anterior. ** Litro Tabela 1 Preço médio dos insumos agrícolas em São João del-rei, junho de 2015 Produto QUANT. (KG) R$ Variação em relação ao mês anterior Produto Kg R$ Variação em relação ao mês anterior Ração p/vaca 40 42,75 0,00 Ração bezerro 40 44,70 0,22 Sal mineral Farelo de trigo Polpa cítrica 30 55,60-4,37 40 25,20 16,13 50 27,90-4,12 Farelo soja Farelo algodão Milho 50 62,60 4,95 50 45,10 7,51 50 27,15 5,36 Fonte: DCECO/NEPE (Departamento de Ciências Econômicas - Núcleo de Estudos e Pesquisa em Economia).

Pulgão: uma nova preocupação das lavouras de milho Henrique Andrade Siman Estudante de Zootecnia Com as mudanças climáticas, a falta de rotação de cultura e o uso inadequado de inseticidas, pragas como o pulgão do milho (Rhopalosiphum maidis) que antes eram consideradas secundarias, hoje são problemas reais dos agricultores. Tal fato foi presenciado em lavouras de alguns produtores do PDPL/PCEPL na safra 2014/2015. O aumento de temperatura reflete na rapidez do desenvolvimento da ninfa, aumentando o número e a longevidade dos insetos. A temperatura ótima de desenvolvimento das ninfas vai de 10 C a 35 C e, em temperaturas acima ou abaixo desses limites, as ninfas interrompem o desenvolvimento. Além disso, com o aumento da população de insetos, as fêmeas voam para plantas ainda não infestadas e iniciam uma nova colônia. Os locais de maior incidência dos insetos são as folhas superiores, o cartucho e o pendão da planta. Entretanto, observam-se maiores danos quando o ataque ocorre no pendão do milho, o que pode causar falhas na reprodução e aparecimento de espigas in- completas. Nas plantas onde o ataque é mais severo, pode ocorrer murcha e clorose das folhas. Além disso, os pulgões excretam uma substância açucarada que serve de substrato para crescimento de fungos na planta. Alguns estudos demonstram que quando o ataque ocorre com a planta no estágio vegetativo as perdas podem chegar até 28%, e quando na fase reprodutiva, após o pendoamento, esta perda pode chegar a 16%. Para um monitoramento eficiente, o produtor deve procurar as colônias nos cartuchos das plantas jovens e no pendão das folhas superiores. Notando a presença das colônias em aproximadamente 50% da lavoura, acompanhado de um estresse hídrico, o controle químico pode ser recomendado. No Brasil não existe inseticida registrado para o controle desta praga. Uma prática que pode apresentar bons resultados é programar a aplicação de inseticida para o controle de outros insetos de forma que coincida com período de pendoamento nas lavouras muito atacadas. A realização do manejo integrado de pragas (MIP), que visa tratamento de semente de forma adequada, monitoramento da lavoura, utilização de híbridos que foram menos atacados pelo pulgão na safra anterior e aplicação de inseticidas, é uma prática eficiente de controle que visa a redução dos

danos causados por essa praga e aumenta a produtividade resultando em um menor custo de produção de silagem. Na propriedade do Sr. Sérgio Henrique Viana Maciel ocorreu ataque de tal inseto, porém, com o monitoramento realizado pelo PDPL/PCEPL foi possível identificar a presença de pulgão na lavoura e tomar a decisão de aplicar o inseticida. A aplicação saiu a um custo de 31,00 R$/hectare, sendo possível minimizar os danos e atingir uma produtividade média de 52 toneladas/hectare e um custo de R$63,00 por tonelada, demonstrando a importância do acompanhamento da lavoura de milho Edição 312. Ano XXIII. Maio de 2015. Viçosa MG Mercado da bovinocultura leiteira de São João del Rei De acordo com a Tabela 3, que traz o resultado do levantamento feito pelo Departamento de Ciências Econômicas a respeito dos preços médios dos derivados do leite de São João del-rei, observam-se que houve uma variação referente ao mês de junho de 2015, quando comparado a maio de 2015. Sendo que os derivativos que obtiveram variação positiva em seus preços foram: o queijo prato e a mussarela com 2,21% e 0,44% respectivamente. Enquanto o leite longa vida e o minas frescal não obtiveram variação. Tabela 4 Preço médio do leite Tipo C pasteurizado em São João del-rei Mês/Ano R$ Var %* Jun/2014 2,07 0,49 Jul/2014 2,07 0,00 Ago/2014 2,07 0,00 Set/2014 2,07 0,00 Out/2014 2,07 0,00 Nov/2014 2,07 0,00 Dez/2014 2,07 0,00 Jan/2015 2,08 0,48 Fev/2015 2,08 0,00 Mar/2015 2,08 0,00 Abr/2015 2,08 0,00 Maio/2015 2,08 0,00 Junho 2,08 0,00 Fonte: DCECO/NEPE (Departamento de Ciências Econômicas - Núcleo de Estudos e Pesquisa em Economia). Nota: *Variação em relação ao mês anterior

Tabela 3 Preço médio por kg dos derivados do leite e do leite longa vida (litro) de São João del-rei Produto 2014 2015 Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Mussarela 20,90 20,90 20,86 21,50 21,55 21,50 21,55 22,15 22,85 23,15 23,10 22,50 22,60 Queijo Prato 18,75 18,75 18,70 18,95 18,90 18,80 18,90 18,90 20,45 20,45 20,50 20,35 20,80 Minas Frescal 13,40 13,44 13,56 14,65 15,00 15,10 15,45 15,45 16,80 16,75 16,25 16,35 16,35 Longa Vida 1,99 1,99 1,99 2,03 2,03 2,03 2,02 2,02 1,99 1,99 1,97 1,97 1,97 Fonte: DCECO/NEPE (Departamento de Ciências Econômicas - Núcleo de Estudos e Pesquisa em Economia). Em relação ao preço líquido médio do leite pago ao produtor, segundo (Tabela 5), observaram-se alterações no mês de junho. Na média estadual, quando comparado maio de 2015, houve um acréscimo de 2,01%. A média nacional apresenta também aumento de 2,87%. Na região da Zona da Mata, segundo (Tabela 5) e (Figura 3), em maio, registrou-se um aumento de 3,40% no preço pago ao produtor quando comparado a maio de 2015, registrando novo preço médio do litro de leite em R$ 0,8664. MESORREGIÃO Tabela 5 Preço líquido do litro de leite, junho de 2015 PREÇO LÍQUIDO MÉDIO VARIAÇÃO EM RELAÇÃO AO MÊS ANTERIOR (%) ZONA DA MATA 0,8664 3,40 MÉDIA ESTADUAL 0,9888 2,01 MÉDIA NACIONAL 0,9900 2,87 Fonte: Cepea (2015). Boletim do leite. Disponível em: http://www.cepea.esalq.usp.br/leite/boletim/216.pdf. Nota: Valor deflacionado pelo IGP-DI

Figura 3 Variação do preço livre pago ao produtor da Zona da Mata deflacionado Fonte: DCECO/NEPE (Departamento de Ciências Econômicas - Núcleo de Estudos e Pesquisa em Economia Irrigação: solução x viabilidade Marcela Teixeira Vinicius Constant Estudantes de Agronomia 5 A agricultura brasileira vem sofrendo mudanças significativas, principalmente em seu sistema de produção, concomitante com estiagens prolongadas nos períodos críticos de demanda de água, promovendo queda na produção das forrageiras. Diante dessas mudanças e falta de chuva, pode-se destacar a utilização da irrigação, que tende a proporcionar menor risco, mais eficiência na utilização e aplicação de insumos, além de aumentar a produtividade e melhorar a qualidade do produto. Com isso é importante conhecer o grau de risco envolvido na aquisição de novas tecnologias. Estes riscos são decorrentes de incertezas econômicas proporcionadas pela variação do preço de venda do produto, taxa de juros, custos da água, vida útil do sistema de irrigação e taxa de manutenção ocorrida com o manejo do sistema de irrigação, que devem ser pagos pelo incremento de produtividade proporcionado pela irrigação. Exemplificando a implantação e o retorno de um sistema de irrigação de aspersão em malha fia no valor de R$10000,00/ha, nos piquetes de capim mombaça da fazenda Cedro, do produtor Roque Maciel, no município de Piranga, levando em consideração todos os custos fios, variáveis e o custo de oportunidade e a complementando desse sistema, com uma adubação de 300Kg de nitrogênio parcelada um 5 vezes, e calagem para correção do ph do solo. A diferença entre os piquetes sem a irrigação e com essa tecnologia funcionando, seria a capacidade de suporte de animais que aumentaria em média 2 UA/ha, em consequência do aumento da

produtividade em cerca de 14 toneladas de matéria natural do capim, há também diferença no período, que aumentaria em até 2 ciclos de pastejo, trabalhando com a temperatura, luz, e água em conjunto e minimizando os efeitos do veranico. Nesta analise foi considerada apenas os benefícios pelo aumento da produção e consequentemente maior capacidade suporte de animais no Mombaça, porem mesmo com a irrigação há estacionalidade da forrageira devido o decréscimo de temperatura e luz no Outono-Inverno, entretanto surgem outras possibilidades como a sobressemeadura de outras cultivares como o Azevém e Aveia, e a utilização desse sistema para uma distribuição homogênea de nutrientes por fertirrigação. A viabilidade econômica é um fator indispensável para adoção da irrigação e outras tecnologias entre os agricultores e pecuaristas, uma produção eficiente e rentável deve constituir o principal objetivo econômico, como apresentado na tabela. Para estimar o custo de produção, deve se levar em conta a soma de valores de todos os insumos e operações utilizados no processo produtivo de certa atividade, incluindo os respectivos custos de oportunidade e depreciação, uma vez que os fatores que mais contribuíram para o aumento do custo total na área irrigada foram os custos variáveis, tais como mão de obra e energia, mas espera-se que estes sejam compensados pelo aumento da produtividade, permitindo identificar se o empreendimento está operando com lucro, ou seja, se e como os recursos empregados no processo de produção estão sendo remunerados, além de verificar como está a rentabilidade da atividade em questão, comparada as alternativas de emprego do tempo e capital Edição 312. Ano XXIII. Maio de 2015. Viçosa - MG