A FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL DE LAZER



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Transcrição:

A FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL DE LAZER Cristiane Elizabeth Pereira Brito Karina Manelli de Oliveira Maria Aparecida Cardoso Gomes Mônica Ferreira de Araújo RESUMO O presente artigo trata sobre as peculiaridades referentes à área de lazer, analisando os princípios e contradições do lazer moderno e as características específicas do profissional que atua ou pretende atuar nesta área. Apresenta também a importância e opções do caminho formativo deste profissional para desenvolver as competências e habilidades necessárias, inerentes ao mesmo. Palavras chave: profissional de lazer, lazer, INTRODUÇÃO A escolha do objeto de pesquisa fundamentou-se a partir da estrutura curricular proposta pelo curso de Docência em Turismo e Hotelaria Especialização para o Ensino Superior da Faculdade Senac de Turismo e Hotelaria de São Paulo. A grade curricular do curso orientou-nos, inicialmente por meio do módulo Contextualização, a retomar e atualizar conceitos que culminariam na reflexão de como cada tema (Eventos, Gastronomia, Hotelaria, Lazer, Meio Ambiente e Turismo) poderia ser abordado como disciplina. Nos módulos de Desenvolvimento Pessoal, Educação, Metodologia do Ensino Superior, Pesquisa e Novas Tecnologias, a abordagem auxiliou-nos no ato de pensar o papel da instituição, do aluno e do docente na aplicação dos conteúdos e temas específicos das disciplinas que assumimos ou assumiremos na universidade.

Por familiaridade e interesse para com o tema, propusemo-nos a discutir, interdisciplinariamente 1, sobre algumas questões que abrangem a amplitude do lazer, sugerindo uma linha de estudos para a construção de uma proposta de plano de disciplina, visando suprir a forma superficial como as disciplinas de Lazer e Recreação são abordadas nos cursos de Educação Física, Hotelaria e Turismo. Procurando contemplar os conteúdos trabalhados, tivemos a preocupação com a observação, análise de documentos, levantamento bibliográfico, dentre outros, que constituíram a fundamentação metodológica além de nos proporcionar a aquisição de conhecimentos, base de consulta e suporte futuros no desenvolvimento da elaboração dos planos de disciplinas que ministramos ou ministraremos. 1 A FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL DE LAZER Embora aprofundar os estudos teóricos do lazer não seja o único objetivo deste artigo, demonstraremos a sua complexidade, tendo em vista o desenvolvimento de conteúdos para a formação do profissional e como esta poderá ser abordada nas universidades. Considerando as peculiaridades do tema, entendemos ser necessário, inicialmente, apontarmos algumas considerações que relacionaram a importância da compreensão dos valores associados ao Lazer, bem como seu processo de constituição na sociedade, ao longo da história até nossos dias. As primeiras noções de lazer estavam relacionadas ao ócio, uma das grandes virtudes enfatizadas na Antigüidade, pelos gregos. Esse sentido de lazer como contemplação, significava também representatividade das classes ociosas (pequena parcela de homens livres) em contrapartida às classes responsáveis pelas tarefas servis. Termos como lazer e ócio confundem-se, num antagonismo preconceituoso contra o lazer, ainda nos dias de hoje. Por possuírem significados distintos, julgamos necessário emprestar as palavras de Requixa (1974: 20): (...) o ócio deve ser entendido como um não fazer, ao passo que o lazer, antes de tudo, é reconhecido com uma ocupação, um fazer. 1 As autoras possuem formação acadêmica nas Áreas de Administração de Empresas, Administração Hoteleira, Educação Física, Letras, Marketing e Turismo (Graduação e Técnico)

O mesmo autor ainda prossegue relevando a necessidade de distinção dos termos também notada pelos gregos. Posteriormente, aos poucos, as noções gregas foram sendo substituídas, na sociedade romana, por outros significados atrelados, sobretudo, à emergência do lazer como sendo uma atividade lícita, permitida, em uma paralela associação com o trabalho, exercício árduo e penoso. A partir da modernidade, o termo lazer passa a ser vinculado à dimensão tempo. As revoluções Industrial e Francesa impulsionaram a implantação do modo de produção capitalista e o crescimento dos centros urbanos, definindo novos rumos ao trabalho e ao lazer propriamente dito. A conseqüente revolução dos costumes representa uma das grandes conquistas da sociedade e marca o início da humanização do trabalho. A luta pela diminuição da jornada de trabalho mostra que o homem não buscou apenas libertar-se da escravidão, mas também utilizarse do trabalho como um meio capaz de conseguir recursos para alimentação, vestuário, habitação, educação, cultura e lazer. No entanto sabemos que, independente da área de atuação ou enfoque dado às várias definições de lazer, os autores, de uma maneira geral, possuem como critério de referência o conceito adotado pelo sociólogo francês Joffre Dumazedier: O lazer é um conjunto de ocupações as quais o indivíduo pode entregar- se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se e entreter-se ou ainda desenvolver sua informação e formação desinteressada, sua participação social voluntária ou sua livre capacidade criadora após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais (DUMAZEDIER, 1973: 34). Através deste, buscamos analisar os princípios, interesses e contradições que impulsionaram os sentidos do Lazer Moderno, através dos aspectos que culminaram com as revoluções técnico-científica e ético-estética. A dupla revisão de conceitos, ocasionadas por estas revoluções foram decisivas para uma emergente realidade histórico-social vivida nos dias de hoje, em que os homens procuram formas de diversão tão importantes quanto às ações focadas no trabalho, na religiosidade, na política ou constituição familiar.

A história se repete constantemente com a necessidade das camadas populares reivindicarem o acesso à educação, além do que também eram nítidas as condições de pobreza e baixa qualidade de vida, que culminaram com novas reivindicações das condições socioeconômicas. Reflexos deste quadro também influenciaram nosso país. No Brasil, os movimentos sociais e a evolução das novas tecnologias pressionam o Estado na redução das jornadas de trabalho bem como a criação de benefícios aos trabalhadores: as jornadas de trabalho passam a ser representadas por três turnos de oito horas, ou seja, oito horas respectivas para trabalho, descanso e lazer, além dos benefícios oferecidos como: férias, descanso semanal e aposentadoria. Além das conquistas trabalhistas, a sociedade brasileira passa a apresentar algumas mudanças significativas nas relações do indivíduo com o meio ambiente, com os grupos e consigo mesmo, em função da revolução ético-estética caracterizada pela revisão de conceitos, nos quais o ético passa a ser característica daquilo que é bom e desejável e o estético, daquilo que é belo e apreciável. Alguns anos separam os estudos do lazer na Europa e nos Estados Unidos do Brasil, embora tenham sido influenciados diretamente pelo processo de industrialização e modernização crescentes e conseqüente urbanização da sociedade nas grandes cidades. Em nosso país, termos como recreação e lazer cruzam-se em virtude da influência principal dos Estados Unidos na propagação da idéia da recreação ser utilizada também em jogos e ginástica. A recreação e a área da Educação Física possuem um vínculo significativo, principalmente pela primeira ter sido adotada como uma interessante estratégia metodológica para a organização de atividades físicas e mentais, de características alegre e prazerosa, para o público infantil e serem desenvolvidas nas praças de esportes e centros de recreio surgidas nas décadas de 1920 e 1930. Atualmente, observamos que os estudos do lazer passam a identificar as condições que o permeiam. Fatores relacionados diretamente aos estudos como desenvolvimento de pesquisa nas diversas esferas do conhecimento; preocupação com as disciplinas aplicadas nas instituições de cursos de Educação Física, Turismo e Hotelaria, e fatores externos como mercado de trabalho e formação do profissional de lazer são necessários para o entendimento de várias

questões, como também para um melhor embasamento das ações de lazer nas sociedades mundial e brasileira. Como decorrência das cronologias apresentadas em função da evolução do lazer no mundo e sua influência em nosso país, coube-nos verificar informações sobre algumas das pesquisas realizadas 2, a fim de apontarmos como se sucedem as práticas de lazer da população, bem como de que maneira esta enxerga as possibilidades de acesso e os padrões de qualidade dos serviços oferecidos, relatamos a seguir quatro pesquisas, intituladas respectivamente: As 24 horas do dia do carioca ; As principais práticas de lazer da população ; A qualidade de lazer na Cidade de São Paulo e Onde levar os anjinhos. Embora as pesquisas realizadas em nosso campo de estudo, sobretudo no Brasil, não discutem com que qualidade a população ocupa-se dos espaços e que tipos de atividades são realizadas, vimos que a mesma permanece presa ao ambiente doméstico, onde o fator econômico é predominante, ou no espaço urbano, onde centralizam-se alguns equipamentos de lazer. Independentemente da forma escolhida para realizá-lo, existem algumas questões que envolvem suas práticas em nosso dia-a-dia: há uma oferta significativa de eventos e atividades, porém, muitas vezes não chegam à população devido à falta de divulgação ou mesmo de divulgação inadequada; há falta de estabelecimentos de práticas polivalentes, como de atividades culturais e esportivas; não há proximidade de áreas verdes, centros esportivos, casas de espetáculos, salas de cinema, principalmente nos bairros de população mais carente economicamente. Numa visão mais abrangente, o espaço urbano compreende uma associação entre espaço e tempo disponíveis, bem como as relações humanas e interpessoais valorizadas pelo conceito de lazer moderno. Há ainda uma relação entre espaço e a necessidade de se estar subordinado a alguns conteúdos culturais que são denominados a partir de interesses (...) sociais, físicos, intelectuais, manuais, artísticos (...) (DUMAZEDIER, 1980) e turísticos (CAMARGO, 1998). 2 Embora duas das quarto pesquisas citadas sejam datadas das décadas de 1970 e 1990, respectivamente, ambas atendem aos estudos do lazer como fontes de grande importância e referencia, em Instituições de Ensino e em grupos de estudos independentes. Das escolhidas, duas apresentam resultados para a preferência do lazer doméstico (pesquisa quantitativa) e as outras duas para o lazer extra-doméstico (pesquisa de caráter informativo).

Trazendo estes interesses para uma dimensão espacial, devemos considerar que cada pessoa poderá apresentar significados diferenciados em função da forma como vê e se utiliza dos espaços, propriamente ditos, e de seus equipamentos. Segundo Stucchi (1997: 105-121), a preocupação com o estudo dos equipamentos específicos e não específicos de lazer é fundamental quando da associação destes com alguns aspectos: geográficos (localização em áreas urbanas e rurais); dimensionais (micro e macro regiões); estéticos (características de construções); de temporalidade (uso diário, semanal, mensal); físicos (específicos e não específicos); psicológicos (grau de satisfação das pessoas que os utilizam). Os equipamentos de lazer necessitam sofrer um acompanhamento próximo às situações do cotidiano social quando do início do seu planejamento, a partir da detecção das necessidades reais da população afim de que os mesmos tornem-se coerentes com as aspirações das pessoas envolvidas. Num segundo plano, porém de fundamental importância, a difusão destas idéias seriam acompanhadas de perto pela Mídia, através dos meios de comunicação de massa lembremo-nos que a televisão apresenta-se como principal instrumento do lazer doméstico. É Camargo (1998) quem argumenta a idéia de que todo equipamento de lazer bem planejado prevê investimentos não só de construção e manutenção como também de animação cultural; caso contrário esses espaços tornariam-se criações artificiais a uma política cultural responsável por uma produção que não traduziria as aspirações de seus usuários. O entendimento do que são estes equipamentos somados aos investimentos de criações como programações de animação socioculturais, nos auxilia na relação existente entre espaços e pessoas e deste modo, no profissional responsável pela interação de ambos, num dos setores mais dinâmicos da economia mundial (WERNECK, 2001). A diversidade de ações proporcionadas por programas de lazer por meio de órgãos públicos, privados ou do terceiro setor emerge paralelamente ao desempenho de profissionais que se ocupam de seu exercício profissional, como um comunicador de massa. É ainda Camargo (1998: 132-136) que apresenta o universo do lazer em sete áreas: recreação pública ; recreação comercial ; recreação industrial ; recreação escolar ; recreação turísticohoteleira, recreação ecológica e recreação hospitalar 3 3 O autor referencia o termo recreação como sinônimo de atividade desenvolvida no lazer.

Em meio à sociedade globalizada e ao alto grau de exigência dos clientes, surge também o crescimento da importância do setor de serviços (em especial o setor das atividades voltadas ao lazer e entretenimento) apontarem para um reavivamento humanístico. Enquanto a indústria passa a empregar um número cada vez menor de trabalhadores, o emprego no setor de serviços tende a aumentar: Surge um novo profissional no mercado: comunicativo, versátil e de muita imaginação, ele trabalha quando todos descansam e tem a pretensão de vender a cada um de nós uma pequena parte do paraíso. Ou, ao menos, uma certa ilusão de felicidade que, como se sabe, nunca está onde a pomos, porque nunca a pomos onde nós estamos. Esse profissional diz que veio para colocá-lo no devido lugar, com esse pensamento o profissional de lazer vai se posicionando neste mercado globalizado (GARCIA, 2001: 23). Diferentemente de Garcia (2001), muitos erroneamente ainda não consideram a importância dos profissionais do lazer, questionando o trabalho destes como sendo fácil, menor e capaz de ser desenvolvido por qualquer pessoa, das mais diversas formações ou mesmo sem capacitação adequada. Como atividades que envolvem pessoas, possuem certas particularidades de comportamento, tomadas de decisões e reações que não podem ser totalmente previstas ou antecipadas (BECKER, 1998). Estas particularidades refletem-se também no profissional: singular, comunicativo, ético, perspicaz e eficiente, critérios altamente valorizados. Pensar o lazer atualmente, em tempos de globalização, é pensar em um profissional que opera com ética e identidade agregada de valores e de construção constante. Este processo, por sua vez, sofre algumas variáveis que identificam os profissionais de lazer em seu campo de atuação: tipos de públicos/clientes; exigências e expectativas específicas; equipamentos de lazer específicos e não específicos onde se realizarão as atividades. Mediante estas variáveis, são atribuídos aos profissionais inúmeras nomenclaturas, como: animador cultural, monitor, recreador, agente cultural, orientador social dentre outros. Ao mesmo tempo em que vemos como positivo as várias nomenclaturas para os profissionais de lazer, já que se direcionam aos públicos diferenciados, vemos como negativo essa discrepância, principalmente por ocasionar dificuldades na definição de um processo de formação. Sabemos que, para atuar em qualquer área, o profissional precisa ter características básicas e específicas para desenvolver seu trabalho de forma satisfatória. Nestas características notamos,

no caso do lazer, não só uma preocupação operacional como também de planejamento, o que nos faz acreditar que para dotarmos um profissional de perfil adequado, ele deverá, além das características já citadas, possuir uma visão organizacional colocando-se não só como executor como também de gestor de atividades e programas. Não desconsiderando a formação que se adquire ao longo de suas vivências, como educadores, acreditamos que há um fundamental papel da educação, não só superior especificamente advindas dos cursos de Educação Física, Turismo e Hotelaria como também dos cursos livres e técnicos. O ensino superior não é o único caminho, porém é o de relevante importância no processo de formação contínua de um profissional que, em seu envolvimento no campo do lazer, possa também exercer um papel social e educativo. Neste momento, depositamos nas universidades o papel de também desenvolver, por meio das disciplinas que compõem o currículo dos cursos superiores, a capacidade de análise crítica da sociedade e sua necessidade de lazer; a aquisição de um pensamento científico que abrange os aspectos filosóficos, sociológicos, antropológicos e psicológicos de pequenos e grandes grupos; bem como a capacidade de gerir, liderar, organizar, desenvolver e observar criticamente as várias ações nas diferentes oportunidades de atuação. Uma das funções do lazer é desenvolver a personalidade em prol do enriquecimento vital das pessoas e, neste sentido os objetivos do lazer e da educação se harmonizam. Percebemos que uma das maiores dificuldades na elaboração de uma política educacional para o lazer e para a educação é como tornar o conteúdo dos cursos e aqui enfatizamos os de nível superior relevantes à vida dos estudantes e futuros egressos. O processo ensino-aprendizagem deve ser aplicado de maneira que ocorra uma construção conjunta, na qual o professor é mediador, incentivador da relação democrática com o aluno. Construindo junto, o professor facilita o processo, abrindo caminhos para desenvolver autonomia para que o aluno desenvolva significado naquilo que aprende, associando e assimilando teoria e prática. Masetto (2003) entende que para que ocorra uma aprendizagem significativa é preciso que ocorram modificações no comportamento do aluno/ aprendiz: Aprendizagem significativa é aquela que envolve o aluno como pessoa, como um todo (idéias, sentimentos, cultura, valores, sociedade, profissão). Ela se

dá quando: o que se propõe para aprender se relaciona com o universo do conhecimento, experiências e vivências do aprendiz; permite a formulação de perguntas e questões que de algum modo o interessem e o envolvam ou lhe digam respeito; lhe permite entrar em confronto experimental com problemas práticos de natureza social, ética, profissional que lhe são relevantes; permite e ajuda a transferir o aprendizado na universidade para outras circunstâncias da vida; suscita modificações no comportamento e até mesmo na responsabilidade do aprendiz (MASETTO, 2003: 43). As mudanças sempre acontecerão no processo de aprendizagem enquanto estas forem significativas e continuadas. Significativa por associar a teoria e a prática pela transferência de aprendizagem e conhecimento intelectual do professor em ponte com o aluno e suas experiências individuais. Continuada por se iniciar nos cursos livres, técnicos, de graduação, estendendo-se para os ambientes que abrangem o exercício profissional, familiar e social, bem como através de cursos de extensão, especialização, mestrado e doutorado. Vale salientar que ao falarmos de mudanças significativa e continuada, estas não devem acontecer somente por parte do aluno/aprendiz, mas também por parte do professor. No processo de aprendizagem, o professor mais do que ser um especialista deve ser mediador da aprendizagem. A contínua atualização, pesquisa e busca do conhecimento deverá estar diretamente relacionada à motivação de seus alunos, além do que, o docente precisa identificar-se com o que faz, aceitar desafios e buscar metas (mesmo que exija a quebra de paradigmas) e conseqüentemente adequar-se a algumas competências básicas e específicas: Define-se uma competência como aptidão para enfrentar um conjunto de situações análogas, mobilizando de uma forma correta, rápida, pertinente e criativa, múltiplos recursos cognitivos: saberes, capacidades, micro-competências, informações, valores, atitudes, esquemas de percepção, de avaliação e de raciocínio (PERRENOUD e THURLER, 2002: 19 apud MASETTO, 2003: 25). Esta é uma definição que aponta para que o docente, entendedor das competências, apresente e desenvolva conjuntamente saberes, valores, atitudes e habilidades. Não há receitas prontas para as inúmeras situações que envolvem alunos, sala de aula e instituições. Por meio da reeducação e contínua desconstrução e construção, o docente assume a efetiva responsabilidade de manter-se atualizado, formar novas gerações, promover pessoas e tornando-as melhores e mais felizes em uma sociedade antecipada (CASTANHO, 2001: 162).

No entanto, o compromisso em sala de aula deve ser refletido não só como uma ação que acontece em um espaço físico e sim num ambiente em que a aprendizagem acontecerá através de técnicas estratégicas. Vários serão os itens que comporão o perfil docente e a atuação do professor marcante, porém, a constituição dos critérios de escolha das estratégias utilizadas em sala de aula serão um de seus diferenciais, principalmente quando este docente encontra-se envolvido com questionamentos de qual profissional devemos formar. Assim como Abreu e Masetto (1990), empregaremos aqui o termo estratégia num sentido bastante amplo, incluindo metodologia de sala de aula, técnicas pedagógicas e de ensino, métodos didáticos, ambientes (presenciais e virtuais), processos avaliativos etc.. Com objetivos bem traçados sobre critérios da escolha das estratégias, o professor utiliza-se das técnicas como instrumentos que se caracterizam por auxiliá-lo a atingir, nos alunos, seus objetivos no campo afetivo, cognitivo, de habilidades e valores. Todas as ações devem ser previamente planejadas e executadas, considerando- se os ambientes, conteúdos, objetivos e processo avaliativo. Para este último, destacamos que com o constante acompanhamento do aluno, em todos os momentos de seu processo de ensinoaprendizagem, o feedback passa a ser contínuo, fazendo com que a avaliação ganhe dimensões diagnósticas, prospectiva e formativa. É a constante interação com o aluno que nos mostra que as pessoas são heterogêneas e que é totalmente contraditório trabalhar com um plano de disciplina inflexível; contrário a simples identificação de resultados o (...) processo de avaliação é entendido como um elemento de incentivo e motivação (...) (MASETTO: 2003 149). O plano deve apresentar-se flexível e comprometido não podendo existir somente dentro de nossas cabeças evitando desvios dos objetivos e falha na transmissão dos conteúdos. É o planejamento das ações que guiará o docente para o tempo de duração das atividades, para o material imprescindível a ser utilizado num determinado momento, para a definição das melhores estratégias, indicação bibliográfica, seqüência ordenada e hierárquica dos conteúdos, evitar repetição, integrar disciplinas, dentre outros. O planejamento evita que ocorram esquecimentos e contradições que poderão facilitar a exposição do docente aos alunos, comprometendo no fator de confiabilidade.

Além de planejar, sabemos que a prática docente aliada ao conhecimento de determinada dinâmica e do público-alvo serão os responsáveis pelo sucesso da aula. A flexibilidade e a criatividade devem estar presentes não só no primeiro dia de aula, como em todo desenvolvimento da disciplina. Pensando no desenvolvimento da disciplina de Lazer e Recreação foi que iniciamos nossos passos. Segundo Masetto (1990; 15-23) nosso plano de disciplina inicia-se pela identificação ; aparentemente tida como indispensável para muitos docentes, esta é o instrumento de comunicação entre o professor, instituição e demais professores. Afim de tornarmos o exercício da elaboração do plano mais próximo da realidade, realizamos uma pesquisa cuja amostra nos apresentou uma diversidade de temas e carga horária porém nos possibilitou o conhecimento do que está sendo proposto nas Instituições de Ensino Superior, auxiliando-nos na formulação de nossa proposta. Os dados foram checados e confirmados por intermédio de acesso virtual (internet). Nossos passos seguintes foram o desenvolvimento das Unidades de Aprendizagem. Totalizando um número de seis, cada qual foi organizada da seguinte maneira: ordenação dos objetivos específicos propostos; escolha dos conteúdos que atenderiam aos objetivos; observação da carga horária que atenderia aos objetivos e conteúdos para a definição das estratégias; escolha das estratégias; adequação da referência bibliográfica; métodos avaliativos. CONSIDERAÇÕES FINAIS Os estudos do lazer são recentes em nosso país. Há variadas referências bibliográficas, porém, que se remetem umas às outras e grande também é a repetição de idéias nos textos que realmente contextualizam o lazer. Por esse motivo, não tivemos dúvida em apoiar nosso trabalho na reflexão de alguns autores e pesquisas que datam de 10 ou 20 anos atrás. Em contrapartida, há uma gama de referências direcionadas às técnicas de animação, aplicadas nas instituições como manual básico. Contudo, a abordagem deste assunto não nos interessou quanto ao desenvolvimento do tema, por acreditarmos que as técnicas nele contidas são estratégias para que o docente desperte no aluno a criatividade e interesse para o desenvolvimento dos conteúdos sociológicos, psicológicos, antropológicos e humanísticos do lazer, diferentemente das propostas oferecidas dos cursos livres e técnicos.

A multidisciplinaridade do lazer implica em um campo de formação que não se reduz ao domínio específico de conhecimentos relativos somente às áreas como Educação Física, Turismo e Hotelaria. Mas, conforme pudemos constatar através de dados simples como nomes e cargas horárias das disciplinas, notamos que há um desentendimento entre as instituições perante o perfil ideal do egresso que está se inserindo no mercado de trabalho do lazer. O plano de disciplina de um curso de graduação deve sugerir diversificação, procurando combinar conhecimentos diretamente relacionados com o lazer e sua interface com a sociedade, cultura, política, dentre outros, de maneira ampla e diferenciada, compreendendo o conhecimento de vários temas como técnicas e processos operacionais que envolvam os equipamentos (clubes, hotéis, escolas, etc.) e interesses (artes plásticas, artes manuais, artes musicais, jogos, brincadeiras, expressão corporal, dentre outros) de determinado público-alvo. Possíveis respostas podem estar centradas na sensibilização do profissional dentro das universidades, se trabalhado dentro de uma dimensão humanística. Esta tenderá a conscientizá-lo sobre a importância do seu papel, como aluno, na elaboração de novas propostas dentro dos espaços humano e social, ocasionando futuramente, como egresso e profissional, satisfação pessoal, preocupação e desenvolvimento da ética e da cidadania, sugeridas em nosso plano de disciplina. REFERÊNCIAS ABREU, M. C. e M. T. MASETTO. O professor universitário em aula. 11ª ed.. São Paulo: MG Editora, 1990. BECKERS, T.. O capital humano no lazer. Lazer numa sociedade globalizada. São Paulo: Sesc, pp.251-266, 1998. CAMARGO, L. O. L. Educação para o lazer. São Paulo: Moderna, 1998. As práticas de lazer da população. CAMARGO, L. O. L. Lazer: teoria e prática. São Paulo: Manole (no prelo). COSTA, N. O professor ideal. DORIA, F. A. (coord). A crise da identidade. Rio de Janeiro: Revan, 1998 apud M. E. CASTANHO. Sobre professores marcantes. S. CASTANHO e M. E.

CASTANHO (orgs.). Temas e textos em metodologia do ensino superior. Campinas: Papirus, 2001. DUMAZEDIER, J.. A Revolução cultural do Tempo Livre. São Paulo: Studio Nobel / Sesc, 1994.. Lazer e cultura popular. São Paulo: Perspectiva, 1973.. Valores e conteúdos culturais do lazer. São Paulo: Sesc,1980 GARCIA, E.B. Os novos militantes culturais. N. C. MARCELLINO (org.). Lazer: Formação e atuação profissional. Campinas: Papirus, pp.23-24, 2001. MASETTO, M. T. Competência pedagógica do professor universitário. São Paulo: Summus Editorial, 2003. PERRENOUD, P. e M. THURLER. As competências para ensinar no século XXI. Porto Alegre: Artmeed, 2002 apud M. T. MASETTO. Competência pedagógica do professor universitário. São Paulo: Summus Editorial, 2003. REQUIXA, R.. As dimensões do lazer. São Paulo: Sesc, 1974. REVISTA VEJA SÃO PAULO. Onde levar os anjinhos. São Paulo, Editora Abril, Ano 36, nº 40, p.14-30, 8 de outubro de 2003.. A qualidade de lazer na Cidade de São Paulo. São Paulo, Editora Abril, Ano 36, nº34, pp. 24-32, 5 de julho de 2003. SANTOS, M.. Por uma outra globalização. 7ª ed.. São Paulo: Record, 2001. SEVERINO, J. A.. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez, 1993. STUCCHI, S.. Espaços e equipamentos de recreação e lazer. H. T. BHUHNS (org.). Introdução aos estudos do lazer. Campinas: Unicamp, pp.105-118, 1997. WERNECK, C. L. G.. Lazer e mercado: panorama atual e implicações na sociedade brasileira. C. L. G. WERNECK; E. STOPPA e H. F. ISAYAMA. Lazer e mercado. Campinas: Papirus, 2001. Sites consultados: http://www.acmsorocaba/fefiso.com.br, consultado em 21 de maio de 2004. http://www.fefisa.com.br/pages.php?recid=329, consultado em 21 de maio de 2004. http://www.fefisa.com.br/pages.php?recid=132, consultado em 21 de maio de 2004.

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