A MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA NA SALA DE AULA UMA AÇÃO



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Transcrição:

A MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA NA SALA DE AULA UMA AÇÃO Resumo Izabel Soares de Lima Huning 1 - UNOCHAPECÓ Grupo de Trabalho - Formação de Professores e Profissionalização Docente Agência Financiadora: não contou com financiamento O presente artigo tem como objetivo refletir sobre a importância da mediação na prática pedagógica, lançando simultaneamente um olhar diferenciado sobre o papel do professor e a sua mediação para com os alunos com Deficiência Mental e os demais alunos da classe regular. Para isso busca-se atingir resultados na assimilação de conceitos, norteados pela mediação pedagógica, e com isso corroborar com a aprendizagem de todos os alunos. Pensar no atendimento a alunos com Deficiência Metal, nos leva a fazer uma revisão nos conceitos a respeito da inclusão, bem como no modelo de homem que se pretende formar. A prática pedagógica de sala de aula anda imbricada com o processo de inclusão, tendo em vista que a partir dela surgem respostas para questionamentos de como trabalhar dentro do estabelecido pelos currículos nas disciplinas, há então que se ressignificar os conceitos que se pretende trabalhar, neste sentido o professor deve considerar em sua prática pedagógica métodos que visem a aprendizagem dos alunos com deficiência metal, para tanto há a necessidade de adaptação curricular adequada, respeitando o contexto sócio histórico em que estão inseridos. Isso faz com que o professor se mobilize no intuito de elaborar metodologias diversificadas que resultem em aprendizagem, tomando como norte o trabalho por conceitos, pois a educação inclusiva é muito ampla e para atende-la os profissionais devem estabelecer regras de ressignificação entre o ser e o querer, reconhecendo assim suas inteligências, valorizandoos sempre em relação ao ambiente em que estiverem inseridos ao longo de sua trajetória, para isso pode e deve usar e abusar de métodos que estabeleçam referencias e significados para as crianças e adolescentes atendidas no ensino regular possam levar em conta suas vivencias. Feito isso busca-se atingir resultados na assimilação de conceitos norteandos por prática pedagógica diferenciadas com a finalidade de contribuir com a produção de conhecimentos com base em uma proposta de avaliação e construção mais ampla e adequada do uso do conceitos para alunos que apresentam deficiência mental Palavras Chaves: Mediação, Prática Pedagógica, Alunos, Conhecimentos. 1 Acadêmica do Curso de Licenciatura em EDUCAÇÃO ESPECIAL UNOCHAPECO CHAPECO SC. Graduada em Geografia Licenciatura UNOESC CHAPECO SC com pós graduação em Geografia Regional UNOESC CHAPECO SC Mestranda em Educação pela FUNIBER FLORIANOPOLIS - SC

14550 A ESCOLARIZAÇÃO E OS PROCESSOS MENTAIS As relações existentes entre a escolarização e os processos mentais de desenvolvimento das crianças se dão pela mediação destas com outros sujeitos, sendo assim, a partir da mediação acontece o processo de ensinar, e, este envolve o professor, o aluno e os conceitos que irão sendo produzidos ou que foram produzidos no tempo e no espaço. Para tanto, o professor deve fornecer os instrumentos necessários para que os alunos possam transformar o que é mediado em aprendizagem na medida em que, os mesmos consigam promover interpretações, ou releituras produzindo novos significados a respeito de algo que está sendo mediado pelo professor. O que o professor deve considerar em sua prática pedagógica é a forma que o aluno estrutura a sua forma de pensamento para aprimorar sua aprendizagem e não apenas valorizar os conteúdos trabalhados em sala de aula. Assim, as atividades interpessoais devem ser fundamentais nas mediações levando em consideração a Zona de Desenvolvimento Proximal, que significa levar em consideração o cotidiano, pois é a partir dela que o mesmo consegue internalizar conceitos científicos. Para Vygotsky (2010) a Zona de Desenvolvimento Proximal deve primar pelo conhecimento de para entender o porquê, assim o científico toma sentido para o aluno à medida que o professor através da mediação vai dando novos significados para os conceitos abstratos. O autor analisa a função da escola e da educação para o contexto sócio histórico, ficando evidente que esta exerce papel preponderante no que se refere à construção e transmissão de conhecimento à medida que proporciona as condições adequadas para a organização da variabilidade dos sentidos e significados dos conceitos que são mediados (produção do conhecimento histórico), por isso destacam que são as expressões que organizam o pensamento e a partir desta organização são estabelecidas as atividades mentais mais abstratas, e isto se dá na relação pedagógica. Sendo assim, o papel do professor é o de mediar, adequar metodologias, pois isso resulta numa reconstrução interna de uma operação externa (internalização), em que as funções psicológicas do homem sofrem modificações à medida que este consegue desmistificar o processo de abstração científica tornando o conceito o mais próximo possível de sua realidade. Subentende-se que a partir da mediação o aluno consegue promover uma série de decodificação, pois este consegue ir organizando sistematicamente o pensamento e a

14551 linguagem, atribuindo-lhes funções significativas ao mesmo tempo em que este consegue se integrar, se direcionar e realizar operações mentais. Em relação à escrita Vygotsky considera que mesmo mediada exige de quem dela se utiliza de processos complexos ao mesmo tempo em que exerce função no desenvolvimento psicológico superior, tendo em vista que é referente a ela, que a criança/aluno consegue organizar seu processo de elaboração mental assumindo-a ou recusando-a. É importante definir o que é ensinar (escola) e o que é vida cotidiana, porém estas andam juntas andam imbrincadas, sendo que na cotidianidade a mediação é mais espontânea, já na escola a mediação se dá com base na aquisição do conhecimento e este com a relação com os conceitos científicos já elaborados. Para tanto, há que se levar em consideração o processo de desenvolvimento da criança desde o seu nascimento e que vai se ampliando pela vida a partir das mediações que são estabelecidas. Na escola ocorre a elaboração conceitual dos conhecimentos científicos que se tornam aprendizagem a partir das relações de ensino, ou seja, a mediação pedagógica parte do pressuposto de que a criação de situações ostensivamente experimentais é a de viver experimentalmente as situações, pois isso cria e recria situações de apropriação e mediação do conhecimento o que leva a criação e a elaboração inter-mental para se transformar em intramental, desta forma, o papel do professor é de fundamental importância desde que saiba lidar com a função de mediador e entenda o seu papel no processo de elaboração dos conceitos. Nesta perspectiva o processo de mediação em sala de aula, deve estar organizado de maneira que a ação reação esteja sintonizados num mesmo contexto, pois ao mesmo tempo em que buscam um novo sentido um novo significado - mais estruturado a medida em que vai tendo compreensão dos conceitos, é por isso que o ato da mediação pedagógica torna-se muito importante, pois o professor faz uso da palavra em seu ato de ensinar haja vista que as palavras são carregadas de sentido e significado (BACKTIN, 1986 apud FONTANA 2000, p. 26-27), e na vivência das crianças isso vai tomando novos sentidos a partir de sua organização do pensamento, que complementam sua comunicação verbal. É importante destacar que na mediação pedagógica as decodificações dos signos se dão a partir, do momento em que os conceitos vão tendo maior significado tendo como norte situações reais, assim o professor precisa fazer uso de estratégias variadas para mediar o trabalho intelectual em sala de aula, levando em consideração o seu conhecimento dos

14552 conceitos a que se propõe a trabalhar e o conhecimento do grupo das crianças para poder problematizar e com isso elaborar novos significados (conceitos), que são as sistematizações. A mediação pedagógica em sala de aula deve ter uma intencionalidade, pois o ato de ensinar pressupõe um processo que envolve professor aluno e conceitos que foram historicamente construídos, mas que com a mediação estes podem vir a ser ressignificados à medida que ocorre a apropriação da cultura escolar, ou seja, mediar é oferecer instrumentos necessários para a apropriação dos conceitos e a partir destes criar (re) criar uma nova estrutura de ressignificação do conhecimento. Em síntese a mediação pedagógica na sala de aula constitui-se na criação de instrumentos para ampliar as habilidades para estruturar o pensamento que resultará em aprendizagem e não apenas o uso do conteúdo pelo conteúdo de forma quantitativa sem atribuir a este condição de uso do pensamento para apropriar-se do conhecimento. Mas tornando-o aprendizagem à medida que é mediada pelo professor, ou seja, a criança estabelece novo significado ao conceito se quem estiver mediando souber estabelecer estratégias direcionadas que possibilitem a reconstrução do conceito e do significado, isso amplia a atividade inter-mental, que são as capacidades cognitivas das crianças em contato com o mundo do conhecimento resulta num novo conceito, haja vista que a criança pode estabelecer comparações a partir da classificação dos mesmos que podem ser mediados oralmente pelo professor em sala de aula. DA MEDIAÇÃO PARA A PRÁTICA PEDAGÓGICA A educação especial para Deficiência Mental assume importância cada vez maior a cada dia que passa, pois surgem novas exigências, nesta perspectiva na sociedade que exigem maior participação destes sujeitos na vida ativa e por isso há a necessidade de processos que se renovem em busca de uma democracia de fato, haja vista que todos têm direito a cidadania, e esta só será alcançada quando todos indiscriminadamente tiverem acesso aos meios necessários para a sua formação plena. Na área Educação Especial a Deficiência Mental caracteriza-se por limitações significativas no que tange o funcionamento de algumas habilidades básicas inerentes ao ser social, onde segundo a Associação Americana de Retardo Mental (AARM 1992), as limitações estão relacionadas ao impacto funcional da interação entre a pessoa com uma limitação intelectual, as habilidades adaptativas e o seu ambiente e é por isso por muito tempo estes sujeitos

14553 foram considerados incapazes, e, foram segregados e excluídos de participarem do ensino regular, assim os alunos com diagnóstico em Deficiência Mental eram simplesmente ignorados, muitas vezes evitados e até abandonados, historicamente encarcerados ou eliminados. A partir de 1990 a Educação Especial ganha força e passa a ser vista de outra forma, principalmente com a Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994) institui o acesso e a qualidade de atendimento, declaração de Jomtien (1990) que formalizou a educação para todos, este critério levanta as possibilidades de as políticas de educação brasileira iniciar as reflexões a respeito das necessidades existentes a respeito da inclusão. Nesta perspectiva quanto mais contraditória que possam parecer às reflexões a respeito da inclusão das pessoas com Deficiência Mental, mesmo assim estas vêm se refletindo conjuntamente nos sistemas educacionais, embora tais reflexões gerem contradições em certos momentos no que tange a educação especial dos alunos com Deficiência Mental, ganha força, pois a humanidade de maneira geral prima pela igualdade de valores dos seres humanos e, por conseguinte pela garantia dos direito entre eles, isso porque foi esta mesma sociedade que por séculos excluiu pessoas com Deficiência Mental do ritmo de produção, devido à dificuldade de que os mesmos apresentavam A pessoa com deficiência mental devem exercer o pleno dever de cidadão em uma sociedade trabalhadora, produtiva, participativa e contribuinte, é neste novo cenário que emerge a necessidade da inclusão das pessoas com Deficiência Mental, pois a sociedade exige indivíduos-cidadãos sabedores e conscientes de seus valores, direitos e deveres, por isso integra-los aos programas educacionais flexíveis que possa abranger os mais variados tipos e características de alunos e oferecer o mesmo conteúdo curricular sem perda de qualidade do ensino e da aprendizagem. Neste contexto a mediação pedagógica se faz com base em todo o cabedal teórico aprendido nas práticas pedagógicas relacionado à Deficiência Mental, assim foi possível propor intervenções de mediação e adaptações curriculares para a prática desenvolvida no 1º ano do ensino médio da E.E.B. Coronel Ernesto Bertaso, Chapeco SC, foi possível observar ainda que existe diferença de funcionamento entre a sala regular e as salas de recurso, pois se primou por um trabalho em conjunto com a mesma, na medida em que na prática em sala trabalhavam-se os conceitos com adaptações curriculares com materiais concretos, contou-se também com o auxilio da professora do SAEDE nos dias em que o referido aluno

14554 frequentasse este espaço a mesma buscava em pesquisas aprofundar o entendimento dos conceitos trabalhados no ensino regular. Assim sendo, observou-se na prática pedagógica de sala de aula no estágio na referida escola que a apropriação do conhecimento não se dá de forma estanque para os alunos, mas ao contrário esta vai se construindo de forma sutil a partir das interpretações e (re) interpretações que os alunos vão promovendo a respeito dos conceitos trabalhados e mediados pelo professor, respeitando seus avanços. Para Vygotsky O pensamento não é simplesmente expresso em palavras, e é por meio delas que ele passa existir (VYGOTSKY, 1987 apud KASSAR, 2006, p. 63). Dito de outra forma, o conhecimento do aluno com Deficiência Mental vai sendo construído a partir das relações e mediação estabelecida entre o conceito cientifica e o conhecimento proximal, para tanto é fundamental estar atento ao nível de dificuldade do aluno com Deficiência Mental na sala regular. Para tanto se faz necessário desenvolver métodos de mediação adequados que possibilitem a apropriação do conhecimento nas várias áreas, tendo em vista que a partir do momento em que este esteja inserido no ensino regular as áreas se ampliam de modo que este também avança de ano (série) cursada, no ensino fundamental chegando ao ensino médio ou mesmo ao ensino superior, assim para Bueno (2001, apud JANUZZI, 2004, p. 22) o essencial é tornar o educando capaz de realmente conhecer a realidade, atuar com todos transformando-a, para tanto a mediação deve nortear-se pela transversalidade, pois as ações de mediação podem amparar-se em recursos didáticos pedagógicos como estratégias que visem impulsionar e corroborar os processos de ensino aprendizagem. Nesta perspectiva a apropriação do conhecimento para o aluno com Deficiência Mental se dá com base nas relações que são estabelecidas, tendo em vista que existem códigos linguísticos que estabelecem sentido e significação ao conceito que esteja sendo mediado, e assim, surgem possibilidades de aprendizagem. O professor mediador precisa ter clareza que é a partir do Inter (relações sociais) para o intra (internalização) que as relações vão se mediando, tendo como norte a palavra como mediadora das experiências que se processam no tempo e no espaço à medida que o aluno com Deficiência Mental consegue internalizar conceitos conforme destaca Fontana (1996), o professor precisa ter presente critérios de trabalho, pois alguns alunos podem possuir uma memória imediata mais aguçada ou ainda, se esta (memória) não faz sentido para ele, assim a função da mediação é preponderante, pois o aluno em questão ao não conseguir memorizar o conceito trabalhado deixa de ter sentido, por

14555 isso o recurso da palavra na mediação deve ser o de buscar outras formas de estabelecer relações que possibilitem o entendimento do conceito a partir de relações concreto-abstratas. Para tanto o professor mediador deve imbuir-se de recursos intramental que levem o entendimento do inter social, e neste caminha os resultados serão melhores assimilados, haja vista que o uso da palavra torna-se fundamental na medida em que o nível de exigência aumenta assim definido por Luria (1987, p. 203 apud FONTANA, 2000) a palavra é o meio de generalização criado no processo histórico-social do homem. Neste contexto a palavra não é estática (FONTANA, 2000, p.15), ou seja, ela pode ser usada na mediação como meio substitutivo das abstrações-relações, já que, ela transforma e organiza o pensamento do aluno com Deficiência Mental nas diferentes faixas etárias, neste sentido Vygotsky (FONTANA, 2000, p.15) caracteriza que o pensamento vai do sincrético para o complexo à medida que variam as formas no uso da palavra, e como resultado ocorre à formulação dos conceitos abstratos. Neste sentido o professor em sua prática de mediação em sala de aula deve antes de tudo levar em conta a realidade em que está inserido, seja no sentido inter e intra, haja vista que, com esta prática o mesmo interferirá na relação entre quem ensina e quem aprende e estes com o conhecimento que será aprendido aprendizagem, e isso é possível na medida em que o aluno entra em contato com os saberes científicos que podem ser mediados pelo professor no intuito de transformar todo rigor de abstração em aprendizagem pelo processo de interação social. Cardoso e Toscano (2011, p.13470) destacam que, a mediação pedagógica favorecerá um modo de interação entre o mundo interior e o exterior do sujeito de forma que esse indivíduo possa desenvolver e ampliar suas capacidades.. No estágio o professor de Geografia em sua mediação, propõe a partir de adaptações pedagógicas atividades que visem desenvolver o processo de assimilação e apreensão do conhecimento desmistificando a ideia da simples memorização de conteúdos, pelo conteúdo, mas antes disso este precisa ter sentido e significados para o sujeito alvo do ato de aprender a apreender o que lhe é significativo. Assim sendo nossa reflexão norteia-se pela ação desenvolvida em sala de aula com aluno Deficiente Mental regularmente matriculado no primeiro ano do Ensino Médio, de uma Unidade Escolar Estadual, onde o processo de mediação é um ato necessário e preponderante, tendo em vista que o mesmo possui condições de se apropriar de conceitos científicos que a ele se apresentem com algum significado, para isso o professor no papel de mediador precisa

14556 despertar no aluno o desejo em querer aprender, e faze-lo sentir-se ator deste processo de aprendência, para tal o melhor caminho é partir do inter para o intra, caminho este que o levará a internalização do conhecimento, aprendizagem como resultado, neste sentido Kramer (1989, p. 19 apud BULGRAEM (2010, ANO p.32,33), destaca que, [...] o trabalho pedagógico precisa se orientar por uma visão das crianças como seres sociais, individuais que vivem em sociedade, cidadãs e cidadãos. Isso exige que levemos em consideração suas diferentes características, não só em termos de histórias de vida ou de região geográfica, mas também de classe social, etnia e sexo. Reconhecer as crianças como seres sociais que são implica em não ignorar as diferenças. Dessa forma ao se mediar o trabalho em sala de aula com alunos com Deficiência Mental, é preciso levar em consideração a importância do social no processo de aprendizagem, pois se entende que é a partir do entra que abre caminho para a problematização do intra, com isso o conhecimento passa a ser construído em nível individual, e vai ser socializado pelos métodos de mediação do professor, mas é importante ter clareza que o ensino e a aprendizagem são caminhos que ora se cruzam ora se distanciam, pois os alunos com Deficiência Mental possuem condições cognitivas que se desenvolvem em ritmos específicos, para tanto o papel do professor é preponderante no que tange o ensino aprendizagem propriamente dito, assim o mesmo deve planejar e (re) planejar concomitantemente sua ação pedagógica em sala de aula, haja vista que, a meta é estimular o processo do intra dos alunos com Deficiência Mental no que se refere à aprendizagem e a internalização dos conceitos que para ele são significativos. Neste sentido a mediação do professor deve ser criteriosa, pois conforme destaca Bakhtin, tudo deve ter um sentido e um significado, por isso o aluno com Deficiência Mental, não deve ser visto como incapaz, mas antes disso, o professor ao elaborar uma estratégia pedagógica, este deve buscar meios de integrar o aluno com Deficiência Mental no processo, de forma que em sua mediação este deixe de ter uma postura de ouvinte (FONTANA, 2000), mas propor-lhe ação participação nas situações que o leve a entender e apreender a importância do conceito que ora esteja sendo trabalhado, esta foi à proposta do estágio, pois assim o aluno com Deficiência Mental organiza cognitivamente a internalização dos conceitos na medida em que se sente sujeito da ação da criação da aprendizagem, para tanto o professor passa a ser mais um mediador provocador, deixando de lado o velho estigma de continuísta sem sentido e isso se fez sentir e observar durante o estágio.

14557 Desta forma os planos de ação dos professores são fundamentais para o processo de ensino aprendizagem de meninos e meninas com deficiência mental, mas para que isto se concretize de fato as adaptações curriculares são preponderantes, neste sentido o mesmo deve lançar mão de materiais variados, para promover uma melhor compreensão dos conteúdos científicos, neste sentido Vygotsky define que para uma melhor intermediação dos conceitos abstratos se dá através da ZDP (Zona de Desenvolvimento Proximal), ou seja, à medida que o professor estabelecer relações entre conceitos e a realidade o entendimento para o aluno com deficiência mental é mais bem apreendido. Wallon (2010, p.155) destaca, Mediante a linguagem, o objeto do pensamento deixa de ser exclusivamente o que, por sua presença, se impõe à percepção. Ela dá à representação das coisas que não existem mais ou que poderia existir o meio de serem evocadas, confrontadas entre si e com o que é sentido agora. Assim objeto de nosso estágio foi realizado um trabalho com um aluno com deficiência mental matriculado na educação básica no primeiro ano do ensino médio da Escola Educação Básica Coronel Ernesto Bertaso Chapecó SC, com o intuito de promover adaptações curriculares que possibilitem um melhor aproveitamento das habilidades cognitivas do mesmo tendo em vista que as capacidades cognitivas variam de um para outro, e que toda criança e ou adolescente com deficiência mental ora apresenta avanços, ora apresenta retrocessos, pois; circunstancias, pode experimentar, junto com seu desejo, a expectativa; junto com a atração por um novo objeto, a reviravolta de seus gestos (WALLON 2010, p.157) Ou ainda para Vygotsky (2010 p.69-70); A resposta requerida difere de acordo com o número de estímulos e o interesse do pesquisador: algumas abordagens procuram decompor a reação numa série de processos elementares, cujas durações podem ser somadas e subtraídas para estabelecer as leis de sua combinação; outras procuram descrever a reação emocional do sujeito quando ele responde ao estímulo. Diante do exposto objetiva-se com o estágio organizar estratégias de mediação diante do aluno com deficiência mental e os demais da turma e a forma como será organizada a ação para a sua integração com os demais alunos da turma a partir das adaptações curriculares, pois se entende que os conceitos podem e devem ser aprofundados gradativamente à medida que se estabelecem as relações do real ZDP (Vygotsky) ao abstrato, onde WALLON (2010, p157) destaca;

14558 A designação do tempo e sua identificação precisa exigem sem dúvida um deslizamento dos três termos: amanha, hoje, ontem, sucessivamente na mesma frase, e a relatividade desse ajuste entre palavras e coisas supõe um desdobramento de planos sobre os quais os objetos do pensamento se projetam que já é de uma evolução mental elevada. Espera-se então ao final do estágio que o aluno sinta-se parte integrante do processo na construção do saber e que o professor seja o agente desta construção, pois este ao promover adaptação curricular deve fazê-lo levando em consideração as peculiaridades de cada aluno com deficiência metal, passível que os mesmos logrem êxito no entendimento dos conceitos em aula trabalhados, e este entendimento deve se estender aos demais alunos da turma. REFERÊNCIAS BULGRAEN, Vanessa. O Papel do Professor e Sua Mediação nos Processos de Elaboração do Conhecimento. Revista conteúdo. Capivari. V.L. n.4, ago/dez. 2010 ISSN 1807-9539 CARDOSO, Leila Aparecia Assolari. TOSCANO, Carlos. A Mediação Pedagógica na Sala de Aula: O Papel do Professor na Construção do Conhecimento. PUCPR. Nov. 2011 DECLARAÇÃO MUNDIAL SOBRE EDUCAÇÃO PARA TODOS. Plano de Ação para Satisfazer as Necessidades Básicas de Aprendizagem. Tailândia, 1990. Disponível em: http://www.acaoeducativa.org.br/downloads/declaracao_jomtien. pdf. Acesso em 21 de julho de 2013. FONTANA, Roseli Cação Mediação Pedagógica Na Sala de Aula, Editores Associados. Campinas SP. 3ª ed. 2000. JANUZZI, Gilberta Dra. Algumas Concepções de Educação do Deficiente. Ver. Bras. Cienc. Esporte. Campinas. V. 25. N. 3, p. 9-25, maio 2004 KASSAR, Monica de Carvalho Magalhaes. Quando Eu Entrei na Escola... Memórias de Passagens Escolares. Cad. Cedes. Campinas. Vol. 26, n. 68. P. 60-73, jan/abr, 2006 DECLARAÇÃO DE SALAMANCA Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das Necessidades Educativas Especiais. Espanha, 1994. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca. pdf. Acesso em 21 de julho de 2013. VYGOTSKY. L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 2010. VYGOTSKY. L. S. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. 2ª edição. São Paulo: Ícone, 2010. WALLON, Henri. A Evolução Psicológica da Criança. Martins Fontes, São Paulo 2010. p.35-45.