ARMAZENAMENTO NA FAZENDA



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Transcrição:

Adriano Mallet adrianomallet@agrocult.com.br ARMAZENAMENTO NA FAZENDA O Brasil reconhece que a armazenagem na cadeia do Agronegócio é um dos principais itens da logística de escoamento da safra e fator de ganho financeiro do produtor rural e aumento da sua renda na propriedade (lavoura). Ter sua armazenagem própria é a garantia de manter a qualidade original do seu grão colhido no momento da venda ao mercado. Estamos salientando um item de importância tão elevada, que sempre que o abordamos reforçamos a vantagem de poder comercializar a sua safra no momento correto e mais oportuno para si. Ter uma armazenagem na propriedade proporciona ao agricultor a possibilidade de poder aguardar sua safra de forma correta, e dentro dos novos conceitos de armazenagem e requisitos técnicos obrigatórios ou recomendados para a Certificação de Unidades Armazenadoras em Ambiente Natural, processo que tem como objetivo elevar e posicionar o Brasil num patamar mundial de qualidade de grãos. Existem muitas vantagens que podemos relacionar, entre elas, evitar aumento de avarias nos grãos e reduzir os custos de frete/transporte sabemos que durante a safra, devido ao volume de contratações e ao fato de nosso perfil de escoamento ser rodoviário, o frete tem seus preços inflacionados, no período de colheita. É preciso analisar também que neste momento a cotação (R$/Saco) tem uma tendência de baixa (retração) de valor. Quanto à qualidade e sua diferenciação, quando entregue para terceiros, os parâmetros são igualados aos demais depositários, não podendo-se agregar valor de qualidade (prêmio); os subprodutos (impurezas, casquinhas, quirelas de grãos e outros), decorrentes do processo, podem ser beneficiados e comercializados, aumentando a rentabilidade do conjunto. Um sistema de armazenagem está alicerçado em módulos básicos: Recepção (moega/classificação/ laboratório), Limpeza (máquina de pré-limpeza), Secagem (secador de grãos) e Armazenagem (silos verticais e armazéns graneleiros). Para compor uma unidade de 22 http://store.seednews.inf.br Revista SEED News vol. XVIII n 6, 2014

pequeno porte, observando a área plantada do produtor e sua região de atuação, existem no mercado várias opções de unidades com capacidade de estocagem a partir de 5.000 sacos e que possibilitam, com as demais safras, ampliar sua capacidade com mais uma célula. Para algumas regiões, a pequena instalação armazenadora pode ser estruturada de forma a ter uma recepção, limpeza e realizar a secagem num Silo-Secador ou secador de baixa capacidade. A partir deste conjunto, podem ser instalados silos verticais ou armazéns graneleiros. Importante, quando da elaboração do primeiro projeto, é considerar seu crescimento em novas áreas de plantio, o que reverterá numa necessidade futura Revista SEED News vol. XVIII n 6, 2014 de mais armazenamento. Desta forma, quando for ampliar sua unidade, terá maior facilidade de adequação, tanto de fluxo como locação e instalação dos novos equipamentos, ou seja, visão de crescimento. Planejando desta forma, o resultado final é um menor custo de implantação e investimento. Independente da capacidade de estocagem na qual o produtor investirá, o módulo de armazenagem deverá ser composto de três itens fundamentais para a conservação dos grãos que não podem ser dispensados, pela importância em manter os seus ganhos quantitativos e qualitativos: Monitoramento da massa de grãos (termometria), Aeração (ventilação) e o Sistema de Exaustão, este último por ter uma atuação preventiva, considerado item fundamental para conservação da safra armazenada, por proporcionar ganhos pela eliminação da deterioração dos grãos e equalização da umidade e temperatura da massa, inibindo o surgimento e crescimento das tradicionais pragas na armazenagem e ganhos financeiros na redução de horas de ventilação. Um silo ou armazém sem este sistema reduz a eficiência da aeração em até 60% e aumenta as perdas quantitativas (perda/quebra técnica) e qualitativas dos grãos. Observando os ganhos de se ter armazenagem na propriedade e computando-os, o retorno do investimento desta estrutura pode ser rápido. Guardando sua safra, o agricultor agrega valor http://store.seednews.inf.br 23

na qualidade e na eliminação das taxas depositárias decorrentes da estocagem do produto em terceiros. Esta eliminação chega a proporcionar ganhos de até 20%, além da oportunidade de o agricultor comercializar sua safra no momento mais adequado; observando períodos anteriores e tipo de cultura, pode-se ter ganhos significativos. Em outra hipótese, poderá reter o produto até o momento de nova alta, dominando a variação das cotações. Incluindo ganhos de frete, mais aproveitamento dos descartes e sua comercialização, teremos uma rentabilidade extremamente positiva, a qual viabiliza o investimento em estruturas de armazenamento. Este aumento do percentual do produtor em investir em sua própria unidade não é somente decorrente da conscientização dos ganhos, mas também das linhas de crédito que o Governo criou para proporcionar esta alavancagem da capacidade de armazenagem. Com a safra 2013/14, de 195 milhões toneladas de grãos, conforme último levantamento da Conab, vamos ter um déficit de armazenagem de 50 milhões de toneladas, dentro do conceito de que devemos ter 20% de estocagem acima do volume colhido, o que viabiliza um escoamento e comercialização da safra de forma equalizada e sobre a posição de safras. Podemos também identificar, dentro deste número, que existem armazéns impróprios para receber e armazenar grãos. O índice de crescimento da safra, em condições normais, tem previsão de crescimento de 3 a 5% ao ano, enquanto o de estocagem tem crescido nos patamares de 1,5 a 2,5% ao ano, o que demonstra que o déficit tende a crescer face à estimativa de que na safra 2014/15, de 70 milhões de toneladas, a tendência brasileira é crescer em volume de grãos. Desta forma, o item armazenagem é estratégico para o país alcançar a sua sustentabilidade neste setor e ter um sistema de logística de forma a não apresentar filas de caminhões em frente aos portões das unidades receptoras e filas de navios e trens nos portos. 24 http://store.seednews.inf.br Revista SEED News vol. XVIII n 6, 2014

Dentro dos cenários descritos, o governo investiu em estudos de perspectivas de crescimento do Agronegócio e reconheceu a necessidade de criar linhas de crédito para estruturar uma rede sólida de capacidade de armazenagem em todos os segmentos, tanto na propriedade rural como também nas demais modalidades, respeitando suas finalidades de operação e objetivos. Das atuais linhas de financiamentos existentes, algumas se destacam: MODERINFRA, destinado a produtores rurais (pessoas física e jurídicas) e suas cooperativas, financiando investimentos fixos e semi-fixos relacionados a sistemas de armazenagem; Programa para construção e ampliação de Armazéns PCA; Programa BNDES de Sustentabilidade do Investimento PSI; PRODECOOP- Programa de Desenvolvimento Cooperativo para agregação de valor à produção agropecuária; FINAME AGRÍCOLA; FINAME ESPECIAL; BNDES AUTOMÁTICO; entre outros. Vantagens Uma instalação de armazenagem bem localizada proporciona uma solução estratégica para o sistema produtivo reduzir seus custos, de forma global na cadeia do agronegócio. Seguem algumas das inúmeras vantagens: - Comercialização da safra de forma parcial e no momento mais adequado ao produtor, conforme a valorização da cotação (ver simulações). - Eliminação de pagamento de taxas, quando da entrega do produto para depositar em terceiros. - Redução de despesas com frete e diárias, decorrente de esperas em filas para entrega do produto. Nos períodos de safra, este custo chega a ultrapassar o patamar de 10%, considerando-se que nas regiões que ocorrem superssafra, este percentual é bem superior. Tendo em vista o alto número de toneladas que são transportadas, vale ressaltar a estrutura deficiente de transportes do país, que sempre trará dor de cabeça para toda a cadeia produtiva. Com 63% das operações, a precária rede rodoviária ainda domina o segmento e cobre as longas distâncias, enquanto as ferrovias operam somente em trechos curtos. Por conta da ineficiente infraestrutura para o transporte, o país e o produtor vêm perdendo cada vez mais a cada recorde de safra. - Qualidade de armazenagem, conservando a Identidade Preservada dos grãos (redução das perdas quantitativas e qualitativas). - Possibilidade de contratação de fretes em períodos de baixa demanda (entressafra), melhor negociação com as transportadoras. - Aproveitamento dos subprodutos, com a possibilidade 26 http://store.seednews.inf.br Revista SEED News vol. XVIII n 6, 2014

de beneficiá-los ou comercializá-los (impurezas, cascas, e outros). - Prestar serviços de secagem e armazenagem a terceiros. - Obter linhas de crédito para investimento em estrutura de armazenagem e valorização do patrimônio. - Ganho de prêmio por saca, decorrente de se ter um produto de qualidade diferenciada para o processamento industrial, com ausência de fungos, pragas, e outros. Análise da simulação de retorno de investimento Nesta simulação que realizamos, tivemos como objetivo demonstrar de forma simplificada o retorno que o produtor terá quando adquirir uma estrutura armazenadora. - Unidade armazenadora para soja com Capacidade de 30.000 sacos Observando o valor do investimento de R$ 1.480.000,00 (R$ 49,33/Saco), contra os ganhos de se ter armazenagem própria (eliminação de taxas/descontos, momento da venda e prêmio de qualidade), que totalizam R$ 696.000,00, podemos verificar que na primeira safra teremos um retorno de 47% sobre o investimento realizado. Desta forma, na segunda safra teremos praticamente 100%, sem considerar as outras vantagens já mencionadas, que poderão agilizar o retorno. - Unidade armazenadora para Arroz com Capacidade de 80.000 sacos Nesta simulação, o retorno será a partir da terceira safra, pois o investimento desta estrutura armazenadora é superior e a valorização do produto é menor custo da unidade de R$ 2.410.000,00 (R$ 30,12/ saco), contra R$ 953.600,00 dos ganhos, que representa 40% na primeira safra. De qualquer forma, considerando que alguns financiamentos proporcionam um período de carência que permite ao produtor se capitalizar para iniciar a quitação do financiamento.