CONTROLO DA QUALIDADE QUÍMICA DAS ÁGUAS DO RIO DOURO (PARTE PORTUGUESA E INTERNACIONAL)



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Transcrição:

ONTROLO A QUALIAE QUÍMIA AS ÁGUAS O RIO OURO (PARTE PORTUGUESA E INTERNAIONAL) RESUMO Francisco José ONEIÇÃO TEIXEIRA om. de oord. e esenvolvimento Regional do Norte Instituto Politécnico do Porto-Instituto de Engenharia Nesta comunicação, apresentam-se dados sobe a qualidade das águas superficiais da acia Hidrográfica do Rio ouro parte portuguesa obtidos na Rede de Monitorização da Qualidade das Águas Superficiais. MONITORIZAÇÃO A QUALIAE AS ÁGUAS SUPERFIIAIS 1.-Introdução O controle de qualidade das águas é uma importante componente da gestão dos recursos hídricos. A quantidade e a qualidade dos recursos hídricos são como as faces de uma mesma moeda pelo que, além de se conhecerem as disponibilidades e necessidades dos recursos hídricos, em cada momento e lugar, é necessário conhecer a respectiva qualidade para se saber se essa água é adequada e/ou pode tornar-se adequada, a custo razoável, para os fins pretendidos. O controlo de qualidade das águas feito de maneira sistemática, - a monitorização dos parâmetros qualitativos - permite avaliar as variações destes ao longo do tempo e planear e implementar medidas que permitam a manutenção e eventualmente a melhoria das características qualitativas dos recursos hídricos monitorizados. Em Portugal existem várias estações de monitorização de qualidade nas quais são recolhidas, mensalmente, amostras para análise. A localização destas estações pode ver-se na página electrónica do Instituto da Água (http://www.inag.pt/). Os parâmetros analisados não são comuns a todas as estações uma vez que se atende aos usos específicos da água representada por uma dada estação. Após validação dos resultados analíticos obtidos, estes são enviados para o Instituto da Água que procede ao seu tratamento estatístico e respectiva divulgação. A água é classificada, quanto à sua qualidade, numa das cinco classes representadas na tabela 1. As aptidões daquelas classes são: lasse A - Excelente - Água praticamente isenta de poluição, podendo satisfazer todos os usos inclusivé o abastecimento de água potável com tratamento físico simples e desinfecção, água com características próprias para salmonídeos lasse - oa - Água pouco poluída, apta a satisfazer ainda todos os usos mas no caso de abastecimento público para água potável terá de ser submetida a um tratamento físicoquímico convencional e desinfecção, vida píscicola ciprinídeos. lasse - Razoável - Água medianamente poluída, permitindo ainda a existência de vida píscicola (espécies menos exigentes) mas com reprodução aleatória, recreio sem contacto directo, irrigação (de um modo geral) e no caso de ausência de águas de melhor qualidade, o abastecimento público com pré-cloragem, tratamento físico-químico adequado e desinfecção. lasse - Má - Água poluída, permitindo a navegação e podendo ainda ser utilizada na irrigação de espécies menos sensíveis ou que produzem alimentos que não sejam consumidos directamente, isto é, sem cozedura e ainda, eventualmente, como água de arrefecimento na industria. lasse E Muito Má - Água excessivamente poluída e como tal o seu uso deve ser evitado.

Tabela 1. - lassificação dos ursos de Água Superficiais de Acordo com as suas aracterísticas de Qualidade para Usos Múltiplos LASSE: A E PARÂMETRO Excelente oa Razoável Má Muito má ph 6.5-8.5* 5.5-9.0 5.0-10.00 4.5-11.0 ondutividade (us/cm, 20º) <=750 751-1 000 1 001-1 500 1 501-3 000 >3 000 SST (mg/l) <=25.0 25.1-30.0 30.1-40.0 40.1-80.0 >80.0 Sat O (%) >=90 89-70 69-50 49-30 <30 O 5 (mg O2/l) <=3.0 3.1-5.0 5.1-8.0 8.1-20.0 >20.0 QO (mg O2/l) <=10.0 10.1-20.0 20.1-40.0 40.1-80.0 >80.0 Azoto Amoniacal (mg NH4/l) <=0.50 0.51-1.50 1.51-2.50 2.51-4.00 >4.00 Nitratos (mg NO3/l) <=5.0 5.0-25.0 25.1-50.0 50.1-80.0 >80.0 Azoto Kjeidahl (mg N/l) <=0.5 0.51-1.00 1.01-2.00 2.01-3.00 >3.00 Fosfatos (mg P2O5/l) <=0.40 0.41-0.54 0.55-0.94 0.95-1.00 >1.00 Fósforo Total (mg P/l) <=0.2 0.21-0.25 0.26-0.40 0.41-0.50 >0.50 oliformes Totais (/100 ml) <=50 51-5 000 5 001-50 000 >50 000 - oliformes Fecais (/100 ml) <=20 21-2 000 2 001-20 000 >20 000 - Estreptococos Fecais (/100 ml) <=20 21-2 000 2 001-20 000 >20 000 - Ferro (mg/l) <=0.50 0.51-1.00 1.10-1.50 1.50-2.00 >2.00 Manganês (mg/l) <=0.10 0.11-0.25 0.26-0.50 0.51-1.00 >1.00 Zinco (mg/l) <=0.30 0.31-1.00 1.01-3.00 3.01-5.00 >5.00 obre (mg/l) <=0.050 0.051-0.2 0.201-0.5 0.501-1.000 >1.00 rómio (mg/l) <=0.050-0.051-0.080 - >0.080 Selénio (mg/l) <=0.01-0.011-0.050 - >0.050 ádmio (mg/l) <=0.0010 0.0011-0.0050 >0.0050 humbo (mg/l) <=0.050-0.051-0.100 - >0.100 Mercúrio (mg/l) <=0.00050-0.00051-0.001 - >0.001 Arsénio (mg/l) <=0.010 0.011-0.050-0.051-0.100 >0.100 ianetos (mg/l) <=0.050-0.051-0.080 - >0.080 Fenóis (mg/l) <=0.0010 0.0011-0.0050 0.0051-0.010 0.011-0.100 >0.100 Agentes Tensioactivos (Las-mg/l) <=0.2-0.21-0.50 - >0.50 * O ph, sendo um parâmetro muito dependente de características geomorfológicas, pode apresentar valores fora deste intervalo, sem contudo significar alterações de qualidade devidas à poluição. Fonte: snirh 2.-Monitorização das águas superficiais do ouro internacional e português Embora a qualidade da água de um dado meio dependa das características desse meio como por exemplo o clima, a hidrogeologia e as actividades económicas, ocupar-nos-emos, na presente comunicação, somente da qualidade das águas do Rio ouro no pressuposto de que

aqueles aspectos serão abordados e debatidos noutros trabalhos a serem apresentados no presente ongresso. Na bacia do ouro (parte portuguesa) existem as estações de monitorização da qualidade das águas superficiais cuja localização se pode ver na figura 1 e constantes da tabela 2 a cargo da R-N e mais duas no ouro internacional da responsabilidade do INAG. Nesta comunicação só iremos apresentar os resultados obtidos ao longo do tempo, nas estações existentes no Rio ouro e não em todas as estações da bacia, por razões de limitação de tempo. Esses resultados podem, contudo, ser consultados em http://snirh.inag.pt/.? Estação de monitorização Figura 1 Rede de Monitorização da Qualidade das Águas de Superfície na acia (Portuguesa) do ouro Fonte: R-N 2.1.-Evolução temporal da qualidade da água na albufeira de Miranda do ouro Na tabela 3 apresentam-se as classes obtidas neste ponto, da responsabilidade do Instituto da Água, nos diferentes anos. omo se pode verificar domina a classe e as causas são predominantemente a poluição de tipo orgânico. Tabela 3 Qualidade da água na albufeira de Miranda do ouro 1995 Sat O 1996 oliformes Totais; Sat O 1997 oliformes Totais; Sat O; SST 1998 O 5 ; oliformes Fecais; oliformes Totais; Sat O 1999 O 5 ; oliformes Fecais; oliformes Totais; Sat O 2000 SST 2001 oliformes Totais; Sat O 2002 O 5 ; QO; Sat O

Tabela 2 Rede de Monitorização da Qualidade das Águas de Superfície na acia (Portuguesa) do ouro SU- AIA RIO OIGO Impacto fronteira fluxo referência peixe Rega alnear ObjPTI Arda Rio Arda o17 Não Não Não Não Sim Não Não Não orgo Rio Alvão R27 Não Não Não Não Não Sim Não Não orgo Rio Sordo R11 Não Não Não Não Não Sim Não Não ouro Rio ouro P7 Não Não Não Não Sim Sim Não Não ouro Rio ouro R13 Não Não Não Não Não Sim Não Não ouro Rio ouro 06L/01 Não Não Não Não Não Sim Não Sim ouro Rio ouro P5 Não Não Não Não Não Sim Não Não ouro Rio ouro 07G/01 Não Não Não Não Não Sim Não Sim ouro Ribeira do Aguiar o1 Não Não Não Não Sim Não Não Não ouro Rio ouro 07K/01 Não Não Não Não Não Sim Não Não ouro Ribeira de Teja o3 Não Não Não Não Sim Não Não Não Linhares Ribª da Reborda M26 Não Não Não Não Não Sim Não Não Paiva Rio Paiva 08H/02 Não Não Sim Não Sim Sim Não Não Paiva Rio Paiva P19 Não Não Não Não Não Sim Não Não Paiva Rio Paiva R20 Não Não Não Não Sim Não Não Não Paivô Rio Paivô o10 Não Não Não Não Sim Não Não Não Pinhão Rio Pinhão o6 Não Não Sim Não Sim Sim Não Não Pinhão Ribª de hã M20 Não Não Não Não Não Sim Não Não Sabor Rio astelo M23 Não Não Não Não Não Sim Não Não Sabor Rio Azibo M7 Não Não Não Não Sim Sim Não Não Sabor Ribª das Arcas M25 Não Não Não Não Não Sim Não Não Sabor Ribª de Andorinhas M31 Não Não Não Não Não Sim Não Não Sabor Ribª de amba M22 Não Não Não Não Não Sim Não Não Sabor Ribª do Penacal o2 Não Não Não Não Sim Não Não Não Sabor Ribº do Arco M19 Não Não Não Não Não Não Não Não Sousa Rio Ferreira P13 Não Não Não Não Não Não Não Não Sousa Rio Sousa 07F/03 Não Não Não Não Sim Não Não Não Sousa Rio Sousa P11 Não Não Sim Não Sim Sim Não Não Sousa Rio Ferreira P12 Não Não Não Não Sim Sim Não Não Sousa Rio Sousa o18 Não Não Sim Não Sim Sim Não Não Tâmega Rio Ovelha o16 Não Não Não Não Sim Não Não Não Tâmega Rio Avelames R7 Não Não Não Não Sim Sim Não Não Tâmega Rio Tâmega R4 Não Não Não Não Não Sim Não Não Tâmega Rio Tâmega R2 Não Não Não Não Não Sim Não Não Tâmega Rio Olo o15 Não Não Não Não Sim Não Não Não Tâmega Rio Tâmega P8 Não Não Não Não Não Sim Não Não Tâmega Rio Tâmega P9 Não Não Não Não Não Sim Não Não Tâmega Ribª de Arcossó AA7 Não Não Não Não Não Sim Não Não Tâmega Rio Tâmega P10 Não Não Não Não Não Sim Não Não Tâmega Rio Vidago o12 Não Não Não Não Sim Não Não Não Tâmega Rio Ouro 2 Não Não Não Não Sim Sim Não Não Tâmega Rio Terva o11 Não Não Não Não Sim Não Não Não Tâmega Rio eça o13 Não Não Não Não Sim Não Não Não Tâmega Rio Louredo o14 Não Não Não Não Sim Não Não Não Távora Rio Távora 07L/01 Não Não Não Não Sim Não Não Não Tedo Rio Tedo o7 Não Não Não Não Sim Não Não Não Teixeira Rio Teixeira o9 Não Não Não Não Sim Não Não Não Torto Rio Torto R14 Não Não Não Não Não Não Não Não Torto Rio Torto o20 Não Não Não Não Sim Sim Não Não Torto Rio Torto o21 Não Não Não Não Sim Sim Não Não Tua Rio urros R8 Não Não Não Não Não Não Não Não Tua Rio Tua M28 Não Não Não Não Não Sim Não Não Tua Rio Rabaçal R5/M8 Não Não Não Não Não Sim Não Não Tua Rio Rabaçal M12 Não Não Não Não Não Sim Não Não Tua Ribª do Zoio o4 Não Não Não Não Sim Não Não Não Tua Rio Tua R9 Não Não Não Não Não Sim Não Não Tua Rio Tinhela o5 Não Não Não Não Sim Não Não Não Uima Rio Uima o19 Não Não Não Não Sim Não Não Não Varosa Rio alsemão o22 Não Não Não Não Sim Não Não Não Varosa Rio alsemão R15 Não Não Não Não Sim Sim Não Não Varosa Rio Varosa o8 Não Não Não Não Sim Não Não Não

2.2.-Evolução temporal da qualidade da água no Pocinho As classes obtidas neste ponto e nos diferentes anos são as apresentadas na tabela 4. omo se pode ver, a classe é característica desta estação sendo as causas predominantemente a poluição de tipo orgânico e microbiana. Tabela 4 Qualidade da água no Pocinho 1995 Sat O 1996 E SST 1997 Sat O 1998 Oxidabilidade 1999 O 5 ; QO; Sat O 2000 oliformes Totais; QO; SST 2001 oliformes Totais; SST 2.3.-Evolução temporal da qualidade da água no Pinhão Neste ponto, como se pode verificar na tabela 5, existe uma grande variação da qualidade da água embora as causas sejam predominantemente a poluição de tipo microbiana. Tabela 5 Qualidade da água no Pinhão 1995 oliformes Totais; oliformes Fecais 1996 oliformes Totais 1997 SST 1998 oliformes Totais 1999 Oxidabilidade 2000 oliformes Totais; oliformes Fecais; Estreptococos Fecais; Nitratos; QO 2001 SST 2002 oliformes Totais 2.4.-Evolução temporal da qualidade da água em Moledo Neste ponto, como se pode constatar na tabela 6, só se fizeram colheitas nos anos de 2000; 2001 e 2002. Verificou-se um agravamento da qualidade devido aos SST e coliformes Totais. Este problema terá ficado resolvido com a melhoria do tratamento dos efluentes de Moledo. Este ponto foi introduzido tardiamente e já com a intenção de ser abandonado, após esclarecimento da situação. Tabela 6 Qualidade da água em Moledo 2000 oliformes Totais; oliformes Fecais 2001 SST 2002 oliformes Totais

2.5.-Evolução temporal da qualidade da água em Entre os Rios Neste ponto, como se pode aferir na tabela 7, a qualidade da água apresenta grande estabilidade com uma poluição de tipo microbiana e de matéria orgânica. evido a esta estabilidade verificada, foi decidido encerrar esta estação libertando meios técnicos, humanos e financeiros para outras. Tabela 7 Qualidade da água em Entre os Rios 1995 oliformes Fecais 1996 Oxidabilidade 1997 Oxidabilidade 1998 oliformes Fecais 1999 oliformes Fecais; Estreptococos Fecais; QO; Sat O; Nitratos 2.6.-Evolução temporal da qualidade da água na albufeira de restuma - Lever As classes obtidas neste ponto e nos diferentes anos são as apresentadas na tabela 8. omo se pode analisar, a qualidade da água oscila entre as classes e, sendo as causas da poluição, predominantemente, de tipo microbiano. Tabela 8 Qualidade da água na albufeira de restuma - Lever 1995 oliformes Totais; oliformes Fecais 1996 oliformes Totais; oliformes Fecais 1997 oliformes Totais 1998 oliformes Totais; oliformes Fecais 1999 oliformes Totais; oliformes Fecais 2000 oliformes Totais; oliformes Fecais 2001 SST 2002 oliformes Totais 3.-Qualidade das águas superficiais da acia do ouro português Nas figuras seguintes (figuras 2, 3, 4, 5 e 6) apresenta-se, por ano, a percentagem das classificações obtidas pelas estações de monitorização existentes na bacia hidrográfica do Rio ouro. Os dados constantes nessas figuras são apresentados, de forma mais agrupada, na tabela 9. omo se pode verificar a classe dominante na bacia é a água de qualidade razoável verificando-se uma tendência para o melhoramento dessa mesma qualidade.

Figura 2 - istribuição por classes em 1998 25% 69% Fig 3 - istribuição por classes em 1999 E 24% 18% 52% Fig 4 - istribuição por classes em 2000 57% A 31%

Fig 5 - istribuição por classes em 2001 35% A 12% E 18% 29% Fig 6 - istribuição por classes em 2002 33% 13% 54% Tabela 9 Percentagem de estações da acia do ouro Português por classe e ano Ano lasse A E 1995 0 15 46 31 8 1996 0 0 60 33 7 1997 0 6 50 38 6 1998 0 6 69 25 0 1999 0 24 52 18 6 2000 6 57 31 6 0 2001 12 35 29 18 6 2002 0 33 54 13 0

4.-onclusões A qualidade da água superficial da acia do Rio ouro é, na sua maioria, da lasse, traduzindo-se numa água medianamente poluída, permitindo ainda a existência de vida píscicola (espécies menos exigentes) mas com reprodução aleatória, recreio sem contacto directo, irrigação (de um modo geral) e no caso de ausência de águas de melhor qualidade, o abastecimento público com pré-cloragem, tratamento físico-químico adequado e desinfecção. Verifica-se uma tendência para o seu melhoramento ao que não é estranho os investimentos em infra-estruturas. ILIOGRAFIA http://www.inag.pt/ http://snirh.inag.pt/