Sacerdotes do Coração de Jesus Dehonianos Província Portuguesa. Plano Provincial da Pastoral da Espiritualidade



Documentos relacionados
OBLATOS ORIONITAS. linhas de vida espiritual e apostólica

Apresentação de Abril 2015: Seminário para Formadores/ as de Setembro 2015: Congresso para jovens consagrados/as

CARTA INTERNACIONAL. Indice:

Encontro de Revitalização da Pastoral Juvenil LUZES DOS DOCUMENTOS

DESCRIÇÃO DOS CURSOS E ENCONTROS DA PJM

A transmissão da fé na Família. Reunião de Pais. Família

Igreja "em saída" missionária

CURSO PARA CAPACITAÇÃO DE LIDERANÇA E COORDENADORES DE GRUPOS JOVENS

Diz respeito ao que vamos realizar em Cristo, pelo poder do Espírito Santo para cumprir a nossa missão:

A iniciação cristã como pedagogia de vida comunitária

VISITA PASTORAL NA ARQUIDIOCESE DE MARIANA

Plano de Formação da CVX-P

Madre Assunta Marchetti e a missão scalabriniana

Diocese de Aveiro IGREJA DIOCESANA RENOVADA NA CARIDADE É ESPERANÇA NO MUNDO


INSTITUTO SECULAR PEQUENAS APOSTOLAS DA CARIDADE

FORMAÇÃO DE LIDERANÇAS E ASSESSORESCAMINHOS DE ESPERANÇA

Módulo II Quem é o Catequista?

O mais importante na prática da devolução do dízimo não é com o quanto se participa. Mas como se participa.

Catecumenato Uma Experiência de Fé

CONGRESSO EUCARÍSTICO. 1º ponto: O padre e a Eucaristia 2º ponto: Congresso Eucarístico

ASSOCIAÇÃO DA IGREJA METODISTA 1ª REGIÃO ECLESIÁSTICA SEDE REGIONAL

ESTADO DO AMAZONAS CÂMARA MUNICIPAL DE MANAUS GABINETE DO VEREADOR FELIPE SOUZA

Projeto Universitários Lassalistas em Missão

Plano Diocesano da Animação Bíblico-Catequética

Estratégia Nacional de Educação para o Desenvolvimento. ( ) ENED Plano de Acção

Passe Jovem no SVE KIT INFORMATIVO PARTE 2 PASSE JOVEM NO SVE. Programa Juventude em Acção

Lembrança da Primeira Comunhão

Linhas Orientadoras do. Voluntariado Missionário da Consolata

IV. Sacerdotes do Coração de Jesus Dehonianos Província Portuguesa. Carta Constitutiva da Família Dehoniana em Portugal

Critérios para a admissão e recondução de docentes de Educação Moral e Religiosa Católica na diocese de Leiria- Fátima

Ser Voluntário. Ser Solidário.

PROVÍNCIA MARISTA DO BRASIL NORTE

Capitulo 3 ESPIRITUALIDADE DA RENOVAÇÃO CARISMÁTICA CATÓLICA

Fundação Champagnat RELATÓRIO DE ATIVIDADES (2013)

Elementos da Vida da Pequena Comunidade

Educar hoje e amanhã uma paixão que se renova. Prof. Humberto S. Herrera Contreras

3 Os Leigos Boa Nova são parte integrante da OMAS e, como tal, regem-se pelos estatutos daquela Obra Missionária e pelo presente regulamento.

Repasse da 76a. Assembléia da CNBB Sul I Aparecida de 10 a 12/06/2013

PLANO DIOCESANO DE PASTORAL IGREJA DE AVEIRO, VIVE A ALEGRIA DA MISERICÓRDIA

REGULAMENTO INTERNO CENTRO COMUNITÁRIO

Celebrando o ANIVERSÁRIO da CONGREGAÇÃO das Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeo Scalabrinianas

Apresentação. (Solicitação do saudoso Santo Padre o Beato João Paulo II)

1130 portugueses espalham se pelo mundo em projectos de Voluntariado Missionário

Ata do Lançamento do Ano Pastoral FAMÍLIA SALESIANA 2015/2016

Entusiasmo diante da vida Uma história de fé e dedicação aos jovens

GRUPOS. são como indivíduos, cada um deles, tem sua maneira específica de funcionar.

ENCONTRO COM A PALAVRA

Começando pela realidade da assembléia, antes de mais nada é preciso perguntar-se: Qual a realidade desta comunidade reunida?

MÍSTICA E CONSTRUÇÃO Por que pensar em Mística e Construção?

EQUIPAS DE JOVENS DE NOSSA SENHORA O PAPEL DO CASAL ASSISTENTE

BIÊNIO Tema Geral da Igreja Metodista "IGREJA: COMUNIDADE MISSIONÁRIA A SERVIÇO DO POVO ESPALHANDO A SANTIDADE BÍBLICA. Tema para o Biênio

ESCOLA DE PASTORAL CATEQUÉTICA ESPAC

Vogal de Caridade Cadernos de Serviços

UMA ESCOLA SABATINA MISSIONÁRIA

Sacerdotes do Coração de Jesus Dehonianos. Província Portuguesa. Estatutos da Associação dos Leigos Voluntários Dehonianos

JANEIRO Escola para formadores

COLÉGIO AGOSTINIANO SÃO JOSÉ PASTORAL EDUCATIVA REUNIÃO DE PAIS E CATEQUISTAS 09 DE FEVEREIRO DE 2010

ITAICI Revista de Espiritualidade Inaciana

Instituição e Renovação de Ministérios Extraordinários na Diocese

BANCO ALIMENTAR CONTRA A FOME DE VISEU

Por isso, redescobrir a Eucaristia na plenitude é redescobrir o CRISTO. Hoje queremos agradecer este grande dom, que Cristo nos deu.

IDEÁRIO DA INSTITUIÇÃO

Grupo de Trabalho para as Questões da Pessoa Idosa, Dependente ou Deficiente de Grândola REGULAMENTO INTERNO

CRIANÇAS AJUDAM E EVANGELIZAM CRIANÇAS

Plano Estratégico IEIA Sra domonte

992 portugueses participam em ações de voluntariado missionário em Portugal.

Na Igreja e no mundo ao serviço da Hospitalidade

Apostila 2 - Carismas

REGULAMENTO DO CONSELHO DA COMUNIDADE DO ACES ALENTEJO CENTRAL 2

UMA IGREJA FORTE, SE FAZ COM MINISTÉRIOS FORTES

Concepção e Fundamentos Gilberto Antonio da Silva

LINHAS DE AÇÃO E PRIORIDADES DO LXVIII CAPÍTULO GERAL

Servimo-nos da presente para apresentar os projetos e programas oferecidos pela Israel Operadora.

REGULAMENTO DAS PASTORAIS ESCOLARES E UNIVERSITÁRIAS - ESTRUTURA, COMPETÊNCIA E FUNCIONAMENTO -

PLANO ESTRATÉGICO DE ACÇÃO 2009/2013

NOVENA DOS PAIS QUE ORAM PELOS FILHOS

TRADIÇÃO. Patriarcado de Lisboa JUAN AMBROSIO / PAULO PAIVA 2º SEMESTRE ANO LETIVO TRADIÇÃO E TRADIÇÕES 2.

PROTOCOLO DE COLABORAÇÃO

3º Fórum da Responsabilidade Social das Organizações e Sustentabilidade WORKSHOP RESPONSABILIDADE SOCIAL

PLANO ESTRATÉGICO (REVISTO) VALORIZAÇÃO DA DIGNIDADE HUMANA, ATRAVÉS DE UMA ECONOMIA SUSTENTÁVEL

QUEM ANUNCIA AS BOAS NOVAS COOPERA COM O CRESCIMENTO DA IGREJA. II Reunião Executiva 01 de Maio de 2015 São Luís - MA

REGULAMENTO DO BANCO LOCAL DE VOLUNTARIADO DE MIRANDELA. Preâmbulo

C olóquio Internacional Marista sobre Formação Inicial

Igreja sempre missionária

JUVENTUDE MARIANA VICENTINA PROVÍNCIA DO RIO DE JANEIRO PLANO DE AÇÃO

RITUAL DO BATISMO DE CRIANÇAS

PARA O BAPTISMO DAS CRIANÇAS

PROGRAMA DE AÇÃO E ORÇAMENTO Servir a comunidade; educar para a cidadania e incluir os mais vulneráveis

Informativo da Congregação Pobres Servos da Divina Providência Delegação Nossa Senhora Aparecida. Permanece conosco

«Sê voluntário! Isso faz a diferença»: Comissão Europeia lança o Ano Europeu do Voluntariado em 2011

Plano Pedagógico do Catecismo 6

QUESTÕES ELABORADAS A PARTIR DO TEXTO O CARISMA FUNDADOR Discurso de Chantilly Pe. Henri Caffarel

Terceira Semana Latino-americana de Catequese Secção de Catequese do CELAM Bogotá 01 a 06 de Maio de 2006

ÁREA A DESENVOLVER. Formação Comercial Gratuita para Desempregados

PLANO DE PASTORAL JUVENIL DEHONIANA

3º Congresso Vocacional do Brasil Contagem regressiva

Transcrição:

Sacerdotes do Coração de Jesus Dehonianos Província Portuguesa Plano Provincial da Pastoral da Espiritualidade

1. Princípios inspiradores 1 A Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus distingue-se, na Igreja, por uma espiritualidade profundamente cristológica, que nasce da experiência do amor de Deus, manifestado no Lado aberto e no Coração trespassado do Salvador (cf. Cst 2.21), e se caracteriza pela união da nossa vida religiosa e apostólica à oblação reparadora de Cristo ao Pai pelos homens (cf. Cst 6). Este carisma deve frutificar segundo as exigências da Igreja e do mundo (cf. Cst 1), para que a comunidade humana, santificada pelo Espírito Santo, se torne uma oblação agradável a Deus (cf. Cst 31). 2 Todos nós, e as nossas comunidades religiosas, devemos viver com entusiasmo e alegria esta espiritualidade (cf. PAP 81.84), na escuta da Palavra, na oração, na celebração da Eucaristia, na contemplação dos mistérios de Cristo, bem como no serviço dos irmãos (cf. Cst 17, 18, 21, 76). Sendo os carismas um dom para proveito comum (cf. 1 Cor 12, 7), faz parte do serviço que somos chamados a prestar à Igreja (cf. Cst 6) a partilha da espiritualidade dehoniana com o Povo de Deus, a exemplo do que fez, no seu tempo, o Padre Dehon. 3 No meio dos amplos processos de secularização que se desenvolvem no mundo actual, nomeadamente em Portugal, os fiéis advertem uma generalizada exigência de espiritualidade. A nossa dedicação como consagrados ao serviço de uma qualidade evangélica da vida, com a nossa sensibilidade carismática, contribui para manter viva, em muitos modos, a prática espiritual no meio do povo cristão (cf. Partir de Cristo, 8). 4 Os nossos Centros de Espiritualidade querem, de modo particular e específico, ser uma resposta a essa busca dos fiéis, na certeza de que contribuirão para a melhoria da nossa própria qualidade de vida consagrada. Para estabelecer linhas de orientação para a vida e acção dos nossos Centros de Espiritualidade, o X PPPE (promulgado a 14.03.2008, com revisões a 26.04.2008) 2/8

Capítulo Provincial decretou que fosse elaborado um Plano Provincial da Pastoral da Espiritualidade, cuja aplicação concreta terá em conta as diferenças e condicionalismos de cada um dos Centros (cf. Projecto Apostólico da Província, 83). 2. Fundamentação doutrinal Sagrada Escritura 5 «A cada um é dada a manifestação do Espírito, para proveito comum» (1 Cor 12, 7). O nosso carisma e a nossa espiritualidade preparam-nos para uma actividade de serviço específico, para a construção do Corpo de Cristo, até que cheguemos todos à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, ao homem adulto, à medida completa da plenitude de Cristo (cf. Ef 4, 12-13). São, por isso, um dom, que, «como bons administradores das várias graças de Deus» (1 Pe 4, 10) havemos de cuidar, não só para a santificação de cada um de nós, mas também para o serviço da Igreja. 6 Prestaremos esse serviço com os sentimentos que contemplamos no Coração de Cristo, e que vemos sintetizados no episódio do lava-pés: o amor (Jo 13, 1) e o serviço (Jo 13, 5). A pastoral espiritual há-de ser a concretização da nossa inserção no movimento de amor redentor (cf. Cst 21), que é o amor oblativo que contemplamos no Lado aberto do Crucificado (Cst 21), amor gratuito, que «não busca o próprio interesse» (1 Cor 13, 5), e que é prestado com humildade: «Aprendei de Mim que sou manso e humilde de coração» (Mt 11, 29). Documentos da Igreja 7 Os carismas «são uma maravilhosa riqueza de graças para a vitalidade apostólica e santidade de todo o Corpo de Cristo» (CIC 800). Para além da vida e das actividades nos nossos Centros de Espiritualidade, segundo as recomendações da Igreja, havemos de nos lembrar que, em qualquer actividade ou ministério em que estejamos empenhados, somos primariamente guias especializados de vida espiritual, e, nesta perspectiva, havemos de cultivar «o talento mais precioso: o espírito» (VC 55). 8 Os leigos, de modo concreto, através da Família Dehoniana, são convidados a participar mais intensamente na espiritualidade e na missão do nosso Instituto (cf. VC 54). Daí poderá resultar a irradiação do nosso carisma para além das fronteiras PPPE (promulgado a 14.03.2008, com revisões a 26.04.2008) 3/8

das nossas comunidades, que assim poderão contar com novas energias, até para assegurar à Igreja a continuação de determinadas formas de serviço típicas da Congregação (cf. VC 55). 9 A partilha do nosso dom poderá propiciar uma sinergia mais intensa entre nós e os leigos em ordem à missão, para colaborarmos na transformação do mundo segundo o coração de Deus. A participação dos leigos pode trazer inesperados e fecundos aprofundamentos de alguns aspectos do nosso carisma, reavivando uma interpretação mais espiritual do mesmo e levando a tirar daí indicações para novos dinamismos apostólicos (cf. VC 55). Documentos da Congregação 10 O Venerável Padre Leão Dehon será sempre o grande inspirador do que se vive, se faz e se propõe nos nossos Centros de Espiritualidade. A sua figura, o seu carisma e a sua espiritualidade terão aí maior destaque. O cunho da dehoneidade é o reconhecimento de que tudo partiu da experiência de fé do Padre Dehon e do carisma que recebeu do Espírito e nos legou como herança. 11 A exemplo do Fundador, sintonizando com os sinais dos tempos e em comunhão com a Igreja, queremos contribuir para instaurar o reino da justiça e da caridade cristã no mundo (cf. Souvenirs XI; Cst 32). 12 Os nossos Centros de Espiritualidade são meios para difundir a nossa espiritualidade e dar continuidade a uma das grandes obras do Fundador: «conduzir os sacerdotes e os fiéis ao Coração de Jesus, para Lhe oferecer um tributo quotidiano de adoração e de amor (cf. LC, 386), bem como contribuir para instaurar o reino da justiça e da caridade cristã no mundo (cf. Cst 32). Segundo as orientações do Directório Provincial, «no nosso apostolado, procuraremos irradiar a espiritualidade dehoniana, de modo que ela atinja as diversas camadas do Povo de Deus. Para isso, promovemos e desenvolvemos as estruturas e as iniciativas adequadas» (DP 87). 3. Objectivos 13 O objectivo principal dos Centros de Espiritualidade é ajudar os irmãos na fé a realizarem a proposta de S. Paulo: "Caminhai no amor segundo o exemplo de PPPE (promulgado a 14.03.2008, com revisões a 26.04.2008) 4/8

Cristo que nos amou e Se entregou por nós a Deus, como oferenda e sacrifício de agradável odor" (Ef 5,2). Assim poderemos partilhar com eles o nosso carisma de Amor e Reparação para que, em união e solidariedade com Cristo, todos se ofereçam ao Pai como oblação viva, santa e agradável (cf. Rom 12,1; Cst 22). 14 Os nossos Centros de Espiritualidade visam: a) Assumir a herança espiritual do Padre Dehon, comprometer-se com ela e aprofundá-la: Deixo-vos o mais maravilhoso de todos os tesouros: «o Coração de Jesus» (DSP 276). Como Dehonianos, somos chamados a desenvolver o culto ao Coração de Jesus, a propô-lo e a partilhá-lo com todos os meios de que dispomos, como fez o Fundador com a Associação Adveniat Regnum Tuum (ART). b) Divulgar a riqueza da espiritualidade dehoniana. Atentos aos sinais dos tempos e aos diferentes contextos sociais e circunstanciais em que se situam os nossos Centros de Espiritualidade e as suas áreas de influência, é urgente que se divulgue, por todos os meios, a riqueza da nossa espiritualidade centrada naquilo que nos é essencial: a contemplação do Lado aberto e do Coração trespassado do Senhor, da sua oblação e imolação, para nos inserirmos nesse movimento de amor redentor, doando-nos aos irmãos com e como Cristo (cf. Cst 21). 15 As nossas intenções mais concretas são: a) Estar abertos aos mais diversos grupos e movimentos eclesiais, cedendo-lhes os nossos espaços com amabilidade e sentido de serviço. b) Propor actividades pastorais, que sejam colaboração e complemento às comunidades eclesiais que nos rodeiam em sectores específicos de evangelização, de serviço ou de compromisso. c) Promover as actividades formativas, bem como subsídios de animação espiritual, para todos os membros do Povo de Deus. d) Revitalizar na sociedade os valores espirituais, com uma espiritualidade dinâmica, coerente e fiel. 4. Sectores de formação e áreas de animação PPPE (promulgado a 14.03.2008, com revisões a 26.04.2008) 5/8

16 As iniciativas de formação procurem manifestar a perspectiva cristã e dehoniana sobre os diversos campos da vida humana, da cultura, da sociedade contemporânea e da espiritualidade. 17 A animação espiritual promoverá retiros, encontros de oração, jornadas de reflexão e outras actividades que ajudem todos a chegar ao conhecimentoexperiência do Filho de Deus, especialmente do seu Coração, para terem em si os seus sentimentos (cf. Ef 2, 2) e alcançarem o estado de «homem adulto, à medida completa da plenitude de Cristo» (Ef 4, 13). 18 A animação missionária procurará o acompanhamento, a dinamização e a criação de novos grupos missionários, bem como o voluntariado missionário dehoniano e outras iniciativas de animação missionária. 19 A animação juvenil/vocacional fomentará encontros, cursos e retiros para adolescentes e jovens, assim como outras iniciativas de formação humana, cristã e vocacional. 5. Organização 20 Os pioneiros da nossa Província deram, desde sempre, um precioso contributo para a divulgação da nossa espiritualidade, quer pelo testemunho de vida e estilo pastoral, quer por diversas iniciativas e obras de animação espiritual. Numa linha de continuidade, não deixaremos de manifestar o nosso carisma e espiritualidade por diversos meios, nomeadamente através das revistas de contacto com os benfeitores. A comunidade da Igreja da Igreja do Loreto, em Lisboa, distinguiu-se pelo serviço litúrgico-sacramental, pela direcção espiritual e pelo acompanhamento pessoal de muitos fiéis, desde há mais de cinco décadas. 21 A Província dispõe dos seguintes Centros de Espiritualidade: Centro Missionário Coração de Jesus, Centro de Espiritualidade Betânia, Seminário Nossa Senhora de Fátima (Alfragide), Igreja do Loreto (cf. PAP 81). Estes Centros são espaço de reflexão, oração e formação como proposta de uma espiritualidade evangélica com sensibilidade dehoniana para os leigos no contexto das Igrejas locais, com acções concretizadas pelos membros da própria comunidade e por confrades especializados da Província (PAP 82.83). 22 Para além das mais diversificadas acções de formação, animadas pelos dehonianos, estes centros têm promovido outras actividades tais como: oração, PPPE (promulgado a 14.03.2008, com revisões a 26.04.2008) 6/8

animação missionária, animação juvenil e vocacional, formação catequética ou bíblica e algumas acções de formação na área da Pastoral Social, conforme as nossas prioridades apostólicas (cf. PAP 20). 23 Em cada Centro, haja um Director, nomeado pelo Superior Provincial, que, em comunhão e diálogo com o Superior, e com a comunidade, corresponsáveis pela vida e animação do Centro, promova e coordene as actividades. Na medida do possível, a comunidade religiosa terá ambientes próprios, que favoreçam a privacidade, o descanso, o trabalho pessoal e a oração dos confrades. 6. Critérios e meios 24 Os Centros de Espiritualidade destinam-se a todos os fiéis que queiram aprofundar a sua fé e a vivência da mesma, particularmente àqueles que são sensíveis à espiritualidade dehoniana ou estejam disponíveis a conhecê-la. Entre estes, merecem especial atenção os membros da Família Dehoniana, com os seus associados, onde se incluem os nossos familiares, alunos, paroquianos, grupos de apoio às missões, ex-alunos e ex-religiosos e grupos dehonianos juvenis ou seniores, com iniciativas de animação espiritual para eles ou promovidas por eles (cf. Carta Programática 2003-2009, 22). 25 Nos Centros de Espiritualidade, na medida do possível, procure-se proporcionar pelo menos um momento de partilha do nosso carisma, da nossa espiritualidade e da nossa missão com os grupos que acolhemos, particularmente os que são organizados por nós. 26 Façam-se as devidas diligências para que os utentes dos Centros de Espiritualidade possam assumir progressivamente algum papel na dinamização e organização dos mesmos. 27 Procure-se que, nos Centros, haja uma sala de leitura onde esteja disponível a obra escrita do Fundador, as suas diferentes biografias, livros de autores dehonianos, revistas, desdobráveis, áudio-visuais e outros subsídios que dêem a conhecer e a divulgar tudo o que se refere ao Padre Dehon, à Congregação e às suas obras. 28 Promova-se a criação e funcionamento de um fundo financeiro que torne possível a participação dos mais desfavorecidos nos encontros e outras acções de formação espiritual dehoniana. PPPE (promulgado a 14.03.2008, com revisões a 26.04.2008) 7/8

29 Elaborem-se programas anuais ou trienais para cada Centro e para o conjunto dos mesmos, criando e dinamizando uma rede de colaboração e ajuda entre os diversos Centros de Espiritualidade Dehoniana. Cabe à Comissão Provincial para a Formação e Espiritualidade coordenar a programação anual conjunta de cada Cento. 30 Para que os Centros funcionem adequadamente, preparem-se confrades com apetência e competência para a animação dos mesmos. Formem-se líderes, leigos/as, religiosos/as, padres, na espiritualidade dehoniana, com vista a orientar actividades de divulgação e animação espiritual, tais como celebrações, encontros, retiros, acções sociais e sócio-culturais. 7. Programação e revisão 31 Pelo menos no final de cada ano, sob proposta do Director do Centro, a comunidade faz uma avaliação das actividades realizadas e programa o ano seguinte. Esta reunião pode ser precedida de outra reunião do Director com eventuais colaboradores na vida, organização e dinamização do Centro. Dessas e de outras reuniões de avaliação e programação, façam-se actas, enviando cópia ao Superior Provincial e seu Conselho. 33 Este Plano entra em vigor com a promulgação feita pelo Superior Provincial, após aprovação pelo Conselho Provincial. As propostas de alteração serão aprovadas pelo Superior Provincial e seu Conselho, sob proposta da Comissão Provincial para a Formação e Espiritualidade. PPPE (promulgado a 14.03.2008, com revisões a 26.04.2008) 8/8