PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO DA ICTIOFAUNA USINA HIDRELÉTRICA SÃO SIMÃO



Documentos relacionados
RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NA ÁREA DA UHE MAUÁ

RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NA ÁREA DA UHE MAUÁ

ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO DA ICTIOFAUNA DO MÉDIO RIO CASCA, BACIA DO (ALTO) RIO DOCE, MINAS GERAIS, BRASIL

RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NA ÁREA DA UHE MAUÁ

Peixes migradores do rio Uruguai: Monitoramento, ações de manejo e conservação

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA USINA HIDRELÉTRICA SÃO SIMÃO

Licenciamento Ambiental para o Projeto de Duplicação Rodovia BR 163/MS

RELATÓRIO TÉCNICO FINAL

RELATÓRIO DO MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA DAS PCHS BOM JESUS DO GALHO E SUMIDOURO

Bios Consultoria e Serviços Ambientais Ltda. MARÇO 2012 LAVRAS MG

SNPTEE SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

COMPOSIÇÃO ICTIOFAUNÍSTICA DO RIO DAS CINZAS BACIA DO RIO PARANAPANEMA, SÃO PAULO, BRASIL

PORTARIA IAP Nº 211 DE 19 DE OUTUBRO DE

ESTUDOS ICTIOLÓGICOS E PESQUEIROS EM ÁGUAS INTERIORES DO RIO GRANDE DO NORTE

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

LICENCIAMENTO AMBIENTAL DE EMPREENDIMENTOS HIDRELÉTRICOS

TERMO DE REFERÊNCIA PROGRAMA DE MONITORAMENTO AMBIENTAL PARA PROJETOS DE EXTRAÇÃO DE SAL MARINHO

PROGRAMA DE MANEJO PESQUEIRO

RELATÓRIO FINAL DO MONITORAMENTO DE ICTIOFAUNA E ICTIOPLÂNCTON NA UHE SÃO DOMINGOS - MS

BACIA DO RIO DAS VELHAS

RELATÓRIO DO MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA DAS PCHS BOM JESUS DO GALHO E SUMIDOURO

Gestão de Riscos e oportunidades relacionadas à Ictiofauna. Dezembro de 2011

RELATÓRIO DE RESGATE DE ICTIOFAUNA DURANTE A PARADA PROGRAMADA DE MÁQUINAS (UG-01) - UHE SÃO JOSÉ - Empresa Executora:

GOVERNO DE MATO GROSSO Fundação Estadual do Meio Ambiente FEMA-MT

RESOLUÇÃO Nº 131, DE 11 DE MARÇO DE 2003

2.1. Projeto de Monitoramento Batimétrico. Revisão 00 NOV/2013. PCH Senhora do Porto Plano de Controle Ambiental - PCA PROGRAMAS AMBIENTAIS

Projeto de apoio à revitalização do Rio dos Cochos, Januária MG.

ESTUDO DE IMPACTOS AMBIENTAIS EM TRECHOS DO ARROIO CANDÓI, LARANJEIRAS DO SUL, REGIÃO CENTRAL DO ESTADO DO PARANÁ

PREFEITURA MUNICIPAL DE MORRO REUTER

Termo de Referência para Elaboração do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) TR GERAL

PROJETO EXECUTIVO DE DESEMBARQUE PESQUEIRO COMPANHIA DOCAS DO ESPÍRITO SANTO CODESA

1. INTRODUÇÃO 2. DADOS DO EMPREENDEDOR:

MODULO 1 - IDENTIFICAÇÃO Identificação do requerente Pessoa física. Caixa Postal Município UF CEP DDD Fone Fax

UTILIZAÇÃO DE FERRAMENTAS LIVRES DA WEB, PARA O MONITORAMENTO DE ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE O RIO MEIA PONTE, GO: UM ESTUDO DE CASO.

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 12, DE 03 DE SETEMBRO DE 2008.

Colégio São Paulo Geografia Prof. Eder Rubens

ECOLOGIA ALIMENTAR DA CORVINA PLAGIOSCION SQUAMOSISSIMUS NO RESERVATÓRIO DE BARRA BONITA, SÃO PAULO.

II.10.3 PROJETO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

PROGRAMA DE MONITORAMENTO DE ICTIOPLÂNCTON

Reservatórios do Complexo Hidrelétrico de Paulo Afonso (Moxotó, PA I, II, III e IV) CT-I

Instruções Técnicas para Apresentação de Projetos de Bases de Apoio a Empresas Transportadoras de Cargas e Resíduos - Licença de Instalação (LI) -

PROGRAMA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA

Relatório da Situação Atual e Previsão Hidrológica para o Sistema Cantareira

ESTRUTURA POULACIONAL DE H. ancistroides (Ihering, 1911) EM RIACHOS URBANOS NO MUNICIPIO DE TOLEDO, PARANA

PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO DA ICTIOFAUNA USINA HIDRELÉTRICA SÃO SIMÃO

A Construção de um Programa de Revitalização na Bacia do rio São Francisco

Ana Cecília Hoffmann 1, Mario L. Orsi 2 & Oscar A. Shibatta 1

ICTIOFAUNA PRESENTE NO RESERVATÓRIO DE CHAVANTES, MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO CLARO PR. RESUMO

Claudemir Oliveira da Silva

PROJETO MORRO DO PILAR. Considerações sobre os aspectos de cobertura vegetal para manutenção das condições microclimáticas e tróficas das cavidades

Sistema de Produção e Escoamento de Gás e Condensado no Campo de Mexilhão, Bacia de Santos

Análise da rede de monitoramento hidrometeorológico do estado de Sergipe

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO. Prof. Dr. Israel Marinho Pereira

PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO DA ICTIOFAUNA USINA HIDRELÉTRICA SÃO SIMÃO

Questões Climáticas e Água

Torezani1, E.; Baptistotte1, C.; Coelho1, B. B.; Santos2, M.R.D.; Bussotti2, U.G.; Fadini2, L.S.; Thomé1, J.C.A.; Almeida1, A.P.

LISTA DE ANEXOS MAPA DE LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS DE AMOSTRAGEM


BOA GOVERNANÇA PARA GESTÃO SUSTENTÁVEL DAS ÁGUAS URBANAS PROGRAMA DRENURBS

FICHA PROJETO - nº383-mapp

VIII EXPOSIÇÃO DE EXPERIÊNCIAS MUNICIPAIS EM SANEAMENTO

ISENÇÃO DE LICENCIAMENTO

MAPEAMENTO DE FRAGILIDADE DE DIFERENTES CLASSES DE SOLOS DA BACIA DO RIBEIRÃO DA PICADA EM JATAÍ, GO

PLANO DE AÇÃO NACIONAL DO PATO MERGULHÃO

GERAÇÃO DE VIAGENS. 1.Introdução

Anexo IX. Ref. Pregão nº. 052/2011 DMED. ET Análises de Água e Efluentes

DINÂMICA LOCAL INTERATIVA CONTEÚDO E HABILIDADES FORTALECENDO SABERES GEOGRAFIA DESAFIO DO DIA. Aula 21.1 Conteúdo. Região Sudeste

INSPEÇÃO FORMAL DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA DAS BARRAGENS, ESTRUTURAS CIVIS ANEXAS, TALUDES E TUNELZINHO.

QUEM DEFENDE O MEIO AMBIENTE PROTEGE A PRÓPRIA VIDA

Conservação da Ictiofauna na Bacia do Rio São Francisco

ABINEE TEC MINAS SINAEES. Seminário Vendas para Áreas de Petróleo e Gás, Inovação, Qualidade, Aspectos Ambientais e Controle PCH s

3 ASPECTOS GERAIS DA ÁREA ESTUDADA

REDUÇÃO DE PERDAS REAIS NA ÁREA PILOTO DO PARQUE CONTINENTAL.

GOVERNO DO ESTADO DA PARAÍBA SUDEMA Superintendência de Administração do Meio Ambiente

2.7. Informar se há reserva particular na propriedade com registro em órgão ambiental (IBAMA/IPAAM/Secretaria Municipal

Instruções Técnicas para Apresentação de Projetos de Serviços de Lavagem, Lubrificação e Troca de Óleo de Veículos - Licença de Instalação (LI) -

RELATÓRIO TÉCNICO GESOL Nº 19/2009

Do rio que tudo arrasta se diz que é violento Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. Bertold Brecht

ANEXO VII - TERMO DE REFERÊNCIA

Processo de regulamentação para o repovoamento de peixes em bacias

O Sistema de Monitoramento Hidrológico dos Reservatórios Hidrelétricos Brasileiros

Termo de Referência para Elaboração do Estudo de Viabilidade Ambiental (EVA) Atividades Florestais

Procedimento de Verificação da Presença do Mexilhão-Dourado em Reservatórios.

Gabarito. Construindo no presente um futuro melhor. Unidade 2

15- Representação Cartográfica - Estudos Temáticos a partir de imagens de Sensoriamento Remoto

3. do Sul-Sudeste. Sudeste.

Relatório sobre a Revisão Especial de Cumprimento da Antecipação do Plano Geral de Metas para a Universalização Estado do Maranhão

Programa de Monitoramento de Pontos Propensos à Instabilização de Encostas e Taludes Marginais

Termo de Referência para Elaboração do Plano de Manejo Florestal Sustentável

COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

INVENTÁRIO FLORESTAL (Floresta Plantada) Propriedade: Fazenda Alto Limoeiro 4 Timóteo - MG

LEVANTAMENTO AMBIENTAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE EXTENSÃO DE REDES RURAIS

PORTARIA SERLA N 591, de 14 de agosto de 2007

As Questões Ambientais do Brasil

ANEXO CHAMADA III DESENVOLVIMENTO DE AÇÕES PARA GESTÃO E AVALIAÇÃO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO ESTADUAIS

Norma para Registro de Projetos de Pesquisa - UNIFEI-

AHE SIMPLÍCIO QUEDA ÚNICA* Luiz Antônio Buonomo de PINHO Gerente / Engenheiro Civil Furnas Centrais Elétricas S. A.

USINA HIDRELÉTRICA SANTO ANTÔNIO

Transcrição:

PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO DA ICTIOFAUNA PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO DA ICTIOFAUNA USINA HIDRELÉTRICA SÃO SIMÃO CONTRATO Nº 4570010988/510 ÁGUA E TERRA PLANEJAMENTO AMBIENTAL JULHO/2011 1

SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO... 4 2. CARACTERIZAÇÕES... 5 2.1. EMPREENDEDOR / REQUERENTE... 5 2.2. RESPONSÁVEL PELO PROJETO COORDENAÇÃO TÉCNICA... 5 2.3. EMPRESA RESPONSÁVEL PELO TRABALHO... 5 2.4. EQUIPE EXECUTORA DOS TRABALHOS... 6 3. INTRODUÇÃO... 7 3.1. ÁREA DE ESTUDO... 8 4. OBJETIVOS... 9 4.1. OBJETIVO GERAL... 9 4.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS... 9 5. MATERIAL E MÉTODOS... 10 5.1. LOCAIS DE COLETA... 10 5.2. FREQUÊNCIA DAS COLETAS... 13 5.3. COLETAS... 13 5.4. ANÁLISE DO MATERIAL... 14 5.5. APRESENTAÇÃO DOS DADOS... 15 5.5.1. Abundância... 15 5.5.2. Análise de Captura Por Unidade de Esforço (CPUE) em número e biomassa 16 5.5.3. Avaliação da Atividade Reprodutiva... 16 5.5.4. Índice Gonadossomático... 17 5.5.5. Índice de Repleção dos Estômagos e Análise da Dieta... 17 5.5.6. Diversidade ictiofaunística (H ) e Equitabilidade... 18 5.5.7. Análise de Similaridade... 19 5.5.8. Coleta de Material Genético... 19 5.5.9. Avaliação da Atividade Reprodutiva através da Coleta e Identificação de Ovos e Larvas de Peixes... 20 6 RESULTADOS E DISCUSSÃO... 21 6.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS... 21 6.2. COMPOSIÇÃO ICTIOFAUNÍSTICA... 23 6.3. ABUNDÂNCIA... 47 6.4. BIOMETRIA... 59 6.5. ANÁLISE DE CAPTURA POR UNIDADE DE ESFORÇO (CPUE) EM NÚMERO E BIOMASSA... 70 6.6. AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE REPRODUTIVA... 83 6.7. ÍNDICE GONADOSSOMÁTICO... 101 2

6.8. ÍNDICE DE REPLEÇÃO DOS ESTÔMAGOS E ANÁLISE DA DIETA... 103 6.9. DIVERSIDADE ICTIOFAUNÍSTICA (H ) E EQUITABILIDADE... 116 6.10. ANÁLISE DE SIMILARIDADE... 117 6.11. COLETA QUALITATIVA... 119 6.12. AUTOECOLOGIA DAS ESPÉCIES AMOSTRADAS... 119 6.13. AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE REPRODUTIVA ATRAVÉS DA COLETA E IDENTIFICAÇÃO DE OVOS E LARVAS DE PEIXES... 128 7. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS... 129 8. AVALIAÇÃO HISTÓRICA DA COMPOSIÇÃO ICTIOFAUNÍSTICA DA ÁREA SOB INFLUÊNCIA DA... 131 9. CONSIDERAÇÕES FINAIS... 136 10. REFERÊNCIAS... 137 11. ANEXOS... 146 3

1. APRESENTAÇÃO O presente relatório reporta as atividades desenvolvidas pela equipe técnica da Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda, no Programa de Conservação da Ictiofauna 2010/2011, referente ao contrato n 4570010988/510 - Implantação dos Programas Ambientais para atendimento às condicionantes da Licença de Operação da UHE São Simão. Neste relatório são apresentados os resultados obtidos nas campanhas de amostragem realizadas nos meses de agosto e setembro/2010, janeiro e abril/2011. 4

2. CARACTERIZAÇÕES 2.1. EMPREENDEDOR / REQUERENTE Razão Social: CEMIG GERAÇÃO E TRANSMISSÃO S.A. CNPJ/MF: 06.981.176/0001-58 I.E.: 062.322131.00.98 Endereço para Correspondência: Avenida Cel. José Teófilo Carneiro, 2777 Bairro: São José Município: Uberlândia MG - CEP: 38.401-344 Tel. / Fax: (34) 3088-4948 / (34) 3088-4943 2.2. RESPONSÁVEL PELO PROJETO COORDENAÇÃO TÉCNICA Nome: Mária de Fátima ferreira Analista de Meio Ambiente Tel: (34) 3088-4924 E-mail: fatima@cemig.com.br MG/TA - Gerência de Manutenção de Ativos de Geração Triângulo CEMIG Geraçaõ e Transmissão S.A. 2.3. EMPRESA RESPONSÁVEL PELO TRABALHO Razão Social: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. CNPJ: 04.385.378/0001-01 I.E.: Isenta Endereço para Correspondência: Av. Padre Almir Neves de Medeiros, 650 Bairro Sobradinho Município de Patos de Minas MG - CEP. 38.701-118 Tel / Fax: (34) 3818-8440 CREA/MG 38.572 Cadastro IBAMA: 669983 Cadastro SISEMA: Dispensado (conforme Declaração 550698/2007 - SEMAD) Coordenador Geral: Emidio Moreira da Costa - Engenheiro Florestal E-mail: tito@aguaeterra.com.br Contato Secundário: Regina Célia Gonçalves - Bióloga 5

E-mail: reginacelia@aguaeterra.com.br 2.4. EQUIPE EXECUTORA DOS TRABALHOS Quadro 1: Equipe executora dos trabalhos Nome Formação Função Erika Fernandes Araújo Vita Bióloga Biometria / Análise gonadal / Elaboração de Relatório / Conteúdo estomacal Fernando Apone Biólogo Taxonomia / Análise gonadal / Conteúdo estomacal Marcel Cavallaro Biólogo Taxonomia / Análise gonadal / Conteúdo estomacal Murilo Carvalho Biólogo Taxonomia / Análise gonadal / Conteúdo estomacal / Ovos e Larvas Regina Célia Gonçalves Bióloga Biometria / Análise gonadal / Elaboração de Relatório Adriane Fernandes Ribeiro Bióloga Biometria / Análise gonadal / Elaboração de Relatório Rubens Paiva de Melo Neto Biólogo Coletas / Elaboração de Relatório Antônio Tomas França - Arraiz / Aquaviário 6

3. INTRODUÇÃO A região Neotropical possui a fauna de peixes mais diversificadas do mundo. Apesar das disparidades entre as estimativas disponíveis na literatura em relação às espécies de água doce, a ordem de grandeza de espécies no Brasil é de aproximadamente 3.261 (LEWINSOHN & PRADO, 2005). Apesar de rico, esse patrimônio não está protegido e encontra-se ameaçado por vários fatores. A perda de hábitats, por exemplo, é considerada a principal causa de extinção de peixes de água doce no mundo (DUDGEON et al., 2006), seguida pela introdução de espécies exóticas (MILLER et al., 1989; MOYLE & LEIDY, 1992) e sobreexplotação (ALLAN et al., 2005.). O ritmo de devastação de ambientes naturais é crescente e acompanha o crescimento da população humana. A ampliação da fronteira agrícola, crescimento da exploração mineral, implantação de projetos para geração de energia elétrica, projetos de irrigação, desmatamento, expansão urbana, descarga de efluentes domésticos e industriais, disposição inadequada de lixo, entre outros, são fatores que levam à deterioração da qualidade das águas e destruição de hábitats aquáticos. Considerando que as águas superficiais continentais representam apenas 0,8% da superfície terrestre e que esses ambientes comportam cerca de 40% da riqueza de peixes conhecida (NELSON, 1994), os ambientes de água doce merecem especial atenção em relação ao esforço de conservação. O Brasil possui um dos maiores conjuntos de bacias hidrográficas no mundo e com a maior diversidade de peixes, porém o conhecimento acerca da composição ictiofaunística dessas bacias ainda é incipiente. Com o represamento dos rios, ocorre a destruição da vegetação ripária e a inundação das lagoas marginais, além da transformação do antigo ecossistema lótico para um novo ecossistema lêntico ou semi-lêntico, implicando em grandes alterações físicas, químicas, limnológicas e ambientais (TUNDISI, 1988; NOGUEIRA, 1996). As comunidades de peixes existentes nesses locais refletem processos de reestruturação das comunidades que previamente ocupavam as áreas represadas (GOMES & VERANI, 2003). Outro aspecto bem definido nos represamentos é a interrupção dos ciclos migratórios alimentares e reprodutivos de algumas espécies de peixes reofílicas de alto valor comercial e a presença de uma ictiofauna menos complexa que dos seus rios formadores (CASTRO & ARCIFA, 1987; LOWE-McCONNELL, 1987; FERNANDO & HOLCIK, 1991; WOYNAROVICH, 1991; PETRERE JR., 1996). 7

Devido aos sucessivos barramentos de rios, as espécies tendem a se adequar às novas situações ecológicas, para poder realizar satisfatoriamente o ciclo reprodutivo (SUZUKI & AGOSTINHO, 1997). Desta forma, a obtenção de informações básicas como composição, riqueza, diversidade e abundância da ictiofauna de reservatórios, bem como a detecção dos fatores determinantes destes parâmetros é fundamental para o conhecimento adequado das populações de peixes aí residentes e, consequentemente, o desenvolvimento de políticas e ações de restauração e conservação da ictiofauna local. 3.1. ÁREA DE ESTUDO A Usina Hidrelétrica de São Simão UHE São Simão, localizada no rio Paranaíba, município de Santa Vitória-MG, iniciou sua operação no ano de 1978, com capacidade de geração de 1.710 MW. Abrange faixas de terras dos municípios de Capinópolis, Ituiutaba Ipiaçu, Gurinhatã, Cachoeira Dourada e Santa Vitória, à margem esquerda do reservatório, no estado de Minas Gerais e Bom Jesus de Goiás, Inaciolândia, Gouvelândia, Quirinópolis, Paranaiguara, Cachoeira Dourada e São Simão à margem direita do reservatório, no estado de Goiás. O reservatório ocupa uma área de 765,2 km 2 e sua bacia de captação possui 70.097 km 2. A proporção entre a área da bacia e o lago é de 92,75 km 2. Desembocam no reservatório: seis rios, 10 ribeirões e 32 córregos. Dentre estes últimos, 25 são pequenos cursos d água que são considerados como integrantes do entorno da barragem e não como sub-bacias individuais. A barragem está localizada na região Centro-Sul do Brasil, nas coordenadas 19º. 01 S de latitude sul e 50 o 30 W de longitude oeste no trecho inferior do rio Paranaíba, que forma a fronteira entre os estados de Minas Gerais e Goiás. Localizada a 700 km a oeste de Belo Horizonte e a 6 km a leste da cidade relocada de São Simão. A área de drenagem a montante da barragem é aproximadamente de 171.000 km 2, representando 72% de toda a bacia do rio Paranaíba. Os principais tributários à montante do barramento são: ao Norte, o rio São Marcos, o rio Corumbá, o Meia Ponte, rio dos Bois e, ao Sul, os rios Araguari e Tijuco. A camada de solo da bacia é bastante espessa e porosa nos locais mais baixos. O clima que predomina na bacia do Paranaíba é tipicamente Tropical Continental, determinado pela localização geográfica e pela influência das barreiras de montanhas que impedem o ingresso de massas de ar provenientes do litoral. Prevalecem na região duas estações, uma seca e fria e outra úmida e quente. A temperatura média é de 21 o C para grandes altitudes e com pequenas variações nas pequenas altitudes. 8

4. OBJETIVOS 4.1. OBJETIVO GERAL Avaliar as alterações nas escalas temporal e espacial que se processam na estrutura da comunidade de peixes no trecho do rio Paranaíba considerado, em função da barragem de São Simão, referentes à composição, abundância, diversidade e biologia reprodutiva das principais espécies. 4.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Avaliar, nas escalas temporais e espaciais, a estrutura da ictiofauna com respeito à composição em espécies, abundância relativa e riqueza absoluta de espécies no reservatório da UHE São Simão; estimar a produtividade em número e biomassa das espécies, pontos e períodos amostrados e tamanho de malha, através da captura por unidade de esforço (CPUE); estimar a diversidade ictiofaunística dos pontos e períodos de amostragem; avaliar a atividade reprodutiva de espécies de interesse; avaliar a dieta das principais espécies existentes no reservatório; coletar material genético das principais espécies do reservatório; criar um Banco de dados de informações ictiofaunísticas para futura comparação com resultados obtidos em estudos anteriores; realizar levantamento e monitoramento do Ictioplâncton; atender aos requisitos legais e normas regulamentadoras pertinentes. 9

5. MATERIAL E MÉTODOS A metodologia ora descrita consiste naquela apresentada no Projeto Executivo do Programa de Conservação da Ictiofauna da UHE São Simão. 5.1. LOCAIS DE COLETA As coletas de peixes foram realizadas em dez pontos de amostragem, conforme descrição a seguir (Tabela 1): Local de captura SS-01 SS-02 SS-03 SS-04 SS-05 SS-06 SS-07 SS-08 SS-09 Localização À jusante da ponte sobre o rio Paranaíba, na divisa de MG/GO Rio Mateira, na ponte entre Paranaiguara e Quirinópolis Rio Meia Ponte, na ponte entre Almerindonópolis e Inaciolândia Tabela 1: Pontos de Coleta Descrição Apresenta mata ciliar em uma pequena faixa, sendo que o uso do solo predominante é a pecuária. Presença de ocupação humana consolidada. Curso d água bastante assoreado, não sendo possível a navegação no local, quando do período seco. Mata ciliar presente e abundante às margens do ponto. Coordenadas (UTM) X Coordenadas (UTM) Y 552.195 7.894.365 538.335 7.915.076 646.363 7.956.487 Rio da Prata, na foz Curso d água apresentando fundo arenoso 620.287 7.919.455 Rio da Prata, antes da cidade de Ituiutaba MG Rio Tijuco, na foz Rio Tijuco, na ponte velha de acesso a Ituiutaba MG No primeiro terço do reservatório, mais próximo à barragem No meio do reservatório Mata ciliar escassa às margens do ponto. Curso d água bastante assoreado. Fundo arenoso Curso d água apresentando características de assoreamento 626.618 7.906.007 619.997 7.920.322 Mata ciliar presente às margens do ponto. 660.099 7.905.254 Ambiente lêntico. Presença de mata ciliar às margens do ponto 552.401 7.899.687 Ambiente lêntico. Presença de fragmentos de vegetação nas proximidades do ponto. 560.600 7.917.431 SS-10 No final do reservatório Ambiente lêntico. Mata ciliar ausente. 576.567 7.933.855 Fonte: Projeto Executivo CEMIG/2006 Na figura 1, a seguir, é apresentada a localização dos pontos de amostragem. 10

Figura 1: Localização dos pontos de amostragem para o Programa de Conservação da ictiofauna Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda./2009 11

Foto 1: Ponto SS-01 Foto 2: Ponto SS-02 Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental abril/2011 Foto 3: Ponto SS-03 Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental abril/2011 Foto 4: Ponto SS-04 Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental abril/2011 Foto 5: Ponto SS-05 Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental abril/2011 Foto 6: Ponto SS-06 Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental abril/2011 Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental abril/2011 12

Foto 7: Ponto SS-07 Foto 8: Ponto SS-08 Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental abril/2011 Foto 9: Ponto SS-09 Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental abril/2011 Foto 10: Ponto SS-10 Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental abril/2011 Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental abril/2011 5.2. FREQUÊNCIA DAS COLETAS Conforme Projeto Executivo anteriormente citado, o presente monitoramento foi conduzido através de quatro campanhas de campo, nos meses de agosto e setembro de 2010 e janeiro e abril de 2011. O presente relatório reporta os resultados obtidos nas quatro amostragens realizadas. 5.3. COLETAS 5.3.1. Equipamentos e Procedimentos Para a atividade de coleta foi utilizado barco marujo de 5 metros de comprimento e 150 cm de largura, registrado na Capitania Fluvial do São Francisco, em Pirapora sob o número 941M2007091237 e motoneiro devidamente registrado, conforme comprovantes que se encontram no Anexo B. 13

Foi elaborada Análise de Risco pela equipe de campo e obtido porte da Autorização para Utilização de Embarcação (APUE) emitida pela coordenação da Usina Hidrelétrica São Simão. Além disso, foi obtida a Licença de Pesca Científica junto ao IBAMA para coleta de material ictiológico no reservatório da UHE São Simão e nos cursos d água que o compõem. A licença encontra-se no Anexo C deste relatório. 5.3.2. Capturas Quantitativas Para as capturas quantitativas, utilizaram-se redes de malhas com 10 e 20 metros de comprimento e altura média de 1,6 metros. Foram utilizadas malhas de 3, 4, 5, 6, 7, 8, 10, 12, 14 e 16 centímetros, medidos entre nós opostos. Em cada um dos pontos, foram utilizadas 3 (três) redes de 10 metros de comprimento (malhas 3, 4 e 5) e 7 (sete) redes com 20 metros (malhas 6, 7, 8, 10, 12, 14 e 16). Foi empregado esforço amostral de 170 metros lineares no total por ponto de amostragem. As redes foram armadas à tarde e retiradas na manhã seguinte, permanecendo expostas por um período aproximado de 14 horas. 5.3.3. Capturas Qualitativas Para as amostras qualitativas, conforme descrito no Projeto Executivo, foram utilizadas redes de arrasto de tela mosquiteira com 5,0 m de comprimento e altura de 1,6 metros. Este petrecho somente foi utilizado em locais mais rasos. Além deste, também foram utilizadas tarrafas, anzóis, espinhéis e peneiras. 5.3.4. Acondicionamento e Transporte Os indivíduos capturados foram acondicionados em sacos plásticos etiquetados e separados por ponto amostral, material de pesca e tamanho de malha. Em campo os exemplares coletados foram fixados em solução de formol 10% e acondicionados em bombona plástica. 5.4. ANÁLISE DO MATERIAL Em laboratório, os peixes foram lavados e conservados em solução de álcool etílico a 70 GL. Em seguida, procedeu-se a triagem, etiquetação, identificação taxonômica, obtenção do diagnóstico definitivo do sexo e de maturação gonadal e dos dados relacionados à biometria (peso corporal em gramas e comprimentos padrão e total, em mm). 14

Os indivíduos testemunho não foram dissecados e se encontram tombados no laboratório da USP-Ribeirão Preto, para futuras consultas. A quantidade de indivíduos mantidos inteiros, por razões de tombamento, baseou-se na quantidade de indivíduos coletados, bem como nas possíveis variações morfológicas externas, de tamanho e de estágios de desenvolvimento visto que não existe uma regra pré-estabelecida para a quantidade de indivíduos a ser tombada. Foto 11: Material arquivado no laboratóro de ictiologia da USP Ribeirão Preto Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental. 5.5. APRESENTAÇÃO DOS DADOS 5.5.1. Abundância Foram apresentadas as Abundâncias Absoluta, Relativa e Total para as espécies encontradas em cada uma das amostragens realizadas no reservatório da UHE de São Simão. Na Abundância Absoluta foi considerada a quantidade de indivíduos encontrados por espécie, enquanto que na Abundância Relativa, considerou-se a relação entre a Abundância Absoluta da espécie e Abundância Total dos indivíduos coletados na amostragem. Na Abundância Total foi considerado o número de indivíduos capturados na amostragem. 15

5.5.2. Análise de Captura Por Unidade de Esforço (CPUE) em número e biomassa A produtividade em número e biomassa foi estimada através da Captura Por Unidade de Esforço (CPUE), com base nos dados obtidos através das redes de espera. O cálculo da CPUE foi efetuado através das seguintes equações: e, 16 CPUE (n) = (Nm / EPm ) x 100 m=3 16 CPUE (b) = (Bm / EPm ) x 100 m=3 Onde: CPUEn = Captura Por Unidade de Esforço; CPUEb = Captura em Biomassa (peso corporal) Por Unidade de Esforço; Nm = número total dos peixes capturados na malha m; Bm = biomassa total capturada na malha m (em kg); EPm = esforço de pesca, que representa a área em m 2 das redes de malha m; m = tamanho da malha (3, 4, 5, 6, 7, 8, 10, 12, 14 e 16 cm). 5.5.3. Avaliação da Atividade Reprodutiva Durante a Avaliação da Atividade Reprodutiva, os peixes foram submetidos à incisão ventral para determinação do sexo e do diagnóstico macroscópico de maturação gonadal. Esta análise baseou-se principalmente no volume relativo da gônada na cavidade abdominal, integridade da rede sanguínea (machos e fêmeas), presença e tamanho dos diversos tipos de ovócitos (ovócitos I, II, III e IV) e integridade das lamelas ovarianas (VAZZOLER, 1996; VONO et al, 2002). Foram considerados os seguintes estádios de maturação, seguindo-se as características propostas por VONO et al., 2002, com algumas adaptações: 16

Repouso 1: ovários delgados e íntegros, translúcidos, sem ovócitos visíveis a olho nu; testículos delgados e íntegros, predominantemente hialinos; Maturação inicial 2A: ovários com discreto aumento de volume e poucos ovócitos vitelogênicos (ovócitos II, III e IV) evidentes; testículos com discreto aumento de volume e com aparência leitosa; Maturação intermediária 2B: ovários com maior aumento de volume, grande número de ovócitos IV evidentes, porém ainda com áreas a serem preenchidas; testículos com maior aumento de volume, leitosos; Maturação avançada 2C: ovários com aumento máximo de volume, ovócitos vitelogênicos distribuídos uniformemente; testículos com aumento máximo de volume, túrgidos, leitosos; Esgotado (desovado ou espermiado) 3: ovários flácidos e sanguinolentos, com número variável de ovócitos vitelogênicos remanescentes; testículos flácidos e sanguinolentos. 5.5.4. Índice Gonadossomático Após a dissecação dos indivíduos, as gônadas foram retiradas e pesadas. A partir do peso obtido e do peso corporal do indivíduo, foi calculado o Índice Gonadossomático (IGS), pela seguinte fórmula: Onde: PG = peso da gônada PC = peso corporal IGS = PG / PC x 100 5.5.5. Índice de Repleção dos Estômagos e Análise da Dieta Após fixação em formalina a 10% por cerca de 5 (cinco) dias e conservação em álcool 70º GL, os peixes foram eviscerados para dissecação dos estômagos. Para cada item foi calculada a freqüência de ocorrência (Fi = nº de estômagos em que ocorre o item i / total de estômagos com alimento) e seu peso relativo (Pi = peso do item i / peso total de todos os itens), combinados no Índice Alimentar (IAi) modificado de Kawakami & Vazzoler (1980): n IAi = (Fi. Pi) / Σ Fi. Pi, onde: i=1 17

IAi = índice alimentar do item i, Fi = frequência de ocorrência do item i, Pi = peso proporcional do item i. O grau de repleção do tubo digestivo, que indica o estado de alimentação do peixe, foi obtido adotando-se os seguintes graus. Tabela 2: Graus de repleção estomacal Grau de repleção estomacal Porcentagem de alimento no estômago A 100-71% B 70-31% C 30-1% D 0% Fonte: Kawakami & Vazzoler (1980), modificado. Essa escala foi obtida através da observação da quantidade de alimento presente no estômago dos peixes. Os estômagos contendo alimento foram retirados e, após terem sido fixados em formalina a 10% por cerca de 5 (cinco) dias e conservados em álcool 70 o GL, os mesmos foram dissecados. O conteúdo estomacal foi analisado em estereomicroscópio e microscópio óptico. Os itens alimentares foram identificados até o menor nível taxonômico possível. O conteúdo estomacal foi analisado pelo método de ocorrência de itens (WINDELL, 1968; HYSLOP, 1980) sendo o volume estimado pelo método de pontos (HYNES, 1950). 5.5.6. Diversidade ictiofaunística (H ) e Equitabilidade Para o cálculo da Diversidade de Espécies foram empregados os dados quantitativos obtidos através das capturas com redes de malhas (CPUE). Utilizou-se o Índice de Diversidade de Shannon-Weaver (MAGURRAN, 1991), descrito pela equação: S H' = - (π) x (log n π), onde: i = 1 Onde: S = número total de espécies na amostra; i = espécie 1, 2, 3...i na amostra; 18

π = proporção do número de indivíduos da espécie i na amostra, através da CPUE em número. A Equitabilidade (E) de distribuição das capturas pelas espécies, estimada para cada período de captura, foi calculada através da equação de Pielou (1975). Onde: H = Índice de Diversidade de Shannon; N = número de espécies. E = H / log N Os valores da Diversidade e da Equitabilidade foram calculados para cada uma das estações de coleta separadamente. 5.5.7. Análise de Similaridade As composições das comunidades dos diferentes pontos de coletas foram comparadas através do Índice de Similaridade de Sorensen (MAGURRAM, 1991) utilizando a seguinte fórmula através do Programa Biodiversity Pro: IS = 2j / (a+b) Onde: IS = Índice de similaridade; j = número de espécies em comum; a + b = número de espécies em dois pontos. 5.5.8. Coleta de Material Genético Foi realizada coleta de tecidos (fragmentos de nadadeiras ou tecido muscular ou fígado) de espécies de interesse, por serem migradoras e/ou ameaçadas de extinção. As amostras foram acondicionadas em frascos tipo Eppendorf, conservadas em solução de etanol 70% e entregues ao contratante, devidamente identificadas (n do frasco, espécie, data e local de coleta). Avaliou-se a ocorrência de espécies ameaçadas com base na Lista Nacional das Espécies de Invertebrados Aquáticos e Peixes Ameaçados de Extinção, na Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção de Minas Gerais e no Livro Vermelho das Espécies Ameaçadas de Extinção da Fauna de Minas Gerais, cuja ocorrência é possível na Bacia do 19

rio Paranaíba, tais como: pirapitinga (Brycon naterreri); pacu-prata (Myleus tieti); piracanjuba (Brycon orbiyanus), surubim (Steindachneridion scripta); joaninha (Crenicichla jupiaiensis), jaú (Zungaro jahu) e ainda Sternarchorhynchus britskii, sendo que esta espécie não possui nome popular. As espécies de peixes capturadas, classificadas como ameaçadas de extinção, foram analisadas seguindo-se os procedimentos já descritos anteriormente. Cabe ressaltar que, as amostras coletadas foram enviadas para a Estação de Piscicultura da UHE Volta Grande, empreendimento pertecente à CEMIG Geração e Transmissão S.A, devidamente identificadas (número do frasco, espécie, data e local de coleta). 5.5.9. Avaliação da Atividade Reprodutiva através da Coleta e Identificação de Ovos e Larvas de Peixes Nos pontos de amostragem quantitativa foram feitas coletas ativas de ovos e larvas. A coleta foi realizada através de rede de plâncton de malha de 0,5mm, com um fluxômetro instalado no centro da boca da rede para medir a velocidade e, pelo conhecimento da área da boca, tem-se o volume filtrado. A densidade de ovos e larvas coletados por este método foi calculada através da seguinte fórmula (NAKATANI et al., 2001): Y=(x/V).10 Onde: Y=número de ovos ou larvas por 10m 2 X=número de ovos ou larvas coletadas V=volume de água filtrada (m 2 ). Nos pontos de amostragem qualitativa os ovos e larvas foram coletados através de rede de arrasto de tela mosqueteira abertura de 2,0mm, através de 3 a 4 arrastos por ponto ao longo de cerca de 10 metros da linha da margem e peneiras. Os ovos e larvas capturados foram fixados em solução de formalina a 4%, tamponada com carbonato de cálcio, preparada segundo metodologia proposta por Nakatani et al (2001), ou seja, utilizando-se 1g de CaCO 3 para 1.000ml de solução de formalina. Após este procedimento, os ovos e larvas foram identificados e quantificados, em laboratório. 20

6 RESULTADOS E DISCUSSÃO 6.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS A primeira campanha foi realizada na UHE São Simão entre os dias 19 e 23 de agosto/2010, enquanto que a segunda amostragem foi executada entre os dias 27 de setembro e 02 de outubro/2010. Já a terceira amostragem foi efetuada entre os dias 11 a 14 de janeiro/2011, enquanto que a quarta campanha foi realizada no período de 08 a 13 de abril/2011. Na tabela a seguir, são apresentados os horários em que as redes foram colocadas e retiradas. 21

Pontos Tabela 3: Dados referentes à realização das coletas Agosto/2010 Setembro-Outubro/2010 Janeiro/2011 Abril/2011 Colocação Retirada Colocação Retirada Colocação Retirada Colocação Retirada Data Hora Data Hora Data Hora Data Hora Data Hora Data Hora Data Hora Data Hora SSI-01 21/ago. 16h40min 22/ago. 07h10min 28/set 16h51min 29/set 07h30min 12/jan 16h35min 13/jan 08h20min 08/abr. 16h30min 09/abr. 07h00min SSI-02 20/ago. 17h20min 21/ago. 08h30min 29/set 16h50min 30/set 08h25min 12/jan 16h45min 13/jan 09h25min 09/abr. 16h20min 10/abr. 07h35min SSI-03 22/ago. 16h40min 23/ago. 07h00min 01/out 16h30min 02/out 07h25min 13/jan 16h25min 14/jan 07h00min 11/abr. 17h00min 12/abr. 07h25min SSI-04 19/ago. 17h20min 20/ago. 09h20min 27/set 16h30min 28/out 07h30min 11/jan 16h00min 12/jan 07h00min 12/abr. 17h10min 13/abr. 08h25min SSI-05 19/ago. 16h20min 20/ago. 08h30min 27/set 17h30min 28/out 08h00min 11/jan 16h30min 12/jan 07h40min 12/abr. 16h20min 13/abr. 07h40min SSI-06 19/ago. 16h40min 20/ago. 08h50min 27/set 17h40min 28/out 09h00min 11/jan 17h20min 12/jan 09h25min 12/abr. 16h00min 13/abr. 07h00min SSI-07 19/ago. 18h20min 20/ago. 07h00min 27/set 19h00min 28/out 08h30min 11/jan 17h45min 12/jan 07h00min 12/abr. 18h20min 13/abr. 09h45min SSI-08 20/ago. 16h30min 21/ago. 07h20min 29/set 16h10min 30/set 07h30min 12/jan 17h10min 13/jan 08h00min 09/abr. 17h30min 10/abr. 07h50min SSI-09 20/ago. 17h25min 21/ago. 08h40min 30/set 16h50min 01/out 08h45min 12/jan 17h45min 13/jan 09h30min 10/abr. 17h30min 11/abr. 09h10min SSI-10 21/ago. 16h30min 22/ago. 07h30min 30/set 16h35min 01/out 08h10min 12/jan 18h45min 13/jan 10h20min 10/abr. 16h25min 11/abr. 08h00min Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. 2010/2011 22

6.2. COMPOSIÇÃO ICTIOFAUNÍSTICA Em agosto/2010, foram capturados 392 (trezentos e noventa e dois) indivíduos, pertencentes às ordens Characiformes, Perciformes e Siluriformes, distribuídos em 08 (oito) famílias e 33 (trinta e três) espécies distintas. Já em setembro/2010, foram capturados 314 (trezentos e quatorze) indivíduos, pertencentes às mesmas ordens observadas na amostragem anterior. Estes indivíduos estiveram distribuídos em 10 (dez) famílias e 31 (trinta e uma) espécies. Na amostragem realizada no mês de janeiro/2011, foram capturados 298 (duzentos e noventa e oito) indivíduos. Além das ordens comumente encontradas, verificou-se a presença de um representante da ordem Gymnotiformes. Os indivíduos capturados distribuíram-se em 11 (onze) famílias e 33 (trinta e três) espécies. Em abril/2011, foram capturados 194 (cento e noventa e quatro) indivíduos, pertencentes a 20 (vinte) espécies, 9 (nove) famílias e 3 (três) ordens (Characiformes, Siluriformes e Perciformes). Na tabela 4, a seguir, é apresentada a listagem das espécies encontradas, bem como o número de indivíduos capturados em cada ponto de amostragem. 23

Tabela 4: Quantidade de espécies encontradas nas amostragens realizadas em agosto e setembro/2010, janeiro e abril/2011 SS-01 SS-02 SS-03 Ordem Família Espécie Nome comum Categoria Ago./10 Set./10 Jan./11 Abr./11 Ago./10 Set./10 Jan./11 Abr./11 Ago./10 Set./10 Jan./11 Abr./11 Leporinus friderici Piau-três-pintas Nativa 10 3 7 5 2 2 Leporinus obtusidens Piauçu Nativa / migradora 1 Leporinus octofasiatus Ferreirinha Nativa 1 1 Leporinus amblyrhynchus Canivetão Nativa 1 Leporinus tigrinus Piau vermelho? 14 4 Anostomidae Leporinus unitaeniatus Piau? 50 7 2 Leporellus vittatus Peixe-Canivete Nativa 3 3 Schizodon sp. Taguara - Schizodon borellii Taguara Nativa 1 3 3 Schizodon nasutus Taguara Nativa / migradora Astyanax altiparanae lambari-do-rabo-amarelo Nativa 3 5 25 6 Astyanax fasciatus lambari-do-rabo-vermelho Nativa Characiformes Charax sp. Lambari - 6 1 Metynnis cf. maculatus Pacu prata Exótica 1 1 Roeboides descalvadensis saicanga Nativa 4 4 Characidae Galeocharax knerii peixe-cadela ou cigarra Nativa 1 1 1 Rhaphiodon vulpinus dourado-cachorro Nativa / migradora 1 4 18 7 3 6 1 8 Serrasalmus cf. maculatus Piranha Nativa Serrasalmus geryi Piranha? 1 1 Triportheus nematurus lambari-bandeira ou sardinha Exótica 1 1 1 Steindachnerina insculpta saguiru do rabo amarelo Nativa 1 2 4 Curimatidae Cyphocharax aff. modestus Sagüiru Nativa 16 2 2 Hoplias cf. malabaricus Traíra Nativa 6 9 5 1 2 Erythrinidae Hoplerythrinus unitaeniatus Jejú Nativa Pseudopimelodidae Pseudopimelodus sp. Bagre - 1 Doradidae Rhinodoras dorbignyi Bagre serra Nativa 7 2 Auchenipteridae Parauchenipterus galeatus Cangati Nativa 1 Siluriformes Heptapteridae Rhamdia quelen Bagre Nativa 1 Iheringichthys labrosus mandi beiçudo Nativa Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi amarelo Nativa / migradora 1 6 4 1 12 4 1 1 Pimelodus microstoma Mandi Desconhecida 1 24

Ordem Família Espécie Nome comum Categoria Perciformes Loriicaridae SS-01 SS-02 SS-03 Ago./10 Set./10 Jan./11 Abr./11 Ago./10 Set./10 Jan./11 Abr./11 Ago./10 Set./10 Jan./11 Abr./11 Pimelodella sp. mandizinho - 3 Pirinampus pirinampu Barbado Nativa / migradora 1 1 Zungaro jahu Jaú Nativa 1 Hypostomus ancistroides Cascudo Nativa 1 Hypostomus cf. margaritifer Cascudo Nativa 3 Hypostumus multidens Cascudo - 2 Hypostomus cf. paulinus Cascudo Nativa 5 5 2 Hypostomus regani Cascudo Nativa 81 27 Hypostomus strigaticeps Cascudo Nativa 5 9 Hypostomussp. 1 Cascudo - 1 Hypostumus sp. 4 Cascudo - 1 Hypostomus sp. 5 Cascudo - 3 Hypostomus sp. 6 Cascudo - 6 6 16 Hypostomus sp. 9 Cascudo - 3 Loricaria cf. prolixa cascudo chinelo Nativa 4 Pterygoplichthys ambrosettii acari-bodó - 2 1 1 1 Sciaenidae Plagioscion squamosissimus pescada branca ou curvina Exótica 19 17 13 24 9 3 36 9 Cichlidae Cichla cf. piquiti tucunaré Exótica 1 Cichla sp. tucunaré Exótica 1 Crenicichla britskii patrona/bocarra Nativa 1 Crenicichla cf. haroldoi jacundá Nativa 1 Geophagus brasiliensis cará Nativa 1 7 Geophagus proximus acará papa-terra Nativa 3 14 21 3 21 4 Oreochromis niloticus Tilápia do nilo Exótica Satanoperca sp. acará - 2 Gymnotiformes Gymnotidae Gymnotus cf. carapo Sarapó Nativa Número de espécies 9 11 18 12 11 9 13 5 10 13 4 3 Total de indivíduos 42 46 151 73 66 20 82 16 147 77 5 4 Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. 2010/2011 25

Tabela 4: Quantidade de espécies encontradas nas amostragens realizadas em agosto e setembro/2010, janeiro e abril/2011 SS-04 SS-05 SS-06 Ordem Família Espécie Nome comum Categoria Ago./10 Set./10 Jan./11 Abr./11 Ago./10 Set./10 Jan./11 Abr./11 Ago./10 Set./10 Jan./11 Abr./11 Leporinus friderici Piau-três-pintas Nativa 2 1 1 1 2 1 1 3 1 Leporinus obtusidens Piauçu Nativa / migradora Leporinus octofasiatus Ferreirinha Nativa Leporinus amblyrhynchus Canivetão Nativa Leporinus tigrinus Piau vermelho? 1 Anostomidae Leporinus unitaeniatus Piau? Leporellus vittatus Peixe-Canivete Nativa Schizodon sp. Taguara - 1 Schizodon borellii Taguara Nativa Schizodon nasutus Taguara Nativa / migradora Astyanax altiparanae lambari-do-rabo-amarelo Nativa 1 1 1 Astyanax fasciatus lambari-do-rabo-vermelho Nativa 1 Characiformes Charax sp. Lambari - Metynnis cf. maculatus Pacu prata Exótica 2 Roeboides descalvadensis saicanga Nativa Characidae Galeocharax knerii peixe-cadela ou cigarra Nativa Rhaphiodon vulpinus dourado-cachorro Nativa / migradora 2 1 1 Serrasalmus cf. maculatus Piranha Nativa 1 Serrasalmus geryi Piranha? Triportheus nematurus lambari-bandeira ou sardinha Exótica 2 1 Steindachnerina insculpta saguiru do rabo amarelo Nativa 1 Curimatidae Cyphocharax aff. modestus Sagüiru Nativa Hoplias cf. malabaricus Traíra Nativa Erythrinidae Hoplerythrinus unitaeniatus Jejú Nativa Pseudopimelodidae Pseudopimelodus sp. Bagre - Doradidae Rhinodoras dorbignyi Bagre serra Nativa Auchenipteridae Parauchenipterus galeatus Cangati Nativa Siluriformes Heptapteridae Rhamdia quelen Bagre Nativa Iheringichthys labrosus mandi beiçudo Nativa 11 1 4 Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi amarelo Nativa / migradora 1 1 Pimelodus microstoma Mandi Desconhecida 26

Ordem Família Espécie Nome comum Categoria Perciformes Loriicaridae Pimelodella sp. mandizinho - Pirinampus pirinampu Barbado Nativa / migradora Zungaro jahu Jaú Nativa SS-04 SS-05 SS-06 Ago./10 Set./10 Jan./11 Abr./11 Ago./10 Set./10 Jan./11 Abr./11 Ago./10 Set./10 Jan./11 Hypostomus ancistroides Cascudo Nativa 2 1 Hypostomus cf. margaritifer Cascudo Nativa Hypostumus multidens Cascudo - Hypostomus cf. paulinus Cascudo Nativa Hypostomus regani Cascudo Nativa 2 1 Hypostomus strigaticeps Cascudo Nativa Hypostomussp. 1 Cascudo - Hypostumus sp. 4 Cascudo - Hypostomus sp. 5 Cascudo - Hypostomus sp. 6 Cascudo - Hypostomus sp. 9 Cascudo - Loricaria cf. prolixa cascudo chinelo Nativa Pterygoplichthys ambrosettii acari-bodó - 1 Sciaenidae Plagioscion squamosissimus pescada branca ou curvina Exótica 4 1 1 Cichlidae Cichla cf. piquiti tucunaré Exótica Cichla sp. tucunaré Exótica Crenicichla britskii patrona/bocarra Nativa Crenicichla cf. haroldoi jacundá Nativa Geophagus brasiliensis cará Nativa Geophagus proximus acará papa-terra Nativa Oreochromis niloticus Tilápia do nilo Exótica Satanoperca sp. acará - Gymnotiformes Gymnotidae Gymnotus cf. carapo Sarapó Nativa Número de espécies 5 2 3 4 3 1 4 2 4 2 2 4 Total de indivíduos 16 3 5 7 3 2 4 3 7 2 4 5 Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. 2010/2011 Abr./11 27

Tabela 4: Quantidade de espécies encontradas nas amostragens realizadas em agosto e setembro/2010, janeiro e abril/2011 SS-07 SS-08 SS-09 Ordem Família Espécie Nome comum Categoria Ago./10 Set./10 Jan./11 Abr./11 Ago./10 Set./10 Jan./11 Abr./11 Ago./10 Set./10 Jan./11 Abr./11 Leporinus friderici Piau-três-pintas Nativa 1 1 1 1 2 2 3 2 Leporinus obtusidens Piauçu Nativa / migradora Leporinus octofasiatus Ferreirinha Nativa 1 1 Leporinus amblyrhynchus Canivetão Nativa Leporinus tigrinus Piau vermelho? 1 1 Anostomidae Leporinus unitaeniatus Piau? 1 Leporellus vittatus Peixe-Canivete Nativa Schizodon sp. Taguara - Schizodon borellii Taguara Nativa 1 Schizodon nasutus Taguara Nativa / migradora 1 Astyanax altiparanae lambari-do-rabo-amarelo Nativa 3 1 1 Astyanax fasciatus lambari-do-rabo-vermelho Nativa Characiformes Charax sp. Lambari - Metynnis cf. maculatus Pacu prata Exótica 3 2 Roeboides descalvadensis saicanga Nativa Characidae Galeocharax knerii peixe-cadela ou cigarra Nativa 1 6 6 Rhaphiodon vulpinus dourado-cachorro Nativa / migradora 1 1 2 1 1 1 Serrasalmus cf. maculatus Piranha Nativa 1 Serrasalmus geryi Piranha? 1 Triportheus nematurus lambari-bandeira ou sardinha Exótica 3 1 1 Steindachnerina insculpta saguiru do rabo amarelo Nativa 3 Curimatidae Cyphocharax aff. modestus Sagüiru Nativa Hoplias cf. malabaricus Traíra Nativa 1 1 2 3 Erythrinidae Hoplerythrinus unitaeniatus Jejú Nativa 1 Pseudopimelodidae Pseudopimelodus sp. Bagre - Doradidae Rhinodoras dorbignyi Bagre serra Nativa Auchenipteridae Parauchenipterus galeatus Cangati Nativa Siluriformes Heptapteridae Rhamdia quelen Bagre Nativa Iheringichthys labrosus mandi beiçudo Nativa 1 Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi amarelo Nativa / migradora 1 1 2 5 12 1 1 3 3 Pimelodus microstoma Mandi Desconhecida 1 28

Ordem Família Espécie Nome comum Categoria Perciformes Loriicaridae Pimelodella sp. mandizinho - Pirinampus pirinampu Barbado Nativa / migradora Zungaro jahu Jaú Nativa Hypostomus ancistroides Cascudo Nativa Hypostomus cf. margaritifer Cascudo Nativa Hypostumus multidens Cascudo - Hypostomus cf. paulinus Cascudo Nativa Hypostomus regani Cascudo Nativa 3 4 Hypostomus strigaticeps Cascudo Nativa 1 2 Hypostomussp. 1 Cascudo - 1 Hypostumus sp. 4 Cascudo - Hypostomus sp. 5 Cascudo - SS-07 SS-08 SS-09 Ago./10 Set./10 Jan./11 Abr./11 Ago./10 Set./10 Jan./11 Abr./11 Ago./10 Set./10 Jan./11 Abr./11 Hypostomus sp. 6 Cascudo - 1 Hypostomus sp. 9 Cascudo - Loricaria cf. prolixa cascudo chinelo Nativa Pterygoplichthys ambrosettii acari-bodó - 1 1 Sciaenidae Plagioscion squamosissimus pescada branca ou curvina Exótica 15 31 2 4 14 5 1 3 Cichlidae Cichla cf. piquiti tucunaré Exótica Cichla sp. tucunaré Exótica 4 Crenicichla britskii patrona/bocarra Nativa Crenicichla cf. haroldoi jacundá Nativa Geophagus brasiliensis cará Nativa 4 Geophagus proximus acará papa-terra Nativa 7 12 1 4 9 18 1 5 Oreochromis niloticus Tilápia do nilo Exótica 1 Satanoperca sp. acará - 1 2 2 Gymnotiformes Gymnotidae Gymnotus cf. carapo Sarapó Nativa Número de espécies 6 5 4 3 6 9 10 8 11 6 4 9 Total de indivíduos 10 13 10 4 30 62 17 16 38 32 7 20 Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. 2010/2011 29

Tabela 4: Quantidade de espécies encontradas nas amostragens realizadas em agosto e setembro/2010, janeiro e abril/2011 SS-10 Ordem Família Espécie Nome comum Categoria Ago./10 Set./10 Jan./11 Abr./11 Leporinus friderici Piau-três-pintas Nativa 1 Leporinus obtusidens Piauçu Nativa / migradora Leporinus octofasiatus Ferreirinha Nativa Leporinus amblyrhynchus Canivetão Nativa Leporinus tigrinus Piau vermelho? Anostomidae Leporinus unitaeniatus Piau? 2 Leporellus vittatus Peixe-Canivete Nativa Schizodon sp. Taguara - Schizodon borellii Taguara Nativa 1 Schizodon nasutus Taguara Nativa / migradora Astyanax altiparanae lambari-do-rabo-amarelo Nativa Astyanax fasciatus lambari-do-rabo-vermelho Nativa Characiformes Charax sp. Lambari - 6 Metynnis cf. maculatus Pacu prata Exótica Roeboides descalvadensis saicanga Nativa Characidae Galeocharax knerii peixe-cadela ou cigarra Nativa Rhaphiodon vulpinus dourado-cachorro Nativa / migradora 3 1 1 Serrasalmus cf. maculatus Piranha Nativa 1 1 Serrasalmus geryi Piranha? 1 Triportheus nematurus lambari-bandeira ou sardinha Exótica Steindachnerina insculpta saguiru do rabo amarelo Nativa 1 3 Curimatidae Cyphocharax aff. modestus Sagüiru Nativa 1 3 Hoplias cf. malabaricus Traíra Nativa 5 Erythrinidae Hoplerythrinus unitaeniatus Jejú Nativa Pseudopimelodidae Pseudopimelodus sp. Bagre - Doradidae Rhinodoras dorbignyi Bagre serra Nativa Auchenipteridae Parauchenipterus galeatus Cangati Nativa Siluriformes Heptapteridae Rhamdia quelen Bagre Nativa Iheringichthys labrosus mandi beiçudo Nativa Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi amarelo Nativa / migradora 5 7 1 Pimelodus microstoma Mandi Desconhecida 30

Ordem Família Espécie Nome comum Categoria Perciformes Loriicaridae Pimelodella sp. mandizinho - Pirinampus pirinampu Barbado Nativa / migradora Zungaro jahu Jaú Nativa Hypostomus ancistroides Cascudo Nativa Hypostomus cf. margaritifer Cascudo Nativa Hypostumus multidens Cascudo - Hypostomus cf. paulinus Cascudo Nativa Hypostomus regani Cascudo Nativa 1 Hypostomus strigaticeps Cascudo Nativa Hypostomussp. 1 Cascudo - Hypostumus sp. 4 Cascudo - Hypostomus sp. 5 Cascudo - Hypostomus sp. 6 Cascudo - 1 Hypostomus sp. 9 Cascudo - Loricaria cf. prolixa cascudo chinelo Nativa Pterygoplichthys ambrosettii acari-bodó - 3 SS-10 Ago./10 Set./10 Jan./11 Abr./11 Sciaenidae Plagioscion squamosissimus pescada branca ou curvina Exótica 2 43 3 36 Cichlidae Cichla cf. piquiti tucunaré Exótica Cichla sp. tucunaré Exótica Crenicichla britskii patrona/bocarra Nativa Crenicichla cf. haroldoi jacundá Nativa Geophagus brasiliensis cará Nativa 1 Geophagus proximus acará papa-terra Nativa 3 3 3 5 Oreochromis niloticus Tilápia do nilo Exótica Satanoperca sp. acará - Gymnotiformes Gymnotidae Gymnotus cf. carapo Sarapó Nativa 1 Número de espécies 13 7 5 6 Total de indivíduos 33 57 13 46 Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. 2010/2011 A seguir, são apresentados os gráficos com a composição ictiofaunística dos pontos amostrais, em cada uma das campanhas realizadas. 31

RELATÓRIO FINAL 2010/2011 Gráfico 1: Composição ictiofaunística do ponto SS-01- Ago./2010 Composição ictiofaunística do ponto SS-01 (agosto/2010) 3% 7% 10% 14% Gráfico 2: Composição ictiofaunística do ponto SS-01 Set./2010 Composição ictiofaunística do ponto SS-01 - Set./2010 2% 2% 2% 2% 2% 31% 5% 2% 13% 45% 5% 12% 2% 2% 37% 2% Leporinus obtusidens Roeboides descalvadensis Hoplias cf. malabaricus Pirinampus pirinampus Hypostomus ancistroides Hypostomus cf. paulinus Pterygoplichthys ambrosettii Plagioscion squamosissimus Geophagus proximus Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2010. Gráfico 3: Composição ictiofaunística do ponto SS-01- Jan./2011 Composição ictiofaunística do ponto SS-01 (janeiro/2011) 1% 1% 7% 14% 9% 9% 2% 3% 33% 5% 1% 4% 3% 3% 1% 2% 2% 2% Leporinus friderici Leporinus tigrinus Leporinus unitaeniatus Leporellus vittatus Schizodon borellii Astyanax altiparanae Roeboides descalvadensis Galeocharax knerii Rhaphiodon vulpinus Rhinodoras dorbignyi Pimelodus maculatus Zungaro jahu Hypostomus strigaticeps Hypostomus sp. 9 Plagioscion squamosissimus Cichla sp. Geophagus proximus Satanoperca sp. Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2011. Leporinus amblyrhynchus Pseudopimelodus sp. Schizodon borellii Pimelodus maculatus Hypostumus sp. 4 Hypostomus sp. 6 Plagioscion squamosissimus Geophagus proximus Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2010. Gráfico 4: Composição ictiofaunística do ponto SS-01- Abr./2011 Composição ictiofaunística do ponto SS-01 (abril/2011) Leporinus friderici Leporellus vittatus Rhaphiodon vulpinus Hypostomus sp. 6 33% 8% 1% 3% 1% 4% 6% 10% 25% Leporinus tigrinus Schizodon borellii Serrasalmus geryi Plagioscion squamosissimus 4% 4% 1% Rhaphiodon vulpinus Hypostumus multidens Pterygoplichthys ambrosettii Leporinus unitaeniatus Metynnis cf. maculatus Rhinodoras dorbignyi Geophagus brasiliensis Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2011. 32

RELATÓRIO FINAL 2010/2011 Gráfico 5: Composição ictiofaunística do ponto SS-02 Ago./2010 Gráfico 6: Composição ictiofaunística do ponto SS-02 Set./2010 Composição ictiofaunística do ponto SS-02 (agosto/2010) 1% 1% 11% 9% 14% 8% 11% Composição da ictiofauna - Ponto SS-02 - (setembro/2010) 5% 15% 15% 5% 15% 10% 6% 14% 24% 1% 5% 5% 25% Astyanax altiparanae Triportheus nematurus Pimelodus maculatus Crenicichla britskii Charax sp. Cyphocharax aff. modestus Plagioscion squamosissimus Geophagus brasiliensis Rhaphiodon vulpinus Hoplias cf. malabaricus Cichla cf. piquiti Rhaphiodon vulpinus Hoplias cf. malabaricus Plagioscion squamosissimus Steindachneriana insculpta Rhamdia quelen Crenicichla cf. haroldoi Cyphocharax aff. modestus Pterygoplichthys ambrosettii Geophagus proximus Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2010. Gráfico 7: Composição ictiofaunística do ponto SS-02 Jan./2011 Composição ictiofaunística do ponto SS-02 (janeiro/2011) 26% 9% 3% 1% 1% 1% 1% 7% 3% 2% 1% 44% 1% Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2010. Gráfico 8: Composição ictiofaunística do ponto SS-02 Abr./2011 Composição ictiofaunística do ponto SS-02 (abril/2011) 7% 6% 6% 25% 56% Leporinus friderici Leporinus unitaeniatus Metynnis cf. maculatus Galeocharax knerii Rhaphiodon vulpinus Serrasalmus geryi Triportheus nematurus Steindachnerina insculpta Cyphocharax aff. modestus Pimelodus maculatus Pirinampus pirinampu Plagioscion squamosissimus Geophagus proximus Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2011. Rhaphiodon vulpinus Triportheus nematurus Hoplias cf. malabaricus Plagioscion squamosissimus Geophagus proximus Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2011. 33

RELATÓRIO FINAL 2010/2011 Gráfico 9: Composição ictiofaunística do ponto SS-03 Ago./2010 Composição ictiofaunística do ponto SS-03 (agosto/2010) Gráfico 10: Composição ictiofaunística do ponto SS-03 Set./2010 Composição ictiofaunística do ponto SS-03 - set./2010 1% 11% 1% 17% 1% 1% 4% 5% 12% 7% 1% 8% 1% 10% 8% 35% 5% 55% 2% 3% 3% 4% 5% Leporinus octofasiatus Astyanax altiparanae Galeocharax knerii Hoplias cf. malabaricus Pimelodus maculatus Hypostomus cf. margaritifer Hypostomus cf. paulinus Hypostomus regani Hypostomussp. 1 Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2010. Gráfico 11: Composição ictiofaunística do ponto SS-03 Jan./2011 Composição ictiofaunística do ponto SS-03 (janeiro/2011) Leporinus friderici Charax sp. Pimelodus maculatus Hypostomus regani Leporinus octofasiatus Astyanax altiparanae Rhaphiodon vulpinus Steindachneriana insculpta Pimelodella sp. Hypostomus cf. paulinus Hypostomus strigaticeps Hypostomus sp. 5 Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2010. Gráfico 12: Composição ictiofaunística do ponto SS-03 Abr./2011 Composição ictiofaunística do ponto SS-03 (abril/2011) 20% 40% 25% 50% 20% 20% 25% Leporinus friderici Parauchenipterus galeatus Pimelodus maculatus Pimelodus microstoma Leporinus friderici Pimelodus maculatus Pterygoplichthys ambrosettii Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2011 Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2011 34

RELATÓRIO FINAL 2010/2011 Gráfico 13: Composição ictiofaunística do ponto SS-04 Ago./2010 Composição ictiofaunística do ponto SS-04 (agosto/2010) 13% 6% 6% Gráfico 14: Composição ictiofaunística do ponto SS-04 Set./2010 Composição ictiofaunística do ponto SS-04 - Set./2010 33% 69% 6% 67% Leporinus friderici Steindachneriana insculpta Schizodon sp. Iheringichthys labrosus Astyanax altiparanae Leporinus friderici Rhaphiodon vulpinus Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2010. Gráfico 15: Composição ictiofaunística do ponto SS-04 Jan./2011 Composição ictiofaunística do ponto SS-04 (janeiro/2011) Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2010. Gráfico 16: Composição ictiofaunística do ponto SS-04 Abr./2011 Composição ictiofaunística do ponto SS-04 (abril/2011) 40% 20% 57% 15% 14% 14% 40% Leporinus friderici Triportheus nematurus Hypostomus regani Rhaphiodon vulpinus Pterygoplichthys ambrosettii Triportheus nematurus Plagioscion squamosissimus Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2011. Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2011. 35

RELATÓRIO FINAL 2010/2011 Gráfico 17: Composição ictiofaunística do ponto SS-05 Ago./2010 Composição ictiofaunista do ponto SS-05 (agosto/2010) Gráfico 18: Composição ictiofaunística do ponto SS-05 Set./2010 Composição ictiofaunística do ponto SS-05 - (setembro/2010) 33% 34% 33% 100% Astyanax altiparanae Iheringichthys labrosus Hypostomus regani Hypostomus ancistroides Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2010. Gráfico 19: Composição ictiofaunística do ponto SS-05 Jan./2011 Composição ictiofaunística do ponto SS-05 (janeiro/2011) Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2010. Gráfico 20: Composição ictiofaunística do ponto SS-05 Abr./2011 Composição ictiofaunística do ponto SS-05 (abril/2011) 25% 25% 25% 25% 33% 67% Leporinus friderici Plagioscion squamosissimus Leporinus friderici Serrasalmus cf. maculatus Pimelodus maculatus Plagioscion squamosissimus Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2011. Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2011. 36

RELATÓRIO FINAL 2010/2011 Gráfico 21: Composição ictiofaunística do ponto SS-06 Ago./2010 Composição ictiofaunística do ponto SS-06 (agosto/2010) Gráfico 22: Composição ictiofaunística do ponto SS-06 Set./2010 Composição ictiofaunística do ponto SS-06 (setembro/2010) 57% 15% 14% 14% 50% 50% Leporinus friderici Astyanax altiparanae Astyanax fasciatus Iheringichthys labrosus Leporinus friderici Rhaphiodon vulpinus Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2010. Gráfico 23: Composição ictiofaunística do ponto SS-06 Jan./2011 Composição ictiofaunística do ponto SS-06 (janeiro/2011) Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2010. Gráfico 24: Composição ictiofaunística do ponto SS-06 Abr./2011 Composição ictiofaunística do ponto SS-06 (abril/2011) 25% 20% 20% 75% 40% 20% Leporinus friderici Leporinus tigrinus Leporinus friderici Hypostomus ancistroides Metynnis cf. maculatus Pimelodus maculatus Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2011. Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2011. 37

RELATÓRIO FINAL 2010/2011 Gráfico 25: Composição ictiofaunística do ponto SS-07 Ago./2010 Composição ictiofaunística do ponto SS-07 (agosto/2010) 10% 10% Gráfico 26: Composição ictiofaunística do ponto SS-07 Set./2010 Composição ictiofaunística do ponto SS-07 - Setembro/2010 8% 7% 8% 30% 30% 31% 10% 10% 46% Schizodon nasutus Pimelodus maculatus Astyanax altiparanae Hypostomus regani Galeocharax knerii Hypostomussp. 1 Leporinus friderici Hypostomus regani Astyanax altiparanae Hypostomus strigaticeps Galeocharax knerii Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2010. Gráfico 27: Composição ictiofaunística do ponto SS-07, em Jan./2011. Composição ictiofaunística do ponto SS-07 (janeiro/2011) Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2010. Gráfico 28: Composição ictiofaunística do ponto SS-07, em Abr./2011. Composição ictiofaunística do ponto SS-07 (abril/2011) 20% 10% 25% 25% 10% 60% 50% Leporinus friderici Pimelodus maculatus Leporinus friderici Galeocharax knerii Pimelodus maculatus Hypostomus strigaticeps Pterygoplichthys ambrosettii Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2011. Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2011. 38

RELATÓRIO FINAL 2010/2011 Gráfico 29: Composição ictiofaunística do ponto SS-08 Ago./2010 Composição ictiofaunística do ponto SS-08 (agosto/2010) 4% 3% 23% 17% 3% Gráfico 30: Composição ictiofaunística do ponto SS-08 Set./2010 Composição ictiofaunística do ponto SS-08 - setembro/2010 2% 3%1% 2% 2% 2% 19% 19% 50% 50% Leporinus friderici Rhaphiodon vulpinus Pimelodus maculatus Pimelodus microstoma Plagioscion squamosissimus Geophagus proximus Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2010. Gráfico 31: Composição ictiofaunística do ponto SS-08 Jan./2011 Composição ictiofaunística do ponto SS-08 (janeiro/2011) 12% 6% 6% 12% 6% 6% 17% 17% 12% 6% Leporinus friderici Serrasalmus cf. maculatus Plagioscion squamosissimus Leporinus octofasiatus Iheringichthys labrosus Geophagus proximus Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2010. Gráfico 32: Composição ictiofaunística do ponto SS-08 Abr./2011 Composição ictiofaunística do ponto SS-08 (abril/2011) 25% 6% 25% 19% 7% 6% 6% 6% Rhaphiodon vulpinus Pimelodus maculatus Satanoperca sp. Leporinus friderici Leporinus octofasiatus Metynnis cf. maculatus Rhaphiodon vulpinus Triportheus nematurus Hoplias cf. malabaricus Hoplerythrinus unitaeniatus Pimelodus maculatus Plagioscion squamosissimus Geophagus proximus Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2011. Leporinus friderici Leporinus tigrinus Leporinus unitaeniatus Rhaphiodon vulpinus Hoplias cf. malabaricus Plagioscion squamosissimus Geophagus proximus Oreochromis niloticus Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2011. 39

RELATÓRIO FINAL 2010/2011 Gráfico 33: Composição ictiofaunística do ponto SS-09 agosto/2010 Composição ictiofaunística do ponto SS-09 (agosto/2010) 10% 24% 5% 5% 2%3% 5% 37% 3% 3% 3% Gráfico 34: Composição ictiofaunística do ponto SS-09 setembro/2010 Composição ictiofaunística do ponto SS-09 - setembro/2010 3% 6% 10% 9% 16% 56% Leporinus friderici Hoplias cf. malabaricus Pterygoplichthys ambrosettii Geophagus proximus Rhaphiodon vulpinus Pimelodus maculatus Plagioscion squamosissimus Satanoperca sp. Triportheus nematurus Hypostomus sp. 6 Geophagus brasiliensis Rhaphiodon vulpinus Plagioscion squamosissimus Hoplias cf. malabaricus Geophagus proximus Pimelodus maculatus Satanoperca sp. Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2010. Gráfico 35: Composição ictiofaunística do ponto SS-09 janeiro/2011 Composição ictiofaunística do ponto SS-09 (janeiro/2011) Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2010. Gráfico 36: Composição ictiofaunística do ponto SS-09 abril/2011 Composição ictiofaunística do ponto SS-09 (abril/2011) 5% 5% 5% 5% 14% 14% 29% 20% 25% 5% 43% 15% 15% Metynnis cf. maculatus Plagioscion squamosissimus Steindachnerina insculpta Geophagus proximus Leporinus tigrinus Schizodon borellii Serrasalmus geryi Triportheus nematurus Plagioscion squamosissimus Cichla sp. Astyanax altiparanae Pimelodus maculatus Geophagus proximus Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2011. Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2011. 40

RELATÓRIO FINAL 2010/2011 Gráfico 37: Composição ictiofaunística do ponto SS-10 agosto/2010 Composição ictiofaunística do ponto SS-10 (agosto/2010) 3% 6% 3% 9% 19% 9% 9% Gráfico 38: Composição ictiofaunística do ponto SS-10 setembro/2010 Composição ictiofaunística do ponto SS-10 - setembro/2010 5% 2% 2% 2% 12% 2% 3% 15% 15% 3% 3% 3% 75% Leporinus friderici Serrasalmus cf. maculatus Hoplias cf. malabaricus Pterygoplichthys ambrosettii Geophagus proximus Charax sp. Steindachneriana insculpta Pimelodus maculatus Plagioscion squamosissimus Rhaphiodon vulpinus Cyphocharax aff. modestus Hypostomus regani Geophagus brasiliensis Schizodon borellii Rhaphiodon vulpinus Pimelodus maculatus Hypostomus sp. 6 Geophagus proximus Serrasalmus cf. maculatus Plagioscion squamosissimus Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2010. Gráfico 39: Composição ictiofaunística do ponto SS-10 janeiro/2011 Composição ictiofaunística do ponto SS-10 (janeiro/2011) 8% 23% 23% Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2010. Gráfico 40: Composição ictiofaunística do ponto SS-10 abril/2011 Composição ictiofaunística do ponto SS-10 (abril/2011) 11% 5% 2% 2% 2% 23% 23% 78% Steindachnerina insculpta Geophagus proximus Cyphocharax aff. modestus Gymnotus cf. carapo Plagioscion squamosissimus Leporinus unitaeniatus Pimelodus maculatus Rhaphiodon vulpinus Plagioscion squamosissimus Serrasalmus geryi Geophagus proximus Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2011. Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2011. 41

A seguir, registro fotográfico das principais espécies encontradas durante as campanhas realizadas: Foto 12: Geophagus brasiliensis. (acará) Foto 13: Geophagus proximus (acará) Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental 2010/2011 Foto 14: Hoplias malabaricus (traíra) Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental 2010/2011 Foto 15: Hypostomus sp. (cascudo) Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental 2010/2011 Foto 16: Leporinus friderici (piau-três-pintas) Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental 2010/2011 Foto 17: Pimelodus maculatus (mandi amarelo) Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental 2010/2011 Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental 2010/2011 42

Foto 18: Plagioscion squamosissimus (corvina) Foto 19: Rhaphiodon vulpinus (dourado-cachorro) Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental 2010/2011 Foto 20: Schizodon sp. (taguara) Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental 2010/2011 Foto 21: Triportheus nematurus (sardinha) Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental 2010/2011 Foto 22: Leporinus octofasciatus (ferreirinha) Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental 2010/2011 Foto 23: Pseudopimelodus sp. (bagre) Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental 2010/2011 Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental 2010/2011 43

Foto 24: Galeocharax knerii (cigarra) Foto 25: Zungaro jahu (jaú) Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental 2010/2011 Foto 26: Metynnis cf. maculatus (pacu-prata) Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental 2010/2011 Foto 27: Cichla sp. (tucunaré) Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental 2010/2011 Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental 2010/2011 De acordo com os gráficos apresentados, verificou-se, em cada um dos pontos, o predomínio das seguintes espécies: Ponto SS-01: Predomínio de Plagioscion squamosissimus (corvina), nas duas primeiras amostragens realizadas. Em agosto, os indivíduos dessa espécie representaram 45,24% dos indivíduos capturados nesse ponto, enquanto que em setembro, a espécie representou 36,96% do total. Em janeiro/2011, a espécie Leporinus unitaeniatus (piau) foi encontrada em maior quantidade, representando 33,11% dos peixes capturados neste ponto. Já na amostragem realizada em abril/2011, verificou-se, novamente, o predomínio de corvina (Plagioscion squamosissimus), uma vez que essa espécie correspondeu cerca de 33% do total amostrado nessa campanha. Ponto SS-02: Em agosto/2010, foram capturados 16 (dezesseis) exemplares da espécie Cyphocharax aff. modestus (saguiru), correspondendo a 24,24% dos indivíduos capturados nesse ponto. Já em setembro/2010, ocorreu predomínio de 44

Hoplias malabaricus, uma vez que essa espécie correspondeu a 25,0% do total deste ponto. No entanto, é importante ressaltar que ocorreu uma diminuição na quantidade de indivíduos capturados nesse ponto. Nas amostragens referentes aos meses de janeiro e abril/2011, Plagioscion squamosissimus (corvina) foi a espécie mais abundante, correspondendo a 43,90% e 56,00% dos peixes capturados nesse ponto, respectivamente. Ponto SS-03: Predomínio de Hypostomus regani (cascudo), nas duas primeiras amostragens. Em agosto/2010, foram capturados 81 (oitenta e um) indivíduos, correspondendo a 55,10% dos peixes desse ponto, enquanto que em setembro foram capturados 27 (vinte e sete) indivíduos, correspondendo a 35,06% do total. Em janeiro/2011, foram capturados apenas 05 (cinco) indivíduos nesse ponto, sendo que 02 (dois) pertenciam à espécie Leporinus friderici (piau três pintas). Verificou-se que o restante dos peixes esteve distribuído em 03 (três) espécies. Na amostragem realizada em abril/2011, foram capturados apenas 04 (quatro) indivíduos, pertencentes a 03 (três) espécies. Leporinus friderici (piau três pintas) foi a espécie mais abundante, uma vez que apresentou 02 (dois) indivíduos (50%). Ponto SS-04: Em agosto, ocorreu predomínio de Iheringichthys labrosus (mandi beiçudo), com captura de 11 (onze) exemplares, perfazendo 68,75% do total amostrado nesse ponto. Já em setembro, foram capturados apenas 03 (três) indivíduos, pertencentes as espécies Leporinus friderici (piau) e Rhaphiodon vulpinus (dourado-cachorro), sendo esta última com 02 (dois) indivíduos. Na amostragem realizada em janeiro/2011, foram capturados 05 (cinco) indivíduos, sendo um Leporinus frideri (piau três pintas), 02 (dois) Triportheus nematurus (sardinha) e 02 (dois) Hypostomus regani (cascudo). Em abril/2011, Plagioscion squamosissimus (corvina) foi a espécie mais abundante, correspondendo a 57,0% dos indivíduos capturados nesse ponto. Cabe ressaltar que, nessa última amostragem, foram capturados apenas 07 (sete) indivíduos, distribuídos em 04 (quatro) espécies. Ponto SS-05: Em agosto/2010, foram capturados apenas 03 (três) indivíduos, pertencentes às seguintes espécies: Astyanax altiparanae (lambari-do-raboamarelo), Iheringichthys labrosus (mandi beiçudo) e Hypostomus regani (cascudo). Em setembro/2010, foram capturados apenas 02 (dois) indivíduos da espécies Hypostomus ancistroides (cascudo). Na amostragem referente ao mês de janeiro/2011, foram capturados 04 (quatro) indivíduos, pertencentes a 04 (quatro) espécies: Leporinus friderici (piau), Serrasalmus cf. maculatus (piranha), Pimelodus 45

maculatus (mandi amarelo) e Plagioscion squamosissimus (corvina). Em abril/2011, foram capturados apenas 03 (três) indivíduos, sendo 02 (dois) Leporinus friderici (piau três pintas) e um Plagioscion squamosissimus (corvina). Ponto SS-06: Em agosto/2010, predomínio de Iheringichthys labrosus (mandi beiçudo), com 04 (quatro) indivíduos capturados, perfazendo 57,14% do total amostrado neste ponto. Em setembro/2010, foram capturados apenas 02 (dois) indivíduos, sendo um piau (Leporinus friderici) e um dourado-cachorro (Rhaphiodon vulpinus). Já no mês de janeiro, foram capturados apenas 04 (quatro) indivíduos, sendo 03 (três) Leporinus friderici e um Hypostomus ancistroides. Em abril/2011, foram capturados 05 (cinco) indivíduos, pertencentes a 04 (quatro) espécies. Metynnis cf. maculatus (pacu prata) apresentou 02 (dois) indivíduos, enquanto que as espécies Leporinus friderici (piau três pintas), Leporinus tigrinus (piau vermelho) e Pimelodus maculatus (mandi), apresentaram apenas um indivíduo. Ponto SS-07: Astyanax altiparanae (lambari-do-rabo-amarelo) e Hypostomus regani (cascudo) foram as espécies dominantes em agosto/2010, com 03 (três) indivíduos cada. Já em setembro/2010, verificou-se o predomínio de indivíduos da espécie Galeocharax knerii (peixe-cadela), uma vez que essa espécie correspondeu a 46,15% do total de indivíduos capturados nesse ponto. Na amostragem realizada em janeiro/2011, novamente foi registrado o predomínio de Galeocharax knerii (peixe cadela), com 60% do total de peixes capturado neste ponto. Em abril/2011, Pimelodus maculatus (mandi) foi a espécie mais abundante, uma vez que foram capturados 02 (dois) indivíduos. Para as espécies Leporinus friderici (piau três pintas) e Pterygoplichthys ambrosetti (acari bodó) foi capturado apenas um indivíduo. Ponto SS-08: Predomínio de indivíduos da espécie Plagioscion squamosissimus (corvina), nas duas primeiras amostragens. Em ambas as campanhas, os indivíduos dessa espécie corresponderam a 50% do total encontrado neste ponto. Em janeiro/2011, verificou-se o predomínio de Metynnis cf. maculatus (pacu prata) e Triportheus nematurus (sardinha), ambas com 17,65% dos peixes amostrados para esse ponto. Em abril/2011, Geophagus proximus (acará) e Plagioscion squamosissimus (corvina) foram as espécies mais abundantes, uma vez que essas duas espécies representaram 50% dos peixes capturados nesse ponto. 46

Ponto SS-09: Em agosto/2010, verificou-se o predomínio de indivíduos da espécie Plagioscion squamosissimus (corvina), visto que foram capturados 14 (quatorze) exemplares, correspondendo a 36,84%. Na amostragem referente ao mês de setembro/2010, ocorreu predomínio de indivíduos da espécie Geophagus proximus (acará), uma vez que esta espécie correspondeu a 56,25% do total encontrado nesse ponto. Em janeiro/2011, a espécie Steindachnerina insculpta (saguiru do rabo amarelo) foi a mais abundante, representando 42,86% dos peixes encontrados nesse ponto. Em abril, novamente Geophagus proximus (acará) foi a espécie mais abundante, correspondendo a 25,0% dos peixes amostrados. Ponto SS-10: Em agosto/2010, predomínio de Charax sp. (lambari), com a captura de 06 (seis) indivíduos, correspondendo a 18,18% do total amostrado. Na amostragem referente ao mês de setembro/2010, Plagioscion squamosissimus (corvina) correspondeu a 75,44% do total amostrado. Em janeiro/2011, as espécies Steindacnerina insculpta (saguiru do rabo amarelo), Cyphocharax modestus (saguiru), Plagioscion squamosissimus (corvina) e Geophagus proximus (acará) apresentaram 03 (três) indivíduos cada. Dessa forma, cada uma dessas espécies representou 23,08% dos peixes amostrados. A porcentagem restante, isto é, 7,69% correspondeu a Gymnotus cf. carapo (sarapó). Em abril/2011, Plagioscion squamosissimus (corvina) foi a espécie mais abundante, correspondendo a 78,0% dos peixes capturados nesse ponto. 6.3. ABUNDÂNCIA De acordo com Lowe-McConnell (1999), a dominância de espécies pertencentes as ordens Ostariophysi, principalmente de Characiformes e Siluriformes, é comum em rios neotropicais. Fato que também foi observado nas duas amostragens realizadas, uma vez que essas duas ordens juntas representaram, em agosto, 75,25% do total de indivíduos capturados, enquanto que em setembro/2010, corresponderam a 51,27% dos peixes amostrados. Já na amostragem realizada em janeiro/2011, os Ostariophysi representaram 64,09% do total de peixes capturados. Na amostragem realizada em abril/2011, verificou-se uma redução na porcentagem dos Ostariophysi, uma vez que esse grupo apresentou apenas 45,87% dos peixes capturados. Nessa amostragem, os Perciformes foram encontrados em maior quantidade. Considerando-se os 392 (trezentos e noventa e dois) indivíduos capturados em agosto/2010, verificou-se predomínio da Ordem Siluriformes, com 43,62% dos indivíduos. Já em setembro, foram capturados 314 (trezentos e quatorze) indivíduos, com predomínio dos 47

Perciformes, uma vez que essa ordem compreendeu 48,73% dos peixes capturados. Em janeiro/2011, dos 298 (duzentos e noventa e oito) peixes, 156 (cento e cinquenta e seis), ou seja, 52,35%, pertenciam à ordem Characiformes. Já na amostragem realizada em abril/2011, verificou-se que os Perciformes, assim como aconteceu em setembro/2010, foram os mais abundantes, uma vez que corresponderam a 54,12% do total de peixes capturados nessa amostragem. A seguir, gráfico apresentando a Abundância Relativa das Ordens de peixes capturados em cada uma das amostragens. Gráfico 41: Abundância relativa das ordens de peixes nas amostragens realizadas no período 2010/2011 Abundância relativa das ordens dos peixes capturados 100% 80% 60% 40% 20% 0% Ago./10 Set./10 Jan./11 Abr./11 Characiformes Siluriformes Perciformes Gymnotiformes Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. - 2010/2011. Conforme pode ser observado no gráfico a seguir, em agosto/2010, a ordem Siluriformes foi predominante nos pontos SS-03, SS-04, SS-05 e SS-06. Já os Characifomes estiveram presentes em maior quantidade apenas no Ponto SS-10. Nos pontos SS-01, SS- 02, SS-08 e SS-09 predominaram os Perciformes, enquanto que no SSI-07 a proporção entre Characiformes e Siluriformes foi a mesma. 48

Gráfico 42: Distribuição da porcentagem de abundância das ordens de peixes coletados (ago./2010) Abundância relativa das ordens, por ponto de amostragem (agosto/2010) 100% 80% 60% 40% 20% 0% SS-01 SS-02 SS-03 SS-04 SS-05 SS-06 SS-07 SS-08 SS-09 SS-10 Characiformes Siluriformes Perciformes Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2010. Em setembro/2010, verificou-se que nos pontos SS-01, SS-08 e SS-09, assim como na amostragem anterior, ocorreu predomínio dos Perciformes. Além desses pontos, essa ordem também foi predominante nos pontos SS-02 e SS-10. Os siluriformes foram encontrados em maior quantidade nos pontos SS-03 e SS-05, enquanto que nos demais pontos (SS-04, SS-06 e SS-07), os characiformes foram dominantes. No gráfico a seguir é apresentada a abundância relativa das ordens, na amostragem realizada em setembro. Gráfico 43: Distribuição da porcentagem de abundância das ordens de peixes coletados (set./2010) Abundância relativa das ordens, por ponto de amostragem (setembro/2010) 100% 80% 60% 40% 20% 0% SS-01 SS-02 SS-03 SS-04 SS-05 SS-06 SS-07 SS-08 SS-09 SS-10 Characiformes Siluriformes Perciformes Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2010. 49

Na amostragem realizada em janeiro/2011, verificou-se para os pontos SS-01, SS- 04, SS-05, SS-06, SS-07, SS-08 e SS-09 o predomínio de indivíduos pertencentes à ordem Characiformes. No ponto SS-02, os Perciformes foram encontrados em maior quantidade, enquanto que no ponto SS-03, a ordem dominante foi Siluriformes. Para o ponto SS-10, verificou-se a mesma quantidade de indivíduos pertencentes às ordens Characiformes e Perciformes, conforme pode ser observado no gráfico que se segue. Gráfico 44: Distribuição da porcentagem de abundância das ordens de peixes coletados (jan./2011) Abundância relativa das ordens, por ponto de amostragem (janeiro/2011) 100% 80% 60% 40% 20% 0% SS-01 SS-02 SS-03 SS-04 SS-05 SS-06 SS-07 SS-08 SS-09 SS-10 Characiformes Siluriformes Perciformes Gymnotiformes Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2011. Já na amostragem realizada em abril/2011, verificou-se que os Characiformes foram encontrados em maior quantidade nos pontos SS-01, SS-05 e SS-06, enquanto que os Siluriformes foram os mais abundantes nos pontos SS-03 e SS-07. Para os demais pontos (SS-02, SS-04, SS-08, SS-09 e SS-10) verificou-se o predomínio de Perciformes, conforme pode ser observado no Gráfico 45, a seguir. 50

Gráfico 45: Distribuição da porcentagem de abundância das ordens de peixes coletados (abr./2011) Abundância relativa das ordens, por ponto de amostragem (abril/2011) 100% 80% 60% 40% 20% 0% SS-01 SS-02 SS-03 SS-04 SS-05 SS-06 SS-07 SS-08 SS-09 SS-10 Characiformes Siluriformes Perciformes Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2011. Com relação às famílias dominantes observou-se, em agosto/2010, predomínio da família Loricariidae, uma vez que foram capturados 125 (cento e vinte e cinco) indivíduos pertencentes a essa família. Em setembro/2010, verificou-se uma maior abundância de indivíduos pertencentes à família Sciaenidae, com 99 (noventa e nove) indivíduos capturados. Cabe ressaltar que todos esses indivíduos pertenceram à espécie Plagioscion squamosissimus (corvina). Já em janeiro/2011, verificou-se que a família Anostomidae foi a mais abundante, visto que foram capturados 100 (cem) indivíduos pertencentes a essa família. Em abril/2011, novamente, Sciaenidae foi a família mais abundante, com 81 (oitenta e um) indivíduos. No gráfico a seguir, é apresentada a abundância de cada uma das famílias, nas três amostragens realizadas. 51

RELATÓRIO FINAL 2010/2011 Gráfico 46: Abundância das famílias Abundância absoluta das famílias de peixes capturados Serrasalmidae Sciaenidae Pseudopimelodidae Pimelodidae Loricariidae Heptapteridae Gymnotidae Erythrinidae Doradidae Curimatidae Cichlidae Characidae Auchenipteridae Anostomidae 0 20 40 60 80 100 120 140 Abr./11 Jan./11 Set./10 Ago./10 Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. 2010/2011 52

A espécie mais abundante, em agosto/2010, foi Hypostomus cf. regani (cascudo) com 86 (oitenta e seis) indivíduos capturados seguido por Plagioscion squamosissimus (corvina), que apresentou 59 (cinquenta e nove) espécimes coletados. Em setembro/2010, verificou-se que Plagioscion squamosissimus (corvina) foi a espécie com maior número de indivíduos capturados, com 99 (noventa e nove) peixes. Na amostragem realizada em janeiro/2011, novamente foi verificado predomínio de indivíduos da espécie Plagioscion squamosissimus (corvina), com a captura de 56 (cinquenta e seis) indivíduos, correspondendo a 18,8% do total de peixes capturados nessa amostragem. Na Tabela 5 estão apresentadas a Abundância Absoluta e Relativa das espécies encontradas em todas as amostragens realizadas no período 2010/2011. Tabela 5: Abundâncias Absolutas e Relativas da composição ictiofaunística da UHE São Simão. Ago./2010 Set./2010 Jan./2011 Abr./2011 Espécie Ab. Absol. Ab. Rel. Ab. Absol. Ab. Rel. Ab. Absol. Ab. Rel. Ab. Absol. Ab. Rel. Leporinus friderici 7 0,018 10 0,032 27 0,091 12 0,062 Leporinus obtusidens 1 0,003 0 0 0 0 0 0 Leporinus octofasiatus 1 0,003 2 0,006 1 0,003 0 0 Leporinus tigrinus 0 0 0 0 14 0,047 7 0,036 Leporinus unitaeniatus 0 0 0 0 52 0,174 10 0,052 Leporinus amblyrhynchus 0 0 1 0,003 0 0 0 0 Leporellus vittatus 0 0 0 0 3 0,01 3 0,015 Schizodon sp. 1 0,003 0 0 0 0 0 0 Schizodon borellii 0 0 2 0,006 3 0,01 4 0,021 Schizodon nasutus 1 0,003 0 0 0 0 0 0 Astyanax altiparanae 36 0,092 7 0,022 3 0,01 1 0,005 Astyanax fasciatus 1 0,003 0 0 0 0 0 0 Charax sp. 12 0,031 1 0,003 0 0 0 0 Metynnis cf. maculatus 0 0 0 0 6 0,02 3 0,015 Roeboides descalvadensis 4 0,01 0 0 4 0,013 0 0 Galeocharax knerii 2 0,005 6 0,019 8 0,027 0 0 Rhaphiodon vulpinus 12 0,031 18 0,057 12 0,04 22 0,113 Serrasalmus cf. maculatus 1 0,003 2 0,006 1 0,003 0 0 Serrasalmus geryi 0 0 0 0 1 0,003 3 0,015 Triportheus nematurus 2 0,005 0 0 6 0,02 3 0,015 Steindachneriana insculpta 2 0,005 5 0,016 8 0,027 0 0 Cyphocharax aff. modestus 17 0,043 2 0,006 5 0,017 0 0 Hoplias cf. malabaricus 24 0,061 8 0,025 1 0,003 2 0,010 Hoplerythrinus unitaeniatus 0 0 0 0 1 0,003 0 0 Pseudopimelodus sp. 0 0 1 0,003 0 0 0 0 Rhamdia quelen 0 0 1 0,003 0 0 0 0 53

Ago./2010 Set./2010 Jan./2011 Abr./2011 Espécie Ab. Absol. Ab. Rel. Ab. Absol. Ab. Rel. Ab. Absol. Ab. Rel. Ab. Absol. Ab. Rel. Rhinodoras dorbignyi 0 0 0 0 7 0,023 2 0,010 Parauchenipterus galeatus 0 0 0 0 1 0,003 0 0 Iheringichthys labrosus 16 0,041 1 0,003 0 0 0 0 Pimelodus maculatus 28 0,071 27 0,086 11 0,037 8 0,041 Pimelodus microstoma 1 0,003 0 0 1 0,003 0 0 Pimelodella sp. 0 0 3 0,01 0 0 0 0 Pirinampus pirinampu 1 0,003 0 0 1 0,003 0 0 Zungaro jahu 0 0 0 0 1 0,003 0 0 Hypostomus ancistroides 1 0,003 2 0,006 1 0,003 0 0 Hypostomus multidens 0 0 2 0,006 0 0 0 0 Hypostomus cf. margaritifer 3 0,008 0 0 0 0 0 0 Hypostomus cf. paulinus 10 0,026 2 0,006 0 0 0 0 Hypostomus regani 86 0,219 31 0,099 2 0,007 0 0 Hypostomus strigaticeps 0 0 10 0,032 7 0,023 0 0 Hypostomus sp. 1 2 0,005 0 0 0 0 0 0 Hypostomus sp. 4 0 0 1 0,003 0 0 0 0 Hypostomus sp. 5 0 0 3 0,01 0 0 0 0 Hypostomus sp. 6 17 0,043 7 0,022 0 0 6 0,031 Hypostomus sp. 9 0 0 0 0 3 0,01 0 0 Pterygoplichthys ambrosettii 6 0,015 2 0,006 0 0 3 0,015 Loricaria prolixa 0 0 4 0,013 0 0 0 0 Plagioscion squamosissimus 59 0,151 99 0,315 56 0,188 81 0,418 Cichla sp. 0 0 0 0 1 0,003 4 0,021 Cichla cf. piquiti 1 0,003 0 0 0 0 0 0 Crenicichla britskii 1 0,003 0 0 0 0 0 0 Crenicichla cf. haroldoi 0 0 1 0,003 0 0 0 0 Geophagus brasiliensis 12 0,031 0 0 0 0 1 0,005 Geophagus proximus 22 0,056 50 0,159 47 0,158 18 0,093 Oreochromis niloticus 0 0 0 0 0 0 1 0,005 Satanoperca sp. 2 0,005 3 0,01 2 0,007 0 0 Gymnotus cf. carapo 0 0 0 0 1 0,003 0 0 Total 392 1 314 1 298 1 194 1 Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. 2010/2011 Nos gráficos a seguir é apresentada a abundância das espécies de peixes capturados em cada uma das amostragens. 54

Gráfico 47: Abundância das espécies de peixes encontradas na UHE São Simão amostragem agosto/2010. Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2010 Obs.: O item outras espécies refere-se às espécies que apresentaram apenas um indivíduo, quais sejam: Leporinus obtusidens, Leporinus octofasciatus, Schizodon sp., Schizodon nasutus, Astyanax fasciatus, Serrasalmus cf. maculatus, Pimelodus microstoma, Pirinampus pirinampus, Hypostomus ancistroides, Cichla cf. piquiti e Crenicichla britskii 55

Gráfico 48: Abundância das espécies de peixes encontradas na UHE São Simão amostragem setembro/2010 Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2010 Obs.: O item outras espécies refere-se às espécies que apresentaram apenas um indivíduo, quais sejam: Leporinus amblyrhynchys, Charax sp., Pseudopimelodus sp., Rhamdia quelen, Hypostomus sp. 4 e Crenicichla cf. haroldoi. 56

Gráfico 49: Abundância das espécies de peixes encontradas na UHE São Simão amostragem janeiro/2011 Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2011 Obs.: O item outras espécies refere-se às espécies que apresentaram apenas um indivíduo, quais sejam: Leporinus octofasciatus, Serrasalmus cf. maculatus, Serrasalmus geryi, Hoplias cf. malabaricus, Hoplerythrinus unitaeniatus, Parauchenipterus galeatus, Pimelodus microstoma, Pirinampus pirinampu, Zungaro jahu, Hypostomus ancistroides e Cichla sp. 57

Gráfico 50: Abundância das espécies de peixes encontradas na UHE São Simão amostragem abril/2011 Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2011 Obs.: O item outras espécies refere-se às espécies que apresentaram apenas um indivíduo, quais sejam: Astyanax altiparanae, Geophagus brasiliensis e Oreochromis niloticus. 58

Nas duas primeiras amostragens, o ponto SS-03 apresentou a maior abundância de indivíduos, conforme observado no gráfico a seguir. Já nas amostragens realizadas em janeiro e abril/11, observou-se uma maior abundância de indivíduos no ponto SS-01, que é aquele situado a jusante da barragem. Neste ponto, verificou-se, em janeiro, uma grande quantidade de piaus (gênero Leporinus), destacando-se se ainda a presença de um jaú (Zungaro jahu). Já em abril/2011, mereceu destaque a grande quantidade de corvinas (Plagioscion squamosissimus). Gráfico 51: Abundância Relativa dos pontos, em cada uma das amostragens Abundância relativa dos pontos de amostragem 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Ago./10 Set./10 Jan./11 Abr./11 SS-01 SS-02 SS-03 SS-04 SS-05 SS-06 SS-07 SS-08 SS-09 SS-10 Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. - 2010/2011. 6.4. BIOMETRIA Em agosto/2010, o indivíduo com maior comprimento padrão (CP) coletado foi um espécime de Hoplias malabaricus (traíra), apresentando 334 mm de comprimento, enquanto que Geophagus brasiliensis (acará), com 61,5 mm de comprimento padrão, foi o menor espécime capturado. Na amostragem referente ao mês de setembro/2010, o maior comprimento padrão foi observado em um exemplar da espécie Rhaphiodon vulpinus (dourado-cachorro), com 411 mm, enquanto que o menor indivíduo apresentou apenas 61 mm e correspondeu a um exemplar da espécies Geophagus proximus (acará). 59

Já no mês de janeiro/2011, o indivíduo com maior comprimento corporal padrão foi o Zungaro jahu (jaú), com 430 mm enquanto que, novamente, um acará (Geophagus proximus) apresentou o menor comprimento corporal, com apenas 61 mm. Em abril/2011, assim como ocorreu nas duas primeiras amostragens, o maior comprimento corporal padrão foi observando em um indivíduo da espécie Rhaphiodon vulpinus (dourado-cachorro). Este apresentou comprimento igual a 358 mm. Já o menor comprimento padrão foi observado em um indivíduo da espécie Serrasalmus geryi (piranha), visto que este apresentou apenas 48 mm. Os dados mínimos, máximos e médios de cada uma das espécies encontradas, em todas as amostragens, são apresentados na tabela 6. 60

Espécie PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO DA ICTIOFAUNA Tabela 6: Comprimento padrão máximo, mínimo, média e desvio padrão das espécies encontradas na UHE São Simão (valores em mm); Ago./2010 Set./2010 Jan./2011 Abri./2011 CP máximo CP mínimo Média D. Pad. CP máximo CP mínimo Média D. Pad. CP máximo CP mínimo Média D. Pad. CP máximo CP mínimo Média D. Pad. Astyanax altiparanae 126 64 75,19 11,24 121 71 83,71 12,16 99 73 88,67 10,44 86 86 - - Astyanax fasciatus 92 92 - - - - - - - - - - - - - - Charax sp. 196 74 100,08 20,59 98 98 - - - - - - - - - - Cichla sp. - - - - - - - - 158 158 - - 288 82 177,75 56,25 Cichla cf. piquiti 147 147 - - - - - - - - - - - - - - Crenicichla britskii 110 110 - - - - - - - - - - - - - - Crenicichla cf. haroldoi - - - - 105 105 - - - - - - - - - - Cyphocharax aff. modestus 101 75 86,88 8,11 81 78 79,5 1,5 100 74 85 8,8 - - - - Galeocharax knerii 166 153 159,5 6,5 231 178 207,83 15,16 231 135 193,38 20,63 - - - - Geophagus brasiliensis 148 61 91,17 14,75 - - - - - - - - 61 61 - - Geophagus proximus 199 75 150,09 24,07 174 61 86,16 19,45 160 61 100 16,35 177 72 114,2 24,05 Gymnotus cf. carapo - - - - - - - - 312 312 - - - - - - Hoplerythrinus unitaeniatus - - - - - - - - 218 218 - - - - - - Hoplias cf. malabaricus 334 134 221 47,33 263 218 242,12 11,87 180 180 - - 352 235 293,5 58,5 Hypostomus ancistroides 92 92 - - 108 76 92 16 118 118 - - - - - - Hypostomus multidens - - - - 175 169 172 3 - - - - - - - - Hypostomus cf. margaritifer 204 166 179,33 16,44 - - - - - - - - - - - - Hypostomus cf. paulinus 165 91 124,6 16,96 98 91 94,5 3,5 - - - - - - - - Hypostomus regani 214 75 142,74 28,56 226 83 147,9 28,86 165 120 142,5 22,5 - - - - Hypostomus sp. 9 - - - - - - - - 124 68 102 22,67 - - - - Hypostomus sp. 6 203 91 153 30,23 137 68 116,28 20,16 - - - - 162 120 139,67 13,22 Hypostomus sp. 5 - - - - 181 138 164,33 17,55 - - - - - - - - Hypostomus sp. 4 - - - - 146 146 - - - - - - - - - - Hypostomussp. 1 144 108 126 18 - - - - - - - - - - - - Hypostomus strigaticeps - - - - 173 71 105,6 30,12 176 113 135,28 24,69 - - - - Iheringichthys labrosus 246 162 183,87 12,47 159 159 - - - - - - - - - - 61

Espécie Ago./2010 Set./2010 Jan./2011 Abri./2011 CP máximo CP mínimo Média D. Pad. CP máximo CP mínimo Média D. Pad. CP máximo CP mínimo Média D. Pad. CP máximo CP mínimo Média D. Pad. Leporellus vittatus - - - - - - - - 188 109 135,34 35,11 127 110 116,67 6,88 Leporinus amblyrhynchus - - - - 115 115 - - - - - - - - - - Leporinus friderici 327 88 164,43 63,18 285 132 201,4 30,6 281 110 201,7 38,85 240 151 188,75 15,54 Leporinus obtusidens 272 272 - - - - - - - - - - - - - - Leporinus octofasiatus 121 121 - - 119 110 114,5 4,5 110 110 - - - - - - Leporinus tigrinus - - - - - - - - 148 99 112,21 10,85 240 97 150,28 36,82 Leporinus unitaeniatus - - - - - - - - 194 103 126,21 14,99 167 105 126,1 12,7 Loricaria prolixa - - - - 254 162 201,75 31,25 - - - - - - - - Metynnis cf. maculatus - - - - - - - - 150 132 141 5,33 148 137 141,67 4,22 Oreochromis niloticus - - - - - - - - - - - - 200 200 - - Parauchenipterus galeatus - - - - - - - - 100 100 - - - - - - Pimelodella sp. - - - - 145 104 123,66 14,22 - - - - - - - - Pimelodus maculatus 275 128 200,93 25,01 268 98 181,04 40,84 280 186 229,36 22,76 249 88 202,12 30,56 Pimelodus microstoma 162 162 - - - - - - 162 162 - - - - - - Pirinampus pirinampus 174 174 - - - - - - 246 246 - - - - - - Plagioscion squamosissimus 246 92 154,44 36,1 321 74 167,25 35,48 338 93 203,89 50,56 237 90 161,65 19,82 Pseudopimelodus sp. - - - - 384 384 - - - - - - - - - - Pterygoplichthys ambrosettii 276 157 220,34 42,33 225 166 195,5 29,5 - - - - 209 195 201,33 6,22 Rhamdia quelen - - - - 214 214 - - - - - - - - - - Rhaphiodon vulpinus 292 202 249,75 22,75 411 210 343,11 92,5 397 346 339,08 28,93 358 235 328,54 20,03 Rhinodoras dorbignyi - - - - - - - - 190 134 166,57 18,77 118 103 110,5 7,5 Roeboides descalvadensis 76 69 72,75 2,75 - - - - 75 68 71,75 2,75 - - - - Satanoperca sp. 186 144 165 21 162 88 131,33 28,88 103 90 96,5 2,75 - - - - Schizodon borellii - - - - 224 214 219 5 203 188 193,67 6,22 238 216 226,25 5,87 Schizodon nasutus 207 207 - - - - - - - - - - - - - - Schizodon sp. 110 110 - - - - - - - - - - - - - - Serrasalmus cf. maculatus 76 76 - - 71 71 71-104 104 - - - - - - 62

Espécie Ago./2010 Set./2010 Jan./2011 Abri./2011 CP máximo CP mínimo Média D. Pad. CP máximo CP mínimo Média D. Pad. CP máximo CP mínimo Média D. Pad. CP máximo CP mínimo Média D. Pad. Serrasalmus geryi - - - - - - - - 115 115 - - 203 48 127,67 53,11 Steindachneriana insculpta 82 81 81,5 0,5 113 84 92,6 8,16 127 90 112,8 11,04 - - - - Triportheus nematurus 182 96 139 43 - - - - 194 163 179,33 12,67 150 130 141,33 7,55 Zungaro jahu - - - - - - - - 430 430 - - - - - - Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. 2010/2011. 63

Considerando-se se as médias do comprimento padrão das espécies coletadas, foi verificado que, em agosto/2010, Roeboides descalvadensis (saicanga) foi a espécie com menor média (72,75 mm), enquanto que Rhaphiodon vulpinus (dourado-cachorro) apresentou o maior comprimento padrão médio, correspondendo ndo a 249,75 mm. Na amostragem realizada em setembro/2010, Serrasalmus maculatus (piranha) foi a espécie com menor média de comprimento padrão (71 mm), enquanto que, novamente, Rhaphiodon vulpinus (dourado-cachorro) apresentou a maior média, com 343,11 mm. Em janeiro/2011, novamente Roeboides desvalvadensis (saicanga) apresentou menor média de comprimento corporal, com apenas 71,75 mm, enquanto que Rhaphiodon vulpinus (dourado-cachorro) mais uma vez foi a espécie com maior média, com 339,08 mm. Na amostragem realizada em abril/2011, Rhinodoras dorbingnyi (bagre serra) foi a espécie com menor média, apresentando 110,5 mm, enquanto que, novamente, Rhaphiodon vulpinus (douradocachorro) apresentou o maior comprimento corporal médio, cm 328,54 mm. Conforme pode ser observado, em todas as amostragens realizadas no período 2010/2011 Raphiodon vulpinus (dourado-cachorro) sempre apresentou maior média. De acordo com a distribuição do comprimento corporal padrão dos indivíduos em faixas, verificou-se que houve o predomínio de indivíduos com comprimento corporal menor que 200 mm. Gráfico 52: Frequência das faixas de comprimento corporal padrão (comprimento em mm) 120 100 Abundância absoluta das faixas de comprimento corporal Nº de indivíduos 80 60 40 20 Ago./2010 Set./2010 Jan./2011 Abr./2011 0 Menor que 50,0 50,0 a 100,0 100,1 a 150,0 150,1 a 200,0 200,1 a 250,0 250,1 a 300,0 300,1 a 400,0 400,1 a 500,0 Maior que 500,1 Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. 2010/2011. Com relação a biomassa, em agosto/2010, foi coletado um total de 47.291 gramas em material ictiológico no reservatório da UHE São Simão, enquanto que em 64

setembro/2010, foram coletados 45.785 gramas. Na amostragem realizada em janeiro/2011, a biomassa total foi igual a 44.049,5 gramas de material ictiológico, enquanto que em abril/2011, a biomassa coletada foi igual a 27.702 gramas. Na tabela a seguir, estão representados os dados referentes à biomassa das espécies coletadas em todas as campanhas de amostragem realizadas. 65

Espécie PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO DA ICTIOFAUNA Tabela 7: Biomassa corporal total, máxima, mínima, média e desvio padrão das espécies encontradas na UHE São Simão (valores em gramas) Bio. Total Bio. Max. Ago./2010 Set./2010 Jan./2011 Abr./2011 Bio. Min. Média Desv. Pad. Bio. Total Bio. Max. Bio. Min. Média Astyanax altiparanae 649,5 75,5 9 18,04 8,98 179 76 11,5 25,57 14,41 80,5 41 14 26,83 9,44 20,5 20,5 20,5 - - Astyanax fasciatus 26 26 26 - - - - - - - - - - - - - - - - - Charax sp. 220,5 29,5 8,5 18,375 7,04 23,5 23,5 23,5 - - - - - - - - - - - - Cichla sp. - - - - - - - - - - 124 124 124 - - 1039 765 17 259,75 252,65 Cichla cf. piquiti 72 72 72 - - - - - - - - - - - - - - - - - Crenicichla britskii 39,5 39,5 39,5 - - - - - - - - - - - - - - - - - Crenicichla cf. haroldoi - - - - - 27 27 27 - - - - - - - - - - - - Cyphocharax aff. modestus 412,5 38,5 15 24,26 7,49 32,5 15 17,5 16,25 1,25 120,5 38 14 24,1 8,08 - - - - - Galeocharax knerii 129,5 73,5 56 64,75 8,75 1305,5 290 149,5 217,58 46,75 1272 223 36 159 50,75 - - - - - Geophagus brasiliensis 408,5 119,5 11 34,04 20,57 - - - - - - - - - - 6 6 6 - - Geophagus proximus 3012 277,5 13 136,91 55,52 1452,5 207 8,5 29,05 20,794 1993 149,5 7,5 43,32 22,93 1224,5 244,5 11 68,03 45,65 Gymnotus cf. carapo - - - - - - - - - - 95,5 95,5 95,5 - - - - - - - Hoplerythrinus unitaeniatus - - - - - - - - - - 331 331 331 - - - - - - - Hoplias cf. malabaricus 7371 829,5 59,5 307,12 5 Desv. Pad. Bio. Total Bio. Max. 174,06 2937,5 489 244 367,18 67,36 183 183 183 - - 1416 1085 331 708 377 Hypostomus ancistroides 26 26 26 - - 51 39 12 25,5 13,5 42,5 42,5 42,5 - - - - - - - Hypostomus cf. margaritifer 649,5 290 149 216,5 49 - - - - - - - - - - - - - - - Hypostomus multidens - - - - - 398,5 209 189,5 199,25 9,75 - - - - - - - - - - Hypostomus cf. paulinus 702,5 137,5 22,5 70,25 25,2 49,5 26 23,5 24,75 1,25 - - - - - - - - - - Hypostomus regani 10073,5 314 10,5 117,13 59,03 3999,5 349 15,5 129,01 69,02 175 118,5 56,5 85,5 31 - - - - - Hypostomus sp. 9 - - - - - - - - - - 109,5 62 8,5 36,5 18,67 - - - - - Hypostomus sp. 6 2484 292 26,5 146,12 79,83 452,5 102,5 11,5 64,64 25,44 - - - - - 536 132 51 89,33 27,11 Hypostomus sp. 5 - - - - - 473,5 210,5 90,5 157,83 44,88 - - - - - - - - - - Hypostomus sp. 4 - - - - - 84,5 84,5 84,5 - - - - - - - - - - - - Hypostomussp. 1 140,5 98 42,5 70,25 27,75 - - - - - - - - - - - - - - - Hypostomus strigaticeps - - - - - 470,5 118 15,5 47,05 31,26 611,5 169,5 39 87,36 46,51 - - - - - Iheringichthys labrosus 2207,5 341 73 137,97 33,96 95 95 95 - - - - - - - - - - - - Leporellus vittatus - - - - - - - - - - 207,5 154 26,5 69,17 56,55 90,5 37 27,5 30,17 4,55 Bio. Min. Média Desv. Pad. Bio. Total Bio. Max. Bio. Min. Média Desv. Pad. 66

Espécie Bio. Total Bio. Max. Ago./2010 Set./2010 Jan./2011 Abr./2011 Bio. Min. Média Desv. Pad. Bio. Total Bio. Max. Bio. Min. Média Leporinus amblyrhynchus - - - - - 34 34 34 - - - - - - - - - - - - Leporinus friderici 1624,5 1088 18 232,07 262,82 2839,5 771 47,5 283,95 140,04 7507 669,5 28 278,04 143,67 2240 362 90,5 186,66 54,61 Leporinus obtusidens 551,5 551,5 551,5 - - - - - - - - - - - - - - - - - Leporinus octofasiatus 49,5 49,5 49,5 - - 79,5 43,5 36 39,75 3,75 36 36 36 - - - - - - - Leporinus tigrinus - - - - - - - - - - 507 78 23,5 36,21 11,25 771,5 383 20,5 110,21 79,73 Leporinus unitaeniatus - - - - - - - - - - 2349,5 145 21,5 45,18 18,87 365,5 85,5 20 35,65 11,78 Loricaria prolixa - - - - - 313,5 144,5 31 78,375 33,375 - - - - - - - - - - Metynnis cf. maculatus - - - - - - - - - - 938 210,5 101,5 156,34 26,72 486 184,5 138,5 162 15,67 Oreochromis niloticus - - - - - - - - - - - - - - - 442 442 442 - - Parauchenipterus galeatus - - - - - - - - - - 40 40 40 - - - - - - - Pimelodella sp. - - - - - 119,5 63,5 25,5 39,83 15,77 - - - - - - - - - - Pimelodus maculatus 5538 468 46,5 197,78 65,39 4970,5 511 20,5 184,09 102,42 3344,5 576,5 164,5 304,04 101,77 1772 391,5 13 221,5 76,37 Pimelodus microstoma 105 105 105 - - - - - - - 100 100 100 - - - - - - - Pirinampus pirinampus 82 82 82 - - - - - - - 229 229 229 - - - - - - - Plagioscion squamosissimus Desv. Pad. 6399,5 407,5 16 108,46 75,14 15138,5 1002,5 13,5 152,91 96,02 14429,5 980 17,5 262,35 148,55 8593 318,5 15,5 106,08 38,42 Pseudopimelodus sp. - - - - - 1920 1920 1920 - - - - - - - - - - - - Pterygoplichthys ambrosettii 2336 624,5 151 389,34 155 574,5 388 186,5 287,25 100,75 - - - - - 809,5 285,5 253,5 269,83 10,89 Rhamdia quelen - - - - - 277,5 277,5 277,5 - - - - - - - - - - - - Rhaphiodon vulpinus 1362 156 56 113,5 25 6445 628,5 58 358,05 131,93 4185 602,5 376,5 348,75 110,96 6032,5 371,5 180,5 274,2 38,94 Rhinodoras dorbignyi - - - - - - - - - - 814,5 197,5 54 116,35 42,12 67,5 40,5 27,5 33,75 6,75 Roeboides descalvadensis 32,5 9 7,5 8,125 0,625 - - - - - 31 9,5 6,55 7,75 1 - - - - - Satanoperca sp. 140 118 22 70 48 321 161 26,5 107 53,66 70,5 41 29,5 35,25 5,75 - - - - - Schizodon borellii - - - - - 572 315 257 286 29 517 202 152,5 172,33 19,77 1184 317,5 258,5 296 18,75 Schizodon nasutus 219,5 219,5 219,5 - - - - - - - - - - - - - - - - - Schizodon sp. 27 27 27 - - - - - - - - - - - - - - - - - Serrasalmus cf. maculatus 17,5 17,5 17,5 - - 27 14 13 13,5 0,5 46 46 46 - - - - - - - Serrasalmus geryi - - - - - - - - - - 47,5 47,5 47,5 - - 414,5 324 5 138,17 123,89 Steindachneriana insculpta 30 15 15 15 0 121 41 17,5 24,2 6,72 257,5 79 20 51,4 17,4 - - - - - Bio. Total Bio. Max. Bio. Min. Média Desv. Pad. Bio. Total Bio. Max. Bio. Min. Média Desv. Pad. 67

Espécie Bio. Total Bio. Max. Ago./2010 Set./2010 Jan./2011 Abr./2011 Bio. Min. Média Desv. Pad. Bio. Total Bio. Max. Bio. Min. Média Triportheus nematurus 152 135 17 76 59 - - - - - 1000,5 231 105,5 166,75 42,08 200,5 78,5 53 66,83 9,22 Zungaro jahu - - - - - - - - - - 2254 2254 2254 - - - - - - - Desv. Pad. Bio. Total Bio. Max. Bio. Min. Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. - 2010/2011. Média Desv. Pad. Bio. Total Bio. Max. Bio. Min. Média Desv. Pad. 68

Conforme observado na tabela 7, em agosto/2010, a espécie com maior biomassa total coletada foi Hypostomus regani (cascudo) com 10.073,5 gramas, enquanto que Serrasalmus cf. maculatus (piranha) apresentou a menor biomassa total, com apenas 17,5 gramas. Cabe ressaltar que para essa última espécie, foi coletado apenas um indivíduo. Já em setembro/2010, Plagioscion squamosissimus (corvina) foi a espécie com maior biomassa total, uma vez que foram coletados 15.138,5 gramas. Na amostragem realizada em janeiro/2011, novamente a espécie Plagioscion squamosissimus (corvina) apresentou a maior biomassa total com 14.429,5 gramas, correspondendo a 32,75% do total capturado. No mês de abril/2011, Plagioscion squamosissimus (corvina) apresentou, novamente, a maior biomassa total, com 8.593 gramas. Em agosto/2010, o indivíduo com maior biomassa foi um Leporinus friderici (piau três pintas), apresentando 1.088 gramas. Já um indivíduo de Roeboides descalvadensis (saicanga) foi o indivíduo capturado com menor biomassa, apresentando apenas 7,5 gramas. Considerando-se a biomassa média, percebeu-se que a espécie Pterygoplichthys ambrosetti (cascudo) apresentou a maior média, ou seja, 389,34 gramas. Na amostragem realizada no mês de setembro/2010, o índivíduo do gênero Pseudopimelodus (bagre) apresentou a maior biomassa, com 1920 gramas, enquanto que um exemplar de Geophagus proximus (acará), apresentou a menor biomassa, com apenas 8,5 gramas. Considerando-se a biomassa média das espécies capturadas, verificou-se que Hoplias malabaricus (traíra) apresentou maior média, com 367,18 gramas. Já em janeiro/2011, verificou-se que o jaú (Zungaro jahu) apresentou a maior biomassa corporal com 2254 gramas, enquanto que, novamente, um indivíduo da espécie Roeboides descalvadensis (saicanga) apresentou a menor biomassa, com apenas 6,55 gramas. Quando analisada a biomassa média das espécies capturadas, verificou-se que a espécie Rhaphiodon vulpinus (dourado-cachorro) apresentou o maior resultado, com 348,75 gramas. Em abril/2011, o espécime com maior biomassa capturado correspondeu à espécie Hoplias malabaricus (traíra). Este indivíduo apresentou biomassa igual a 1.085 gramas. Já um exemplar de Serrasalmus geryi (piranha) apresentou apenas 5 gramas, correspondendo, assim, ao indivíduo com menor biomassa corporal. Fazendo-se a distribuição da biomassa corporal dos indivíduos em faixas, verificouse, o predomínio de indivíduos com biomassa corporal menor que 100 gramas. No gráfico a seguir, estão representadas as frequências das faixas de biomassa dos indivíduos, em todas as amostragens realizadas. 69

Gráfico 53: Frequência das faixas de biomassa corporal (valores em gramas) Distribuição das faixas de biomassa Nº de indivíduos 90 80 70 60 50 40 30 20 10 Ago./2010 Set./2010 Jan./2011 Abr./2011 0 Até 25,0 25,1 a 50,0 50,1 a 100,0 100,1 a 150,0 150,1 a 200,0 200,1 a 300,0 300,1 a 400,0 400,1 a 600,0 600,1 a 1000,0 Acima de 1000,1 Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. 2010/2011 De acordo com os dados obtidos, referentes ao comprimento corporal padrão e à biomassa das espécies, verificou-se predomínio de indivíduos de pequeno porte, apresentando menos de 200 mm e com biomassa predominante menor que 100 gramas. 6.5. ANÁLISE DE CAPTURA POR UNIDADE DE ESFORÇO (CPUE) EM NÚMERO E BIOMASSA A CPUEn representa o número de indivíduos por 100 m 2 de malha, enquanto que a CPUEb representa a biomassa (em kg) por 100 m 2 de malha. Para o cálculo da CPUE em número, foram considerados os dados apresentados na tabela 8, a seguir: 70

Tabela 8: Número de indivíduos capturados em cada um dos pontos de amostragem Ago./2010 Set./2010 Malhas SS-01 SS-02 SS-03 SS-04 SS-05 SS-06 SS-07 SS-08 SS-09 SS-10 SS-01 SS-02 SS-03 SS-04 SS-05 SS-06 SS-07 SS-08 SS-09 SS-10 M3 11 22 52 7 2 3 2 1 6 5 6 45 1 3 16 17 M4 13 30 6 7 4 3 16 1 14 5 12 1 1 4 18 3 7 M5 8 9 33 1 1 4 5 2 8 7 3 6 1 3 10 5 25 M6 3 5 11 4 5 6 7 11 3 14 7 7 11 M7 5 30 2 2 4 6 3 3 9 13 M8 2 13 1 13 5 3 7 2 1 2 1 M10 2 4 2 2 M12 M14 Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. 2010/2011 Malhas Tabela 8: Número de indivíduos capturados em cada um dos pontos de amostragem (continuação) Jan./2011 Abr./2011 SS-01 SS-02 SS-03 SS-04 SS-05 SS-06 SS-07 SS-08 SS-09 SS-10 SS-01 SS-02 SS-03 SS-04 SS-05 SS-06 SS-07 SS-08 SS-09 SS-10 M3 71 11 1 2 1 7 26 1 1 1 4 12 M4 28 34 1 1 5 6 8 5 1 3 4 17 M5 17 2 2 3 4 19 2 3 2 3 2 7 5 M6 8 16 2 2 7 1 1 2 2 9 M7 15 18 2 2 5 14 1 3 2 M8 9 2 1 5 2 2 1 2 3 8 M10 2 2 4 2 2 1 1 2 M12 1 3 M14 1 2 Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. 2010/2011 71

utilizadas. Na tabela a seguir, são apresentados os resultados referentes ao cálculo da CPUEn, em cada ponto, para cada uma das malhas Tabela 9: Resultados da CPUEn Ago./2010 Set./2010 Malhas SS-01 SS-02 SS-03 SS-04 SS-05 SS-06 SS-07 SS-08 SS-09 SS-10 SS-01 SS-02 SS-03 SS-04 SS-05 SS-06 SS-07 SS-08 SS-09 SS-10 M3 68,75 137,5 325 43,75 12,5 18,75 12,5 6,25 37,5 31,25 37,5 281,3 6,25 18,75 100 106,3 M4 81,25 187,5 37,5 43,75 25 18,75 100 6,25 87,5 31,25 75 6,25 6,25 25 112,5 18,75 43,75 M5 50 56,25 206,25 6,25 6,25 25 31,25 12,5 50 43,75 18,75 37,5 6,25 18,75 62,5 31,25 156,3 M6 9,375 15,63 34,375 12,5 15,625 18,75 21,875 34,38 9,375 43,75 21,88 21,88 34,38 M7 15,63 93,75 6,25 6,25 12,5 18,75 9,375 9,375 28,13 40,63 M8 6,25 40,625 3,125 40,625 15,625 9,375 21,88 6,25 3,125 6,25 3,125 M10 6,25 12,5 6,25 6,25 M12 M14 Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. 2010/2011 Tabela 9: Resultados da CPUEn (continuação) Jan./2011 Abr./2011 Malhas SS-01 SS-02 SS-03 SS-04 SS-05 SS-06 SS-07 SS-08 SS-09 SS-10 SS-01 SS-02 SS-03 SS-04 SS-05 SS-06 SS-07 SS-08 SS-09 SS-10 M3 443,8 68,75 6,25 12,5 6,25 43,75 162,5 6,25 6,25 6,25 25 75 M4 175 212,5 6,25 6,25 31,25 37,5 50 31,25 6,25 18,75 25 106,3 M5 106,3 12,5 12,5 18,75 25 118,8 12,5 18,75 12,5 18,75 12,5 43,75 31,25 M6 25 50 6,25 6,25 21,88 3,125 3,125 6,25 6,25 28,13 M7 46,88 56,25 6,25 6,25 15,63 43,75 3,125 9,375 6,25 M8 28,13 6,25 3,125 15,63 6,25 6,25 3,125 6,25 9,375 25 M10 6,25 6,25 12,5 6,25 6,25 3,125 3,125 6,25 M12 3,125 9,375 72

Malhas Jan./2011 Abr./2011 SS-01 SS-02 SS-03 SS-04 SS-05 SS-06 SS-07 SS-08 SS-09 SS-10 SS-01 SS-02 SS-03 SS-04 SS-05 SS-06 SS-07 SS-08 SS-09 SS-10 M14 3,125 6,25 Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. 2010/2011 73

De acordo com os dados apresentados, verificou-se que, em agosto/2010, nos pontos SS-01, SS-02, SS-06 e SS-09, a malha que apresentou maior sucesso de captura, em termos de quantidade de indivíduos, foi a malha M4. Já nos pontos SS-03, SS-07 e SS- 10, a malha M5 foi a que apresentou maior sucesso de captura, enquanto que no ponto SS- 05 esse sucesso foi verificado na malha M3. O ponto SS-08 apresentou maior CPUEn na malha M8, enquanto que, para o ponto SS-04, foi registrado o mesmo valor de CPUEn para as malhas M3 e M4. Em setembro/2010, a malha M3 apresentou maior CPUEn nos pontos SS-02 e SS- 09, enquanto que nos pontos SS-06 e SS-08 o maior sucesso de captura, em termos de número de indivíduos, foi evidenciado para a malha M4. Os pontos SS-01 e SS-10 apresentaram maior CPUEn para a malha M5, enquanto que no ponto SS-03, o maior sucesso foi registrado para a malha M6. Para os pontos SS-04, SS-05 e SS-07, verificou-se que duas malhas apresentaram sucesso de captura igual. Na amostragem realizada em janeiro/2011, verificou-se que os pontos SS-01, SS-06 e SS-10 apresentaram maior sucesso de captura, em termos de número, para a malha M3. Já os pontos SS-02 e SS-09 apresentaram maior CPUEn para a malha M4, enquanto que a malha M5 apresentou maior sucesso para os pontos SS-04, SS-05, SS-07 e SS-08. Para o ponto SS-03, verificou-se o mesmo resultado de CPUEn para as malhas M3, M7 e M8. Em abril/2011, verificou-se que a malha M3 apresentou maior CPUEn apenas no ponto SS-01, enquanto que nos pontos SS-02 e SS-10, o maior resultado foi evidenciado na malha M4. Para os demais pontos de amostragem, o maior sucesso de captura foi registrado na malha M5. Nos gráficos que se segue, são apresentadas as CPUEn em cada uma das malhas, nas quatro amostragens realizadas. 74

Gráfico 54: CPUEn das redes de emalhar, em cada um dos pontos Ago./2010 CPUEn de cada uma das malhas -Ago./2010 350 Nº de ind./100 m2 de malha 300 250 200 150 100 50 M3 M4 M5 M6 M7 M8 M10 M12 0 SS-01 SS-02 SS-03 SS-04 SS-05 SS-06 SS-07 SS-08 SS-09 SS-10 M14 Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2010 Gráfico 55: CPUEn das redes de emalhar, em cada um dos pontos Set./2010 300 CPUEn de cada uma das malhas -Set./2010 Nº ind./ 100 m2 de malha 250 200 150 100 50 M3 M4 M5 M6 M7 M8 M10 M12 0 SS-01 SS-02 SS-03 SS-04 SS-05 SS-06 SS-07 SS-08 SS-09 SS-10 M14 Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2010 75

Gráfico 56: CPUEn das redes de emalhar, em cada um dos pontos Jan./2011 450 CPUEn de cada uma das malhas -Jan./2011 Nº de indivíduos / 100 m2 de malha 400 350 300 250 200 150 100 50 0 SS-01 SS-02 SS-03 SS-04 SS-05 SS-06 SS-07 SS-08 SS-09 SS-10 M3 M4 M5 M6 M7 M8 M10 M12 M14 Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2011 Gráfico 57: CPUEn das redes de emalhar, em cada um dos pontos Abr./2011 180 CPUEn de cada uma das malhas -Abr./2011 Nº de indivíduos / 100 m2 de malha 160 140 120 100 80 60 40 20 0 SS-01 SS-02 SS-03 SS-04 SS-05 SS-06 SS-07 SS-08 SS-09 SS-10 M3 M4 M5 M6 M7 M8 M10 M12 M14 Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2011 Considerando-se se os pontos de amostragem, e não mais as malhas, verificou-se que o maior sucesso de captura, em termos de número, foi evidenciado no ponto SS-03, nas amostragens realizadas em agosto e setembro/2010 e no ponto SS-01, em janeiro/2011, conforme pode ser observado no gráfico que se segue: 76

Gráfico 58: CPUEn dos pontos de amostragem CPUEn dos pontos de amostragem Nº de ind./100 m2 de malha 70 60 50 40 30 20 10 Ago./2010 Set./2010 Jan./2011 Abr./2011 0 SS-01 SS-02 SS-03 SS-04 SS-05 SS-06 SS-07 SS-08 SS-09 SS-10 Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. 2010/2011. Para o cálculo da CPUEb, foram utilizados os dados apresentados na tabela 10, a seguir: 77

Tabela 10: Dados utilizados para o cálculo da CPUEb (biomassa, em kg) Ago./2010 Set./2010 Malhas SS-01 SS-02 SS-03 SS-04 SS-05 SS-06 SS-07 SS-08 SS-09 SS-10 SS-01 SS-02 SS-03 SS-04 SS-05 SS-06 SS-07 SS-08 SS-09 SS-10 M3 0,59 0,494 2,622 0,4535 0,02 0,0575 0,069 0,0175 0,1305 0,1685 0,1145 5,574 0,012 0,1815 0,4055 0,384 M4 0,64 1,5835 0,451 0,9755 0,383 0,334 0,6945 0,6245 0,6255 0,217 1,409 0,039 0,2015 0,533 0,686 0,111 0,657 M5 1,244 1,3055 2,619 0,341 0,1365 0,245 0,524 0,391 0,2455 0,59 0,7445 2,3815 0,248 0,505 1,173 0,6325 3,519 M6 1,1175 0,8355 1,879 0,232 0,952 0,961 1,1915 1,18 1,0305 2,558 1,2845 1,761 1,5905 M7 1,9085 6,924 0,392 0,492 0,844 1,022 1,4095 0,793 1,508 3,3175 M8 0,6315 2,709 1,088 2,804 0,904 0,446 2,882 0,6825 0,4655 1,0785 1,0025 M10 0,542 1,1425 1,084 2,129 M12 M14 Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. 2010/2011 Malhas Tabela 1011: Dados utilizados para o cálculo da CPUEb (biomassa, em kg) - continuação Jan./2011 Abr./2011 SS-01 SS-02 SS-03 SS-04 SS-05 SS-06 SS-07 SS-08 SS-09 SS-10 SS-01 SS-02 SS-03 SS-04 SS-05 SS-06 SS-07 SS-08 SS-09 SS-10 M3 2,542 0,87 0,04 0,059 0,036 0,2105 3,183 0,044 0,0795 0,0029 0,1565 0,401 M4 1,9855 3,545 0,0565 0,0425 0,5 0,3845 0,373 0,2045 0,0785 0,3095 0,256 1,4925 M5 1,8085 0,267 0,1875 0,397 0,732 3,5475 0,519 0,5415 0,307 0,4095 0,427 0,463 0,5825 M6 2,2135 2,7155 0,423 0,443 1,1225 0,3915 0,2335 0,584 0,2485 0,9415 M7 3,779 5,5595 0,4175 0,2965 1,2975 2,7965 0,2535 0,684 0,4105 M8 4,327 0,5785 0,5715 1,17 0,399 0,1575 0,143 0,3015 1,2885 1,334 M10 1,54 0,8955 0,678 0,273 0,5085 0,325 0,2705 1,527 M12 0,2105 1,243 M14 2,254 0,3775 Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. 2010/2011 78

Efetuando-se o cálculo da CPUEb, em cada amostragem, foram encontrados os resultados demonstrados na tabela a seguir: Tabela 12: Resultados da CPUEb Ago./2010 Set./2010 Malhas SS-01 SS-02 SS-03 SS-04 SS-05 SS-06 SS-07 SS-08 SS-09 SS-10 SS-01 SS-02 SS-03 SS-04 SS-05 SS-06 SS-07 SS-08 SS-09 SS-10 M3 3,688 3,088 16,39 2,834 0,125 0,359 0,431 0,109 0,816 1,05 0,72 34,84 0,08 1,13 2,53 2,4 M4 4 9,897 2,816 6,097 2,394 2,088 4,341 3,903 3,91 1,36 8,81 0,24 1,26 3,33 4,29 0,69 4,11 M5 7,775 8,159 16,37 2,131 0,853 1,531 3,275 2,444 1,534 3,69 4,65 14,88 1,55 3,16 7,33 3,95 21,99 M6 3,492 2,611 5,87 0,725 2,975 3,003 3,723 3,69 3,22 7,99 4,01 5,5 4,97 M7 5,964 21,64 1,223 1,538 2,638 3,194 4,4 2,48 4,71 10,37 M8 1,973 8,464 3,4 8,763 2,825 1,394 9,01 2,13 1,45 3,37 3,13 M10 1,694 3,57 3,388 6,65 M12 M14 Malhas Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. 2010/2011. Jan./2011 Tabela 13: Resultados da CPUEb - continuação Abr./2011 SS-01 SS-02 SS-03 SS-04 SS-05 SS-06 SS-07 SS-08 SS-09 SS-10 SS-01 SS-02 SS-03 SS-04 SS-05 SS-06 SS-07 SS-08 SS-09 SS-10 M3 15,888 5,438 0,25 0,369 0,225 1,316 19,894 0,275 0,4969 0,0181 0,9781 2,5063 M4 12,409 22,156 0,353 0,266 3,125 2,403 2,3313 1,2781 0,4906 1,9344 1,6 9,3281 M5 11,303 1,669 1,172 2,481 4,575 22,172 3,2438 3,3844 1,9188 2,5594 2,669 2,8938 3,6406 M6 6,917 8,486 1,322 1,384 3,5078 1,2234 0,7297 1,825 0,7766 2,9422 M7 11,809 17,373 1,305 0,927 4,055 8,7391 0,7922 2,1375 1,2828 M8 13,522 1,808 1,786 3,656 1,2469 0,4922 0,4469 0,9422 4,0266 4,1688 M10 4,813 2,798 2,119 0,853 1,5891 1,0156 0,8453 4,7719 M12 0,658 3,884 M14 7,044 1,1797 Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. 2010/2011. 79

Diante desses resultados, observou-se, em agosto/2010, que nos pontos SS-01 e SS-07, o maior resultado para a CPUEb foi evidenciado na malha M5. Para os pontos SS- 02, SS-04, SS-06, SS-09 e SS-10, o maior sucesso de captura foi observado na malha M4, enquanto que para o ponto SS-03 verificou-se maior resultado para a malha M7. Para o ponto SS-08, a maior CPUEb foi registrada na malha M8. Em setembro/2010, verificou-se para os pontos SS-01, SS-04 e SS-06, maior CPUEb para a malha M8, enquanto que o ponto SS-09 apresentou maior captura de biomassa na malha M6. Os pontos SS-02, SS-08 e SS-10, apresentaram maior sucesso de captura na malha M5, enquanto que nos pontos SS-05 e SS-07, a maior CPUEb foi registrada na malha M4. O ponto SS-03 apresentou mairo resultado para a malha M3. Na amostragem realizada em janeiro/2011, a malha M4 apresentou, para os pontos SS-02, SS-09 e SS10, o maior sucesso de captura em termos de biomassa. Já para os pontos SS-04 e SS-08, a maior CPUEb foi registrada na malha M5, enquanto que nos pontos SS-03, SS-06 e SS-07 os maiores resultados foram encontrados na malha M8. Para o ponto SS-01, a maior CPUEb foi encontrada na malha M3, enquanto que no ponto SS-05, o maior resultado foi evidenciado para a malha M5. Em abril/2011, verificou-se que a malha M4 apresentou maior CPUEb para o ponto SS-10, enquanto que no ponto SS-09, o maior resultado foi evidenciado para a malha M8. No ponto SS-08, a maior CPUEb foi registrada para a malha 10, enquanto que no ponto SS- 02, o maior resultado foi obtido para a malha M6. Nos demais pontos, os maiores valores de CPUEb foram registrados na malha M5. Nos gráficos encontram-se representadas as CPUEb em cada uma das malhas. 80

Gráfico 59: CPUEb das redes de emalhar, em cada um dos pontos ago./2010 25,000 CPUEb de cada uma das malhas utilizadas - Ago./2010 kg/100 m2 de malha 20,000 15,000 10,000 5,000 M3 M4 M5 M6 M7 M8 M10 M12 0,000 M14 SS-01 SS-02 SS-03 SS-04 SS-05 SS-06 SS-07 SS-08 SS-09 SS-10 Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda./2010 35 Gráfico 60: CPUEb das redes de emalhar, em cada um dos pontos set./2010 CPUEb de cada uma das malhas utilizadas - Set./2010 30 M3 kg/100 m2 de malha 25 20 15 10 M4 M5 M6 M7 M8 M10 5 M12 0 SS-02 SS-03 SS-04 SS-05 SS-06 SS-07 SS-08 SS-09 SS-10 M14 Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda./2010 81

Gráfico 61: CPUEb das redes de emalhar, em cada um dos pontos jan./2011 CPUEb de cada uma das malhas utilizadas - Jan./2011 25 M3 kg/100 m2 de malha 20 15 10 5 M4 M5 M6 M7 M8 M10 0 SS-01 SS-02 SS-03 SS-04 SS-05 SS-06 SS-07 SS-08 SS-09 SS-10 M12 M14 Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda./2011 Gráfico 62: CPUEb das redes de emalhar, em cada um dos pontos abr./2011 CPUEb de cada uma das malhas utilizadas - Abr./2011 25 M3 kg/100 m2 de malha 20 15 10 5 M4 M5 M6 M7 M8 M10 0 SS-01 SS-02 SS-03 SS-04 SS-05 SS-06 SS-07 SS-08 SS-09 SS-10 M12 M14 Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda./2011 Com relação a CPUEb total, de cada um dos pontos, verificou-se o maior resultado no Ponto SS-03, nas duas primeiras amostragens. No entanto, para as amostragens referentes aos meses de janeiro e abril/2011 verificou-se maior CPUEb no ponto SS-01, conforme observado no gráfico a seguir: 82

Gráfico 63: CPUEb dos pontos de amostragem CPUEb dos pontos de amostragem kg/100 m2 de malha 8 7 6 5 4 3 2 1 Ago./2010 Set./2010 Jan./2011 Abr./2011 0 SS-01 SS-02 SS-03 SS-04 SS-05 SS-06 SS-07 SS-08 SS-09 SS-10 Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. 2010/2011 De acordo com os resultados obtidos, verificou-se que, como os indivíduos capturados apresentaram comprimento corporal reduzido, era de se esperar que o maior sucesso de captura, em termos de número, fosse evidenciado nas malhas de menor espessura. 6.6. AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE REPRODUTIVA Os resultados a seguir apresentam a distribuição dos sexos em cada uma das espécies coletadas, nessa amostragem. 83

Espécie Tabela 14: Sexagem dos indivíduos capturados. Ago./2010 Set./2010 Jan./2011 Abr./2011 Fêmea Macho Juvenil NI Inteiros Fêmea Macho Juvenil NI Inteiros Fêmea Macho Juvenil NI Inteiros Fêmea Macho Juvenil NI Inteiros Astyanax altiparanae 11 5 20 4 1 2 3 1 Astyanax fasciatus 1 Charax sp. 12 1 Cichla sp. 1 2 1 1 Cichla cf. piquiti 1 Crenicichla cf. haroldoi 1 Crenicichla britskii 1 Cyphocharax aff. modestus 2 15 2 2 3 Galeocharax knerii 1 1 6 1 5 2 1 Geophagus brasiliensis 5 7 1 Geophagus proximus 6 2 2 12 2 2 32 14 3 1 39 4 2 1 4 11 Gymnotus cf. carapo 1 Hoplerythrinus unitaeniatus 1 Hoplias cf. malabaricus 5 2 3 13 1 3 5 1 1 1 Hypostomus ancistroides 1 2 1 Hypostomus cf. margaritifer 1 2 Hypostomus multidens 2 Hypostomus cf. paulinus 5 5 2 Hypostomus regani 21 6 1 58 5 1 25 2 Hypostomus sp. 9 1 1 1 Hypostomus sp. 6 1 2 8 6 2 2 3 2 4 Hypostomus sp. 5 3 Hypostomus sp. 4 1 Hypostomussp. 1 1 Hypostomus strigaticeps 10 4 4 Iheringichthys labrosus 1 15 1 Leporellus vittatus 1 2 3 Leporinus amblyrhynchus 1 1 Leporinus friderici 2 5 1 9 2 3 22 2 1 9 Leporinus obtusidens 1 Leporinus octofasiatus 1 2 1 Leporinus tigrinus 9 5 3 4 Leporinus unitaeniatus 16 26 10 6 2 2 Loricaria prolixa 4 1 5 Metynnis cf. maculatus 1 1 1 84

Espécie Ago./2010 Set./2010 Jan./2011 Abr./2011 Fêmea Macho Juvenil NI Inteiros Fêmea Macho Juvenil NI Inteiros Fêmea Macho Juvenil NI Inteiros Fêmea Macho Juvenil NI Inteiros Oreochromis niloticus 1 Paraucheniptrus galeatus 1 Pimelodella sp. 3 Pimelodus maculatus 7 12 9 16 6 4 1 4 2 5 7 1 1 Pimelodus microstoma 1 1 Pirinampus pirinampus 1 1 Plagioscion squamosissimus 12 17 30 48 8 43 3 21 32 4 30 11 36 Pseudopimelodus sp. 1 Pterygoplichthys ambrosettii 2 3 1 1 1 2 1 Rhamdia quelen 1 Rhaphiodon vulpinus 1 4 1 6 1 1 2 14 1 3 8 1 1 20 Rhinodoras dorbignyi 2 2 3 2 Roeboides descalvadensis 4 4 Satanoperca sp. 1 1 2 1 2 Schizodon borellii 1 1 1 2 1 3 Schizodon nasutus 1 Schizodon sp. 1 Serrasalmus cf. maculatus 1 1 1 1 Serrasalmus geryi 1 3 Steindachneriana insculpta 1 1 4 4 1 3 Triportheus nematurus 1 1 2 2 2 2 1 Zungaro jahu 1 Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. 2010/2011 85

Em agosto/2010, foram dissecados 351 (trezentos e cinquenta e um) indivíduos, sendo que em 200 (duzentos) não foram realizadas análises do sexo e de estágios de desenvolvimento gonadal. Já em setembro/2010, ocorreu a dissecção de 294 (duzentos e noventa e quatro) indivíduos, sendo que a identificação do sexo foi possível em apenas 151 (cento e cinquenta e um) indivíduos. Em janeiro/2011, foram dissecados 256 (duzentos e cinquenta e seis) indivíduos, sendo que, para 167 (cento e sessenta e sete) destes não foi possível a sexagem. Na amostragem realizada em abril/2011, foram dissecados 188 (cento e oitenta e oito) indivíduos, sendo que para 98 (noventa e oito) destes não foi possível a identificação do sexo. Em todas as amostragens, a não-identificação do sexos da maior parte dos indivíduos ocorreu em função da quantidade de espécimes de hábitos alimentares detritívoros capturados e que, em virtude do tempo que permanecem na rede de espera, apresentaram conteúdo bastante deteriorado. Os gráficos a seguir demonstram os resultados referentes à sexagem dos indivíduos, em cada uma das amostragens realizadas. 86

Gráfico 64: Distribuição dos sexos nas espécies capturadas Ago./2010 Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2010 87

Gráfico 65: Distribuição dos sexos nas espécies capturadas Set./2010 Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2010 88

Gráfico 66: Distribuição dos sexos nas espécies capturadas Jan./2011 Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2011 89

RELATÓRIO FINAL 2010/2011 Gráfico 67: Distribuição dos sexos nas espécies capturadas Abr./2011 Distribuição dos sexos nas espécies capturadas - abril/2011 Triportheus nematurus Serrasalmus geryi Schizodon borellii Rhinodoras dorbignyi Rhaphiodon vulpinus Pterygoplichthys ambrosettii Plagioscion squamosissimus Pimelodus maculatus Oreochromis niloticus Metynnis cf. maculatus Leporinus unitaeniatus Leporinus tigrinus Leporinus friderici Leporellus vittatus Hypostomus sp. 6 Hoplias cf. malabaricus Geophagus proximus Geophagus brasiliensis Cichla sp. Astyanax altiparanae 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Fêmea Macho Juvenil NI Inteiros Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2011 90

Dentre os indivíduos dissecados, quando analisados os estágios de desenvolvimento gonadal, observou-se, em agosto/2010, o predomínio de indivíduos juvenis. Gráfico 68: Proporção dos estágios de desenvolvimento gonadal dos indivíduos coletados Ago./2010 Proporção dos estágios de desenvolvimento gonadal - Ago./2010 62,18% 5,16% 9,74% 9,46% 10,03% 3,44% 0,00% 0,00% 1 2A 2B 2C 3 4 Juvenil Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2010. N.D = Não determinado Na amostragem referente ao mês de setembro/2010, foi registrada uma maior proporção de indivíduos em maturação gonadal incial (estágio 2A). Gráfico 69: Proporção dos estágios de desenvolvimento gonadal dos indivíduos coletados Set./2010 Proporção dos estágios de desenvolvimento gonadal - Set./2010 56,46% 4,42% 15,65% 12,24% 6,12% 5,10% 1 2A 2B 2C 3 4 Juvenil Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2010. 91

Em janeiro/2011, verificou-se o predomínio de indivíduos com maturação avançada (estágio 2C). Tal fato era esperado, uma vez que grande parte das espécies encontradas possui período reprodutivo coincidindo com a piracema (novembro a fevereiro). Gráfico 70: Proporção dos estágios de desenvolvimento gonadal dos indivíduos coletados Jan./2011 Proporção dos estágios de desenvolvimento gonadal - Jan./2011 2,40% 7,60% 8,00% 13,60% 68,40% 1 2A 2B 2C 3 4 Juvenil Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2011. Já na amostragem realizada em abril/2011, por se tratar de amostragem realizada alguns meses após o final da piracema, verificou-se o predomínio de indivíduos com maturação gonadal em fase inicial, ou seja, estágio 2A, conforme pode ser observado no gráfico a seguir. Gráfico 71: Proporção dos estágios de desenvolvimento gonadal dos indivíduos coletados Jan./2011 Proporção dos estágios de desenvolvimento gonadal - Abr./2011 1,09% 1 24,46% 2A 2B 54,89% 10,87% 3,80% 4,35% 0,54% 2C 3 4 Juvenil N.D Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. / 2011. 92

A tabela 13 e os gráficos a seguir, apresentam a proporção dos estágios gonadais, em cada uma das espécies coletadas. 93

Tabela 15: Abundância dos estágios de desenvolvimento gonadal das espécies coletadas Ago./2010 Set./2010 Jan./2011 Abr./2011 Espécie 1 2A 2B 2C 3 4 J N.D I 1 2A 2B 2C 3 4 J N.D I 1 2A 2B 2C 3 4 J N.D I 1 2A 2B 2C 3 4 J N.D I Astyanax altiparanae 3 8 1 1 22 1 3 2 2 3 1 Astyanax fasciatus 1 Charax sp. 12 1 Cichla sp. 1 2 1 1 Cichla cf. piquiti 1 Crenicichla cf. haroldoi 1 Crenicichla britskii 1 Cyphocharax aff. modestus 1 16 2 2 3 Galeocharax knerii 1 1 5 1 2 1 4 1 Geophagus brasiliensis 5 7 1 Geophagus proximus 2 3 2 2 13 1 1 17 31 1 42 4 1 4 13 Gymnotus cf. carapo 1 Hoplerythrinus unitaeniatus 1 Hoplias cf. malabaricus 2 2 2 1 3 13 1 3 5 1 1 1 Hypostomus ancistroides 1 2 1 Hypostomus cf. margaritifer 1 2 Hypostomus multidens 2 Hypostomus cf. paulinus 5 5 2 Hypostomus regani 1 3 17 1 64 1 2 4 24 2 Hypostomus sp. 9 1 1 1 Hypostomus sp. 6 2 9 6 2 2 3 2 4 Hypostomus sp. 5 3 Hypostomus sp. 4 1 Hypostomussp. 1 1 1 Hypostomus strigaticeps 10 1 2 4 Iheringichthys labrosus 4 12 1 94

Ago./2010 Set./2010 Jan./2011 Abr./2011 Espécie 1 2A 2B 2C 3 4 J N.D I 1 2A 2B 2C 3 4 J N.D I 1 2A 2B 2C 3 4 J N.D I 1 2A 2B 2C 3 4 J N.D I Leporellus vittatus 1 2 3 Leporinus amblyrhynchus 1 Leporinus friderici 2 5 1 9 1 1 3 22 1 3 8 Leporinus obtusidens 1 Leporinus octofasiatus 1 2 1 Leporinus tigrinus 9 5 3 4 Leporinus unitaeniatus 5 8 29 10 5 1 2 2 Loricaria prolixa 4 Metynnis cf. maculatus 1 5 1 1 1 Oreochromis niloticus 1 Parauchenipterus galeatus 1 Pseudopimelodus sp. 1 Pimelodella sp. 3 Pimelodus maculatus 8 4 1 3 12 3 11 3 5 4 4 2 5 1 4 1 2 Pimelodus microstoma 1 1 Pirinampus pirinampus 1 1 Plagioscion squamosissimus 9 17 33 8 28 6 7 50 1 11 7 4 33 30 2 11 38 Pterygoplichthys ambrosettii 2 3 1 1 1 2 1 Rhamdia quelen 1 Rhaphiodon vulpinus 3 1 1 6 1 2 15 3 9 1 21 Rhinodoras dorbignyi 1 1 2 3 2 Roeboides descalvadensis 4 4 Satanoperca sp. 1 1 1 1 1 2 Schizodon borellii 1 1 3 1 3 Schizodon nasutus 1 Schizodon sp. 1 Serrasalmus cf. maculatus 1 1 1 1 95

Espécie Ago./2010 Set./2010 Jan./2011 Abr./2011 1 2A 2B 2C 3 4 J N.D I 1 2A 2B 2C 3 4 J N.D I 1 2A 2B 2C 3 4 J N.D I 1 2A 2B 2C 3 4 J N.D I Serrasalmus geryi 1 3 Steindachneriana insculpta 1 1 1 4 5 3 Triportheus nematurus 1 1 1 1 2 2 2 1 Zungaro jahu 1 Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. 2010/2011 Legenda: J = Juvenil; I = Inteiro; N.D = Não determinado; 1, 2A, 2B, 2C, 3 e 4 = estágios de desenvolvimento gonadal 96

Gráfico 72: Estágios de desenvolvimento gonadal das espécies amostradas (ago./2010) Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda./2010 97

Gráfico 73: Estágios de desenvolvimento gonadal das espécies amostradas (set./2010) Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda./2010 98

Gráfico 74: Estágios de desenvolvimento gonadal das espécies amostradas (jan./2011) Fonte: Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda./2011 99