Movimento Nossa São Paulo Outra Cidade. Gestão Democrática



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Transcrição:

Movimento Nossa São Paulo Outra Cidade Gestão Democrática Diagnóstico Em agosto de 2002, o Fórum de Educação da Zona Leste promoveu o 2º seminário Plano Local de Desenvolvimento Educativo. Realizado no Centro Tecnológico da Zona Leste, o seminário contou com apoio da Administração Regional de Ermelino Matarazzo, da Administração Regional de São Miguel Paulista, do Núcleo de Ação Educativa 10 e do Núcleo de Ação Educativa 11. Cerca de 150 participantes, em sua maioria profissionais de serviços educativos, debateram e elaboraram cem propostas sobre: integração entre escola e comunidade; condições de trabalho e formação de docentes; comunicação e informação; inclusão; organização da escola. Com base nessas propostas e em outras 80 formuladas no 1º seminário (jun. 2001), foi esboçada a 1ª versão para discussão de um plano de desenvolvimento educativo para a Zona Leste. Dando seqüência a esse processo participativo de elaboração de política pública, a 1ª versão foi debatida no 3º Seminário. Essa 1ª versão foi analisada coletivamente e sofreu alterações. Os objetivos do 3º Seminário (26 e 27 de novembro de 2002) foram: formular um documento preliminar de plano de desenvolvimento educativo para a Zona Leste; definir agenda de ações para dar seqüência ao processo de planejamento. O documento do Plano Local de Desenvolvimento Educativo priorizou três eixos de atuação: a) Orientação da educação para necessidades básicas; b) Participação da comunidade; c) Oferta de serviços educacionais. Em cada eixo, foram definidos objetivos e providências para atingi-los. a) Orientação da educação para necessidades básicas De modo geral, valoriza-se apenas a educação escolar e esta, por sua vez, concentra-se no ensino de saberes próprios de uma cultura escolar fechada, que se mantém distante de necessidades tais como:

Sobreviver e cuidar da própria saúde e dos demais; Alimento, habitação e vestuário; Identificar e desenvolver os próprios talentos e capacidades (intelectuais, afetivas, espirituais e físicas) Expressar-se e comunicar com clareza através de diversas linguagens e meios Formar, cuidar e desfrutar de uma família saudável e harmoniosa Trabalhar e participar produtivamente da economia Participar ativa e informadamente na vida comunitária e desenvolvimento do país Buscar e aproveitar novas oportunidades e meios de aprendizagem Aprender a aprender e desfrutar da aprendizagem durante toda a vida Desenvolver um pensamento crítico e autônomo Aproveitar da cultura, nela incluído o jogo, a arte e o desporto Assumir um código ético e moral Proteger o meio ambiente Conhecer os próprios direitos e obrigações Compreender, refletir e atuar sobre a própria situação para superá-la Favorecer o desenvolvimento de uma identidade própria Desenvolver uma consciência social solidária e de serviço aos demais b) Participação da comunidade O tratamento adequado do eixo educação para necessidades básicas não será possível sem um novo tipo de participação da comunidade, que supera a tradição caracterizada por: Reforma educativa entendida exclusivamente como reforma escolar

Visão homogeneizante e uniformizadora da educação e das políticas educacionais e dificuldade para entender e assumir a diversidade Ênfase na quantidade mais que na qualidade Decisões sobre política pública com débil ou nula consulta pública e envolvimento das instituições educacionais, seus agentes e usuários Visão de curto prazo acima de uma visão de médio e longo prazo Lógica de projeto predominando sobre a lógica de processo Falta de uma visão intersetorial do educativo c) Oferta de serviços educacionais Serviços educacionais escolares não são disponíveis a todos. Para grandes parcelas, quando esses serviços são públicos e gratuitos e estão instalados nos locais de moradia e trabalho, não contam com vagas suficientes. Quando são serviços particulares, requerem recursos que as famílias não têm para pagá-los. A distribuição dos serviços é, portanto desigual. Grandes déficits se mostram na oferta de centros e escolas de educação infantil, escolas de ensino médio, ensino universitário público e educação básica (fundamental e médio) de jovens e adultos. No caso do ensino fundamental regular, a oferta cobre a quase totalidade da demanda, mas as vagas são distribuídas de maneira muito desequilibrada, de maneira que algumas escolas ficam superlotadas, funcionando em quatro turnos diários, mesmo sendo próximas de outras que funcionam apenas em dois ou três turnos. Os serviços educacionais são considerados equivocadamente somente como serviços escolares. Por isso, não há medidas para promover e articular a atuação educativa dos serviços de outros setores estatais (saúde, transporte, cultura, emprego, comunicação, ciência e tecnologia, assistência social, abastecimento, habitação, esporte etc.) e de outros grupos e organizações da sociedade civil (econômicas ou sociais, com fins de lucro ou não) A oferta de serviços é também negativamente marcada pela prioridade de investimento em coisas mais que nas pessoas e nos recursos humanos da educação. Eles não são

concebidos para, ao se efetivar, desenvolver também seus profissionais e seus educandos. Para isso não estão definidas jornadas, orientação e remuneração. B. Objetivos Estabelecidos os três eixos do plano, apresentaram-se os seguintes objetivos: Conceber e implementar práticas educativas que respondam às necessidades básicas da população Constituir um sistema educativo que articule a maior diversidade de agentes do poder público e da sociedade civil, especialmente família, escola e meios de comunicação. Incluir todos os indivíduos do território nos serviços educativos Para cada objetivo, foram feitas propostas de ação. O trabalho de planejamento democrático do Fórum de Educação da Zona Leste esteve em grande medida inspirado pela Declaração Mundial de Educação para Todos, aprovada em Jontiem, Tailândia, em 1990, e reafirmada em 2000, na reunião internacional de Dacar, Senegal. Os pontos destacados compõem um diagnóstico pertinente da problemática educacional do município de São Paulo e não são peculiares da Zona Leste. Com base nos objetivos e nas propostas de ação definidos naquele processo de planejamento, expõem-se os seguintes desafios e estratégias prioritárias.

Desafio 1 Estratégia 1 Estratégia 2 Conceber e implementar práticas educativas que respondam às necessidades básicas da população Reduzir o número de estudantes por docente e por sala de aula, tornando possível: a) conceber a escola como local atraente também para docentes; b) pesquisar junto a estudantes e familiares sobre suas necessidades e sobre o que esperam que seja a escola; c) humanizar as relações com as famílias, priorizando sua orientação, formação e a criação de vínculos; d) realizar encontros de profissionais vinculados a secretarias de diferentes setores e níveis de governo e organizações da sociedade civil; e) utilizar (não só nos fins-de-semana) as dependências e instalações escolares em atividades comunitárias, reconhecendo seu caráter educacional. Remunerar profissionais de centros educativos públicos em níveis superiores aos dos profissionais dos centros particulares com melhor remuneração. Desafio Estratégia 1 Estratégia 2 2. Constituir um sistema educacional que articule a maior diversidade de agentes do poder público e da sociedade civil, especialmente família, escola e meios de comunicação. Integrar a atuação dos governos federal, estadual, municipal e órgãos de cooperação internacional, mediante grupos interisntitucionais com participação de organizações da sociedade civil. Dar voz às pessoas, não reduzindo educação a uma área relativo apenas a secretarias de educação, co-responsabilizando secretarias de todos os setores, identificando, divulgando e mobilizando os recursos das comunidades, inclusive programas governamentais que atendem às suas necessidades. Desafio Estratégia 1 Estratégia 2 3. Incluir todos os indivíduos do território nos serviços educacionais. Realizar censo escolar e levantamento de dados demográficos por distrito, que obtenha informações também sobre pessoas não abarcadas por serviços educacionais (não só escolares), idade, etnia e pessoas com necessidades especiais e serviços que utilizam. Atender à demanda por serviços de educação escolar básica e superior conforme necessidades por distrito.

Desafio Estratégia 1 Estratégia 2 4. Efetivar a ampla autonomia da escola, inclusive a financeira, para o desenvolvimento de seus próprios projetos. Divulgar de forma transparente os gastos (fornecedores e preços) efetuados com as verbas destinadas às escolas, incentivando profissionais de educação, estudantes e familiares a elaborar orçamento do centro educacional e do conjunto de centros do distrito. Propiciar a participação dos educandos na gestão democrática das escolas por meio de representantes em conselho de classe no planejamento das atividades pedagógicas. Desafio Estratégia 1 Estratégia 2 5. Redefinir constantemente propósitos e linhas gerais da educação em São Paulo entre poder público e sociedade civil nos marcos da educação brasileira. Elaborar democraticamente plano de educação para o município mediante ampla convocação de órgãos públicos (de todos os setores e níveis), organizações da sociedade civil e população em geral, com apoio material e técnico. Produzir políticas educativas locais, por distrito, com planos de trabalho articulando diversos setores públicos para apoiar centros educacionais (não só escolares). São Paulo, 30 de novembro de 2007. Elie Ghanem