Histórico de Medalhas e Modalidades Paralímpicas - Portugal



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Histórico de Medalhas e Modalidades Paralímpicas - Portugal Igualdade, Inclusão & Excelência Desportiva Departamento Técnico, Fevereiro de

Índice Introdução... Medalhas... Gráficos de Medalhas... Atletas Paralímpicos... 9 Gráficos de atletas... Atletas vs. Medalhas... Modalidades (considerada a Paralimpíada Heidelberg 9)... Análise de modalidades... Conclusões... Bibliografia... 9

Introdução O presente trabalho visa o enquadramento histórico das participações regulares portuguesas em Jogos Paralímpicos. Entende-se por participações regulares todas as participações realizadas de em anos (paralimpiada) sem interrupções. Portugal conta actualmente com 8 participações oficiais em Jogos Paralímpicos. A primeira destas participações ocorreu em Heidelberg em 9. Após esta participação houve um interregno de ciclos paralímpicos ( anos) sem participações portuguesas em Jogos paralímpicos. Assim a participação portuguesa em Heidelberg não será contabilizada nas análises de dados de participações regulares. Considera-se importante referir que a fidelidade dos dados referentes a 9 merece alguns cuidados, pelo que não nos foi possível estudar esta participação com a mesma profundidade das edições seguintes. Após a participação em Heidelberg, Portugal voltou ao quadro competitivo paralímpico somente em 8 nos Jogos Paralímpicos de Nova Iorque (Estados Unidos da América) / Stoke Mandeville (Reino Unido). Até à paralimpiada de Seul 88 os Jogos Paralímpicos realizavam-se em locais distintos dos Jogos Olímpicos. A partir da edição de 8 Portugal conta como presenças todas as edições de Jogos Paralímpicos realizadas até à actualidade. Os últimos Jogos Paralímpicos que contaram com a presença portuguesa foram os Jogos de Pequim 8. Pelo meio Portugal participou de forma consecutiva em Seul 88 (Coreia do Sul), Barcelona 9 (Espanha), Atlanta 9 (Estados Unidos da América), Sidney (Austrália) e Atenas (Grécia). O presente trabalho apresenta dados sobre medalhas conquistadas, atletas e modalidades representadas nas referidas edições Paralímpicas.

Medalhas A primeira análise apresenta as medalhas conquistadas (por tipo) ao longo das sete edições regulares portuguesas. Na tabela são apresentadas as medalhas conquistadas em cada edição desde 98. Nesta tabela são também apresentados os totais de medalhas (ouro, prata e bronze) conquistadas e a média de medalhas conquistadas por edição de Jogos Paralímpicos. Ouro Prata Bronze TOTAL Ranking Nova Iorque/ Stoke Mandeville - 98 º Seul - 988 8º Barcelona - 99 9 9º Atlanta 99 º Sidney º Atenas - º Pequim - 8 º MÉDIA,,,, - TOTAL 9 8 - Tabela - Dados relativos às medalhas conquistas e posição final em cada Paralimpíada.

Gráficos de Medalhas No gráfico é apresentada a dispersão de medalhas conquistadas por Portugal ao longo das sete edições regulares. Gráfico - Total de medalhas conquistadas em Jogos Paralímpicos. 8 Nova Iorque 9 Total Medalhas Seul Barcelona Atlanta Sidney Atenas Pequim Total Medalhas O gráfico apresenta a dispersão de medalhas de ouro conquistadas. O gráfico apresenta a linha de tendência de conquista de medalhas de ouro em função dos dados obtidos ao longo das últimas sete edições. Gráfico - Medalhas de Ouro conquistadas nos respectivos Jogos. Medalhas Ouro 8 Medalhas Ouro Nova Iorque Seul Barcelona Atlanta Sidney Atenas Pequim

Gráfico - Tendência de conquista de medalhas de ouro em Jogos Paralímpicos. 8 Medalhas Ouro y = -,x +, 98 98 988 99 99 8 Medalhas Ouro Linear (Medalhas Ouro) O gráfico apresenta a dispersão de medalhas de prata conquistadas. O gráfico apresenta a linha de tendência de conquista de medalhas de prata em função dos dados obtidos ao longo das últimas sete edições. Gráfico - Medalhas de prata conquistadas nos respectivos Jogos. Medalhas Prata 8 Nova Iorque Seul Barcelona Atlanta Sidney Atenas Pequim Medalhas Prata

Gráfico - Tendência de conquista de medalhas de prata em Jogos Paralímpicos. 8 Medalhas Prata y =,x - 8,9 Medalhas Prata Linear (Medalhas Prata) 98 98 988 99 99 8 O gráfico apresenta a dispersão de medalhas de bronze conquistadas. O gráfico apresenta a linha de tendência de conquista de medalhas de bronze em função dos dados obtidos ao longo das últimas sete edições. Gráfico - Medalhas de bronze conquistadas nos respectivos Jogos. Medalhas Bronze 8 Medalhas Bronze Nova Iorque Seul Barcelona Atlanta Sidney Atenas Pequim

Gráfico - Tendência de conquista de medalhas de bronze em Jogos Paralímpicos. 8 Medalhas Bronze 98 98 988 99 99 8 y = -,9x + 89, Medalhas Bronze Linear (Medalhas Bronze) Da análise dos gráficos de medalhas verifica-se que a conquista de medalhas (total) ao longo das sete participações regulares tem vindo a sofrer um decréscimo mais acentuado desde Atenas. O padrão de comportamento global no que toca à conquista de medalhas é relativamente estável, ainda assim a tendência nas últimas edições verifica-se negativa. No que toca à análise de medalhas por tipo, são as medalhas de bronze que mais vezes foram conquistadas por Portugal. Contudo são também as medalhas de bronze que apresentam a linha de tendência negativa mais acentuada. As medalhas de ouro, as terceiras mais conquistadas também apresentam uma linha de tendência negativa embora menos acentuada que as de bronze. As medalhas de prata conquistadas por 9 vezes ao longo das sete edições dos Jogos Paralímpicos são aquelas que apresentam uma linha de tendência positiva, projectando uma previsão positiva na conquista de deste tipo de medalhas em Londres. Nota: y representa o número de medalhas (aproximado) estimado em função da linha de regressão linear. Para se calcular o número de medalhas estimando pela regressão (y), substituir x pelo ano da paralimpiada para a qual se pretende calcular a estimativa de medalhas. 8

Atletas Paralímpicos O segundo foco de análise estuda o número de atletas (total, masculinos e femininos) presentes em cada edição dos Jogos Paralímpicos. A tabela apresenta o número de atletas masculinos, femininos e total em cada edição. São também contabilizados todos os atletas masculinos e femininos ao longo das sete edições regulares. Masculino Feminino TOTAL Nova Iorque/ Stoke Mandeville - 98 9 Seul - 988 Barcelona - 99 9 Atlanta 99 9 Sidney Atenas - Pequim - 8 MÉDIA,,, TOTAL 9 Tabela - Volume de atletas por Paralimpíada. A missão contou com a participação de atletas. 9 Atletas nas disciplinas oficiais + atletas de basquetebol com deficiência intelectual, uma modalidade que apenas teve uma componente de exibição entre Portugal (nº do Ranking Mundial) e a equipa anfitriã dos jogos Paralímpicos, a Grécia. 9

Gráficos de atletas O gráfico 9 apresenta a média da proporção de atletas por género ao longo das sete edições regulares. Gráfico 8 - Proporção dos atletas na média total de todas as missões. Atletas 9% Masculinos Femininos 8% O gráfico analisa a evolução do nº de atletas ao longo dos ciclos paralímpicos (desde a primeira participação regular portuguesa em 98). Gráfico 9 - Evolução dos atletas masculinos desde Jogos de Nova Iorque, 98 até Pequim, 8. 9 Masculinos 98 98 988 99 99 8 Masculinos Linear (Masculinos)

O gráfico reflecte a evolução do número de atletas femininas desde 98. Gráfico - Evolução das atletas femininas desde Jogos de Nova Iorque, 98 até Pequim, 8. Femininos 98 98 988 99 99 8 Femininos Linear (Femininos) O gráfico analisa a evolução do número total de atletas desde a primeira participação regular portuguesa. Gráfico - Evolução do nº de atletas portugueses desde os Jogos de Nova Iorque, 98 até Pequim, 8. Missão total 9 9 98 98 988 99 99 8 Missão Competitiva (Masculinos + Femininos) Linear (Missão Competitiva (Masculinos + Femininos)) Da análise dos dados sobre atletas verifica-se de imediato uma maior proporção de atletas masculinos comparativamente com as atletas femininas. Esta proporção ronda,

no total das sete edições estudadas, 8% de atletas masculinos para 9% de atletas femininas. Desta análise pode-se também verificar um comportamento muito mais oscilatório dos atletas masculinos. Ao longo das sete edições o volume de atletas teve um mínimo absoluto de atletas em Seul 88 e um máximo absoluto de atletas em Sidney. Por sua vez as atletas femininas manifestam uma expressão em termos quantificativos significativamente menor mas mais estável com um mínimo absoluto de atletas em Nova Iorque/ Stoke mandeville 8 e um máximo absoluto de atletas em Pequim 8. Em termos globais o volume da missão apresenta uma linha de crescimento positivo, com algumas oscilações ao longo das sete edições. Atletas vs. Medalhas A análise que se segue relaciona o número de atletas com o número de medalhas por edição dos Jogos Paralímpicos. Esta relação deve ser analisada com alguns cuidados e contextualizada em função da realidade desportiva paralímpica. Durante o ciclo de preparação são procurados patamares de excelência que em cenário ideal, resultariam numa relação próxima de uma medalha por atleta. Neste prisma, entende-se que todos os atletas presentes na missão estão em condições de disputar uma ou mais medalhas na sua modalidade. Este cenário poderá ser aceite num prisma teórico, mas muito dificilmente será verificado de forma objectiva no plano de competição. No prisma objectivo verifica-se pouco expectável um país conseguir ter atletas de excelência paralímpica em todas as modalidades consideradas nos Jogos Paralímpicos. Ainda que consiga ter atletas de excelência em todas as modalidades, estes teriam que corresponder inequivocamente sem excepção, às condicionantes da competição. Ora como se percepciona, conjugar todos estes factores afigura-se uma tarefa praticamente impossível. Para além dos aspectos referidos atrás, deve-se considerar ainda as modalidades colectivas, na qual uma equipa compete com vários atletas para uma medalha apenas. Um país que

integre na sua missão várias equipas colectivas terá à partida uma relação menor de atletas por medalha, mesmo que todos os intervenientes das referidas equipas sejam atletas de top mundial. O gráfico apresenta os dados referentes ao número de atletas e medalhas conquistadas por edição dos Jogos Paralímpicos. Gráfico - Comparação entre o número de atletas presentes e medalhas conquistadas nos Jogos Paralímpicos. 9 Nova Iorque 9 9 Seul Barcelona Atalanta Sidney Atenas Pequim Medalhas Atletas A tabela apresenta o rácio de atletas por medalha em cada edição e no somatório de todas as edições. Nova Iorque/ Stoke Mandeville - 98 Atletas Medalhas RÁCIO Atletas/Medalha 9, Seul - 988,9 Barcelona - 99 9 9, Atlanta 99, Sidney, Atenas -, Pequim - 8, MÉDIA,,,9 Tabela - Relação entre atletas e medalhas. Da análise de medalhas por número de atletas verifica-se que Portugal apresenta uma relação bastante positiva. Em Seul 88 atletas conquistaram, o que se traduz

numa relação abaixo de um atleta por medalha. A pior relação verificou-se em Pequim 8 onde atletas conquistaram, perfazendo uma média de uma medalha por cada atletas. Para os resultados verificados contribui o facto de Portugal ao longo das sete edições estudadas apresentar apenas duas modalidades exclusivamente colectivas (basquetebol para deficiência intelectual e futebol de ). Ao longo destas sete edições Portugal competiu com outras equipas para além das referidas, mas em modalidades tipicamente individuais como o atletismo ou boccia. Nestas modalidades os atletas competem maioritariamente em provas individuais. Os atletas que consigam tempos ou resultados que permitam a qualificação da equipa competem também nas provas colectivas, tendo como exemplos as estafetas xm no atletismo ou pares de boccia BC ou BC.

Modalidades (considerada a Paralimpíada Heidelberg 9) Análise de modalidades Desde a sua pioneira e remota participação em Heidelberg 9, Portugal tem vindo a manifestar uma crescente representatividade no que ao número de modalidades diz respeito. A participação nos Jogos Paralímpicos de Pequim foi a mais vasta contando com a presença de atletas em sete modalidades distintas. Este facto representa uma crescente visão e espírito de implementação de cultura e educação desportiva paralímpica. A tabela apresenta as modalidades representadas por edição Paralímpica (considerada a participação em Heidelberg - 9) Heidelberg - 9 Nova Iorque/ Stoke Mandeville - 98 Atletismo Basquetebol Cadeira de Rodas x Basquetebol Def. Intelectual Boccia Ciclismo Equitação Futebol de Natação Remo Ténis de mesa x x x x x Seul - 988 x x Barcelona - 99 x x x x Atlanta 99 x x x x Sidney x x x x x x x Atenas - x x x x x x Pequim - 8 x x x x x x x TOTAL Tabela - Dispersão de modalidades por Paralimpíada Vela

O gráfico revela as modalidades representadas por Portugal em todas as edições paralímpicas em que participou. Gráfico - Número de participações de cada modalidade no total de das 8 edições Nº de Participações das modalidades (nas 8 edições paralímpicas ) Nº de Participações O gráfico revela a percentagem do volume de participações por modalidade nas 8 edições paralímpicas (considerando Heidelberg ). Gráfico - Percentagem do volume das modalidades pelas 8 edições Nº de Participações das modalidades Ténis de mesa % Remo % Natação % Futebol de % Equitação % Vela % Ciclismo % Atletismo 9% Boccia 9% Basquetebol em cadeira de rodas % Basquetebol Def. Intelectual %

Conclusões A. Ao longo das oito participações paralímpicas (incluindo Heidelberg ) foram conquistadas 8 medalhas pelos atletas portugueses. Das 8 medalhas, são se ouro, 9 de prata e de bronze. A edição na qual foram conquistadas mais medalhas foi em na cidade australiana de Sidney. B. A tendência de conquista de medalhas (totais) tem revelado um comportamento negativo, manifestando uma maior dificuldade na conquista de medalhas em Jogos Paralímpicos. Para este facto contribui o crescente e exponencial aumento no número de países em competição. Desde Nova Iorque/ Stoke Mandeville 8 o número de países em competição tem vindo a aumentar de forma sucessiva. Em 8 competiram países. Já em Pequim 8 estiveram em competição países. Este aumento significativo de países em competição estabelece novos patamares de exigência competitiva à qual a análise dos dados não deve estar isenta. Por esta razão a imagem dos Jogos Paralímpicos assume cada vez mais uma posição de desporto de elite, sendo acompanhado de um crescente investimento na preparação desportiva dos atletas de elite paralímpicos. As medalhas de prata são aquelas que ainda assim revelam uma previsão positiva para os Jogos futuros segundo os dados da correlação linear. C. O volume da missão competitiva portuguesa tem verificado uma tendência positiva. As missões portuguesas apresentam invariavelmente mais atletas masculinos. A média final das últimas edições revela uma proporção de 8% de atletas masculinos. Contudo, é de registar também o carácter oscilatório do número de atletas masculinos. Nas raparigas a evolução é mais estável ainda que pouco significativa ao longo das ultimas edições. D. Do ponto de vista da relação nº de atletas/ nº de medalhas conquistadas, Portugal apresenta uma elevada eficácia da aquisição de resultados, revelando que os atletas presentes nos projectos de preparação paralímpica fazem parte da elite desportiva,

manifestando uma aposta acertada por parte das entidades responsáveis pela preparação e selecção de atletas paralímpicos. E. No que diz respeito às modalidades, Portugal já esteve representado em modalidades: Atletismo, Basquetebol em cadeira de rodas, Basquetebol para atletas com deficiência intelectual, Boccia, Ciclismo, Equitação, Futebol de, Natação, Remo, Ténis de mesa e Vela. A edição na qual Portugal representou mais modalidades foi em Pequim 8, onde estiveram presentes atletas de modalidades. F. As modalidades com maior percentagem de representatividade desde Heidelberg são o Atletismo e Boccia com 9%, segue-se a Natação com % e o Futebol de a par do Ciclismo com %. G. As alterações estruturais que se têm vindo a verificar tanto ao nível da criação do próprio Comité Paralímpico de Portugal, como da inserção das federações desportivas no movimento paralímpico, criaram no quadro competitivo alguma instabilidade que se advinha importante suprir. Será também necessário unir esforços entre Comité Federações Clubes no sentido de desenvolver condições para o ressurgimento de uma nova massa de atletas que confira a estabilidade e competitividade necessária ao desenvolvimento do desporto paralímpico nacional. Este aumento de competitividade permitirá, por sua vez, o enquadramento de excelência a nível mundial. 8

Bibliografia Federação Portuguesa de Desporto para Deficientes (8). Portugal Paralímpico, Pequim 8: Os Portadores da Luz. Olival Basto. Federação Portuguesa de Desporto para Deficientes (). Portugal: Livros dos Louros dos Jogos Paralímpicos de Atenas. Olival Basto. Federação Portuguesa de Desporto para Deficientes (). Portugal: Livro da missão Atenas. Olival Basto. Federação portuguesa de Desporto para Deficientes (). Paralympic Games Sydney. Olival Basto. International Paralympic Committee (). Resultados medalhados. Acedido em de Agosto de, em: http://www.paralympic.org/sport/results/. Infopédia Porto Editora (). Acedido em de Julho de, em http://www.infopedia.pt/$jogos-paralimpicos. 9