ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR APH
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- Yago César Amarante
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1 Protocolo: Nº 01 Elaborado por: Arlen Ramos Wilhma Alves Ubiratam Lopes Última revisão: 03/08/2011 Revisores: Manoel E. Macedo Ubiratam Lopes Wilhma Alves Frederico Willer ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR APH DEFINIÇÃO: É o atendimento realizado fora do ambiente hospitalar de natureza clínica e/ou traumática, caracterizado por chegar à vítima no menor tempo possível, realizar manobras essenciais para estabilizá-la e removê-la o mais rápido possível, de maneira segura, a um serviço receptor adequado. EQUIPE DE SALVAMENTO: As manobras realizadas por essa equipe visam retirar as vítimas de uma situação hostil. Ex: Incêndios, soterramentos, presas a ferragens e outros. Sua característica principal é retirar a vítima e levá-la para uma área segura possibilitando o trabalho da equipe SBV. USB (Unidade de Suporte Básico): Sua característica principal é atender a vítima sem execução de procedimento médico invasivo e prestar cuidados básicos para suporte à vida. USA (Unidade de Suporte Avançado): Sua função principal é atender a vítima, qualquer que seja seu prognóstico, através de procedimentos básicos e avançados por meio de ações, equipamentos e fármacos. RECURSOS UTILIZADOS NO APH Recurso material Ambulância: equipada para atender todo e qualquer tipo de ocorrência. Pág. 01
2 Equipamentos de Primeiros Socorros. O Check List deve ser realizado de acordo com protocolo nas unidades USB e USA pelos componentes da unidade: USB (Técnico em Enfermagem e Condutor Socorrista); USA (Médico, Enfermeiro e Condutor Socorrista). Classificação dos equipamentos e materiais: 1. Equipamentos de comunicação móvel e portátil: autotrack, rádio HI fixo e móvel e telefone celular. 2. Equipamentos para segurança no local do acidente: a) EPI de cada socorrista para evitar a transmissão de doenças e proteger a equipe. b) Roupas próprias de acordo com o tipo de acidente. 3. Equipamentos para garantir a segurança da equipe e dos envolvidos como: cones de sinalização, lanternas e fitas para o isolamento da área. 4. Equipamentos de reanimação e administração de oxigênio. 5. Equipamentos destinados a garantir a permeabilidade das VAS: cânulas de Guedel ou Orofaríngeas. 6. Ventilador manual, ambu, composto por bolsa, válvula e máscara. 7. Equipamentos de fluxômetro. Toda unidade possui 02 torpedos de oxigênio, fluxo com capacidade maior de concentração, aspirador portátil e fixo nas ambulâncias. 8. Equipamentos de fixação e de imobilização: talas moldáveis para imobilização de fraturas e luxações, bandagens e ataduras de crepom, cintos de fixação, tracionador de fêmur, colete de imobilização dorsal (KED), colar cervical, prancha longa e Barchal, prancha curta, materiais para curativo de acordo com o check list, materiais de uso obstétricos, materiais para verificação de SV, acessórios com: maca, cobertor, manta aluminizada, lençóis. 9. Maleta de medicamentos. USB - Desfibrilador Externo Automático - DEA USA - Desfibrilador monitor cardioversor, respirador, acessórios SVA para intubação e medicações. Mala aluminizada para evitar a perda de calor gerado pelo corpo. Pág. 02
3 Fármacos: utilizados para o tratamento e intervenção para as diversas patologias, distribuídos e acondicionados em maleta. Recurso pessoal A equipe de atendimento pré- hospitalar deve conter profissionais capacitados e habilitados, sendo distribuído desta forma: USA - Médico, Enfermeiro e Condutor Socorrista. USB - Técnico em Enfermagem e Condutor Socorrista. PRINCÍPIOS DOS SOCORRISTAS 1 Princípio Garantir a segurança dos socorristas e do paciente. Prioridade máxima é: a constante avaliação e segurança de cena; Socorrista que se expõe a riscos desnecessários, pode se tornar também uma vítima; Resgates - treinamento especial; Uso de precauções-padrão. 2 Princípio Avaliar a situação para determinar a necessidade de solicitar outros recursos ou equipes adicionais de acordo com o protocolo N 13. A caminho do local e logo à chegada; Mais ambulâncias; Equipamentos de incêndio; Equipes especiais para resgate; Companhia de eletricidade; Helicópteros, etc. Pág. 03
4 3ºPrincípio Reconhecer a biomecânica envolvida nas lesões. Conhecimento da biomecânica - melhor avaliação do paciente; Conhecimento de padrões específicos de lesões - ajuda a prevê-las e saber onde procurar; Aspectos mais importantes devem ser sempre repassados para os médicos do hospital. 4 Princípio Reconhecer as lesões com risco de vida já no exame primário. Tratar logo que diagnosticar ; Seqüência lógica - podem ser realizadas simultaneamente; Deve ser repetido a intervalos regulares. 5 Princípio Cuidar das vias aéreas mantendo a coluna cervical estabilizada. Manobras básicas - devem ser feitas com facilidade; Intubação endotraqueal - técnica padrão ouro ; Incapazes de manter via aérea pérvia; ECG < 8 ; altas concentrações de O2 para manter saturação; risco de obstrução secundária (queimadura); Decisão de tentar a intubação - considerar riscos e benefícios potencialmente fatais; Não existe evidência conclusiva de que resulte em menor morbidade ou mortalidade; Hospital próximo - manobras básicas - transporte rápido. 6 Princípio Providenciar suporte ventilatório e oferecer oxigênio para manter SAT O2 superior a 95% de acordo com orientação da Regulação Medica. Oferecer oxigênio suplementar a todo traumatizado com suspeita ou evidência de situação de risco de vida; Máscara unidirecional - pacientes com ventilação espontânea; Pág. 04
5 Balão conectado a fonte de O2 (Fi O2 > 0,85) aos que precisam de suporte ventilatório assistido ou total; Manter saturação superior a 95%; Se disponível > monitorização de CO2 expirado (ETCO2) > queda súbita da ETCO2 pode indicar deslocamento do tubo traqueal ou redução abrupta da perfusão (hipotensão grave ou PCR). 7 Princípio Controlar toda hemorragia externa significativa. Maioria controlada por pressão externa; Elevação e compressas em pontos de pressão; Torniquete é medida de exceção; na presença de sangramento externo ativo, as tentativas de reanimação nunca terão sucesso - evitar medidas de reanimação (líquidos IV) antes do controle do sangramento externo. 8 Princípio Tomar as medidas iniciais para tratamento do choque, incluindo a restauração e a manutenção da temperatura normal do organismo e a imobilização adequada das lesões músculo-esquelético. Hipotermia - compromete sistema de coagulação; Fratura de ossos longos - hemorragia interna significativa (fêmur: 1200ml) - manipulação grosseira agrava o sangramento - imobilização - tratar também a dor; Traumatizado grave - não há tempo para imobilizar todas as fraturas - imobilização em prancha longa - imobilizar quase todas em posição anatômica e reduz hemorragia interna; Exceção: fêmur - espasmo muscular - usar tracionador se houver tempo. 9 Princípio Manter a estabilização da coluna até que o paciente esteja imobilizado em prancha longa. Pág. 05
6 Manter estabilização manual até que esteja na prancha longa ou que se determine indicação de imobilização - algoritmo. Ferimentos penetrantes - caso haja queixa neurológica ou déficit motor ou sensitivo no exame é importante a imobilização. Trauma fechado - indicado - alteração de nível de consciência, queixa neurológica, dor à palpação, deformidade anatômica ou defícit motor/sensitivo, intoxicação por álcool ou drogas, lesão que desvie a atenção, incapacidade de se comunicar. Bom senso - na dúvida, IMOBILIZE! 10 Princípio Quando se tratar de traumatizado grave, iniciar o transporte para o hospital apropriado mais próximo dentro de 10 minutos após a chegada ao local. Retardo no transporte - aumenta a mortalidade; Muitos traumatizados graves têm choque hemorrágico e necessitam de duas coisas que não podem ser oferecidas no Pré-Hospitalar: a) Sangue; b) Soluções cristalóides restauram o volume - mas não restabelecem a capacidade de transporte de oxigênio das hemácias que foram perdidas; Controle de hemorragia interna - intervenção cirúrgica - não se consegue reanimar adequadamente um paciente na vigência de sangramento interno ativo; PHTLS - filosofia de intervenção limitada no local ; Foco na avaliação rápida para identificar lesões com risco de vida e na execução de manobras que realmente possam melhorar o prognóstico: vias aéreas e ventilação, controle da hemorragia externa, imobilização cervical, etc; Não perder tempo com procedimentos que podem ser feitos a caminho do hospital; 10 minutos de PLATINA do período de ouro; Algumas situações é melhor evitar hospitais não especializados e levar o paciente para um centro de trauma mesmo que signifique pequeno aumento no tempo de transporte - tempo total menor para o tratamento definitivo. Pág. 06
7 11 Princípio A caminho do hospital, iniciar a reposição de volume com soluções aquecidas. Nunca atrasar o início do transporte para conseguir acesso venoso e repor volume; Objetivo da reposição de fluidos - manter a PAM em torno de 50-60mmhg (pressão sistólica 80-90). 12 Princípio Uma vez adequadamente tratadas ou descartadas as lesões com risco de vida, obter a história médica do doente e fazer o exame secundário. Exame da cabeça aos pés ; História AMPLA (alergias, medicamentos, passado médico, líquidos e alimentos ingeridos, ambiente e eventos relacionados ao trauma. 13 Princípio Acima de tudo não causar mais dano. A experiência demonstra que o socorrista pode realizar de maneira segura muitos dos procedimentos que são feitos em um centro de trauma. A pergunta não é o que o socorrista PODE fazer? ; e sim o que ele DEVE fazer? Seguir uma ordem de prioridades que determinam um plano de ação eficiente e efetivo. Aplicação dos princípios fundamentais do PHTLS (avaliação rápida, intervenções fundamentais no local, transporte rápido para o hospital apropriado mais próximo). Melhora do resultado final. REFERÊNCIAS: PHTLS- Prehospital Trauma Life Support Pág. 07
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