ESCRAVIDÃO E RELAÇÕES DE COMPADRIO NA VILA DE ITA- GUAÍ - SÉCULO XIX
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1 Escravidão e relações de compádrio... ESCRAVIDÃO E RELAÇÕES DE COMPADRIO NA VILA DE ITA- GUAÍ - SÉCULO XIX KELEN FERNANDES DOS SANTOS SILVA 1 1. Bolsista de Iniciação Científi ca PIBIC/CNPq/UFRuralRJ, Discente do Curso de História RESUMO: SILVA, K. F. S. Escravidão e Relações de Compadrio na Vila de Itaguaí - Século XIX. Revista Universidade Rural: Série Ciências Humanas, Seropédica, RJ: EDUR, v.26, n.1-2, p , jan.- dez., Este artigo 1 discute as relações sociais constituídas por escravos da Vila de São Francisco Xavier de Itaguaí, no século XIX, através dos registros de batismo. Busca-se analisar como as relações de compadrio podem atuar na construção de vínculos que proporcionassem consolo e apoio à população escrava (SCHWARTZ, 1988, p.310). Neste sentido, procura-se traçar uma análise comparativa com os resultados encontrados por Stuart B. Schwartz, em seu trabalho sobre o Recôncavo Baiano 2, em que analisa 264 registros batismais de escravos das paróquias de Rio Fundo e Monte na década de Palavras-chave: batismo; parentesco; relações pessoais. ABSTRACT: SILVA, K. F. S. Slavery and Fatherning in the Vila of Itaguai (19 th century). Revista Universidade Rural: Série Ciências Humanas, Seropédica, RJ: EDUR, v.26, n.1-2, p , jan.-dez., In this article we will examine the relationship among slaves from São Francisco Xavier Village for the ninetenth century, utilizing parochial register. We will study how the parental relationshisp migth propose console and help of the slave population. In this way, we will trace a comparation with the studies of Stuart B. Schwart about Reconcavo Baiano. Key words: baptism, kinship, relation of favor INTRODUÇÃO É ressaltado pela historiografi a que a escravidão freqüentemente impunha limitações à organização social e cultural dos cativos. No entanto, apesar das restrições existentes, os escravos procuravam criar estratégias sociais que lhes garantissem redes de solidariedade. Sem dúvida, o casamento (reconhecido pela Igreja ou não) e o batismo eram momentos importantes na construção destas relações (SCHWARTZ, 1988, p.310). Estudos a respeito da família escrava, seja esta formada por matrimônios, laços de sangue ou parentesco por compadrio, embora tenham tido um grande avanço nas últimas décadas 3, ainda são pouco explorados (SCHWARTZ, 1988, p.311). Aqui tentaremos oferecer uma contribuição a estes estudos, abordando a formação de laços de afi nidade através das relações de compadrio, proporcionadas pelo sacramento do batismo em cativos, no universo que corresponde à Vila de São Francisco Xavier de Itaguaí. Utilizaremos para tanto os livros de batismos de escravos daquela paróquia no ano de MATERIAL E MÉTODOS 1 Este artigo integra o programa de pesquisa Formação de banco de dados. Escravos e senhores na dinâmica de ocupação da terra: Itaguaí e Mangaratiba século XIX, coordenado pela professora Margareth de Almeida Gonçalves. 2 SCHWARTZ, Stuart B. Segredos Internos (engenhos e escravos na sociedade colonial: ). Trad: Laura Teixeira Motta. São Paulo: Cia das Letras/CNPq, Ver Rômulo Andrade, Robert Slenes, Sheila Faria de Castro, Ana Maria Lugão Rios, entre outros.
2 Silva, K. F. S., et al. Este trabalho utiliza como fonte o levantamento dos registros de batismos de escravos, durante o século XIX, na Vila de São Francisco Xavier de Itaguaí, que se localizam no Arquivo da Cúria de Itaguaí. O levantamento consiste na transcrição das informações existentes nos livros paroquiais para um formulário padrão que contém os dados de relevância para a pesquisa e posterior processo de tabulação através dos programas de informática Access e Excel, a fi m de obter um quadro estatístico dos proprietários e escravos da região, das relações de parentesco e compadrio existentes entre os escravos, bem como obter um perfi l da população escrava. Além do trabalho com as fontes mencionadas, este estudo utiliza também fontes secundárias produzidas pela historiografi a referentes ao tema, especialmente o trabalho de Stuart Schwartz, com o qual buscamos traçar uma análise comparativa. RESULTADOS E DISCUSSÃO Família Escrava e Relações de Compadrio Como já mencionado anteriormente, apesar de todas as limitações e obstáculos impostos pelo sistema escravista, os cativos procuravam criar formas sociais e culturais que lhes proporcionassem consolo e apoio naquele mundo hostil (SCHWARTZ, 1998, p. 310). As formações de famílias através do matrimônio e do sacramento do batismo são exemplos de como os escravos conseguiam criar formas sociais de parentesco, apesar de todas as difi culdades (SCHWARTZ, 1988, p. 310). Aqui analisaremos em especial a estratégia de relação social através do sistema de compadrio, que representava uma forma de ampliação da família, já que seguramente a família estendia-se muito além dos limites de qualquer unidade residencial (SCHWARTZ, 1988, p. 330). Como mostra Stuart Schwartz, a relação de compadrio gerada pelo batismo, criava um parentesco espiritual entre os afi lhados e seus padrinhos, bem como entre os padrinhos e seus pais que passavam a tratar-se por compadre ou comadre. Os padrinhos eram considerados como pais substitutos de seus afi lhados, e assim freqüentemente os escravos procuravam... pessoas de consideração para apadrinharem seus fi lhos... (SCHWARTZ, 1988, p. 130, 131). Como já indicado, a ampliação da família escrava podia dar-se através da relação de compadrio estabelecida pelo sacramento do batismo e, sendo assim, é possível fazer uma análise desta relação de parentesco a partir de dados extraídos de registros paroquiais de batismo. Em nosso caso iremos pautar a investigação a partir de registros batismais de escravos referentes à Vila de São Francisco Xavier de Itaguaí 1, entre o período de seis de junho de 1842 e sete de dezembro do mesmo ano. No decorrer desse período foram realizados 94 batismos e, apesar deste número ser pouco expressivo diante do total da população escrava da Vila de Itaguaí 2, eles podem indicar um padrão nos batismos de escravos para a região em discussão, o que permitirá uma breve comparação com a região do Recôncavo Baiano analisada por Schwartz 3. Um primeiro ponto importante constatado foi o fato de não encontrarmos senhores batizando seus próprios escravos. Não é possível afi rmar com exatidão porque tal fato ocorria, mas podemos ter uma idéia se lembrarmos que o batismo representava um laço fraternal que permitia a um homem pobre dirigir-se ao outro superior com uma espécie de afetuosidade familiar... (SCHWARTZ, 1988, p. 331), e se lembrarmos que os padrinhos eram os pais suplementares de seus afi lhados. O batismo, então, possuía representações incompatíveis com a relação existente entre senhores e seus escravos,
3 Escravidão e relações de compádrio... pois como poderia o senhor disciplinar, vender ou explorar (...) sua propriedade viva enquanto assumia obrigações do compadrio? (SCHWARTZ, 1988, p. 331). É importante ressaltar que o fato de senhores não apadrinharem seus escravos não parece ser um fenômeno isolado da Vila de Itaguaí, já que Schwartz encontrou o mesmo padrão para o Recôncavo Baiano e, segundo a observação de Henry Koster reproduzida por Schwartz nunca ouvi falar de algum senhor no Brasil ser também o padrinho, e nem acredito que isso ocorra, pois a ligação entre duas pessoas que isso supostamente produz é tal que o senhor nunca poderia pensar em mandar castigar o escravo (SCHWARTZ, 1988 p. 331). Um fator a ser considerado na análise das relações de compadrio é a condição social dos padrinhos, pois segundo Schwartz, os cativos poderiam usar in- strumentalmente o compadrio escolhendo pessoas que lhes poderiam proporcionar alguma vantagem. Assim, os interesses materiais poderiam valer mais do que laços afetivos, e a escolha por padrinhos livres poderia ser mais vantajosa do que por padrinhos escravos, já que pessoas livres tinham maiores chances de proporcionar algum tipo de benefício a um cativo do que um outro escravo. Para a região do Recôncavo Baiano, Schwartz parece confi rmar esta tendência ao encontrar predomínio de livres como padrinhos e madrinhas. Em nossa região, no entanto, esta tendência parece não se confi rmar já que encontramos o predomínio de padrinhos escravos: padrinho e madrinha 23 (24,46%) e só padrinho 42 (44,70%) 69,16% do total. Tabela 1 - Padrinho e madrinha por condição social FONTE: Livro de Batismo de Óbitos de Escravos ( )-Arquivo da Cúria de Itaguaí. * uma das madrinhas incluída como livre refere-se a Nossa Senhora Apesar da existência de apadrinhamento feito por livres, 7 padrinhos e madrinhas (7.34%) e 14 só padrinhos (22,34%) 22,34% do total a escolha para a realização do parentesco ritual aparentemente não era feito mediante interesses materiais ou possíveis vantagens no futuro. Ao contrário, ao que nos parece, a escolha 1 Livro de Batismo de escravos , encontrado no Arquivo da Cúria de Itaguaí. 2 De acordo com as fontes de Ricardo Muniz de Ruiz a população escrava de todo o município de Itaguaí somava em 1840 com
4 Silva, K. F. S., et al. dos padrinhos seguia determinações afetivas, já que o escravo muito pouco ou até mesmo nada podia oferecer a seus afi lhados. Um outro padrão destacado por Schwartz na seleção dos padrinhos diz respeito à questão do sexo tanto o sexo da criança quanto o dos padrinhos. Para o Recôncavo Baiano Schwartz apurou uma grande ausência de madrinhas nos batizados apesar da Igreja exigir a presença de um padrinho e de uma madrinha (SCHWARTZ, 1988, p. 333). Segundo Schwartz, isto ocorria devido ao fato do padrinho ser considerado mais importante do que a madrinha (SCHWARTZ, 1988, p. 333), o que refl etiria o caráter da sociedade como um todo; sociedade esta dominada pelos homens e na qual as mulheres eram relegadas a um papel secundário. Schwartz verifi cou uma preferência por padrinhos homens livres e os meninos escravos eram os que mais os solicitavam, isto talvez se devesse ao fato da sociedade ser dominada pelos homens livres e também dos escravos homens representarem a base produtiva, a mão de obra fundamental e assim os meninos escravos eram os que mais precisavam de proteção de um padrinho livre (SCHWARTZ, 1988, p. 333). Na vila de Itaguaí apuramos que no total dos 94 registros de batismos analisados há um maior número de batismos de meninos 56 contra 38 batismos de meninas 1. Ao contrário do resultado encontrado por Schwartz no Recôncavo baiano, apuramos que para os meninos há um predomínio de padrinhos escravos. Essa diferença talvez possa ser mais uma vez explicada por escolhas feitas a partir de critérios afetivos e sem interesses materiais. Tabela 2 - Condição Social dos Padrinhos por meninos e meninas. FONTE: Livro de Batismo de Óbitos de Escravos ( )-Arquivo da Cúria de Itaguaí Como podemos perceber pela tabela acima, a preferência por padrinhos escravos se repete com relação às meninas escravas. Com relação às madrinhas a preferência por escravas também se repete, tanto para meninos como para meninas. Como já mencionado, a importância do padrinho era maior do que a da madrinha, devido à posição que a mulher ocupava na sociedade. Neste sentido, nossa pesquisa encontrou resultados semelhantes aos de Schwartz para a Bahia, ou seja, em grande parte dos registros não há a presença da madrinha. 1 Dos 56 registros de meninos 18 correspondem a adultos e dos 38 registros de meninas 3 correspondem a adultas.
5 Escravidão e relações de compádrio... Tabela 3 - Condição social das madrinhas por meninos e meninas. FONTE: Livro de Batismo de Óbitos de Escravos ( )-Arquivo da Cúria de Itaguaí * foi considerada como madrinha livre Nossa Senhora Para a Vila de Itaguaí, em 100% dos registros analisados, a fi gura do padrinho está indicada, ao contrário da madrinha que está presente em apenas 36 registros, o que representa 38,3% do total analisado. É importante ressaltar que tanto na análise de Schwartz quanto na nossa, a escolha de homens para o apadrinhamento é superior à escolha por mulheres. No entanto, no caso do Recôncavo baiano a presença de padrinhos livres é superior à de padrinhos escravos (70% de livres, 20% escravos e 10% libertos) (SCHWARTZ, 1988, p. 332). Já na Vila de Itaguaí, apesar da presença de padrinhos livres, o predomínio era de padrinhos escravos (22,34% livres, 69,16% escravos e 8,5% libertos).voltando a tratar da questão do sexo na escolha dos padrinhos, como já assinalado acima, os padrinhos estavam em 100% dos casos, num universo de 94 registros e as madrinhas apareciam em 36 registros somente. Não encontramos os casos de registros contendo somente madrinhas. Um outro fator de destaque nos registros são os batismos de adultos. Segundo Schwartz, havia uma pressão por parte da Igreja para que os escravos recém-chegados da África recebessem o sacramento do batismo a despeito de sua religião anterior e os senhores tinham o prazo de um ano antes de terem de apresentar esses escravos para o batismo na igreja paroquial. (SCHWARTZ, 1988, p. 333). FONTE: Livro de Batismo de Óbitos de Escravos ( ) -Arquivo da Cúria de Itaguaí Gráfico1 - Presença de padrinhos e Madrinhas. Além disto, receber a alcunha de pagão era uma das maiores ofensas que um cativo podia aplicar a outro, e aquele que não recebia o batismo fi cava estigmatizado como bruto, inferior e sem nome. (SCHWARTZ, 1988, p. 333). Nos registros com os quais trabalhamos, o número de adultos batizados é reduzido, se levarmos em conta o total de assentos.
6 Silva, K. F. S., et al. Foram batizados no período analisado 60 inocentes e apenas 21 adultos, sendo que 13 registros não notifi cavam a idade. Schwartz aponta para uma diferença entre os padrões de seleção de padrinhos para crianças e para os adultos. Segundo ele, no Recôncavo baiano 70% dos escravos adultos batizados tinham padrinhos que também eram cativos, já com as crianças escravas somente 20% dos padrinhos eram escravos (SCHWARTZ, 1988, p. 334). Na perspectiva de Schwartz, tal fenômeno ocorria devido a dois motivos principais: 1) o senhor indicaria um escravo já aculturado para servir de padrinho, a fi m de facilitar o ingresso do recém-chegado na força de trabalho. 2) os próprios cativos desejariam apadrinhar os recém-chegados, a fi m de formar um parentesco simbólico com aqueles que necessitavam de alguma família. Em nosso caso, não foi possível resgatar a origem dos adultos batizados e saber se de fato se tratava de africanos; igualmente não foi possível saber se estes adultos eram recém-chegados (no caso de serem africanos) ou se eram crioulos ainda não batizados. Porém, se aceitarmos que todos adultos batizados na Vila de Itaguaí fossem africanos recém-chegados, as duas hipóteses levantadas por Schwartz para explicar a escolha dos padrinhos no Recôncavo baiano poderiam também ser aplicadas a Itaguaí, pois como já mencionado Schwartz encontrou 70% de padrinhos escravos para adultos e em Itaguaí o predomínio de padrinhos escravos para adultos também era marcante. Dos 21 registros de batismos em adultos, 16 tinham padrinhos escravos e 5 padrinhos livres. A ausência das madrinhas também é marcante nos registros de adultos, sendo que em praticamente metade dos batizados a presença da madrinha é registrada (ou seja, em 11 assentos). Um último padrão na escolha dos padrinhos refere-se à propriedade dos mesmos. Neste ponto é importante mencionar que a Igreja proibia o casamento ou o relacionamento carnal entre os padrinhos e os pais da criança, sendo assim a escolha de padrinhos da mesma propriedade limitaria as possibilidades de futuros matrimônios, especialmente nos pequenos planteis 1. (SCHWARTZ, 1988, p. 334). Assim, apesar de todas as limitações impostas, os escravos buscaram estender suas relações de parentesco para além da propriedade à qual pertenciam. No Recôncavo baiano, o número de cativos que serviam de padrinhos e que eram de outro Senhor que não o da pessoa batizada era aproximadamente igual ao de pertencentes ao mesmo senhor. (SCHWARTZ, 1988, p. 334). No caso da Vila de Itaguaí o padrão se modifi ca: dos 65 registros batismais onde escravos serviram de padrinhos, apenas 11 cativos pertenciam a um proprietário diferente do da pessoa batizada, os 54 padrinhos restantes pertenciam ao mesmo senhor do sujeito batizado, ou seja, a grande maioria, 83,04%, pertencia ao mesmo senhor, e apenas 16,92% era de senhores diferentes (lembrando que nos registros o total de cativos que apadrinharam é 65, ou seja, 69,16%). A diferença entre o percentual de cativos que pertenciam a senhores diferentes em Itaguaí e no Recôncavo baiano é difícil de ser explicada, mas talvez tenha relação com a tentativa dos senhores em isolar os escravos, pois como nos mostra Schwartz os senhores procuravam circunscrever os contatos dos cativos aos limites da propriedade, impedindo casamentos com escravos de outras propriedades e, em alguns casos, tentando evitar a participação em irmandades ou batizados fora de suas terras (SCHWARTZ, 1988, p. 334). Talvez os senhores da Vila de Itaguaí, por motivos ainda desconhecidos, tenham obtido mais êxito no isolamento dos cativos, do que os 1 Aqui consideraremos como um pequeno plantel uma propriedade que possuísse de 1 a 9 escravos.
7 Escravidão e relações de compádrio... senhores do Recôncavo baiano 2. CONCLUSÃO A importância do estudo da família e do parentesco é de relevância para o aprofundamento da reflexão sobre as formas de organização das relações de afi nidade e familiares entre escravos, de modo que se afaste de vez a idéia de que a família escrava era inexistente ou que era deformada pela escravidão, pois esta teria impedido ou desorganizado a vida familiar dos escravos. Estudos comparativos como o que fi zemos podem trazer novas informações a respeito da vida social dos escravos e enriquecer os debates em torno desta questão. Estudos regionais podem desvendar particularidades que são de grande relevância para que a escravidão seja desmistifi cada como uma instituição homogênea, em que o cativo era desprovido de empenho ativo para a negociação de sua posição na sociedade escravista. AGRADECIMENTOS A Getúlio Pontes de Melo e Roberto Gabriel. AUXILIO FINANCEIRO CNPq-bolsa de iniciação científica (PIBIC). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Fontes Primárias Almanaque Administrativo, Mercantil e Industrial da corte e da Capital da Província do Rio de Janeiro Laemmerte Livro de registros paroquiais de batismo de escravos da Vila de São Francisco Xavier de Itaguaí(1842) Arquivo da Cúria de Itaguaí Fontes Secundárias ANDRADE, Rômulo.Família Escrava e Estrutura Agrária na Minas Gerais oitocentista, População e Família, São Paulo- vol. 1, p , jan/jun a Família Escrava na perspectiva da micro-história (Estudo em torno de um inventário e um testamento oitocentistas: Juiz de Fora, ), LOCUS revista de história, Juiz de Fora, vol.2, nº1,p GRAHAM, RICHARD. A Família Escrava no Brasil Colonial. In Escravidão, Reforma e Imperialismo. São Paulo: Editora Perspectiva, LAMEGO, Alberto R. O homem e a Guanabara. Rio de Janeiro: IBGE, NEVES, Maria de Fátima Rodrigues das. Ampliando a família escrava: compadrio de escravos em São Paulo no século XIX. In: MARCÍLIO, Maria Luiza (org.). História e população: estudos sobre a América Latina. São Paulo: ABEP, RIOS, Ana Maria Lugão. Família e compadrio entre escravos nas fazendas de café: Paraíba do Sul, In: Estudos sobre a Escravidão II. Niterói: Cadernos do ICHF, nº 23, agosto de Segundo Schwartz, os grandes engenhos teriam mais êxito na política de isolamento do escravo do que engenhos pequenos. No momento desconhecemos o perfi l fundiário da Vila de Itaguaí e não podemos fazer uma ligação entre o tamanho da propriedade e o isolamento (ou não) do escravo.
8 Silva, K. F. S., et al. Compadrio e casamento de escravos: estratégias de vida e mudanças no tempo. Cabo Frio, Relatório apresentado no Centro de Estudos Afro-Asiáticos. Rio de Janeiro: julho de RODRIGO DAS NEVES, Maria de Fátima. Ampliando a família escrava: compadrio de escravos em São Paulo do século XIX. In: MARCÍLO, Maria Luiza (org.). História e População: estudos sobre a América Latina. São Paulo:ABEP, RUIZ, Ricardo Muniz de. Sistema Agrário, demografi a da escravidão e família escrava em Itaguahy - sec XIX ( ).Niterói, UFF, 1997, dissertação de mestrado. SEIDLER, Carlos. Dez Anos no Brasil. Trad. Bertolo Klinger. São Paulo, s.e, SCHWARTZ, Stuart B. Segredos Internos (engenhos e escravos na Sociedade Colonial: ). Tradução de Laura Teixeira Motta. São Paulo: Cia Das Letras/ CNPq, SLENES, Robert W. A Formação da Família Escrava nas regiões de Grande Lavoura do Sudeste: Campinas, um caso paradigmático no Século XIX., População e Família. São Paulo, vol.1, nº1, p.9-82,
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