ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS ICMS/RJ 2011 PROFESSOR HEBER CARVALHO

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1 Olá pessoal, No Ponto 27 ( eu comentei as 10 (questões 41 a 50) primeiras questões de Economia e Finanças Públicas do ICMS/RJ Agora, comento as 10 restantes (questões 51 a 60), de tal forma que teremos resolvido todas as 20 questões do concurso. Seguem os comentários: 51. (FGV ICMS/RJ 2011) A economia do país Z possui as seguintes curvas de demanda e oferta por soja: I. Curva de demanda por soja: q = 100 p II. Curva de oferta por soja: q = p O país Z introduz um imposto de Z$ 3 por unidade, cobrado do consumidor. Com esse imposto, (A) o bem-estar total cai em 20 unidades. (B) o consumidor paga Z$ 1 do imposto. (C) a quantidade ofertada iguala a quantidade demandada em 70 unidades. (D) o governo arrecada Z$ 204. (E) o imposto só afeta o consumidor. Inicialmente, vamos verificar como está o mercado sem o imposto: Demanda: q = 100 p Oferta: q = p Demanda = oferta 100 p = p 3p = 90 p = 30 q = q = 70 (não podemos assinalar a alternativa C como resposta, pois todas as assertivas se referem a uma situação de mercado com imposto) Agora, vejamos como fica com o imposto: O imposto específico cobrado do consumidor alterará a curva de demanda. Devemos fazer (p+3) na curva de demanda: Demanda: q = 100 (p + 3) Oferta: q = p 1 de 19

2 Demanda = oferta 100 (p + 3) = p 3p = 87 p = 29 Este preço encontrado é o preço de oferta (preço recebido pelos produtores). Façamos a substituição deste preço encontrado na (nova) função demanda para descobrir a nova quantidade de equilíbrio, após a imposição do imposto: q = 100 (p + 3) q = 100 (29 + 3) q = 68 (se fizermos p=29 na função oferta, também encontraremos o mesmo valor de q) Por aqui, também já vemos que a assertiva C está errada! Nota: quando nós alteramos a curva de oferta (imposto cobrado do produtor), o preço encontrado é o preço de demanda (preço pago pelo consumidor). No entanto, quando alteramos a curva de demanda (imposto cobrado do consumidor), como no caso desta questão, o preço encontrado é o preço de oferta (preço recebido pelos produtores). Para encontrarmos o preço de demanda (preço pago pelos consumidores), devemos somar o valor do imposto ao preço de oferta. Veja: p DEM = p OF + T p DEM = p DEM = 32 Veja que, sem o imposto, o consumidor pagava Z$ 30. Com o imposto de Z$ 3, passou a pagar Z$ 32. Assim, concluímos que dos Z$ 3 de imposto cobrado, o consumidor arca com Z$ 2 e o produtor arca com Z$ 1. Por aí, já sabemos que as alternativas B e E estão erradas. Bem, já sabemos que as alternativas B, C e E estão incorretas. Só nos sobraram as alternativas A e D. Façamos a verificação da letra D, que é bem mais simples de checar do que a letra A: Arrecadação = q x T Arrecadação = 68 x 3 Arrecadação = 204 Por aí, sabemos que está correta a alternativa D! Apenas para lapidar o aprendizado, vejamos por que a alternativa A está errada: Uma maneira bem simples de calcular o peso morto oriundo da imposição de um imposto específico é através da visualização gráfica de que o peso morto 2 de 19

3 será sempre um triângulo deitado cuja base é o valor do tributo, e cuja altura é o valor da redução das quantidades de equilíbrio. No nosso caso, a base seria igual a 3 (pois T=3) e a altura seria igual a 02 (pois = 2). Assim, o nosso peso morto seria: Peso morto (perda de bem-estar) = (B x h) / 2 Peso morto (perda de bem-estar) = (3 x 2) / 2 Peso morto (perda de bem-estar) = 3 unidades De forma bem mais trabalhosa, mas igualmente correta, também podemos trabalhar com a variação dos excedentes e chegar à mesma conclusão, encontrando sem problemas a variação do bem-estar. Veja: Antes do imposto, o excedente do consumidor será a área acima da linha do preço (para p=30) e abaixo da curva de demanda. Teremos um triângulo cuja base mede 70 (quantidade de equilíbrio) e cuja altura mede 70 (para calcularmos a altura, devemos saber o valor do intercepto vertical da curva de demanda, que é igual a 100 para isso, basta fazer q=0 na função demanda Depois disso, subtrai-se do valor do intercepto vertical o preço de equilíbrio, que é igual a 30. Então, a altura ficará: = 70). Assim, o excedente do consumidor antes do imposto é: Excedente do consumidor antes do imposto = (B x h)/2 Excedente do consumidor antes do imposto = (70 x 70)/2 Excedente do consumidor antes do imposto = O excedente do produtor, antes do imposto, será a área abaixo da linha do preço (para p=30) e acima da curva de oferta. Teremos um trapézio de cabeça para baixo onde a base maior é igual a 70 (quantidade de equilíbrio), a base menor é 10 (basta fazer p=0 na função oferta) e a altura é 30 (preço de equilíbrio). Assim, o excedente do produtor antes do imposto é: Excedente do produtor antes do imposto = [(B + b) x h)]/2 Excedente do produtor antes do imposto = [( ) x 30)/2 Excedente do produtor antes do imposto = A receita tributária (arrecadação) é igual às quantidades multiplicadas pelo valor do imposto. Seu valor antes do imposto é igual a 0. Assim: Receita tributária antes do imposto = 0 Para verificar a perda de bem-estar, devemos verificar os excedentes e a receita tributária depois do imposto: Depois do imposto, o excedente do consumidor será a área acima da linha do preço de demanda (para p=32) e abaixo da curva de demanda. Teremos um triângulo cuja base mede 68 (quantidade de equilíbrio após o imposto) e cuja altura mede 68 (para calcularmos a altura, devemos saber o valor do intercepto vertical da curva de demanda, que é igual a 100 para isso, basta fazer q=0 na 3 de 19

4 função demanda Depois disso, subtrai-se do valor do intercepto vertical o preço de equilíbrio, que é igual a 32. Então, a altura ficará: = 68). Assim, o excedente do consumidor depois do imposto é: Excedente do consumidor depois do imposto = (B x h)/2 Excedente do consumidor depois do imposto = (68 x 68)/2 Excedente do consumidor depois do imposto = O excedente do produtor, depois do imposto, será a área abaixo da linha do preço de oferta (para p=29) e acima da curva de oferta. Teremos um trapézio de cabeça para baixo onde a base maior é igual a 68 (quantidade de equilíbrio após o imposto), a base menor é 10 (basta fazer p=0 na função oferta) e a altura é 29 (preço de oferta após o imposto). Assim, o excedente do produtor depois do imposto é: Excedente do produtor depois do imposto = [( ) x 29)]/2 Excedente do produtor depois do imposto = [78 x 29]/2 Excedente do produtor depois do imposto = A receita tributária (arrecadação) é igual 204 (já calculamos na verificação da assertiva D). Assim, Receita tributária depois do imposto = 204 Agora, faremos a verificação da perda de bem-estar. Para isso, vamos somar os excedentes e receita tributária antes do imposto. Depois, subtraímos deste resultado a soma dos excedentes e receita tributária depois do imposto: Excedentes e arrecadação antes do imposto: = Excedentes e arrecadação depois do imposto: = O bem-estar antes do imposto é igual Após o imposto, o bem-estar vale Ou seja, percebe-se que houver perda de bem-estar no valor total de 03 unidades.... Esclarecimento adicional: Também podemos fazer esta questão, incidindo o imposto específico sobre o produtor (alterando a curva de oferta). Os resultados em termos de repartição tributária e arrecadação serão os mesmos, tendo em vista que os fatores que definem a repartição são as elasticidades da oferta e da demanda, e não sobre quem incide o imposto. Vejamos a resolução, no caso de alteração da curva de oferta, ou seja, fazendo (P T) na curva de oferta: Demanda: q = 100 p Oferta: q = (p 3) Demanda = oferta 4 de 19

5 100 p = (p 3) 3p = 96 p = 32 ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS ICMS/RJ 2011 Este preço encontrado é o preço de demanda (preço pago pelos consumidores). Façamos a substituição deste preço encontrado na (nova) função oferta para descobrir a nova quantidade de equilíbrio, após a imposição do imposto: q = (p 3) q = (32 3) q = 68 (se fizermos p=32 na função demanda, também encontraremos o mesmo valor de q) Para encontrarmos o preço de oferta (preço recebido pelos produtores), devemos somar o valor do imposto ao preço de oferta, e igualar ao preço de demanda. Veja: p DEM = p OF + T 32 = p OF + 3 p OF = 29 Veja que, sem o imposto, o consumidor pagava Z$ 30. Com o imposto de Z$ 3, passou a pagar Z$ 32. Assim, concluímos que dos Z$ 3 de imposto cobrado, o consumidor arca com Z$ 2 e o produtor arca com Z$ 1. A arrecadação continua igual a 204 (q x T = 68 x 3 = 204). Ou seja, os resultados e conclusões são os mesmos, não importando se alteramos a curva de oferta ou a curva de demanda. GABARITO: D 52. (FGV ICMS/RJ 2011) A respeito dos diferentes ambientes de concorrência, avalie as afirmativas a seguir: I. Em concorrência perfeita, as firmas maximizam o lucro ofertando a quantidade em que igualam receita marginal e custo marginal. II. Em concorrência perfeita, as firmas maximizam o lucro ofertando a quantidade em que igualam preço e custo marginal. III. As firmas que operam em um ambiente de competição monopolística obtêm lucros extraordinários. Assinale (A) se nenhuma afirmativa for verdadeira. (B) se todas as afirmativas forem verdadeiras. (C) se apenas as afirmativas II e III forem verdadeiras. (D) se apenas as afirmativas I e II forem verdadeiras. (E) se apenas as afirmativas I e III forem verdadeiras. 5 de 19

6 I. Correta. A situação Rmg = Cmg é a condição de maximização de lucros válida para todas as estruturas de mercado. II. Correta. Em concorrência perfeita, a receita marginal é igual ao preço, de tal forma que a firma competitiva maximiza lucros quando P = Rmg = Cmg. III. Incorreta. Se estivermos no curto prazo, as firmas que operam em concorrência monopolística podem obter lucros extraordinários, nulos ou negativos. Entretanto, no longo prazo, a firma inserida neste tipo de mercado obtém lucros nulos. Assim, a assertiva está errada, pois afirma categoricamente que a firma dentro de uma concorrência monopolística auferirá lucros extraordinários como regra geral, o que não é verdade. GABARITO: D 53. (FGV ICMS/RJ 2011) As recentes chuvas na região serrana do Rio de Janeiro reduziram a produção de verduras. Ao mesmo tempo, o governo realiza uma campanha para divulgar os benefícios de uma alimentação rica em verduras. Com base nesses dois eventos, a respeito do preço e da quantidade de equilíbrio no mercado de verduras, é correto afirmar que (A) não é possível determinar o que ocorre com o preço e a quantidade com as informações do enunciado. (B) a quantidade diminuirá, e não é possível determinar o que ocorre com o preço. (C) o preço aumentará, e não é possível determinar o que ocorre com a quantidade. (D) o preço diminuirá, e não é possível determinar o que ocorre com a quantidade. (E) a quantidade aumentará, e não é possível determinar o ocorre com o preço. Temos dois acontecimentos a serem analisados: 1 As recentes chuvas deslocam a curva de oferta para a esquerda e para cima, reduzindo as quantidades e aumentando os preços; 2 A companha realizada pelo governo desloca a curva a curva de demanda para a direita e para cima, aumentando as quantidades e aumentando os preços. Juntando os dois acontecimentos, vemos que ambos provocam aumento de preços. Em relação às quantidades, não é possível determinar o que ocorre, 6 de 19

7 pois as chuvas reduzem as quantidades, ao passo que a campanha aumenta as quantidades, não sendo possível, a priori, saber qual será o efeito resultante. GABARITO: C 54. (FGV ICMS/RJ 2011) Suponha uma economia em que as preferências dos agentes sejam relacionadas aos bens A e B. A respeito dessas curvas de indiferença NÃO é correto afirmar que (A) as curvas de indiferença são negativamente inclinadas indicando o trade-off entre os bens A e B. (B) curvas mais próximas da origem representam curvas menos preferíveis às curvas mais distantes. (C) curvas de indiferença lineares indicam uma mesma taxa marginal de substituição entre os bens A e B. (D) as curvas de indiferença nunca se cruzam. (E) curvas de indiferença côncavas indicam uma preferência dos consumidores em relação à variedade. Essa questão foi bem legal, pois exigiu conhecimentos bem diversificados sobre a teoria do consumidor. A única incorreta é a letra E, tendo em vista que as curvas de indiferença côncavas convexas indicam preferência dos consumidores em relação à variedade. As curvas côncavas indicam preferência pela especialização, e não pela variedade. Veja o gráfico de uma curva de indiferença côncava, retirado da nossa aula 1 de Teoria do Consumidor, ministrada aqui no Ponto: 1 Figura 18 da Aula 02, página de 19

8 Q 2 A (1, 7) C (4, 4) Quando a curva de indiferença é côncava, o consumo das cestas A e B traz maior utilidade que o consumo da cesta C. Veja que as cestas A e B estão em uma curva de indiferença mais alta, com maior utilidade. Note também que, nas cestas A e B, o consumidor se especializa no consumo de uma determinada mercadoria. B (7, 1) Q 1 GABARITO: E 55. (FGV ICMS/RJ 2011) A respeito do sistema tributário nacional, assinale as afirmativas a seguir: I. O ICMS é o principal imposto estadual. II. O Fundo de Participação dos Estados (FPE) é um instrumento pelo qual os estados transferem recursos arrecadados com o ICMS entre si. III. Uma possível volta da CPMF torna o sistema tributário mais eficiente, pois reduz a incidência do efeito cascata. Assinale (A) se apenas as afirmativas I e II forem verdadeiras. (B) se apenas as afirmativas I e III forem verdadeiras. (C) se apenas a afirmativa III for verdadeira. (D) se apenas a afirmativa II for verdadeira. (E) se apenas a afirmativa I for verdadeira. I. Correta. Acredito que esta assertiva nem precisa de comentários, de tão fácil que ela é, não é mesmo (rs)?! II. Incorreta. O FPE é um instrumento pelo qual estados a União transfere recursos arrecadados (Imposto de Renda e IPI) para os estados. III. Incorreta. 8 de 19

9 A CPMF é um imposto em cascata (incide sobre todas as etapas). Em razão disso, apresenta-se como um imposto ineficiente, ao contrário de um imposto sobre valor agregado (IVA). Este sim é mais eficiente, pois afasta o efeito em cascata. GABARITO: E 56. (FGV ICMS/RJ 2011) A economia de um país fechado possui as seguintes curvas de oferta e demanda por tonelada de trigo: qs=20+p; qd=100 3p, respectivamente. Caso o preço internacional da soja seja de $ 25 por tonelada, é correto afirmar que (A) a quantidade demandada aumenta em 10 toneladas. (B) a quantidade demandada iguala a quantidade ofertada em 40 unidades. (C) caso ocorra uma abertura comercial, o bem-estar cai em 50. (D) caso ocorra uma abertura comercial, o bem-estar aumenta em 50. (E) a quantidade produzida aumenta em 10 toneladas. Já no início, a banca deu uma pisada de bola! Inicialmente, ela fala nas equações de demanda e oferta de trigo. Depois fala do preço internacional da soja. Essa confusão deve ter atrapalhado os candidatos, principalmente aqueles que sabiam a matéria. Eles devem ter ficado na dúvida se foi um erro de digitação ou se se trata de uma daquelas pegadinhas que costumamos observar em algumas provas. Enfim... vou resolver a questão supondo que o preço internacional da soja, na verdade, é o preço internacional do trigo. Inicialmente, vou esquematizar a situação da economia, supondo apenas a existência do mercado interno. Neste caso: qs = 20 + p qd = 100 3p qs = qd 20 + p = 100 3p 4p = 80 p = 20 qs = qd = 40 Por aqui, a meu ver, poderíamos afirmar que a assertiva B está correta, dependendo da interpretação. O enunciado não nos pede para supor, em todas as alternativas, que devemos analisar as conclusões supondo uma economia aberta. Quem faz isso são as alternativas! Basta olhar para elas. 9 de 19

10 No caso da alternativa B, em especial, observamos que ela não nos pede, nem nos dá informações suficientes para supor o caso de uma economia aberta (como nos fazem supor as alternativas A, C, D e E). No entanto, para nós, que estamos treinando as questões da FGV, parece aconselhável verificar a questão da redução ou aumento de bem-estar. Se uma daquelas alternativas estiver correta (letras C ou D), devemos marcar esta alternativa como gabarito, ainda que a correção da alternativa B seja plenamente sustentável. Para verificar esta questão do bem-estar, primeiro, vamos montar os gráficos de demanda e oferta linear, antes da abertura comercial: 1) Curva de demanda: quando q=0, p=33,3 ou p=100/3 (ponto B da figura) 2) Curva de oferta: quando p=0, q=20 (ponto C. Vale ressaltar que se fizermos q=0, p<0; então é melhor fazer p=0) 3) No equilíbrio: 20 + p = 100 3p No equilíbrio: p=20 (quando p=20, q=40 ponto E) Já temos dois pontos da curva de demanda e oferta. Assim, podemos traçar as curvas (retas): Preço internacional Preço s 100/3 25 B F D Oferta Preço de equilíbrio 20 E Demanda O C Quantidade Agora que montamos as curvas de demanda o oferta, podemos prosseguir com o raciocínio. Existem 02 maneiras de resolver esta questão: a rápida e uma que é mais demorada, passo a passo. Vou iniciar pela forma rápida: Maneira rápida: Se você já estiver familiarizado com o jeito de fazer, poderá realizar diretamente os cálculos. Você pode perceber que o aumento de preço 10 de 19

11 proveniente da abertura comercial aumentará o excedente do produtor no valor da área E_20_25_D. Ao mesmo tempo, o aumento de preço provocará redução do excedente do consumidor na área E_20_25_F. Visualmente, percebe-se que o aumento de excedente do produtor supera a perda de excedente do consumidor, exatamente no valor da área do triângulo E_F_D, que será o valor do ganho de bem estar. Aí, basta calcular o valor da área deste triângulo, que será: (Base x altura)/2 = [(45 25)x(25 20)]/2 = +50 (ganho de bem-estar) Maneira passo a passo: Inicialmente, antes da abertura comercial, o preço do milho transacionado internamente é R$ 20. Assim, de início, teremos o seguinte: Antes da abertura comercial (substituindo P=20 em Qd e Qs): Qd = Qs = 40 O excedente do consumidor é a área do triângulo E_20_B. Assim, o excedente do consumidor é igual a: (base x altura)/2 = (40 x (100/3 20))/2 = (40 x 13,3)/2 = 266,66 266,7 O excedente do produtor é a área abaixo da linha do preço (para P=20) e acima da curva de oferta. Assim, o excedente do produtor é igual à área do trapézio C_O_20_E: (( ).20)/2 = 600 Nota a área de um trapézio é ((base maior + base menor).altura)/2 Situação após a abertura 2 (substituindo P=25 em Qd e Qo): Qd = = 25 Qs = = 45 (o excesso de oferta será igual a 20. Este excesso, representado pelo segmento F_D, será exportado pelo país para o resto do mundo). Para esta nova situação, o excedente do consumidor será a área do triângulo 25_F_B. Assim, o excedente do consumidor será igual a: (base x altura)/2 = (25 x (33,3 25))/2 = (25 x 8,3)/2 = 104,125 O excedente do produtor é a área abaixo da linha do preço (para P=25) e acima da curva de oferta. Assim, o excedente do produtor será igual à área do trapézio C_O_25_D: (( ).25)/2 = 812,5 2 Lembre que, depois da abertura comercial, adotamos o preço internacional como sendo aquele praticado internamente. 11 de 19

12 Agora, de posse dos excedentes antes e depois da abertura comercial, podemos verificar se houve peso morto (perda de bem-estar) ou ganho de bem-estar, assim como descobrir o seu valor. Vejamos as variações: Variação no excedente do consumidor = 104, ,7 = -162,475 Variação no excedente do produtor = 812,5 600 = +312,5 Somando tudo: 162, ,5 = +50, (ganho de bem-estar) Veja que o ganho de bem-estar dos produtores (+212,5) superou a perda de bem-estar dos consumidores (-162,475). Neste caso, a abertura comercial trouxe ganho de bem-estar. Se as perdas superassem os ganhos, teríamos peso morto. GABARITO: D 57. (FGV ICMS/RJ 2011) Uma firma possui a seguinte função de produção Q = XY. O custo total da firma é dado pela função 10X + 20Y Em um ambiente em que a firma minimiza os seus custos para produzir 200 unidades, o custo mínimo é (A) 500. (B) 400. (C) 600. (D) 700. (E) 300. O problema desta questão está em minimizar os custos a partir de uma restrição de produção que nos é imposta. Ou seja, devemos minimizar os custos para Q=200. Graficamente, temos isso: Y Isoquanta para Q=200 Linha de isocustos, com inclinação ½. Escolha ótima, onde a firma encontrará a linha de isocustos mais baixa (minimização de custos) para a isoquanta Q=200. Neste ponto, a taxa marginal de substituição (razão dos produtos marginais: PmgX/PmgY) e a relação entre os preços (inclinação da linha de isocustos: Px/Py) são iguais. X 12 de 19

13 No ponto ótimo, para a isoquanta de produção de 200 unidades (Q=200), a firma minimiza custos ao toca a linha de isocustos mais baixa possível. Para este ponto, temos a seguinte igualdade: PmgX/PmgY = Px/Py (1) Os preços de X e Y podem ser encontrados na equação da linha de isocustos (que representa o custo total): CT = 10X + 20Y Pelo formato da equação, percebe-se que o preço de X é 10 (Px=10) e o preço de Y é 20 (Py=20). Nota: o número 200 se refere a um custo que não depende da quantidade de fatores de produção empregados. Pela função de produção, também podemos calcular os produtos marginais, com o objetivo de serem colocados na expressão (1): Q = XY PmgX = dq/dx PmgX = 1.X 1-1.Y PmgX = Y PmgY = dq/dy PmgY = 1.X.Y 1-1 PmgY = X Substituindo os produtos marginais e os preços de X e Y na expressão (1), encontramos: Y/X = 10/20 Y/X = ½ X = 2Y Sabemos que a produção Q=XY é igual a 200. Assim: XY = 200 2Y.Y = 200 2Y 2 = 200 Y 2 = 100 Y = 10 Como X=2Y, então: X = de 19

14 Agora que temos os valores de X e Y, basta substituí-los na equação do custo total: CT = 10X + 20Y CT = CT = Maneira alternativa de resolver: Também podemos resolver esta questão utilizando o bizú das funções de produção Cobb-Douglas. A quantidade ótima de uso do fator de produção X será o expoente de X sobre a soma dos expoentes de X e Y multiplicado pelo custo total dividida pelo preço de X. O mesmo raciocínio se aplica ao Y. A quantidade ótima de Y será o expoente de Y sobre a soma dos expoentes de X e Y multiplicado pelo custo total dividido pelo preço de Y. Veja (lembrando que os expoentes de X e Y são iguais a 1 nesta questão): Sabemos, pelos dados da questão (pela equação do custo total), que P X =10, P Y =20. Inseriremos estes valores e isolaremos o CT nas duas expressões: Igualando os CT, obtemos: 10X = 20Y X = 2Y Sabemos que a produção Q=XY é igual a 200. Assim: XY = 200 2Y.Y = 200 2Y 2 = 200 Y 2 = 100 Y = de 19

15 Como X=2Y, então: X = 20 Agora que temos os valores de X e Y, basta substituí-los na equação do custo total: CT = 10X + 20Y CT = CT = 600 Nota: ainda podemos resolver utilizando o método dos multiplicadores de Lagrange, onde minimizaríamos o custo total sujeito à restrição de produção Q: L = (10X + 20Y + 200) λ(q XY) Derivamos L em relação a X e Y, e igualamos os resultados a zero: dl/dx = 0 10 Yλ = 0 λ = 10/Y dl/dy = 0 20 Xλ = 0 λ = 20/X Igualando os λ, temos: 10/Y = 20/X X = 2Y A partir daqui, podemos prosseguir da mesma maneira como foi realizado nos métodos anteriores. O resultado encontrado será o mesmo. GABARITO: C 58. (FGV ICMS/RJ 2011) Um monopolista observa a seguinte curva de demanda em seu mercado: Qd=100 p. O custo total de produção do monopolista possui o seguinte formato: CT = Q + Q 2. Com base nos dados acima, é corretor afirmar que (A) a quantidade que maximiza o lucro do monopolista é 10. (B) a quantidade que maximiza o lucro do monopolista é 25. (C) o custo total de produção é igual a $ 800. (D) o preço que maximiza o lucro do monopolista é $ 70. (E) o lucro máximo obtido pelo monopolista é $ de 19

16 Questão bem básica de Microeconomia, sobre o assunto Mercados. O monopolista irá maximizar seus lucros quando a receita marginal igualar o custo marginal: Rmg = Cmg (1) Rmg = drt/dq (2) RT = PxQ (3) Qd = 100 p p = 100 Qd (neste momento, vamos colocar a função demanda em função de Q, pois esse formato nos possibilitará mais à frente calcular a Rmg, que é drt/dq) Substituindo o valor de p na expressão (3), temos: RT = (100 Q).Q RT = 100Q Q 2 Agora, podemos desenvolver a expressão (2): Rmg = drt/dq Rmg = 100 2Q Agora, precisamos calcular o custo marginal (Cmg), para podermos desenvolver a expressão (1). Cmg = dct/dq (onde CT = Q + Q 2 ) Cmg = Q Finalmente, podemos igualar Rmg e Cmg: 100 2Q = Q 4Q = 80 Q = 20 (estão incorretas as letras A e B) O preço que maximiza o lucro do monopolista é encontrado substituindo Q=20 na curva de demanda: Q = 100 p 20 = 100 p p = 80 (incorreta a letra D) O custo total de produção pode ser encontrado substituindo Q=20 na equação do custo total: CT = Q + Q 2 CT = de 19

17 CT = 810 (incorreta a letra C) O lucro do monopolista será: Lucro = RT CT Lucro = P.Q 810 Lucro = Lucro = Lucro = 790 (correta a letra E) GABARITO: E 59. (FGV ICMS/RJ 2011) Um agente com renda de $ 100 possui preferência com respeito aos bens A e B dada pela seguinte função utilizada: U (A, B) = A 0,25 B 0,75. O preço do bem A é Pa=1 e o preço do bem B é Pb=3. Com base nas informações acima, é correto afirmar que (A) o agente demanda 75 unidades do bem A e 25 unidades do bem B. (B) a utilidade máxima do agente é 25. (C) no ponto ótimo de consumo o agente poupa $ 25. (D) no ponto ótimo o agente consome 50 unidades de cada bem. (E) o agente demanda 25 unidades do bem A e 75 unidades do bem B. Para resolvermos este problema, vou utilizar o bizú para encontrar os consumos ótimos a partir de funções utilidade Cobb-Douglas. Vejamos: O consumo ótimo de A será o expoente de A sobre a soma dos expoentes de A e B multiplicado pela renda dividida pelo preço de A. O consumo de A ficará assim: O mesmo raciocínio se aplica ao bem B. A quantidade ótima de B será o expoente de B sobre a soma dos expoentes de A e B multiplicado pela renda dividida pelo preço de B. Assim: Ou seja, a cesta que maximiza a utilidade do consumidor, obedecendo à restrição orçamentária que é imposta (renda=100, Pa=1 e Pb=3), é dada por (25, 25). Em outras palavras: o consumidor demanda 25 unidades do bem A e 25 unidades do bem B. Assim, estão incorretas as alternativas A, D e E. 17 de 19

18 A alternativa C também está errada, pois a cesta de consumo ótimo do consumidor se localiza ao longo da sua reta de restrição orçamentária, que é um lugar geométrico onde o consumidor exaure toda a sua renda (nada é poupado). De posse dos consumos de A e B, podemos calcular a utilidade do consumidor: U = A 0,25 B 0,75 U = 25 0, ,75 U = 25 (0,25+0,75) U = 25 1 U = 25 (correta a letra B) GABARITO: B 60. (FGV ICMS/RJ 2011) A respeito do sistema de tributação, analise as afirmativas a seguir: I. Um sistema eficiente nem sempre é equitativo. II. Em termos de eficiência econômica, é mais eficiente em um sistema tributário elevar a cobrança de impostos sobre produtos com baixa elasticidade do que sobre produtos com elevada elasticidade. III. A utilização dos impostos sobre valor agregado introduz o efeito cascata, que eleva a eficiência. Assinale (A) se todas as afirmativas forem verdadeiras. (B) se apenas as afirmativas I e II forem verdadeiras. (C) se apenas as afirmativas II e III forem verdadeiras. (D) se nenhuma afirmativa for verdadeira. (E) se apenas as afirmativas I e III forem verdadeiras. I. Correta. Esta também é uma assertiva bem manjada. Sabemos que equidade não significa eficiência, e vice-versa. II. Correta. Reproduzo abaixo um trecho de uma de nossas aulas 3 : (...) se o governo se preocupa com a eficiência, ele procurará tributar bens de demanda inelástica e cujos consumidores tenham alta propensão marginal a consumi-los. Nos dois casos, haverá pouca mudança de 3 Aula 07, página 26 (Microeconomia e Finanças Públicas). 18 de 19

19 comportamento no sentido de evitar o imposto, de tal forma que a ineficiência do imposto será baixa. Em nota de rodapé, há um complemento: A isto chamamos de regra da elasticidade invertida, desenvolvida por Ramsey. Segundo esta regra, o imposto sobre mercadoria deve ser inversamente proporcional à elasticidade preço da demanda pelo bem. Ou seja, quanto maior a elasticidade, menor deve ser o imposto, e vice-versa. III. Incorreta. A utilização de impostos de valor agregado realmente eleva a eficiência, mas isto ocorre porque ele afasta o efeito cascata (ele não introduz efeito cascata). GABARITO: B... Bem pessoal! Terminamos... ufa! Espero que os comentários possam aliviar um pouco a tensão e servir de parâmetro para a verificação do grau obtido. Abraços a todos e bons estudos! Desejo a todos uma excelente P2! Heber Carvalho hebercarvalho@pontodosconcursos.com.br 19 de 19

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