UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ EVERTON BRUNO LOHN

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1 0 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ EVERTON BRUNO LOHN ENTRE ESTABILIDADE E ADAPTABILIDADE: A INCORPORAÇÃO DA DOUTRINA DO STARE DECISIS PARA COMPREENSÃO DOS EFEITOS DA REPERCUSSÃO GERAL São José 2009

2 1 EVERTON BRUNO LOHN ENTRE ESTABILIDADE E ADAPTABILIDADE: A INCORPORAÇÃO DA DOUTRINA DO STARE DECISIS PARA COMPREENSÃO DOS EFEITOS DA REPERCUSSÃO GERAL Monografia apresentada à Universidade do Vale do Itajaí UNIVALI, como requisito parcial a obtenção do grau em Bacharel em Direito. Orientador: Prof. MSc. Luiz Magno Pinto Bastos Junior São José 2009

3 2 EVERTON BRUNO LOHN ENTRE ESTABILIDADE E ADAPTABILIDADE: A INCORPORAÇÃO DA DOUTRINA DO STARE DECISIS PARA COMPREENSÃO DOS EFEITOS DA REPERCUSSÃO GERAL Esta Monografia foi julgada adequada para a obtenção do título de bacharel e aprovada pelo Curso de Direito, da Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Ciências Sociais e Jurídicas. Área de Concentração: São José, 29 de outubro de Prof. MSc. Luiz Magno Pinto Bastos Junior UNIVALI Campus de São José Orientador Prof. Esp. Giancarlo Castelan UNIVALI Campus São José Membro Prof. MSc. Rodrigo Mioto dos Santos UNIVALI Campus São José Membro Prof. MSc. Renata Rodrigues Ramos Universidade Federal do Estado de Santa Catarina USFC Membro

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5 Dedico este trabalho a Deus e a meus pais, Rogério e Rosa. 4

6 5 AGRADECIMENTOS Não poderia deixar de expressar minha sincera gratidão a meu professor orientador, professor MSc Luiz Magno Pinto Bastos Junior, pelos valiosos ensinamentos, por sua incessante e corajosa vontade de provocar o espírito acadêmico, pelo companheirismo e compreensão ao longo de toda a empreitada da presente pesquisa. Agradeço também a Pricila Farias pela presença constante e marcante, pelo carinho e por todo o estímulo, sem os quais a presente pesquisa, certamente, não teria seguido o mesmo rumo. Ao amigo para todas as horas, Diogo Silva Kamers, pela presença prestativa, na colheita da bibliografia que serve de fundo à pesquisa, enfim, por sua amizade.

7 6 TERMO DE ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE Declaro, para todos os fins de direito, que assumo total responsabilidade pelo aporte ideológico conferido ao presente trabalho, isentando a Universidade do Vale do Itajaí, a coordenação do Curso de Direito, a Banca Examinadora e o Orientador de toda e qualquer responsabilidade acerca do mesmo. São José, 29 de outubro de Everton Bruno Lohn

8 7 RESUMO Inicialmente aborda-se as principais questões relacionados ao controle de constitucionalidade, buscando-se, apontar as formas de manifestação de inconstitucionalidade, os modelos de controle de constitucionalidade, bem como os efeitos emanados da decisão de (in)constitucionalidade, sempre no intento de se enaltecer as principais contraposições entre um e outro modelo de controle (concreto e abstrato). No segundo capítulo, por sua vez, aborda-se as principais implicações na sistemática estabelecida em torno do controle incidental de constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal, promovidas pela EC 45/2004, ao trazer consigo a exigência de demonstração de repercussão geral da questão constitucional discutida no recurso extraordinário. No terceiro e último capítulo, a intenção é estabelecer uma espécie de conexão entre tudo aquilo que se expôs nos capítulos precedentes, consideradas as feições tradicionais, tanto do controle de constitucionalidade, quanto da sistemática processual do recurso extraordinário perante o STF. Desta feita, cuida-se de conferir à repercussão geral a qualidade, ou a incumbência, de ser a principal precursora da implantação da doutrina do respeito (stare decisis) aos precedentes no Brasil, por meio da sua capacidade de alargamento da extensão dos efeitos da decisão do STF na via do controle difuso. Com efeito, não se deixa de cuidar de questões paralelas e essenciais à implantação da doutrina do stare decisis, como a possibilidade de manejo de técnicas (como distinguishing e overruling) tendentes à garantia da necessária maleabilidade e adaptabilidade do sistema, propiciando a possibilidade de oxigenação da jurisprudência. Em seguida, trata-se da teoria da transcendência dos motivos determinantes consubstanciada na transposição da vinculatividade da decisão do STF para além dos limites da parte dispositiva, nos moldes do que, tradicionalmente, prevê o art. 469, I, do CPC, e, a paralisação das discussões acerca de sua legitimidade quando aplicada ao controle concreto de constitucionalidade. Por fim, cuida-se do grau de vinculação emanado da decisão de mérito do recurso extraordinário para casos futuros, tendo-se sempre presente as alterações da sua sistemática trazidas pela repercussão geral. Palavra-chave: Controle de constitucionalidade; Efeitos das decisões; Repercussão geral; Precedentes judiciais.

9 8 SUMÁRIO INTRODUÇÃO EFEITOS DAS DECISÕES DE INCONSTITUCIONALIDADE FUNDAMENTOS DO CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE ESPÉCIES DE INCONSTITUCIONALIDADE Inconstitucionalidade formal e material Inconstitucionalidade por ação e por omissão Inconstitucionalidade originária ou superveniente MODELOS DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE Controle abstrato de constitucionalidade Controle concreto de constitucionalidade EFICÁCIA TEMPORAL DAS DECISÕES Nulidade e anulabilidade Vício e sanção Modulação dos efeitos da decisão de inconstitucionalidade EFICÁCIA SUBJETIVA DAS DECISÕES Eficácia inter partes Eficácia erga omnes e vinculante Teoria da transcendência dos motivos determinantes MUDANÇA CONSTITUCIONAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO REFORMA DO JUDICIÁRIO E A AMPLIAÇÃO DO PAPEL DO STF Redução do número de processos Projeção erga omnes dos efeitos REPERCUSSÃO GERAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO Conceito indeterminado da repercussão geral e sua caracterização (hipóteses de reconhecimento) Procedimento do recurso extraordinário FRACIONAMENTO DA MANIFESTAÇÃO DO STF EM DOIS MOMENTOS DISTINTOS Admissibilidade e mérito Reconhecimento da legislação de eficácia erga omnes à decisão de admissibilidade (ou não) de repercussão geral... 64

10 9 3 REPERCUSSÃO GERAL E SUA CAPACIDADE DE ALARGAMENTO DA EXTENSÃO DE EFEITOS DA DECISÃO DO STF NA VIA DO CONTROLE DIFUSO A DOUTRINA DOS PRECEDENTES JUDICIAIS (STARE DECISIS) Dificuldades concernentes à aplicação da doutrina dos precedentes no sistema jurídico brasileiro A superficialidade com que os constitucionalistas brasileiros tratam a vinculação aos precedentes nos países onde vigora o stare decisis Função criativa reconhecida ao Poder Judiciário Identificação da estrutura das decisões-paradigma (leading case): motivo determinante e obter dictum Classificação dos precedentes judiciais de acordo com o seu grau de vinculação Vinculação horizontal e vinculação vertical Flexibilização dos efeitos dos precedentes pelos órgãos ordinários: técnicas de diferenciação (distinguishing) e de revisão (overruling) TEORIA DA TRANSCENDÊNCIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES E A REGULAMENTAÇÃO DA REPERCUSSÃO GERAL Transcendência dos motivos determinantes aplicada ao controle concreto de constitucionalidade Objetivação/aproximação dos modelos de controle de constitucionalidade GRAU DE VINCULAÇÃO DA DECISÃO DO STF NA ANÁLISE DE MÉRITO É cabível a reclamação constitucional contra decisão que contrarie a decisão de mérito do recurso extraordinário com repercussão geral reconhecida? Como provocar a revisão do posicionamento do Supremo Tribunal Federal em relação à matéria: distinguishing e overruling CONCLUSÃO REFERÊNCIAS

11 10 INTRODUÇÃO A Emenda Constitucional n. 45, de 30 de dezembro de 2004, responsável pela promoção daquilo que se convencionou chamar de reforma do Poder Judiciário, trouxe consigo, fazendo incluir o 3º ao art. 102 da Constituição Federal, o instituto da repercussão geral, o qual, diga-se, constitui o cerne sobre o qual a presente pesquisa se desenvolve. Busca-se, com o presente trabalho, explorar quais os reflexos produzidos pela sistemática estabelecida pela repercussão geral sobre as decisões do Supremo Tribunal Federal no exercício do controle concreto de constitucionalidade. Para tanto, a presente pesquisa se desmembra em três capítulos, os quais, num primeiro olhar, não demonstram toda a conectividade e imprescindibilidade existente entre eles. Os dois primeiros capítulos, diga-se logo, servem de respaldo teórico sem os quais tudo quanto fosse aduzido a respeito da temática central da pesquisa seria feito sem a propriedade necessária para que se cuide assunto de tamanha importância. No primeiro capítulo, busca-se estudar os principais aspectos do controle de constitucionalidade, passando pela análise das formas de manifestação dos vícios que se traduzem na inconstitucionalidade; procedendo-se à distinção clássica entre o controle exercido de modo abstrato e aquele em que se analisa a constitucionalidade da lei ou ato normativo tendo como ponto de partida uma lide instaura, a existência de partes pleiteando direitos subjetivos, daí chamar-se controle concreto. O principal enfoque dado ao controle de constitucionalidade, ainda no primeiro capítulo, é a questão da produção de efeitos das decisões, consideradas as diferenças daquelas havidas no controle concreto e aquelas concebidas no controle abstrato. Enquanto estas possuem capacidade de produzir efeitos geriais (erga omnes) e efeito vinculante (aos demais órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública, consideradas todas as suas esferas), aquelas (decisões havidas no controle concreto) têm seu campo de produção de efeitos sobremaneira reduzido, uma vez que, em regra, produzem eficácia entre as partes (inter partes) e

12 11 vinculam somente as partes envolvidas no processo em que fora proferida a decisão. Por seu turno, o segundo capítulo aborda a questão da mudança constitucional no recurso extraordinário, sofrida por ocasião da promulgação da EC 45/2004. Anote-se que nesse capítulo, a intenção é deixar em evidência questões práticas da nova sistemática do recurso extraordinário, que, antecipe-se, implica na introdução de um requisito de admissibilidade sui generis, haja vista ser um requisito de índole marcadamente subjetiva, em nítida contraposição a tudo aquilo que se tinha, até então, na esfera de requisitos de admissibilidade do recurso extraordinário. A repercussão geral encerra a criação de um conceito jurídico/constitucional indeterminado, o que faz com que fique a encargo da regulamentação infraconstitucional 1, da doutrina e da própria jurisprudência do STF conferir parametricidade à análise da existência (ou não) de repercussão geral a determinado assunto. Neste particular, cuida-se, ainda, da questão do poder discricionário atribuído aos membros do STF na decisão de repercussão geral. Aponta-se, ainda no segundo capítulo, que a repercussão geral propiciou uma espécie de atuação diferenciada da corte, fracionamento a manifestação do STF em dois momentos distintos: o primeiro momento relaciona-se com a análise da questão atinente à existência (ou não) de repercussão geral; o segundo diz respeito ao julgamento do mérito do recurso, situação esta que, portanto, pressupõe que no primeiro momento a resposta do STF tenha sido pela existência de relevância da matéria discutida no recurso. Neste sentido, conquanto não se negue que antes da exigência de demonstração da repercussão geral já houvesse a manifestação dividida em dois momentos (admissibilidade e mérito), o STF agora passa a delimitar sobremaneira esta atuação bipartida, proferindo, inclusive, dois acórdãos: um deles com relação a questão da repercussão geral, outro, como não poderia deixar de ser, com relação ao mérito do recurso. Desta feita, preparado o terreno para que se possa ingressar no estudo dos precedentes judiciais, o terceiro capítulo tem como referencial o alargamento da extensão dos efeitos da decisão do STF na via do controle concreto de 1 Tenha-se presente que mesmo a regulamentação infraconstitucional (Lei n /2006) não definiu claramente o alcance das categorias necessárias para que se demonstre a existência de repercussão geral, quais sejam: relevância do ponto de vista social, jurídico, econômico ou social.

13 12 constitucionalidade, tendo como precursor o instituto da repercussão geral. Aludido alargamento consiste na produção de efeitos no controle concreto assemelhados àqueles próprios do controle adstrato, situação está que acaba por conferir eficácia geral e vinculatividade às decisões de mérito proferidas no julgamento do recurso extraordinário. De tal modo, admitindo-se que as decisões do STF, independentemente da sede em que tenham sido proferidas (em controle concreto ou abstrato) 2, produzam eficácia vinculante, chega-se à conclusão de que começa a se formar, por aqui, algo muito assemelhado àquilo que vigora em países de tradição common law, onde é arraigada a prática do respeito aos precedentes judiciais, característica básica do stare decisis. Se por um lado se aceita que a nova sistemática do recurso extraordinário encampa no Brasil a doutrina do stare decisis, por outro se constata que esta importação se deu de forma a não contemplar todos os mecanismos necessários a sua implementação. Em outras palavras, a doutrina do stare decisis não consagra a vinculação estrita aos precedentes, reconhecendo a legitimidade do órgão perante o qual o caso superveniente se apresenta para fazer uso de técnicas de decisão (distinguishing e overruling) tendentes ao afastamento da aplicação do precedente ao caso. Em seguida são abordados aspectos essenciais à boa compreensão do funcionamento da doutrina do stare decisis, como a distinção entre argumentos que constituem a ratio decidendi (motivo determinante) da decisão e aqueles que não são essenciais a ela (obter dictum); a classificação dos precedentes de acordo com o grau de vinculação (persuasivo ou obrigatório); modalidades de vinculação de acordo com aos órgãos vinculante/vinculado (vertical e horizontal). A teoria da transcendência dos motivos determinantes volta à discussão no terceiro capítulo, todavia, agora com feições particulares. Isto porque o STF, numa tentativa de aumentar a projeção dos efeitos de suas próprias decisões, importou referida teoria que, diga-se, foi concebida no âmbito do controle abstrato para dentro do contexto do controle concreto de constitucionalidade. Assim, o STF pretende que suas decisões no controle concreto projetem efeitos gerais e 2 Tem-se, aqui, como referencial de decisão proferida no controle concreto, a decisão de julgamento do recurso extraordinário, posto que a repercussão geral somente é exigida para este recurso, dispensada a apresentação de preliminar formal argumentando neste sentido nas outras formas de exercício do controle concreto (Mandado de Segurança, habeas corpus, etc.).

14 13 vinculantes, desprezando o disposto no art. 52, X, da Constituição Federal. Anote-se que, inclusive, chegou-se a admitir a propositura de reclamação constitucional visando garantir a autoridade de decisão do STF proferida em sede de controle concreto. 3 Para tanto, a corte, inevitavelmente, incorre em mutação constitucional, o que, em suma, acaba retirando a legitimidade de sua atuação respaldada na teoria da transcendência aplicada ao controle concreto. Contudo, a discussão acerca da legitimidade da atuação do STF por meio da teoria acima referida mostrou ter perdido fôlego após a regulamentação geral, a qual garante às decisões da corte nos moldes como pretendia o STF, fazendo com que a discussão acerca da teoria da transcendência dos motivos determinantes se esvaziasse. Por fim, o terceiro capítulo cuida do grau de vinculação da decisão do STF na análise de mérito do recurso extraordinário, tratando de assuntos como a possibilidade de manejo de reclamação constitucional para garantia da decisão do STF, tendo em conta a potencialização dos efeitos de suas decisões no controle concreto. Cuida-se, ainda, da questão relacionada ao momento e a forma como se poderia provocar a revisão do posicionamento do entendimento do STF em relação ao mérito de matéria com repercussão geral reconhecida, possibilitando a oxigenação da jurisprudência. Para tanto, questiona-se como fazer uso, por aqui (leia-se, no Brasil) da técnica da distinção (distinguishing) ou da demonstração da superação do precedente (overruling). 3 A reclamação constitucional n /AC, visa garantir a autoridade da decisão do STF proferida no HC /SP. A reclamação conta com votos pela procedência do pedido proferidos pelos Ministros Gilmar Mendes e Eros Grau; o julgamento encontra-se suspenso por conta do pedido de vista do Ministro Ricardo Lewandowski, desde

15 14 1 EFEITOS DAS DECISÕES DE INCONSTITUCIONALIDADE No primeiro capítulo serão abordadas questões atinentes ao controle de constitucionalidade, sobretudo quanto aos efeitos advindos dos pronunciamentos sobre a constitucionalidade de leis ou atos normativos. A depender do órgão do Poder Judiciário que venha a emanar a decisão de inconstitucionalidade, bem como a forma pela qual o controle de constitucionalidade é exercido, o pronunciamento de (in)constitucionalidade irradiará efeitos com maior ou menor abrangência e vinculatividade. Sob o aspecto estrutural, o primeiro capítulo lançara um enfoque direcionado às formas de manifestação de inconstitucionalidade das leis ou atos normativos, evidenciando-se as espécies de vícios (formal ou material), o momento em que se constata a existência da inconstitucionalidade (originária ou superveniente), dentre outros. Num segundo momento, a abordagem recai sobre a forma de exercício do controle de constitucionalidade, apresentando-se os dois principais modelos de controle: controles abstrato e concreto de constitucionalidade. Em seguida, abordase a questão da eficácia temporal das decisões de inconstitucionalidade, passandose pelo estudo das teorias da nulidade e anulabilidade da lei declarada inconstitucional, discussão esta estreitamente ligada à idéia de vício e sanção e da modulação dos efeitos da decisão de inconstitucionalidade. Num último momento, o presente capítulo cuida da eficácia subjetiva das decisões de (in)constitucionalidade, sede em que busca-se evidenciar quais pronunciamentos emanam eficácia entre as partes, e quais são capazes de produção de efeitos erga omnes e eficácia vinculante. Ponto importante, ainda, é a questão da teoria da transcendência dos motivos determinantes. 1.1 FUNDAMENTOS DO CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE A Constituição, contemporaneamente, tem conotação de documento normatizador do Estado e da sociedade, 4 não se limitando apenas a traçar diretrizes da organização estatal e dos fundamentos da ordem jurídica, mas desempenhando 4 CLÈVE, Clèmerson Merlin. A fiscalização abstrata da constitucionalidade no direito brasileiro. 2. ed., rev. e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, p. 22.

16 15 [...] relevante papel como instrumento de estabilidade, de racionalização do poder e de garantia da liberdade. 5 O sistema jurídico tem como base, como premissa maior, a Constituição, portanto, impõe-se que todo o sistema seja compatível com os preceitos constitucionais. Constatada qualquer desarmonia entre os atos normativos e seu parâmetro de validade, haverá a necessidade de se fazer uso de mecanismos que restabeleçam a harmonia intrínseca ao sistema. 6 Para que se faça uso de meios destinados a restaurar o equilíbrio entre o sistema normativo infraconstitucional e a Constituição, necessariamente há que se ter presente duas premissas: a supremacia e a rigidez constitucionais. 7 A supremacia relaciona-se com a posição hierárquica ocupada pela Constituição, a qual serve de diretriz básica para todo o ordenamento jurídico. Quanto à rigidez constitucional, afigura-se como sendo a necessidade de se diferenciar a forma de elaboração da norma que serve de parâmetro (norma constitucional) e a norma objeto de controle (norma infraconstitucional), pois, caso contrário, não haveria qualquer distinção formal entre a lei ordinária e a preceituação constitucional, e, via de conseqüência, a lei ordinária concebida em desconformidade com disposição constitucional a revogaria, e não seria apontada sua inconstitucionalidade. 8 O reconhecimento da supremacia da Constituição dentro do ordenamento jurídico e da força vinculante que ela exerce sobre todas as esferas do Poder Público [...] torna inevitável a discussão sobre formas e modos de defesa da Constituição e sobre a necessidade de controle de constitucionalidade dos atos do Poder Público, especialmente das leis e atos normativos. 9 O controle de constitucionalidade, em relação ao órgão que o exerce, pode se desmembrar em (1) controle político e (2) controle judicial, jurisdicional. No 5 MENDES, Gilmar Ferreira; COELHO, Inocêncio Mártires; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de direito constitucional. 2. ed., rev. e atual. São Paulo: Saraiva, p BARROSO, Luís Roberto. O controle de constitucionalidade no direito brasileiro: exposição sistemática da doutrina e análise crítica da jurisprudência. 2. ed., rev. e atual. São Paulo: Saraiva, p BARROSO, Luís Roberto. O controle de constitucionalidade no direito brasileiro: exposição sistemática da doutrina e análise crítica da jurisprudência. 2. ed., rev. e atual. São Paulo: Saraiva, p BARROSO, Luís Roberto. O controle de constitucionalidade no direito brasileiro: exposição sistemática da doutrina e análise crítica da jurisprudência. 2. ed., rev. e atual. São Paulo: Saraiva, p MENDES, Gilmar Ferreira; COELHO, Inocêncio Mártires; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de direito constitucional. 2. ed., rev. e atual. São Paulo: Saraiva, p

17 16 primeiro caso, o controle é exercido por órgão não jurisdicional, como é o caso da França, onde o controle de constitucionalidade das leis é realizado pelo Conseil Constitutionnel composto por ex-presidentes da República e por outros nove membros nomeados pelo Presidente da República, pelo Presidente da Assemblée Nationale e pelo Presidente do Sénat. 10 O controle por este órgão exercido assinala o professor italiano, Mauro Cappelletti não é [...] um verdadeiro controle (a posteriori) da legitimidade constitucional de uma lei para ver se ela é ou não válida e, por conseguinte, aplicável, mas, antes, um ato (e precisamente um parecer vinculatório) que vem a se inserir no próprio processo de formação da lei [...]. 11 A atividade de controle exercida pelo Conselho Constitucional francês se aproxima, aqui no Brasil, ao [...] controle de constitucionalidade realizado nas Casas Legislativas, pelas Comissões de Constituição e Justiça ou pelas demais comissões [...]. 12 Assemelha-se, ainda, ao modelo francês de controle de constitucionalidade, o veto presidencial oposto, portanto, pelo Poder Executivo, fundado na inconstitucionalidade do projeto de lei (CFRB, art. 66, 1º). 13 Contudo, a diferença substancial consiste no fato de que os pronunciamentos, tanto das comissões, quanto do Presidente, não gozam de definitividade, pois ambos podem ser desconstituídos, respectivamente, por pronunciamento da maioria absoluta da respectiva Casa Legislativa (arts. 101, 1º e 254 do Regimento Interno do Senado Federal, e arts. 54, I, e 144 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados) ou por manifestação igualmente qualificada do Congresso Nacional (art. 66, 4º, CFRB). Mauro Cappelletti chama atenção para o controle judicial de constitucionalidade pelo fato de que este promove [...] o encontro entre a lei e a sentença, entre a norma e o julgamento, entre o legislador e o juiz CAPPELLETTI, Mauro. O controle judicial de constitucionalidade das leis no direito comparado. Tradução de Aroldo Pinto Gonçalves. Porto Alegre: Fabris, p CAPPELLETTI, Mauro. O controle judicial de constitucionalidade das leis no direito comparado. Tradução de Aroldo Pinto Gonçalves. Porto Alegre: Fabris, p MENDES, Gilmar Ferreira; COELHO, Inocêncio Mártires; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de direito constitucional. 2. ed., rev. e atual. São Paulo: Saraiva, p MENDES, Gilmar Ferreira; COELHO, Inocêncio Mártires; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de direito constitucional. 2. ed., rev. e atual. São Paulo: Saraiva, p CAPPELLETTI, Mauro. O controle judicial de constitucionalidade das leis no direito comparado. Tradução de Aroldo Pinto Gonçalves. Porto Alegre: Fabris, p. 26.

18 17 O objeto central do presente trabalho situa-se dentro do contexto do controle judicial de constitucionalidade, sendo que o tema será tratado de forma mais detalhada nos itens seguintes. 1.2 ESPÉCIES DE INCONSTITUCIONALIDADE A inconstitucionalidade de um ato normativo pode ser aferida com base em diferentes elementos e critérios, como o tipo de atuação estatal que a ocasionou, o momento em que se verifica a inconstitucionalidade, o procedimento adotado quando da elaboração do ato normativo, dentre outros critérios. 15 Gilmar Mendes assinala que a [...] doutrina constitucional esforça-se por estabelecer uma adequada classificação dos diferentes tipos de manifestações de inconstitucionalidade. 16 Desta feita, destaca-se, de forma alusiva, as classificações sugeridas pela doutrina nacional Inconstitucionalidade formal e material A Constituição impõe parâmetros a serem seguidos quando da elaboração de atos legislativos e demais espécies normativas primárias. Assim, uma vez não atendidas as definições quanto às competências dos entes políticos e procedimentos para a criação legislativa, ocorrerá a inconstitucionalidade formal. No que tange à inconstitucionalidade material, esta ocorre sempre que o conteúdo de um ato legislativo infraconstitucional contiver disposições contrárias a alguma regra ou princípio, tido no bojo de uma norma substantiva prevista pela Constituição. 17 Na mesma senda, Clèmerson Merlin Clève aduz que a supremacia da Constituição não se adstringe a exigir que a norma infraconstitucional lhe seja 15 BARROSO, Luís Roberto. O controle de constitucionalidade no direito brasileiro: exposição sistemática da doutrina e análise crítica da jurisprudência. 2. ed., rev. e atual. São Paulo: Saraiva, p MENDES, Gilmar Ferreira; COELHO, Inocêncio Mártires; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de direito constitucional. 2. ed., rev. e atual. São Paulo: Saraiva, p BARROSO, Luís Roberto. O controle de constitucionalidade no direito brasileiro: exposição sistemática da doutrina e análise crítica da jurisprudência. 2. ed., rev. e atual. São Paulo: Saraiva, p. 26.

19 18 compatível apenas quanto à forma, mas também que haja observância à dimensão material Inconstitucionalidade por ação e por omissão As preceituações constitucionais são normas que possuem caráter cogente, isto é, não perfazem meras sugestões ou recomendações quanto às condutas permitidas ou vedadas constitucionalmente. Assim, tem-se que as disposições constitucionais [...] não podem ter sua incidência afastada pela vontade das partes, como ocorre, no âmbito privado, com as normas dispositivas. 19 O manejo dos mecanismos de controle de constitucionalidade não se restringe ao controle das leis advindas do exercido do Poder Legislativo, mas também dos atos do Poder Executivo quando da edição de Medida Provisórias, por exemplo e do Poder Judiciário quanto às disposições de seus regimentos internos. Ainda, os atos emanados pelo poder público (Legislativo, Executivo ou Judiciário), de igual forma, estão condicionados à observância das preceituações constitucionais. Assim, uma sentença proferida por um juiz singular ou por um tribunal, não pode conflitar com disposições constitucionais, sob pena de estar sujeita a ser reformada para que seja sanada tal incompatibilidade com a Constituição. 20 Quanto à inconstitucionalidade por omissão, seu reconhecimento é relativamente recente, sendo que, antes, a inconstitucionalidade sempre se afigurava decorrente de uma ação legislativa, de um ato do Poder Legislativo. 21 Luís Roberto Barroso afirma que tal como no caso da inconstitucionalidade por ação, também a omissão violadora da Constituição pode ser imputável aos três 18 CLÈVE, Clèmerson Merlin. A fiscalização abstrata da constitucionalidade no direito brasileiro. 2. ed., rev. e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, p BARROSO, Luís Roberto. O controle de constitucionalidade no direito brasileiro: exposição sistemática da doutrina e análise crítica da jurisprudência. 2. ed., rev. e atual. São Paulo: Saraiva, p BARROSO, Luís Roberto. O controle de constitucionalidade no direito brasileiro: exposição sistemática da doutrina e análise crítica da jurisprudência. 2. ed., rev. e atual. São Paulo: Saraiva, p MENDES, Gilmar Ferreira; COELHO, Inocêncio Mártires; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de direito constitucional. 2. ed., rev. e atual. São Paulo: Saraiva, p

20 19 Poderes. 22 Compartilha do mesmo entendimento o professor Clèmerson Clève, ao aduzir que a omissão inconstitucional pode decorrer de inércia de qualquer dos Poderes do Estado. 23 Os dispositivos constitucionais que não possuem aplicabilidade direta, os quais dependem de atuação suplementar por parte do Poder Legislativo, ao não receberem a devida complementação, torna o Legislativo omisso em seu dever constitucional, levando com que este incorra em inconstitucionalidade por omissão. Da mesma forma, o Poder Executivo incorre em inconstitucionalidade por omissão, quando houver uma exigência de atuação em determinado sentido, que, em não sendo praticada, igualmente caracteriza sua omissão. 24 A inconstitucionalidade por omissão subdivide-se em total e parcial, como denota Clèmerson Clève ao afirmar que o dever de legislar tanto pode ser satisfeito como o pode ser de modo integral ou parcial. O cumprimento parcial e o não cumprimento do dever constitucional de legislar caracterizam, respectivamente, a inconstitucionalidade por omissão parcial e a total Inconstitucionalidade originária ou superveniente A presente classificação estabelece vínculo direto entre o momento de edição do ato legislativo infraconstitucional e a vigência da Constituição. Neste sentido, Luís Roberto Barroso esclarece que a inconstitucionalidade originária é aquela que [...] resulta de defeito congênito da lei: no momento de seu ingresso no mundo jurídico ela era incompatível com a Constituição em vigor, quer do ponto de vista formal ou material BARROSO, Luís Roberto. O controle de constitucionalidade no direito brasileiro: exposição sistemática da doutrina e análise crítica da jurisprudência. 2. ed., rev. e atual. São Paulo: Saraiva, p CLÈVE, Clèmerson Merlin. A fiscalização abstrata da constitucionalidade no direito brasileiro. 2. ed., rev. e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, p CLÈVE, Clèmerson Merlin. A fiscalização abstrata da constitucionalidade no direito brasileiro. 2. ed., rev. e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, p CLÈVE, Clèmerson Merlin. A fiscalização abstrata da constitucionalidade no direito brasileiro. 2. ed., rev. e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, p BARROSO, Luís Roberto. O controle de constitucionalidade no direito brasileiro: exposição sistemática da doutrina e análise crítica da jurisprudência. 2. ed., rev. e atual. São Paulo: Saraiva, p.40.

21 20 Inconstitucionalidade superveniente é aquela resultante de [...] conflito entre uma norma infraconstitucional e o texto constitucional, decorrente de uma nova Constituição ou de uma emenda. 27 A inconstitucionalidade originária não acarreta grandes discussões, sendo pacífica a sua aceitação. Gilmar Mendes aduz que se o ato legislativo considerado inconstitucional é posterior à Constituição, está-se diante de um típico caso de inconstitucionalidade. Contudo, em se tratando de [...] contradição entre a norma constitucional superveniente e o direito ordinário pré-constitucional, indaga-se se seria caso de inconstitucionalidade ou de mera revogação. 28 Teori Albino Zavascki aduz que, neste caso, a [...] incompatibilidade leva à não recepção por efeito da revogação (e não por inconstitucionalidade) [...]. 29 Nesta senda, Araken de Assis afirma que o STF evitou o caos ao definir e lembra que a solução foi mal vista pela opinião dogmática do controle de constitucionalidade que a lei anterior à Constituição de 1988 que contivesse algum vício, seria considerada incompatível com aquela e não inconstitucional. Isso fez com que o caso ganhasse contornos de questão federal (sucessão de leis no tempo), caindo na esfera de competência do STJ. 30 Acerca da problemática acima suscitada, Luís Roberto Barroso afirma inexistir no direito brasileiro inconstitucionalidade formal superveniente, ou seja, uma vez que a carga de normatividade material contida no ato legislativo infraconstitucional, concebido antes da Constituição ou de emenda a esta, seja compatível às preceituações constitucionais. 31 Todavia, em relação à discussão sobre a inconstitucionalidade material superveniente, houve acirrado debate doutrinário após a promulgação do texto constitucional de 1988, que resultou no pronunciamento do STF pela tese da revogação/recepção do direito pretérito, decisão esta que, não sem crítica, resultou no afastamento do controle abstrato destas normas. 27 BARROSO, Luís Roberto. O controle de constitucionalidade no direito brasileiro: exposição sistemática da doutrina e análise crítica da jurisprudência. 2. ed., rev. e atual. São Paulo: Saraiva, p MENDES, Gilmar Ferreira; COELHO, Inocêncio Mártires; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de direito constitucional. 2. ed., rev. e atual. São Paulo: Saraiva, p ZAVASCKI, Teori Alberto. Eficácia das sentenças na jurisdição constitucional. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2001, p ASSIS, Araken de. Manual dos recursos. São Paulo: Revista dos Tribunais. 2007, p BARROSO, Luís Roberto. O controle de constitucionalidade no direito brasileiro: exposição sistemática da doutrina e análise crítica da jurisprudência. 2. ed., rev. e atual. São Paulo: Saraiva, p.40.

22 21 O tema, não obstante, [...] perde relevância prática, com o advento da Lei n /99, que, ao regulamentar a ADPF [Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental], admitiu o exame direto da legitimidade do direito pré-constitucional em face da norma constitucional superveniente MODELOS DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE Estabelecidas as várias maneiras de confronto entre preceituações constitucionais e condutas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, cuidarse-á dos modelos de controle de constitucionalidade e, por conseguinte, o modelo adotado no Brasil. Como já aludido anteriormente, a posição ocupada pela Constituição dentro do ordenamento jurídico, exige o manejo de meios tendentes à manutenção dessa condição de supremacia, não somente com relação às leis e atos normativos, mas, inclusive, no que respeita aos atos do Poder Público. 33 Mauro Cappelletti classifica os modelos de controle de constitucionalidade, tendo como base três critérios básicos, quais sejam: (1) quanto ao órgão incumbido de proceder ao controle; (2) quanto ao modo como o controle será exercido; e (3) quanto aos efeitos da decisão de controle de constitucionalidade. 34 No que diz respeito à classificação baseada no órgão que exerce o controle, Cappelletti destaca a existência de dois tipos de sistemas de controle de constitucionalidade: o sistema difuso e o sistema concentrado de constitucionalidade. 35 Sob a perspectiva do modo como o controle é exercido segue o autor, tem-se o exercício pela via incidental e pela via direta (ou de ação). O controle difuso põe-se em prática pela via incidental, partindo-se da premissa de que o controle nasce dentro de uma questão posta ao crivo de órgão ordinário do judiciário. Já o controle concentrado dá-se pela via direta, onde os legitimados propõem ação perante o órgão competente, no caso o Supremo Tribunal Federal. 32 MENDES, Gilmar Ferreira; COELHO, Inocêncio Mártires; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de direito constitucional. 2. ed., rev. e atual. São Paulo: Saraiva, p MENDES, Gilmar Ferreira; COELHO, Inocêncio Mártires; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de direito constitucional. 2. ed., rev. e atual. São Paulo: Saraiva, p CAPPELLETTI, Mauro. O controle judicial de constitucionalidade das leis no direito comparado. Tradução de Aroldo Pinto Gonçalves. Porto Alegre: Fabris, p CAPPELLETTI, Mauro. O controle judicial de constitucionalidade das leis no direito comparado. Tradução de Aroldo Pinto Gonçalves. Porto Alegre: Fabris, p. 67.

23 diante. 36 A análise de referidos critérios traça de forma clara a distinção entre os 22 O último critério mencionado por Cappelletti refere-se aos efeitos emanados da decisão de inconstitucionalidade. Surge daí assunto de grande relevo, vez que a natureza predominante da decisão trará reflexos práticos distintos. O autor destaca que no sistema americano (controle difuso), a decisão que reconhece a inconstitucionalidade da lei tem caráter declaratório, ou seja, declara a nulidade préexistente da lei. Ao passo que, no sistema austríaco (controle concentrado), a decisão possui caráter constitutivo, sendo que ao reconhecer inconstitucionalidade, anula-se a lei ou ato normativo, desconstituindo sua validade e eficácia dali em modelos clássicos de controle de constitucionalidade. A seguir serão abordados separadamente os modelos de controle abstrato e concreto de constitucionalidade Controle abstrato de constitucionalidade Como visto, diz-se abstrato o controle de constitucionalidade de atribuição de órgão de cúpula do Pode Judiciário, que age mediante provocação por via de ação direta, prescindida a pré-existência de uma pretensão resistida, isto é, trata-se de processo objetivo. A busca, aqui, é por um pronunciamento acerca da própria lei, sem necessária vinculação a um caso concreto. 37 O modelo abstrato de constitucionalidade das leis e atos normativos tem sua origem no modelo austríaco, o qual foi posto em prática a partir da Constituição austríaca de 1º de outubro de 1920, inspirada nos ensinamentos de Hans Kelsen. 38 No Brasil, a fiscalização abstrata de constitucionalidade foi instituída com a edição da Emenda Constitucional n. 16, de 26 de novembro de 1965, a qual alterou o art. 101, inciso I, alínea k, da Constituição de Referida alteração acrescentou à competência do Supremo Tribunal Federal processar e julgar 36 CAPPELLETTI, Mauro. O controle judicial de constitucionalidade das leis no direito comparado. Tradução de Aroldo Pinto Gonçalves. Porto Alegre: Fabris, p BARROSO, Luís Roberto. O controle de constitucionalidade no direito brasileiro: exposição sistemática da doutrina e análise crítica da jurisprudência. 2. ed., rev. e atual. São Paulo: Saraiva, p CAPPELLETTI, Mauro. O controle judicial de constitucionalidade das leis no direito comparado. Tradução de Aroldo Pinto Gonçalves. Porto Alegre: Fabris, p. 68.

24 23 representação contra a inconstitucionalidade de lei ou ato de natureza normativa, federal ou estadual, encaminhada pelo Procurador-Geral da República. Teori Albino Zavascki afirma que as Constituições de 1967 e 1969 mantiveram, em linhas gerais, a representação de inconstitucionalidade. Contudo, a partir de 1988, com o alargamento do rol de legitimados para propô-la, a representação denominada agora de ação direta de inconstitucionalidade ganhou maior relevo. 41 A fiscalização em abstrato da constitucionalidade das leis e atos normativos dá-se por meio da ação direta de inconstitucionalidade a ADI ou ADIn e pela ação declaratória de constitucionalidade a ADC ou ADECON 42, ambas com previsão constitucional no art. 102, inciso I, alínea a. 43 O processo e julgamento das ações direta de inconstitucionalidade e declaratória de constitucionalidade são disciplinados pela Lei n , de 10 de novembro de 1999, que, como aduz Zavascki, normatizou as linhas já traçadas pela jurisprudência e pelo Regimento Interno do STF. 44 Vale lembrar, ainda, que a Constituição prevê a possibilidade de manejo da argüição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF), nos termos do art. 102, 1º. Todavia, não há consenso na doutrina sobre a definição acerca da natureza desse mecanismo de controle de constitucionalidade. Barroso taxa a ADPF de um modelo sui generis de controle de constitucionalidade, não sendo de fácil identificação o campo onde esta se assenta CLÈVE, Clèmerson Merlin. A fiscalização abstrata da constitucionalidade no direito brasileiro. 2. ed., rev. e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, p Essa representação não se confunde a representação interventiva, criada pela Constituição de 1934 (art. 12, 2º), que nas palavras de Luís Roberto Barroso, consistia em [...] pressuposto para a decretação de intervenção federal nos Estados-membros, em caso de inobservância de algum dos princípios constitucionais sensíveis. Teori Albino Zavascki lembra que persiste essa modalidade (CF, art. 36, III), ressalvando que tanto a representação prevista na Constituição de 1934, quanto a que vige nos dias atuais não são consideradas formas de controle abstrato de constitucionalidade. 41 ZAVASCKI, Teori Alberto. Eficácia das sentenças na jurisdição constitucional. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2001, p A ação declaratória de constitucionalidade foi introduzida como meio de controle abstrato por meio da Emenda Constitucional 3, de 17 de março de Art Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I - processar e julgar, originariamente: a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; [...] 44 ZAVASCKI, Teori Alberto. Eficácia das sentenças na jurisdição constitucional. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2001, p BARROSO, Luís Roberto. O controle de constitucionalidade no direito brasileiro: exposição sistemática da doutrina e análise crítica da jurisprudência. 2. ed., rev. e atual. São Paulo: Saraiva,

25 24 Maria Regina Ferrari aponta que o constituinte não determinou se a argüição se caracterizaria num processo objetivo ou subjetivo, incidental ou principal. Afirma, ainda, que a ADC e a ADI têm como parâmetro a Constituição, enquanto que a ADPF tem como referência preceitos fundamentais da Constituição, [...] fato este que não possibilita sua exclusão do rol dos instrumentos processuais abstratos de defesa da ordem constitucional, haja vista que, o sistema criado pelo legislador brasileiro lhe concedeu feição marcadamente objetiva. 46 Diz-se concentrado o controle em abstrato da constitucionalidade, na medida em que a competência para julgar a alegação de contrariedade de lei ou ato normativo é concentrada num único órgão, o Supremo Tribunal Federal. 47 Assim, havendo um só órgão competente para exercer a jurisdição constitucional, minimizase o risco de decisões conflitantes sobre questões constitucionais semelhantes. 48 A decisão do Supremo Tribunal Federal em sede de controle abstrato de constitucionalidade produz coisa julgada oponível erga omnes, o que significa dizer que os efeitos daquela abrangem não só as partes envolvidas no processo objetivo instaurado, prescindindo, portanto, da comunicação ao Senado Federal, prevista no art. 52, X, da CFRB. 49 O próprio texto constitucional (art. 102, 2º) atribui eficácia erga omnes à decisão proferida nas ações direta de inconstitucionalidade e declaratória de constitucionalidade, ao consignar que produzirão eficácia contra todos e vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. 50 Teori Albino Zavascki aponta ser difícil definir limites precisos entre a eficácia erga omnes e o efeito vinculante, ao passo que, uma vez produzindo eficácia contra todos, aí já estariam incluídas, obrigatoriamente, as autoridades a p E segue o autor dizendo que a ADPF vem inserir-se no já complexo sistema brasileiro de controle de constitucionalidade sob o signo da singularidade, não sendo possível identificar proximidade imediata com outras figuras existentes no direito comparado, como o recurso de amparo do direito espanhol, o recurso constitucional do direito alemão ou o writ of certiorari do direito norteamericano. 46 FERRARI, Regina Maria Macedo Nery. Efeitos da declaração de inconstitucionalidade. 5. ed., rev., atual. e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004, p BARROSO, Luís Roberto. O controle de constitucionalidade no direito brasileiro: exposição sistemática da doutrina e análise crítica da jurisprudência. 2. ed., rev. e atual. São Paulo: Saraiva, p LEAL, Roger Stiefelmann. O efeito vinculante na jurisdição constitucional. São Paulo: Saraiva, 2006, p CLÈVE, Clèmerson Merlin. A fiscalização abstrata da constitucionalidade no direito brasileiro. 2. ed., rev. e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, p Redação determinada pela EC n. 45/2004.

26 25 quem cabe a aplicação da norma questionada. 51 No entanto, segue o autor dizendo que, relativamente aos órgãos da administração pública e do Poder Judiciário, a decisão opera eficácia vinculante, não podendo ser rediscutida por órgãos ordinários do Poder Judiciário a legitimidade da lei considerada inconstitucional pelo STF. A própria possibilidade de manejo da reclamação reforça o caráter vinculante do pronunciamento de inconstitucionalidade no controle abstrato. Estabelecidas as noções básicas acerca do modelo de fiscalização abstrata das leis e atos normativos, passa-se a abordar, em linhas gerais, o modelo de fiscalização em concreto de constitucionalidade Controle concreto de constitucionalidade Se, como já dito anteriormente, o controle em abstrato de constitucionalidade tem sua origem no modelo austríaco, idealizado por Hans kelsen, também o controle concreto tem sua origem no sistema de controle de constitucionalidade norte-americano, marcado pela interpretação inovadora dada à Constituição Federal norte-americana pelo Chief Justice John Marshall, no julgamento do caso Marbury versus Madison, em 1803, no qual Marshall [...] fixou, por um lado, aquilo que foi chamado, precisamente, de a supremacia da Constituição, e impôs, por outro lado, o poder e o dever dos juízes de negar aplicação às leis contrárias à Constituição mesma. 52 Segundo afirma Barroso, o sistema americano integra a tradição brasileira desde o início da República, tendo previsão constitucional expressa na Constituição de O autor lembra que, mesmo com o alargamento da legitimação para propositura de ação direta, o controle concreto é a única via que propicia ao cidadão comum a tutela de direitos subjetivos constitucionais perante o Poder Judiciário. 53 Ao contrário do controle em abstrato, onde o exercício se dá por via de ação direta, respeitado o rol taxativo de legitimados, o controle concreto de constitucionalidade pode ser exercido por qualquer pessoa que esteja em litígio. E 51 ZAVASCKI, Teori Alberto. Eficácia das sentenças na jurisdição constitucional. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2001, p CAPPELLETTI, Mauro. O controle judicial de constitucionalidade das leis no direito comparado. Tradução de Aroldo Pinto Gonçalves. Porto Alegre: Fabris, p BARROSO, Luís Roberto. O controle de constitucionalidade no direito brasileiro: exposição sistemática da doutrina e análise crítica da jurisprudência. 2. ed., rev. e atual. São Paulo: Saraiva, p. 77.

27 26 assim o é, pois a [...] competência do Judiciário, nesse campo, é difusa, porque exercitada, no curso de uma demanda, por qualquer juiz ou tribunal. 54 Por outro lado, uma vez passível de ser suscitado perante qualquer autoridade judicial, o controle pela via incidental é também chamado de controle difuso de constitucionalidade, contrapondo-se ao controle concentrado na medida em que o este deve ser exercido somente por aqueles legitimados do art. 103 da CFRB. Já no difuso, a legitimação é reconhecidamente ampla, pois, como bem assevera Canotilho, este modelo de controle [...] tem por objecto a apreciação de uma questão de inconstitucionalidade, levantada a título de incidente, nos feitos submetidos a julgamento perante qualquer tribunal. 55 Mauro Cappelletti destaca que o controle concreto é exercido pela via incidental, porquanto pressupõe a pré-existência de um lide, da qual a questão constitucional suscitada seja relevante à decisão do caso concreto. 56 O controle pela via incidental, como bem lembra Luís Roberto Barroso, [...] é também denominado de via de defesa ou de exceção porque, originalmente, era reconhecida como argumento a ser deduzido pelo réu, como fundamento para desobrigar-se do cumprimento de uma norma inconstitucional. 57 No que tange aos efeitos da decisão no campo do controle concreto de constitucionalidade, Zavascki lembra que, em que pese o Brasil ter adotado o sistema norte-americano, não adota-se por aqui a cultura do stare decisis, a qual consiste na valorização dos precedentes, visando minimizar a possibilidade de o Judiciário proferir decisões conflitantes sobre a mesma matéria. 58 Anote-se que a decisão proferida em sede de controle concreto tem eficácia inter partes, já que a não aplicação da lei ou ato normativo abrange somente as partes que serão diretamente envolvidas no processo em que a inconstitucionalidade foi argüida. 54 CLÈVE, Clèmerson Merlin. A fiscalização abstrata da constitucionalidade no direito brasileiro. 2. ed., rev. e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, p CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito Constitucional e Teoria da Constituição. 5. ed. Coimbra: Almedina, 2001, p CAPPELLETTI, Mauro. O controle judicial de constitucionalidade das leis no direito comparado. Tradução de Aroldo Pinto Gonçalves. Porto Alegre: Fabris, p BARROSO, Luís Roberto. O controle de constitucionalidade no direito brasileiro: exposição sistemática da doutrina e análise crítica da jurisprudência. 2. ed., rev. e atual. São Paulo: Saraiva, p ZAVASCKI, Teori Alberto. Eficácia das sentenças na jurisdição constitucional. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2001, p. 28.

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