VI Congreso ALAP Dinámica de población y desarrollo sostenible con equidad

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1 VI Congreso ALAP Dinámica de población y desarrollo sostenible con equidad Idade à união no Brasil: uma análise do censo de 2010 Ingrid Gomes Dias Etapa 3 1

2 Idade à união no Brasil: uma análise do censo de Ingrid Gomes Dias 2 1 Trabajo presentado en el VI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Población, realizado en Lima-Perú, del 12 al 15 de agosto de Universidade Federal de Minas Gerais / CEDEPLAR: Ingrid@cedeplar.ufmg.br 2

3 IDADE À UNIÃO NO BRASIL: UMA ANÁLISE DO CENSO DE RESUMO Neste estudo, o foco central é analisar a idade à união no Brasil em Isso porque a idade à união tem passado por mudanças no tempo com um adiamento da idade ao casar na Europa e Estados Unidos. Entretanto, na América Latina essa idade permanece relativamente precoce e estável (FUSSELL; PALLONI, 2004; RUIZ; SPIJKER; ESTEVE, 2009). A principal transformação que mais influenciou a idade ao casar foi a expansão educacional, que tem sido utilizada para explicar mudanças na idade ao casar (XIE; RAYMO; GOYETTE; THORNTON, 2003; WESTOFF, 2003; SINGH; SAMARA, 1996; BARROS, 2010). Diante do exposto, os objetivos deste estudo são investigar a idade média à união no Brasil em 2010 e identificar diferenciais por escolaridade. A metodologia adotada neste estudo é a Singulate Median Age of Marriage (SMAM) proposta por Hajnal (1953) para cálculo da idade média à união a partir de dados da proporção de solteiros. Os dados mostram que não existem indícios para se afirmar que no Brasil a expansão educacional tenha levado a um adiamento na idade média à união. Entretanto, quando é feito um recorte no cálculo da idade média à união por escolaridade, identifica-se diferenciais. As pessoas de baixa escolaridade se unem mais cedo. De acordo com o estudo de Ruiz, Spijker e Esteve (2013) no Brasil no ano de 2000, as mulheres com 1 a 5 anos de escolaridade entraram em uma união 2,32 anos antes. Este panorama brasileiro indica que o adiamento na idade média à união (consensual ou formal) no Brasil em 2010 aconteceu apenas para um grupo de pessoas de alta escolaridade. 2. INTRODUÇÃO O processo de formação familiar pode apresentar características diferentes que variam de acordo com a região e características socioeconômicas, constituindo padrões de formação familiar. Entretanto, existem características que são comuns a muitos países, formando uma tendência internacional (COSTA, 2004). Mudanças significativas têm sido observadas na Europa, nos Estados Unidos e na América Latina em relação ao padrão de formação familiar como o crescimento da proporção de uniões consensuais, o aumento das taxas de divórcio e recasamentos, o declínio da nupcialidade pelo celibato, além da redução da fecundidade, o aumento na proporção de nascimentos fora do casamento e o adiamento da idade ao casar (BERQUÓ, 1989; CASTRO MARTIN, 2002; ARRIAGA, 2002; FUSSELL; PALLONI, 2004). Neste estudo, o foco central é analisar a idade à união no Brasil em Isso porque a idade à união tem passado por mudanças no tempo, estabelecendo variações por regiões do mundo. Essas variações são resultado de transformações que vem ocorrendo na sociedade. As principais transformações que mais influenciaram a idade ao casar foram à entrada das mulheres no mercado de trabalho e o aumento educacional que interferiram no padrão de formação da primeira união em muitos países europeus e norte-americanos, adiando a idade ao primeiro casamento e reduzindo as taxas de casamento (XIE; RAYMO; GOYETTE; THORNTON, 2003). Dentre essas, a expansão educacional tem sido a variável mais utilizada 3

4 para explicar mudanças na idade ao casar (WESTOFF, 2003; SINGH; SAMARA, 1996; BARROS, 2010). Na Europa e Estados Unidos vivencia-se um adiamento da idade ao casar, enquanto que na América Latina essa idade permanece relativamente precoce e estável. No Brasil, a idade à primeira união das mulheres permaneceu entre 22 e 23 anos de 1960 a 2000 (FUSSELL; PALLONI, 2004; RUIZ; SPIJKER; ESTEVE, 2009). Diante do exposto acima, entende-se que a idade média à união no Brasil permaneceu quase em estabilidade até o ano de Acredita-se que esse panorama não tenha sido alterado em Dessa forma, apesar da expansão educacional intensa vivenciada no Brasil a partir de 2000, acredita-se que a idade média à união não tenha passado por grandes alterações que resultem em um adiamento da idade à união e perda da estabilidade. Desta forma a questão que norteou a problemática deste estudo foi: a idade média à união permanece estável no Brasil em 2010 apesar da expansão educacional? Diante do exposto acima, esse estudo tem como objetivo geral investigar a idade média à união no Brasil em Objetivos específicos: - Calcular a idade média à união para homens e mulheres no Brasil em 2010; - Identificar diferenciais por escolaridade; 3. REVISÃO DE LITERATURA Segundo Kalmijn (2007) o aumento do nível de escolaridade das mulheres e sua posição mais privilegiada no mercado de trabalho podem interferir na sua decisão de casar. Isso porque suas melhores condições de trabalho via aumento de escolaridade promovem uma melhor situação financeira, tornando a opção do casamento menos atrativa para as mulheres, especialmente em sociedades onde as diferenças de gênero são bem evidentes. Dessa forma, níveis de instrução mais elevados para as mulheres parecem impedir ou adiar o casamento, principalmente em sociedades onde melhorias nas oportunidades econômicas femininas não têm sido acompanhadas por uma equidade de gênero nas famílias, o que elevaria o custo de oportunidade da união (DOMÍNGUEZ-FOLGUERAS; CASTRO- MARTÍN, 2008). O efeito da educação na idade ao primeiro casamento opera por meio de diversos mecanismos, principalmente por meio de níveis crescentes de autonomia feminina, aquisição de novos conhecimentos, transformação de normas e valores tradicionais e oportunidades de escolha do melhor parceiro (RUIZ; SPIJKER; ESTEVE, 2011). Esse contexto de aumento da escolaridade gerando um adiamento na idade ao casar foi observado em muitos países europeus e norte-americanos. O estudo de Thornton, Axinn e Hill (1992) identificou que jovens americanos, cujos pais têm maior nível educacional e melhores condições financeiras, são menos propensos a se casar em idades mais tardias. Entretanto, na maioria dos países da América Latina a expansão educacional não gerou um adiamento da idade à primeira união, ao contrário, a idade permanece quase constante ao longo do tempo, contrariando a (RUIZ; SPIJKER; ESTEVE, 2009; FUSSEL; PALLONI, 2004). De acordo com Fussel e Palloni (2004), a idade média à união no Brasil para as mulheres não variou muito de 1960 a 2000, esteve entre 22 e 23 anos: 22,2 anos em 1960; 23 anos em 1970; 22,7 anos em 1980; 22,3 anos em 1990 e 22,7 anos em Esses dados estão de acordo também com os dados de idade média calculados por Ruiz, Spijker e Esteve (2009) que encontraram uma idade média à união de 26,30 anos para os homens e 22,2 anos para as mulheres em

5 Esse panorama latinoamericano contrasta com a situação vivenciada pelos países europeus e norte-amerianos, onde as mudanças econômicas, sociais e demográficas como a queda da fecundidade, o aumento da escolaridade (principalmente feminina) e a entrada da mulher no mercado de trabalho levaram a um adiamento da idade média ao casamento (RUIZ; SPIJKER; ESTEVE, 2009; FUSSEL; PALLONI, 2004). Uma explicação para o padrão de formação familiar precoce na América Latina é que o efeito de adiamento do casamento causado pela expansão educacional foi compensado pela entrada na união consensual anteriormente ao casamento formal por serem uniões menos dispendiosas (RUIZ; SPIJKER; ESTEVE, 2013). Vários estudos comprovam a existência deste padrão na idade ao casar pelo menos para as últimas três décadas do século XX (SINGH & SAMARA, 1996; WESTOFF, 2003; FUSSELL & PALLONI, 2004; ESTEVE; LESTHAEGHE, LÓPEZ-GAY, 2012). Outra explicação para o padrão de formação familiar na América Latina se deve a uma forte ênfase cultural em laços familiares, estendendo-se entre e dentro das gerações. Na maioria dos países da América Latina, as redes familiares são as redes de segurança primária, auxiliando os indivíduos no enfrentamento de problemas relacionados à instabilidade econômica e social. Dessa forma, a família seria um recurso central para a subsistência e acumulação de riqueza (FUSSEL; PALLONI, 2004; CASTRO- MARTÍN, 2002). Uma outra explicação seria o controle social gerado por tradições sociais em relação aos jovens, que priorizam o casamento formal e o papel da mulher na unidade doméstica em detrimento ao trabalho remunerado (SINGH; SAMARA, 1996). Porém, essas tradições rígidas estão se tornando mais flexíveis, visto a entrada crescente da mulher casada no mercado de trabalho e o número de uniões estáveis (CERRUTTI; BINSTOCK, 2009). 4. DADOS E MÉTODOS Serão descritas as bases de dados utilizadas nesse trabalho, a forma de preparação dos dados, população e amostra, as variáveis de análise e a metodologia utilizada. 4.1 Dados Este estudo utilizará dados de natureza quantitativa oriundos do censo de As informações censitárias oferecem um panorama para todo o país, além de permitir desagregações por grandes regiões, unidades da federação e municípios. A escolha pelo censo se baseia em sua cobertura nacional, gerando resultados representativos para a população total e também no fato da entrevista contar com perguntas referentes à nupcialidade. Como o censo traz a informação da idade da pessoa na data da entrevista, mas não a idade ao casamento será utilizado o método Singulate Median Age of Marriage (SMAM) que é uma medida sintética de nupcialidade proposta por Hajnal (1953), que obtém a idade média ao casar por meio das proporções de solteiros de cada grupo de idade 3. Entretanto, a utilização do censo oferece dificuldades metodológicas aos pesquisadores por seu caráter transversal. Neste estudo, as dificuldades se relacionam as questões de nupcialidade (ausência da história matrimonial). O problema se refere à identificação da primeira união, pois não existem informações se aquela união na data do censo é a primeira, o que pode gerar uma possibilidade de erros de declaração por parte de pessoas que já viveram em uma união estável, mas que declaram que nunca estiveram unidas. Uma tentativa de minimizar esse problema será a utilização da variável presente na base que identifica se a pessoa entrevistada na data de referência vive em companhia de cônjuge ou companheiro (V0637). A variável permite identificar quem está vivendo em união na data do censo; quem não está vivendo atualmente, mas já viveu e quem nunca viveu unido antes. Essa variável é extremamente 3 O método será detalhado na seção de metodologia. 5

6 importante para esse estudo, pois permite a identificação dos solteiros, ou seja, as pessoas que nunca estiveram em nenhum tipo de união para cálculo da SMAM. 4.2 População e Amostra A população desse estudo se constitui de todos os casos de indivíduos da base da amostra de pessoas do Censo de 2010 (N= , sendo que deste total 49% das pessoas são do sexo masculino e 51% do feminino). A amostra utilizada para o cálculo da idade média à união (SMAM) será composta por indivíduos de 10 a 54 anos. Para tanto, a partir do banco original procedeu-se primeiramente uma separação dos casos de homens (N= ) e mulheres (N= ), criando-se 2 bases por sexo. Posteriormente, manteve-se em cada base apenas os indivíduos entre 10 e 54 anos para o cálculo por sexo da idade média à união por categoria religiosa que serão a amostra a ser utilizada para essa variável de análise (N homens= ; N mulheres= ). 4.3 Método Nesse estudo, a idade média ao casar será calculada por meio da utilização do método indireto Singulate Mean Age at Marriage (SMAM) 4, proposto por Hajnal (1953) que calcula a idade média de união de uma população por meio da proporção de solteiros entre as idades de 10 a 54 anos. A idade média ao casar é uma medida de período que descreve o comportamento de uma coorte hipotética sintética. O cálculo parte da proporção de solteiros por grupo qüinqüenal de idade e sexo (informações presentes no censo). O modelo sugere a utilização da população entre 15 e 54 anos de idade como intervalo em que ocorrem os casamentos. Por isso o pressuposto do método é que os casamentos só ocorrem dentro das faixas etárias citadas acima e que a mortalidade não é seletiva pelo status marital em todos os grupos etários. O cálculo da idade média à união é descrita abaixo: 1º Passo: cálculo do número de pessoas-anos vivido pelos solteiros nas idades até 15 anos, considerando que a população inicial é de 100 pessoas (por se tratarem de dados percentuais): 15 * 100 = º Passo: cálculo da proporção de solteiros entre as idades de 15 a 50 anos = número de solteiros em cada grupo qüinqüenal de idade / população total. 3º Passo: somatório das proporções de solteiros total: ( das % entre 15 a 50 anos * 5) (equivale ao número de pessoas-anos vividos no estado de solteiro antes de se casarem). 4º Passo: porcentagem de solteiros ou de pessoas que nunca se casaram na idade exata de 50 anos: estimado pela média das porcentagens nos grupos etários de e (resulta na proporção de pessoas que nunca se casaram). [(%45-49)*(%50-54)/2] * 50 A multiplicação entre a proporção de pessoas que nunca se casaram por 50 (proxy para o limite superior do período reprodutivo dentro do casamento) equivale ao número de pessoasanos vividos que nunca se casaram. 5º Passo: a subtração entre número de pessoas-anos vividos no estado de solteiro antes de se casarem e o número de pessoas-anos vividos que nunca se casaram resultará em pessoas-anos vividos nunca casados. 4 A explicação do método se encontra na seção de metodologia desse estudo. 6

7 6º Passo: a subtração do total da populção (100 pessoas) e a proporção de pessoas que nunca se casaram resulta na proporção de pessoas uma vez casadas. 7º Passo: a divisão entre pessoas-anos vividos nunca casados e proporção de pessoas casadas resulta na idade média ao primeiro casamento. Ao aplicar o método SMAM para cada categoria de análise de religião, foi possível indentificar diferenciais na idade à primeira união por religião. 5. RESULTADOS E DISCUSSÕES A proporção de solteiros totais se apresenta em ordem decrescente, isso porque a maior parte das pessoas está solteira no início do período fértil (15 anos). Estas proporções passam por reduções com o aumento da idade porque existem aumentos na proporção de unidos. Os dados da tabela 1 abaixo revelam que os homens do grupo etário de 15 a 19 anos possuem uma proporção de solteiros superior a das mulheres, estando acima de 90%. Já as mulheres deste mesmo grupo etário possuem mais de 80% de solteiras. Uma explicação para este panorama é o fato dos homens se casarem mais tarde que as mulheres. Em ambos os sexos, a proporção de solteiros é menor para todos os grupos etários pertencentes as pessoas de baixa escolaridade (até ensino fundamental incompleto) quando comparadas aos de alta escolaridade (ensino médio completo e mais), sendo que aquelas pertencentes aos grupos de 20 a 29 anos apresentam os maiores diferenciais. As proporções de solteiros de baixa escolaridade também são ligeiramente menores quando comparadas aos solteiros totais. A maior proporção de solteiros nas altas escolaridades indicam uma menor proporção de unidos. Tabela 1 - Proporção de solteiros por sexo e escolaridade. HOMENS Grupo etário Total Alta Escolaridade Baixa escolaridade 15 a 19 anos 94,38 94,73 93,04 20 a 24 anos 67,30 75,72 57,34 25 a 29 anos 39,63 45,58 32,54 30 a 34 anos 22,14 24,76 20,44 35 a 39 anos 14,18 14,26 15,10 40 a 44 anos 10,81 9,79 12,43 45 a 49 anos 8,67 7,23 10,20 50 a 54 anos 7,06 5,69 8,52 MULHERES Grupo etário Total Alta Escolaridade Baixa escolaridade 15 a 19 anos 81,43 83,83 70,95 20 a 24 anos 49,34 59,69 27,03 25 a 29 anos 27,73 33,91 14,09 30 a 34 anos 15,80 19,65 9,44 35 a 39 anos 10,89 13,76 7,42 40 a 44 anos 9,20 11,49 6,78 45 a 49 anos 8,31 10,52 6,21 50 a 54 anos 7,82 10,37 5,89 Fonte: Elaboração própria a partir dos dados do censo de

8 A análise dos dados da tabela 2 revelam que a idade média à união em 2010 no Brasil é de 22,95 anos para as mulheres e 25,96 anos para os homens. Esse dados estão de acordo com os achados de Ruiz, Spijker e Esteve (2009) que encontraram uma idade média à união de 26,30 anos para os homens e 22,2 anos para as mulheres utilizando os dados do censo brasileiro de 2000 e o método SMAM. Tabela 2 - Idade média ao casar em anos por sexo e escolaridade, Brasil Sexo SMAM Total SMAM por Escolaridade Até ensino fundamental incompleto Ensino médio completo ou mais Homens 25,96 24,69 27,13 Mulheres 22,95 18,84 25,14 Fonte: Elaboração própria a partir dos dados do Censo de Dessa forma, percebe-se que não houve um adiamento na idade média à união no Brasil de 2000 para 2010 para homens e mulheres. Os dados para as mulheres indicam que a situação de estabilidade vivenciada até 2000 permaneceu em 2010, sendo que a idade média à união se manteve entre 22 e 23 anos. Para os homens não foram encontradas séries históricas de idades médias à união para o Brasil para fins de comparação, apenas dados para A partir desses dados, percebe-se também que os homens se casam mais tarde que as mulheres, em 2010, essa diferença foi de 3 anos a mais para os homens. Entretanto, o cálculo da SMAM por escolaridade revela diferenciais. A análise para os dados das mulheres indicam que aquelas de baixa escolaridade apresentam idade média à união menor em 4,11 anos em relação a idade média total. Já as de alta escolaridade possuem idade média à união maior em 2,19 anos. A diferença na idade entre as mulheres de baixa e alta escolaridade é de 6,30 anos. Para os homens, os dados mostram que aqueles de baixa escolaridade apresentam idade média à união menor em 1,27 anos em relação à idade média total. Já os de alta escolaridade possuem idade média à união maior em 1,17 anos. A diferença na idade entre as mulheres de baixa e alta escolaridade é de 2,44 anos. 5. CONCLUSÕES Os dados deste estudo permitem algumas conclusões. A primeira é de que a idade à união das mulheres no Brasil permanece estável e em idades jovens em 2010 quando comparadas aquelas dos países da Europa e Estados Unidos, entre 22 e 23 anos. A idade dos homens também não variou muito em relação aos dados de Ruiz, Spijker e Esteve (2009) para o ano de 2000, apenas 0,34 anos, mantendo-se entre 25 e 26 anos. Dessa forma, entende-se que não existem indícios para se afirmar que no Brasil a expansão educacional tenha levado a um adiamento na idade média à união. Uma explicação para esta estabilidade pode ser o aumento das uniões consensuais no Brasil. Apesar dessa modalidade de união consensual sempre ter existido no Brasil, ela vem ganhando maior adesão por parte da sociedade com o passar do tempo. Vivencia-se, hoje, um aumento das uniões consensuais de 28,6% em 2000 para 36,4% do total em 2010 (IBGE 2000, 2010). Isso porque de acordo com De Vos (1998) e Quilodrán 8

9 (1999) a união consensual se concentra entre as mulheres mais jovens por serem menos dispendiosas e devido ao seu caráter experiemental. Dessa forma, os resultados deste estudo corroboram com Ruiz, Spijker e Esteve (2013). Assim, o adiamento do casamento causado pela expansão educacional pode ter sido compensado pela entrada na união consensual em idades mais jovens. Outro ponto é que existe diferenciais nas idades à união por sexo, isso porque os homens se casam mais tarde que as mulheres. Entretanto, quando é feito um recorte no cálculo da idade média à união por escolaridade, identifica-se diferenciais. As pessoas de baixa escolaridade se unem mais cedo. De acordo com o estudo de Ruiz, Spijker e Esteve (2013) no Brasil no ano de 2000, as mulheres com 1 a 5 anos de escolaridade entraram em uma união 2,32 anos antes. Este panorama brasileiro indica que o adiamento na idade média à união (consensual ou formal) no Brasil em 2010 aconteceu apenas para um grupo de pessoas de alta escolaridade. São as pessoas de alta escolaridade que tem adiado qualquer forma de união no intuito de conseguir terminar os estudos. Eles podem estar priorizando permanecer na casa dos pais pelo suporte financeiro e da produção doméstica, adiando sua união. 6.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARRIAGADA, I. (2002). Changes and inequality in Latin American families. CEPAL Review, 77, BARROS, J.V.S. Medindo a saúde reprodutiva segundo o tipo de união na América Latina: indicadores sintéticos para Brasil e México f. Dissertação (Mestrado em Demografia) - Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, BERQUÓ, E. Nupcialidade da população negra no Brasil. Campinas, NEPO Unicamp, (textos NEPO, 11). CASTRO-MARTIN, T.; GARCIA, T.M.; GONZÁLEZ, D.P. Tipo de unión y violencia de género: una comparación de matrimonios y uniones consensuales en américa latina. Población y salud sexual y reproductiva en américa latina. Laura L. Rodríguez Wong (Org). Serie Investigaciones N 4. ALAP Editor. Rio de Janeiro, Brasil CERRUTTI, M.; BINSTOCK, G. (2009) Familias latinoamericanas en transformación: desafíos y demandas para la acción pública, Serie Políticas Sociales n. 147, Santiago de Chile, CEPAL/UNFPA. COSTA, C. S. Uniões informais no Brasil em 2000: uma análise sob a ótica da mulher f. Dissertação (Mestrado em Demografia) - Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, DE VOS, S. (1998). Nuptiality in Latin America: The view of a sociologist and a family demographer. Center of Demography and Ecology, Working paper No University of Wiscosin-Madison. 9

10 DOMÍNGEZ-FOLGUERAS, M.; CASTRO-MARTÍN, T. Women s changing socioeconomic position and union formation in Spain and Portugal. Demographic Research, v.19, n.41, , ESTEVE, A., LESTHAEGHE, R. AND LÓPEZ-GAY, A. (2012). The Latin American Cohabitation Boom, Population and Development Review 38(1): doi: /j x. FUSSELL, E., & PALLONI, A. (2004). Persistent marriage regimes in changing times. Journal of Marriage and Family, 66(5), HAJNAL, J. Age at marriage and proportions marrying. Population Studies, Londres, v 7, n 2, KALMIJN, M. Shifting boundaries: trends in religious and educational homogamy. American Sociological Review, Albany, v. 56, n. 6, p , Dec QUILODRÁN, J. L union libre en Amérique Latine: aspects récents d un phénomène séculaire. Cahiers Québécois de Démographie. V. 28, n. 1-2, p , RUIZ, L.L.; SPIJKER, J.; ESTEVE, A (2009). Edad de entrada en unión y expansión educativa en América Latina, , em < Acesso em 27 de fevereiro de RUIZ, L.L.; SPIJKER, J.; ESTEVE, A (2013). Disentangling how educational expansion did not increase women's age at union formation in Latin America from 1970 to 2000, em < Acesso em 3 de julho de RUIZ, L.L.; SPIJKER, J.; ESTEVE, A. Nuptiality Regimes and Educational Expansion in Latin America: Revisiting the Stability Hypothesis. Population Association of America Annual Meeting, Washington, D.C. March 31 - April 2, SINGH, S.; SAMARA, R. (1996). Early Marriage Among Women in Developing Countries. International Family Planning Perspectives, Nueva York, Guttmacher Institute, vol. 22, n. 4, pp WESTOFF, C. F. (2003). Trends in Marriage and Early Childbearing in Developing Countries. Calverton, Maryland: ORC Macroo. Document Number. XIE, Y.; Raymo, J.M.; GOYETTE, K.; THORNTON, A. Economic potential and entry into marriage or cohabitation. Demography, v. 40, n.2, p ,

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