VI Congreso ALAP Dinámica de población y desarrollo sostenible con equidad

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "VI Congreso ALAP Dinámica de población y desarrollo sostenible con equidad"

Transcrição

1 VI Congreso ALAP Dinámica de población y desarrollo sostenible con equidad Contexto familiar das mulheres com primeiro filho recente no Brasil Márcio Mitsuo Minamiguchi Etapa 3

2 Contexto familiar das mulheres com primeiro filho recente no Brasil Márcio Mitsuo Minamiguchi Objetivo: Este trabalho tem como objetivo analisar se existem e quais são os diferenciais por idade e escolaridade ao longo do tempo em termos de arranjos domiciliares onde vivem as mulheres até um ano após terem tido o primeiro filho no Brasil. Justificativas: Este trabalho traz referência aos aspectos de formação de famílias presentes na transição para a vida adulta, com foco no contexto familiar nascimento do primeiro filho. O nascimento do primeiro filho, as uniões e a saída da casa dos pais são considerados os eventos centrais da transição para a vida adulta e para a formação de família. Apesar de ser possível pensar em uma sucessão lógica desses eventos, em que o casamento provoca a saída da casa dos pais e posteriormente os nascimentos, esses processos não ocorrem necessariamente nessa ordem, nem a ocorrência de um necessariamente leva aos outros (Camarano, 2007; Nascimento, 2008). A existência de famílias estendidas e de mães solteiras são evidências de que isso realmente ocorre. Nesse contexto de extensão domiciliar as famílias monoparentais são as mais numerosas no Brasil (53,4% dos 4 milhões de domicílios estendidos possuem famílias conviventes monoparentais femininas) (IBGE, 2012). Como a natureza das bases de dados existentes para analisar o contexto domiciliar dificultam ou mesmo impossibilitam a análise da ordem desses eventos, este trabalho se focará em uma análise centrada nas mulheres que tiveram o primeiro filho no ano anterior à data de referência do censo e busca traçar um perfil do contexto familiar nos três últimos censos demográficos brasileiros (1991, 2000 e 2010), e buscar novos elementos para a discussão a respeito do tema. O foco no primeiro filho se deve ao fato de se tratar de uma transição que envolve mudanças mais drásticas no âmbito do contexto familiar para a mulher do que Doutorando em Demografia CEDEPLAR/UFMG minamiguchi@cedeplar.ufmg.br

3 os filhos subsequentes. E a escolha de se trabalhar com primeiro filho no último ano anterior à data de referência dos censos se deve ao fato de que se trata de um horizonte relativamente curto de análise, que torna mais fácil elaborar hipóteses a respeito do tipo de mudanças que poderiam ter ocorrido no ambiente familiar e pensar nas possíveis explicações para o ocorrido. Além disso, a importância de se pensar no contexto familiar como dimensão de análise dos nascimentos se deve ao fato de que ele está intimamente relacionado à disponibilidade de recursos e de cuidados para as crianças, e o suporte para as mães. Informações: As bases de dados censitárias utilizadas nesta análise foram obtidas através do IPUMS Integrated Public Use Microdata Series e a escolha se deveu à facilidade de identificação de cônjuge, pai e mãe nessa base, fator que poupa um grande esforço na definição das categorias a serem estudadas. Isso porque, pensando nas etapas da transição para a vida adulta unir-se, sair da casa dos pais e ter o primeiro filho, possuir de antemão identificadores que permitem constatar a corresidência ou não desses membros familiares facilita o processo de construção de categorias de arranjos domiciliares. A partir desses elementos, foi possível construir as seguintes categorias de condição no domicílio nos quais estão inseridas as mulheres que tiveram o primeiro filho ao longo do ano anterior à data de referência do censo, considerando somente as mulheres que residem com esse filho: Solteira responsável pelo domicílio; Solteira corresidente com os pais; Solteira corresidência com outros parentes ou não parentes; Corresidência com cônjuge; Corresidência com cônjuge e pais; Corresidência com cônjuge e sogros; Corresidência com cônjuge e outros parentes ou não parentes.

4 Depois de definidas essas categorias, foi possível buscar a definição de onde se encontram as mulheres que tiveram seu primeiro filho no ano anterior à data de referência dos três últimos censos brasileiros. Foram consideradas neste caso somente as mães que corresidiam com esses seus filhos, identificando através da presença de um filho com menos de um ano de idade no domicílio. Esse artifício também facilita o trabalho de comparação entre os diferentes censos demográficos. A identificação do primeiro filho é dada pela informação a respeito do total de filhos tidos das mulheres (a parturição acumulada). No caso de ser apenas um, assumimos que esse filho teria sido o primeiro. Existe a restrição nesse caso de não considerar nascimentos múltiplos ou mais de um nascimento ocorrido ao longo de um ano. Contudo, como esses eventos são relativamente raros, e a preocupação neste trabalho é mais com as proporções relativas das diferentes categorias, assumo o pressuposto de que esse fator não afeta as proporções, embora evidentemente tenha influência sobre os níveis observados. As idades a serem consideradas são de 15 a 39 anos. As idades de 15 a 34, são consideradas as mais importantes para a formação dos domicílios (ESTEVE et al, 2012). A categoria de 35 a 39 anos também é incluída devido ao fato de que nesse grupo etário ainda existe um contingente significativo de mulheres tendo o primeiro filho. Após os 40 anos de idade, esse fenômeno acaba se tornando mais residual. Discussão Em geral as mulheres têm o primeiro filho bastante cedo no Brasil, com uma alta proporção de primeiros filhos entre as mulheres com menos de 25 anos de idade. A importância dessas mães mais jovens, contudo, diminui ao longo do período entre 1991 e 2010, como podemos observar no GRÁF. 1.

5 Gráfico 1 Proporções de primeiros filhos residentes com menos de um ano de idade por mulher. Brasil, 1991, 2000 e ,07 0,06 0,05 0,04 0,03 0,02 0, Fonte: Censos Demográficos 1991, 2000 e 2010; IPUMS. Como a função de fecundidade no Brasil é jovem, é natural que os primeiros filhos ocorram em uma idade bastante jovem. Tendo em vista esse contexto em que os grupos de idade mais jovens são mais representativos, embora ganhem peso ao longo dos anos, cabe agora analisar os diferenciais em termos de composição dos domicílios onde essas mães de primeira viagem estão inseridas. Uma primeira análise a respeito do contexto familiar no qual estão inseridas as mulheres com primeiro filho com menos de um ano de idade aponta para o fato de que essas mulheres estão unidas, embora não se saiba o contexto no qual ocorre a concepção, já que as bases de dados disponíveis não permitem obter tal informação. Uma pesquisa de Simão et al (2006) para município de Belo Horizonte aponta que os primeiros nascimentos em geral ocorrem dentro de uniões, mas que uma proporção considerável de nascimentos é de mães solteiras. Camarano (2006) aponta para um crescimento na proporção de mulheres que fazem a transição para a vida adulta via constituição de família, apesar de boa parte delas ainda continuar vivendo na casa dos pais. Elas podem ser segundo a autora mulheres que ainda não saíram da casa dos pais após o casamento e a maternidade ou que retornaram após a dissolução das uniões.

6 Como o foco deste trabalho é de um horizonte de menos de um ano após o nascimento do primeiro filho, minimiza o tempo de exposição aos eventos de mudança e separação que podem ocorrer ao longo do tempo. Embora possamos considerar que os primeiros filhos no início de suas vidas estejam em um contexto de um núcleo familiar biparental, não podemos dizer o mesmo com relação ao domicílio. Grande parte dessas famílias biparentais reside no domicílio de origem do esposo ou da esposa. Embora realmente os domicílios nos quais a mulher, o companheiro e o filho constituem a única família ou a principal dentro do domicílio, grande proporção dessas famílias são conviventes com os pais ou sogros, principalmente. Nesse caso, é interessante notar que, para qualquer um dos três períodos considerados, as mulheres com cônjuge tendem a corresidir em maior medida com os sogros, ao passo que entre as mais velhas, a forma de extensão familiar mais comum é com os pais. O mesmo é possível dizer a respeito das mulheres que não vivem com um cônjuge, mas isso não quer dizer que constitua um domicílio monoparental. De fato, como é possível observar nos GRÁFs 2, 3 e 4 a grande maioria das mulheres sem cônjuge vive com seus pais. Ou seja, a transição para o primeiro filho provavelmente ocorreu antes da transição da saída da casa dos pais. Isso é razoável de se imaginar no caso das mais jovens, principalmente. No caso das mulheres mais velhas, pode ter existido em maior medida uma saída e retorno, diversas transições anteriores que os dados disponíveis não conseguiriam dar conta de responder. É importante constatar também o crescimento das categorias sem cônjuge nesse período analisado. E nesse caso, o aumento foi mais representado pelas mulheres que estavam vivendo com os pais. Por outro lado, vemos a redução dos arranjos sem a presença de cônjuge e vivendo com outros parentes ou não parentes. Nesse caso, a despeito do crescimento da importância da extensão familiar nesse período, ela foi quase que exclusivamente em função do aumento da presença de pai e/ou mãe dentro do domicílio. Dessa forma, a ideia de monoparentalidade dentro de domicílio monoparental nesse primeiro momento, de transição que o nascimento do primeiro filho representa, é quase que residual, principalmente no caso das mulheres mais jovens. Nota-se, contudo, um crescimento das mulheres que são solteiras e chefes de domicílio à medida que avança a idade.

7 Gráfico 2 Condição de residência no domicílio das mulheres que vivem com o primeiro filho menor de um ano, por grupos de idade. Brasil, % 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Faixa etária Com conjuge e sogros Com conjuge e não parentes Com conjuge e outros parentes Com conjuge Com conjuge e pais Com não parentes Com parentes Com pais Chefe Fonte: Censo Demográfico 1991; IPUMS. Gráfico 3 Condição de residência no domicílio das mulheres que vivem com o primeiro filho menor de um ano, por grupos de idade. Brasil, % 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Faixa etária Com conjuge e sogros Com conjuge e não parentes Com conjuge e outros parentes Com conjuge Com conjuge e pais Com não parentes Com parentes Com pais Chefe

8 Fonte: Censo Demográfico 1991; IPUMS. Gráfico 4 Condição de residência no domicílio das mulheres que vivem com o primeiro filho menor de um ano, por grupos de idade. Brasil, % 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Faixa etária Com conjuge e sogros Com conjuge e não parentes Com conjuge e outros parentes Com conjuge Com conjuge e pais Com não parentes Com parentes Com pais Chefe Fonte: Censo Demográfico 1991; IPUMS. Quando se observa os diferenciais em termos de escolaridade, existe um padrão que se mantém ao longo dos anos, com uma tendência a um aumento da importância do crescimento das mulheres mais velhas para o grupo das mais escolarizadas, reflexo da tendência de fecundidade mais tardia para esse grupo (GRÁFs 5, 6 e 7). Com a maior escolaridade, o processo natural também é o adiamento das etapas de vida características da transição para a vida adulta. É possível notar que entre as mulheres que possuem nível superior (completo ou incompleto), existe uma proporção pequena daquelas que possuem o primeiro filho recente entre as mais jovens, ao passo que entre as mais velhas, existe uma proporção maior, corroborando com a ideia de uma transição para o primeiro filho mais tardia. Dado que as características do ambiente familiar mudam muito com a idade com que se tem o primeiro filho, como observado anteriormente, sobretudo no que diz respeito à ausência de um cônjuge e à permanência no domicílio de origem, é importante também fazer uma análise focando nesses diferenciais. Gráfico 2

9 Proporções de primeiros filhos residentes com menos de um ano de idade por mulher, por anos de estudo completos. Brasil, ,07 0,06 0,05 Proporção 0,04 0,03 0,02 0, Idade Até 8 anos De 9 a 11 anos 12 anos ou mais Fonte: Censo Demográfico 1991; IPUMS. Gráfico 3 Proporções de primeiros filhos residentes com menos de um ano de idade por mulher, por anos de estudo completos. Brasil, ,07 0,06 0,05 0,04 0,03 0,02 0, Até 8 anos De 9 a 11 anos 12 anos ou mais Fonte: Censo Demográfico 2000; IPUMS. Gráfico 4

10 Proporções de primeiros filhos residentes com menos de um ano de idade por mulher, por anos de estudo completos. Brasil, ,07 0,06 0,05 0,04 0,03 0,02 0, Até 8 anos De 9 a 11 anos 12 anos ou mais Fonte: Censo Demográfico 2010; IPUMS. Como existem diferenciais entre os níveis educacionais em termos de timing do primeiro filho, o ambiente familiar também deve ser estudado tendo em vista esses diferenciais. Entre as adolescentes, grupo bastante representativo neste caso, ocorre uma redução bastante grande daquelas que são casadas entre os anos de 1991 e Por outro lado, cresce sobretudo a proporção daquelas que vivem com seus pais. Nesse sentido, o aporte familiar permanece bastante importante. Entre as mulheres menos escolarizadas, vemos que existe uma proporção maior daquelas que vivem exclusivamente com cônjuge, ao passo que entre as mais escolarizadas, o suporte familiar parece ser mais forte (TAB. 1). Isso é bastante importante quando consideramos que as mulheres menos escolarizadas também estão em maior medida vivendo em domicílios chefiados por outros parentes ou não parentes. Uma hipótese seria de que o ambiente familiar de origem dessas mulheres também seria diferente para esse grupo, tendo uma proporção menor de arranjos tradicionais com pai e mãe, e tendo uma maior proporção de famílias com avôs e avós, tios, entre outros. No caso das mulheres que estão na condição de corresidindo com outro parente responsável, a maior parte desses domicílios possui avô.

11 Tabela 1 Condição de residência no domicílio das mulheres de 15 a 19 anos de idade que vivem com o primeiro filho menor de um ano, por grupos de idade. Brasil, 1991, 2000 e Até ou 9 ou 9 ou mais Até 8 mais Até 8 mais Responsável por domicílio monoparental 0,9% 0,8% 1,4% 1,2% 1,7% 1,7% Com pais 19,0% 21,1% 25,6% 31,6% 28,4% 29,8% Com outros parentes ou não parentes como responsável 3,9% 2,7% 3,7% 2,8% 4,0% 2,5% Com cônjuge 54,4% 49,9% 48,4% 42,4% 41,8% 40,9% Com cônjuge e pais 8,1% 10,8% 6,7% 9,0% 8,4% 10,4% Com cônjuge e sogros 11,6% 12,5% 12,7% 11,6% 14,1% 13,4% Com cônjuge e outros parentes ou não parentes como responsável 2,1% 2,1% 1,5% 1,3% 1,6% 1,3% Fonte: Censos Demográficos 1991, 2000 e 2010; IPUMS. Quando consideramos as mulheres mais velhas, entre 20 e 40 anos de idade, o que vemos é um padrão semelhante, embora nesse caso exista uma proporção maior dos os arranjos que possuem cônjuge. Ou seja, as mães solteiras deixam de ter a alta prevalência que possuíam entre as adolescentes. Entre as mulheres mais escolarizadas é onde existe uma proporção maior de mulheres unidas em domicílio sem a presença de pais ou de outro parente ou não parente responsável, ou seja, onde as três etapas da transição para a vida adulta consideradas coexistem. Contudo, da mesma forma como ocorre com as mães adolescentes, a proporção de mulheres com cônjuge é menor em um período mais recente, para qualquer nível de escolaridade. O que mostra novamente a importância da extensão familiar e o aumento da monoparentalidade, embora os domicílios monoparentais tenham apresentado um aumento discreto no período. A presença dos pais no domicílio é importante. Assim, esses arranjos monoparentais relacionados ao primeiro filho recente, independentemente da idade das mulheres, do nível de educação ou do período analisado, ocorre em um contexto de corresidência com os pais. Mesmo entre as mulheres casadas, independentemente do nível de instrução, existe um aumento da proporção daquelas que corresidem com pai e/ou mãe, e uma diminuição daquelas que corresidem com seus sogros em 2010 em comparação com

12 1991. Interessante notar que com a maior escolaridade, cresce a proporção daquelas que corresidem com os pais e diminui a proporção daquelas que corresidem com seus sogros. Os motivos para esse padrão não são bem conhecidos, mas dá margem a muitas especulações. Tabela 2 Condição de residência no domicílio das mulheres de 20 a 39 anos de idade 1 que vivem com o primeiro filho menor de um ano, por grupos de idade. Brasil, 1991, 2000 e Até 8 9 a ou 12 ou Até 8 9 a 11 mais mais Até 8 9 a 11 Responsável por domicílio 2,3% 2,3% 1,9% 3,4% 2,8% 2,5% 3,3% 3,0% 2,2% Com mãe e/ou pai 11,1% 9,8% 6,3% 14,6% 15,1% 14,1% 15,4% 14,7% 14,8% Com outros parentes 2,2% 1,7% 0,8% 2,3% 1,5% 1,4% 2,7% 1,9% 0,8% Com não parentes 1,2% 0,5% 0,5% 0,6% 0,1% 0,0% 0,1% 0,1% 0,1% Com cônjuge 67,8% 71,7% 78,2% 66,1% 66,3% 70,8% 61,9% 64,0% 67,1% Com cônjuge e mãe e/ou pai 5,9% 7,0% 7,4% 4,3% 6,0% 6,0% 6,5% 7,9% 8,5% Com cônjuge e outros parentes 1,2% 0,8% 0,4% 1,0% 0,6% 0,4% 1,3% 0,8% 0,6% Com cônjuge e não parentes 0,3% 0,2% 0,1% 0,1% 0,1% 0,0% 0,1% 0,0% 0,0% Com cônjuge e sogros 8,1% 5,9% 4,3% 7,7% 7,4% 4,7% 8,7% 7,7% 5,9% 12 ou mais Considerações finais: As evidências aqui apresentadas apontam que os primeiros filhos no início de suas vidas estão inseridos dentro de uma união, independente do período e grupo de idade analisado. Isso não quer dizer que eles estão dentro de um domicílio biparental tradicional, tampouco que esse processo segue uma linearidade das etapas que envolvem a transição para a vida adulta. A idade precoce das uniões, assim como o fato de que o contexto em que elas ocorrem muitas vezes estão inseridas dentro de uma extensão familiar indica que é possível que grande parte dessas uniões tenham sido resultado desses nascimentos. O papel dos pais e dos sogros é muito importante para os primeiros filhos recentes (avós desses filhos), e cresce entre os anos de 1991 e A proporção alta e 1 Medida padronizada, utilizando as proporções relativas por idade multiplicadas por uma estrutura etária escolhida como padrão.

13 crescente desses domicílios de três gerações no caso dos primeiros filhos recentes revela também a importância dos laços familiares dentro desse momento de constituição de um novo núcleo familiar, não somente em função de recursos ou cuidados, mas também com a convivência dentro de um mesmo domicílio. O crescimento da proporção dos primeiros filhos recentes que vivem em uma família monoparental ocorre durante o período de 1991 a 2010, em qualquer um dos grupos etários e níveis de escolaridade considerados. Parte desse aumento pode ser reflexo de uma tendência a uma redução dos constrangimentos em ser mãe solteira e consequente diminuição dos casamentos forçados, que em grande medida podem ser reflexo de mudanças em aspectos ideacionais. Além disso, possivelmente a força dos laços familiares contribui para que a necessidade de casamento em função do filho passe a ser menos considerada. Com o suporte familiar, e sem o estigma social de uma mãe solteira, o peso de um filho não planejado sem dúvida seria bastante atenuado.

14 Referências: Brasil. Ministério da saúde (2009). Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher PNDS 2006 : dimensões do processo reprodutivo e da saúde da criança/ Ministério da Saúde, Centro Brasileiro de Análise e Planejamento. Brasília : Ministério da Saúde. Camarano, A.A. (2007). Maternidade na adolescência: uma nova forma de constituição de famílias? CADERNOS ADENAUER VIII Nº2 Camarano, A. A (2006). Considerações finais: transição para a vida adulta ou vida adulta em transição? In: CAMARANO, A. A. (Orgs). Transição para a vida adulta ou vida adulta em transição? Rio de Janeiro: IPEA, p Camarano, A. A., Mello, J. L., Kanso, S., Andrade, A. (2006). O processo de constituição de famílias entre os jovens: novos e velhos arranjos. In: CAMARANO, A. A. (Org). Transição para a vida adulta ou vida adulta em transição? Rio de Janeiro: IPEA. p Esteve, A; Garcia-Román, J; Lesthaeghe, R. (2012) The Family Context of Cohabitation and Single Motherhood in Latin America. Population and Development Review, 38 (4), pp Helborn, M. L., Cabral, C. (2006). Parentalidade juvenil: transição condensada para a vida adulta. In: CAMARANO, A. A. (Org). Transição para a vida adulta ou vida adulta em transição? Rio de Janeiro: IPEA. IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2013). Síntese dos Indicadores Sociais: Uma análise das condições de vida das pessoas IBGE, Rio de Janeiro. Nascimento, A.M. (2008). Aspectos da transição para a vida adulta no Brasil, dos filhos adultos que residem com os pais, segundo a Pesquisa sobre Padrões de Vida Trabalho apresentado no XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais, realizado em Caxambu- MG Brasil, de 29 de setembro a 03 de outubro de Oliveira, J. C. (2005). Perfil socioeconômico da maternidade nos extremos do período reprodutivo. IBGE, Diretoria de Pesquisas (DPE), Coordenação de População e Indicadores Sociais (COPIS). Mimeo.

15 Simão, A.B.; Miranda-Ribeiro, P.; Caetano, A.J.; César, C.C. (2006). Comparando as idades à primeira relação sexual, à primeira união e ao nascimento do primeiro filho de duas coortes de mulheres brancas e negras em Belo Horizonte: evidências quantitativas. R. bras. Est. Pop., São Paulo, v. 23, n. 1, p , jan./jun. 2006

Palavras-chave: Arranjos domiciliares; Benefício de Prestação Continuada; Idoso; PNAD

Palavras-chave: Arranjos domiciliares; Benefício de Prestação Continuada; Idoso; PNAD Idosos atendidos pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC) que vivem em domicílios com outros rendimentos: perfil sociodemográfico e comparação com os idosos que vivem em domicílios com presença de

Leia mais

Maira Andrade Paulo Cedeplar/UFMG Laetícia de Souza Rodrigues University of Winsconsin. Resumo:

Maira Andrade Paulo Cedeplar/UFMG Laetícia de Souza Rodrigues University of Winsconsin. Resumo: O padrão etário da taxa de primeiros nascimentos entre 1970 e 2000: uma comparação entre as mulheres de Minas Gerais e a média das mulheres brasileiras. Maira Andrade Paulo Cedeplar/UFMG Laetícia de Souza

Leia mais

Objetivos Evolução e diversidade nas famílias monoparentais

Objetivos Evolução e diversidade nas famílias monoparentais 1 Objetivos Evolução e diversidade nas famílias monoparentais Quais as mudanças e as continuidades ocorridas nestas famílias entre 1991-2011? Qual o impacto das mudanças na conjugalidade e na parentalidade,

Leia mais

FREQÜÊNCIA DO ALEITAMENTO MATERNO NO BRASIL, NAS MACRO- REGIÕES, ÁREAS URBANAS E RURAIS E INDICADORES SOCIOECONÔMICOS.

FREQÜÊNCIA DO ALEITAMENTO MATERNO NO BRASIL, NAS MACRO- REGIÕES, ÁREAS URBANAS E RURAIS E INDICADORES SOCIOECONÔMICOS. FREQÜÊNCIA DO ALEITAMENTO MATERNO NO BRASIL, NAS MACRO- REGIÕES, ÁREAS URBANAS E RURAIS E INDICADORES SOCIOECONÔMICOS. Daniela Wenzel Introdução Estudos da prática da amamentação no Brasil: Estudo Nacional

Leia mais

OS NOVOS TIPOS DE FAMÍLIAS: UM ESTUDO SOBRE AS PESSOAS SOZINHAS NO BRASIL ENTRE 1987 E 2007

OS NOVOS TIPOS DE FAMÍLIAS: UM ESTUDO SOBRE AS PESSOAS SOZINHAS NO BRASIL ENTRE 1987 E 2007 OS NOVOS TIPOS DE FAMÍLIAS: UM ESTUDO SOBRE AS PESSOAS SOZINHAS NO BRASIL ENTRE 1987 E 2007 Angelita Alves de Carvalho 1 José Eustáquio Diniz Alves 2 Rafael Chaves Vasconcelos Barreto 3 RESUMO Esta pesquisa

Leia mais

UM ESTUDO SOBRE AS MÃES ADOLESCENTES BRASILEIRAS

UM ESTUDO SOBRE AS MÃES ADOLESCENTES BRASILEIRAS UM ESTUDO SOBRE AS MÃES ADOLESCENTES BRASILEIRAS Maria Salet Ferreira Novellino 1 Neste estudo, analiso as mães-adolescentes brasileiras de 15 a 19 anos de idade relacionando dados sócio-demográficos dessas

Leia mais

Arranjos domiciliares e o espaço da metrópole: uma análise da RMSP na década de 2000

Arranjos domiciliares e o espaço da metrópole: uma análise da RMSP na década de 2000 Arranjos domiciliares e o espaço da metrópole: uma análise da RMSP na década de 2000 Resumo: As componentes demográficas, juntamente com a nupcialidade, estão diretamente ligadas às transformações da estrutura

Leia mais

Mudanças no padrão tradicional da família.

Mudanças no padrão tradicional da família. XXVII Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. VIII Jornadas de Sociología de la Universidad de Buenos Aires. Asociación Latinoamericana de Sociología, Buenos Aires, 29. Mudanças no padrão

Leia mais

Dia Internacional da Família 15 de maio

Dia Internacional da Família 15 de maio Dia Internacional da Família 15 de maio 14 de maio de 14 (versão corrigida às 16.3H) Na 1ª página, 5º parágrafo, 3ª linha, onde se lia 15-65 anos deve ler-se 15-64 anos Famílias em Portugal As famílias

Leia mais

1 Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal//SUPLAV

1 Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal//SUPLAV O perfil das mulheres de 10 anos e mais de idade no Distrito Federal e na Periferia Metropolitana de Brasília - PMB segundo a ótica raça/cor 2010 Lucilene Dias Cordeiro 1 1 Secretaria de Estado de Educação

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO IDOSA DE MINAS GERAIS PELA PNAD 2013

CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO IDOSA DE MINAS GERAIS PELA PNAD 2013 CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO IDOSA DE MINAS GERAIS PELA PNAD 2013 Eleusy Natália Miguel Universidade Federal de Viçosa, eleusy.arq@gmail.com INTRODUÇÃO Observa-se o exponencial crescimento da população

Leia mais

Fatores associados à participação do idoso no. mercado de trabalho brasileiro

Fatores associados à participação do idoso no. mercado de trabalho brasileiro Fatores associados à participação do idoso no RESUMO mercado de trabalho brasileiro Baseado no cenário atual de crescimento da oferta de trabalho dos idosos, juntamente com o deficiente sistema previdenciário

Leia mais

Ana Amélia Camarano (IPEA) Solange Kanso (IPEA)

Ana Amélia Camarano (IPEA) Solange Kanso (IPEA) Ana Amélia Camarano (IPEA) Solange Kanso (IPEA) Brasília, 7 de março de 2007 OBJETIVOS QUESTÕES !"#$"$#%&#!!'"()* Visão geral das tendências de crescimento da população brasileira e dos componentes deste

Leia mais

Transição dos jovens para a vida adulta: risco do nascimento do primeiro filho

Transição dos jovens para a vida adulta: risco do nascimento do primeiro filho Transição dos jovens para a vida adulta: risco do nascimento do primeiro filho Karla Juliana Onofre da Silva Mestranda em Demografia CEDEPLAR/UFMG. Bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal

Leia mais

EDITORIAL. v. 6, n.1, p. 1-24, jan./jun Revision, v. 1, p , 1998.

EDITORIAL. v. 6, n.1, p. 1-24, jan./jun Revision, v. 1, p , 1998. EDITORIAL Família é um termo muito utilizado, mas difícil de captar em toda a sua complexidade. Nos estudos de família há limitações, tanto no aspecto teórico quanto na perspectiva empírica, em relação

Leia mais

REDAÇÃO Caminhos Para Diminuição Da Pobreza No Brasil

REDAÇÃO Caminhos Para Diminuição Da Pobreza No Brasil REDAÇÃO Caminhos Para Diminuição Da Pobreza No Brasil INSTRUÇÃO A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo

Leia mais

Demografia e Geomarketing: os impactos do censo 2010

Demografia e Geomarketing: os impactos do censo 2010 Demografia e Geomarketing: os impactos do censo 2010 Prof. José Eustáquio Diniz Alves Escola Nacional de Ciências Estatísticas Doutor em Demografia e Professor Titular da ENCE/1BGE 31 de março de 2010

Leia mais

UNFPA Brasil/Fernando Ribeiro FECUNDIDADE E DINÂMICA DA POPULAÇÃO BRASILEIRA. UNFPA Brasil/Erick Dau

UNFPA Brasil/Fernando Ribeiro FECUNDIDADE E DINÂMICA DA POPULAÇÃO BRASILEIRA. UNFPA Brasil/Erick Dau UNFPA Brasil/Fernando Ribeiro FECUNDIDADE E DINÂMICA DA POPULAÇÃO BRASILEIRA UNFPA Brasil/Erick Dau A transição demográfica pela qual o Brasil tem passado faz parte de um processo iniciado há décadas.

Leia mais

Indicadores Demográficos. Atividades Integradas III

Indicadores Demográficos. Atividades Integradas III Indicadores Demográficos Atividades Integradas III Dados demográficos Dados demográficos básicos são uma parte essencial de qualquer investigação epidemiológica: - fazem a contagem da linha de base da

Leia mais

NÃO QUERER OU NÃO PODER? UMA ANÁLISE DA AUSÊNCIA DE FILHOS NO BRASIL

NÃO QUERER OU NÃO PODER? UMA ANÁLISE DA AUSÊNCIA DE FILHOS NO BRASIL NÃO QUERER OU NÃO PODER? UMA ANÁLISE DA AUSÊNCIA DE FILHOS NO BRASIL RESUMO: A postergação de nascimentos é uma realidade em expansão no Brasil e a análise da ausência de filhos, seja definitiva ou temporária,

Leia mais

Estatísticas do Registro Civil Data 17 / 12 / 2012

Estatísticas do Registro Civil Data 17 / 12 / 2012 Estatísticas do Registro Civil 2011 Data 17 / 12 / 2012 Em 2011, o total de registros foi 2,0% maior que em 2010, indicando a melhoria da cobertura do registro civil de nascimento no País. Houve acréscimo

Leia mais

Migração dos povos indígenas e os censos demográficos de 1991 e 2000: o caso das capitais estaduais *

Migração dos povos indígenas e os censos demográficos de 1991 e 2000: o caso das capitais estaduais * Migração dos povos indígenas e os censos demográficos de 1991 e 2000: o caso das capitais estaduais * Marília Brasil 1 Pery Teixeira 2 Palavras-chave: Povos Indígenas; migração. RESUMO Introdução: As migrações

Leia mais

PESQUISA E PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO PARA DISSEMINAÇÃO SOBRE TEMAS DIVERSOS DA PESSOA IDOSA

PESQUISA E PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO PARA DISSEMINAÇÃO SOBRE TEMAS DIVERSOS DA PESSOA IDOSA PESQUISA E PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO PARA DISSEMINAÇÃO SOBRE TEMAS DIVERSOS DA PESSOA IDOSA TERMO DE FOMENTO Nº 848255/2017/SNPDDH-CGAP/SNPDDH-GAB/SDH META 1 Diagnóstico atual da população idosa e Reunião

Leia mais

UMA ANÁLISE DA MATERNIDADE DAS JOVENS QUE NÃO ESTUDAVAM E NEM TRABALHAVAM NO BRASIL EM 2010

UMA ANÁLISE DA MATERNIDADE DAS JOVENS QUE NÃO ESTUDAVAM E NEM TRABALHAVAM NO BRASIL EM 2010 UMA ANÁLISE DA MATERNIDADE DAS JOVENS QUE NÃO ESTUDAVAM E NEM TRABALHAVAM NO BRASIL EM 2010 Pedro Henrique de Castro Simões 1 Resumo: O aumento da parcela da população jovem que não estuda e nem trabalha

Leia mais

População em 1º de julho

População em 1º de julho Tabela 6 BRASIL - Projeção da população - Hipótese Recomendada Ajuste da fecundidade incorporando estimativas da TFT com base nas PNADs 22 a 26 e Fecundidade Limite = 1, filho por mulher: 198 - Anos em

Leia mais

TRANSIÇÃO NA ESTRUTURA ETÁRIA- EDUCACIONAL E MERCADO DE TRABALHO NO BRASIL

TRANSIÇÃO NA ESTRUTURA ETÁRIA- EDUCACIONAL E MERCADO DE TRABALHO NO BRASIL TRANSIÇÃO NA ESTRUTURA ETÁRIA- EDUCACIONAL E MERCADO DE TRABALHO NO BRASIL Ernesto F. L. Amaral, Daniel S. Hamermesh, Joseph E. Potter e Eduardo L. G. Rios-Neto Population Research Center - Universidade

Leia mais

Como superar a precariedade do emprego feminino

Como superar a precariedade do emprego feminino Como superar a precariedade do emprego feminino Ana Flávia Machado (Cedeplar/UFMG) Conferência Regional sobre a Mulher da América Latina e do Caribe Fatos estilizados Radical mudança do papel das mulheres

Leia mais

GÊNERO E RAÇA NO ACESSO AOS CARGOS DE CHEFIA NO BRASIL 2007

GÊNERO E RAÇA NO ACESSO AOS CARGOS DE CHEFIA NO BRASIL 2007 GÊNERO E RAÇA NO ACESSO AOS CARGOS DE CHEFIA NO BRASIL 2007 Bárbara Castilho 1 Estatísticas evidenciam desigualdades sociais entre homens e mulheres e entre indivíduos de distintas características de cor

Leia mais

DIFERENÇA DE IDADE ENTRE HOMENS E MULHERES AOS SEREM PAIS E MÃES EM MUNICÍPIOS BRASILEIROS

DIFERENÇA DE IDADE ENTRE HOMENS E MULHERES AOS SEREM PAIS E MÃES EM MUNICÍPIOS BRASILEIROS DIFERENÇA DE IDADE ENTRE HOMENS E MULHERES AOS SEREM PAIS E MÃES EM MUNICÍPIOS BRASILEIROS INTRODUÇÃO Alguns estudos demonstram que a idade média com que os homens são pais em algumas partes do Brasil

Leia mais

O que Provocou o Declínio da Fecundidade entre 1986 e 1996? A análise de algumas variáveis selecionadas *

O que Provocou o Declínio da Fecundidade entre 1986 e 1996? A análise de algumas variáveis selecionadas * O que Provocou o Declínio da Fecundidade entre 1986 e 1996? A análise de algumas variáveis selecionadas * Ana Roberta Pati Pascom 1 IPEA IBGE/ENCE 1 - INTRODUÇÃO É de conhecimento geral que o comportamento

Leia mais

Metodologias de Estimativas e Projeções Populacionais para Áreas Menores: A experiência do Rio Grande do Sul

Metodologias de Estimativas e Projeções Populacionais para Áreas Menores: A experiência do Rio Grande do Sul Metodologias de Estimativas e Projeções Populacionais para Áreas Menores: A experiência do Rio Grande do Sul Maria de Lourdes Teixeira Jardim Técnica da Fundação de Economia e Estatística Resumo: O desenvolvimento

Leia mais

DINÂMICA DA NUPCIALIDADE, GÊNERO E TRABALHO FEMININO

DINÂMICA DA NUPCIALIDADE, GÊNERO E TRABALHO FEMININO DINÂMICA DA NUPCIALIDADE, GÊNERO E TRABALHO FEMININO Marcos Fernandes Brum da Silva1 Aída C. G. Verdugo Lazo2 O objetivo deste artigo é articular as relações entre trabalho feminino, gênero e nupcialidade.

Leia mais

1. A população de Portugal não tem um número elevado de filhos porque não pode ou porque não quer?

1. A população de Portugal não tem um número elevado de filhos porque não pode ou porque não quer? O Inquérito à Fecundidade, realizado em 2013, resultou de uma parceria entre o Instituto Nacional de Estatística (INE) e a Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS). O momento para apresentação da totalidade

Leia mais

Desigualdades nos riscos de mortalidade na infância e de gravidez na adolescência em populações vulneráveis nos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo

Desigualdades nos riscos de mortalidade na infância e de gravidez na adolescência em populações vulneráveis nos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo Desigualdades nos riscos de mortalidade na infância e de gravidez na adolescência em populações vulneráveis nos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo Mário Francisco Giani Monteiro Palavras-chave: Mortalidade

Leia mais

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão Nelson Machado INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE Presidente Eduardo Pereira Nunes Diretor

Leia mais

Diretoria de Pesquisas - DPE Coordenação de População e Indicadores Sociais - COPIS Gerência de Indicadores Sociais - GEISO 17/12/2014

Diretoria de Pesquisas - DPE Coordenação de População e Indicadores Sociais - COPIS Gerência de Indicadores Sociais - GEISO 17/12/2014 2014 Diretoria de Pesquisas - DPE Coordenação de População e Indicadores Sociais - COPIS Gerência de Indicadores Sociais - GEISO 17/12/2014 Indicadores Sociais Construção baseada em observações geralmente

Leia mais

NOTÍCIAS ETENE 04 DE MAIO DE 2011 RESULTADOS DO CENSO 2010

NOTÍCIAS ETENE 04 DE MAIO DE 2011 RESULTADOS DO CENSO 2010 NOTÍCIAS ETENE 04 DE MAIO DE 2011 RESULTADOS DO CENSO 2010 População brasileira cresce quase 20 vezes desde 1872 A população do Brasil alcançou a marca de 190.755.799 habitantes na data de referência do

Leia mais

INTRODUÇÃO. Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Cidadania-SMDSC,

INTRODUÇÃO. Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Cidadania-SMDSC, PERFIL DE IDOSOS SUBMETIDOS A AVALIAÇÃO GERIÁTRICA COM A EQUIPE MULTIDISCIPLINAR EM UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA 1 Fábia Maria de Santana; 2 Mariana dos Santos

Leia mais

ANAIS DO II SEMINÁRIO SOBRE GÊNERO: Os 10 anos da lei Maria da Penha e os desafios das políticas públicas transversais

ANAIS DO II SEMINÁRIO SOBRE GÊNERO: Os 10 anos da lei Maria da Penha e os desafios das políticas públicas transversais PESSOA DE REFERÊNCIA NA FAMÍLIA (FAMÍLIA MONOPARENTAL FEMININA) NO BRASIL Adriele de Souza da Silva: adrielesilva4@gmail.com; Jessica Fernanda Berto: jfb2191@gmail.com; Aparecida Maiara Cubas da Silva:

Leia mais

Causas de morte em idosos no Brasil *

Causas de morte em idosos no Brasil * Causas de morte em idosos no Brasil * Ana Maria Nogales Vasconcelos Palavras-chave: mortalidade, causas de morte, envelhecimento, transição demográfica e epidemiológica. Resumo Até muito recentemente,

Leia mais

DINÂMICA POPULACIONAL E INDICADORES DEMOGRÁFICOS. Aula 4

DINÂMICA POPULACIONAL E INDICADORES DEMOGRÁFICOS. Aula 4 DINÂMICA POPULACIONAL E INDICADORES DEMOGRÁFICOS Aula 4 NOS DÁ A IDÉIA DA COMPOSIÇÃO DA POPULAÇAO... Década de 30 A ESPERANÇA DE VIDA AO NASCER passou de aproximadamente 41 anos Década de 50 Viviam média

Leia mais

Transição urbana e demográfica no Brasil: inter-relações e trajetórias

Transição urbana e demográfica no Brasil: inter-relações e trajetórias RESUMO Transição urbana e demográfica no Brasil: inter-relações e trajetórias As transformações demográficas se intensificaram na segunda metade do século XX em todo o país e se encontram em curso nas

Leia mais

Noções Básicas sobre. Análisis de la Fecundidad Experiência Brasileira

Noções Básicas sobre. Análisis de la Fecundidad Experiência Brasileira TALLER REGIONAL SOBRE ANÁLISIS DE COHERENCIA, CALIDAD Y COBERTURA DE LA INFORMACION CENSAL Noções Básicas sobre Análisis de la Fecundidad Experiência Brasileira Santiago, Chile, 1 al 5 agosto de 2011 Data

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO DO ENVELHECIMENTO POPULACIONAL NO ESTADO DE ALAGOAS

CARACTERIZAÇÃO DO ENVELHECIMENTO POPULACIONAL NO ESTADO DE ALAGOAS CARACTERIZAÇÃO DO ENVELHECIMENTO POPULACIONAL NO ESTADO DE ALAGOAS Gabriella de Araújo Gama 1 ; Anny Suellen Rocha de Melo 2 ; Fernanda Correia da Silva 3; Gustavo Henrique de Oliveira Maia 4 ; Isabel

Leia mais

Uma análise da maternidade entre as jovens que não estudavam e nem trabalhavam no Brasil em

Uma análise da maternidade entre as jovens que não estudavam e nem trabalhavam no Brasil em Uma análise da maternidade entre as jovens que não estudavam e nem trabalhavam no Brasil em 2010 1 Pedro Henrique de Castro Simões 2 Palavras-chaves: NEET; Nem-nem; Maternidade; Juventude; Inatividade

Leia mais

As Famílias. Giddens capitulo 7

As Famílias. Giddens capitulo 7 As Famílias Giddens capitulo 7 Alguns conceitos Família um grupo de pessoas diretamente unidas por conexões parentais, cujos membros adultos assumem a responsabilidade pelo cuidado de crianças. Laços de

Leia mais

Políticas de população, programas governamentais e a fecundidade: uma comparação entre Brasil e México

Políticas de população, programas governamentais e a fecundidade: uma comparação entre Brasil e México Políticas de população, programas governamentais e a fecundidade: uma comparação entre Brasil e México Ernesto F. L. Amaral Joseph E. Potter POPULATION RESEARCH CENTER UNIVERS DO TEXAS EM AUSTIN MOTIVAÇÃO

Leia mais

GEOGRAFIA - 2 o ANO MÓDULO 19 DEMOGRAFIA NO BRASIL: PROCESSOS E FLUXOS

GEOGRAFIA - 2 o ANO MÓDULO 19 DEMOGRAFIA NO BRASIL: PROCESSOS E FLUXOS GEOGRAFIA - 2 o ANO MÓDULO 19 DEMOGRAFIA NO BRASIL: PROCESSOS E FLUXOS BRASIL 1980 HOMENS 90 anos MULHERES 60 anos 50 anos 15 anos BRASIL 2030 HOMENS MULHERES 60 anos 50 anos 15 anos BRASIL 1980 E 2030

Leia mais

PADRÃO DE RESPOSTA. Pesquisador em Informações Geográficas e Estatísticas A I PROVA 2 DEMOGRAFIA. Conhecimentos Específicos

PADRÃO DE RESPOSTA. Pesquisador em Informações Geográficas e Estatísticas A I PROVA 2 DEMOGRAFIA. Conhecimentos Específicos Questão n o 1 Conhecimentos Específicos O candidato deverá apresentar em seu texto os aspectos abaixo: - Censo Demográfico Coleta e fornece dados referentes a todas as pessoas de um país num determinado

Leia mais

O Perfil do Pai que vive com os filhos

O Perfil do Pai que vive com os filhos 19 de março: Dia do Pai 18 de março 2013 O Perfil do Pai que vive com os filhos Em Portugal, 1 631 376 Pais vivem com filhos/as. A idade média dos Pais é de 47,1 anos. Na sua maioria são casados e vivem,

Leia mais

PRINCIPAIS TENDÊNCIAS DEMOGRÁFICAS: AS ÚLTIMAS DÉCADAS Cláudia Pina, Graça Magalhães

PRINCIPAIS TENDÊNCIAS DEMOGRÁFICAS: AS ÚLTIMAS DÉCADAS Cláudia Pina, Graça Magalhães Cláudia Pina, Graça Magalhães A desaceleração do crescimento demográfico e, mais recentemente, o decréscimo dos volumes populacionais a par com um continuado processo de envelhecimento demográfico consubstanciam

Leia mais

Evolução das Estruturas Domésticas em Portugal: de 1960 a 2011

Evolução das Estruturas Domésticas em Portugal: de 1960 a 2011 1 Evolução das Estruturas Domésticas em Portugal: de 1960 a 2011 Karin Wall, Vanessa Cunha, Vasco Ramos OFAP/ICS-ULisboa 2 Em análise: 4 grandes questões 1) Tipos de família em Portugal hoje e como mudaram

Leia mais

Associations of changes in ageeducation structure with earnings of female and male workers in Brazil

Associations of changes in ageeducation structure with earnings of female and male workers in Brazil Associations of changes in ageeducation structure with earnings of female and male workers in Brazil Ernesto Friedrich de Lima Amaral amaral@tamu.edu Eduardo Luiz Gonaçlves Rios-Neto eduardo@cedeplar.ufmg.br

Leia mais

IBGE divulga a Síntese de Indicadores Sociais Publicação traz dados sobre trabalho, rendimento, condições de moradia, pobreza e educação

IBGE divulga a Síntese de Indicadores Sociais Publicação traz dados sobre trabalho, rendimento, condições de moradia, pobreza e educação IBGE divulga a Síntese de Indicadores Sociais 2018 Publicação traz dados sobre trabalho, rendimento, condições de moradia, pobreza e educação Mulheres, jovens, pretos e pardos têm maiores taxas de desocupação;

Leia mais

Relatório sobre a realidade juvenil no município de Campinas. 18 outubro 2013

Relatório sobre a realidade juvenil no município de Campinas. 18 outubro 2013 Relatório sobre a realidade juvenil no município de Campinas 18 outubro 2013 22/11/2013 1 A juventude em Campinas Fatos relevantes 170 mil jovens (15% da população) 20% são chefes de família (de 18 a 24

Leia mais

INDICADORES SOCIAIS (AULA 3)

INDICADORES SOCIAIS (AULA 3) 1 INDICADORES SOCIAIS (AULA 3) Ernesto Friedrich de Lima Amaral Universidade Federal de Minas Gerais Faculdade de Ciências Humanas e Filosofia ESTRUTURA DO CURSO 2 1. Conceitos básicos relacionados a indicadores

Leia mais

A situação da mulher no mercado de trabalho

A situação da mulher no mercado de trabalho Secretaria de Política para as Mulheres Curso de Formação Módulo III UNICAMP-CESIT/SNMT-CUT A situação da mulher no mercado de trabalho Eugênia Troncoso Leone Professora Instituto de Economia da Unicamp

Leia mais

A associação entre fecundidade adolescente e escolaridade em um contexto de mudanças recentes na fecundidade no Brasil

A associação entre fecundidade adolescente e escolaridade em um contexto de mudanças recentes na fecundidade no Brasil A associação entre fecundidade adolescente e escolaridade em um contexto de mudanças recentes na fecundidade no Brasil Paulo Henrique Viegas Martins 1 Ana Paula de Andrade Verona 2 Este estudo analisa

Leia mais

S E T E M B R O D E N º

S E T E M B R O D E N º S E T E M B R O D E 2 0 1 6 N º 0 6 RESUMO: Estimativas da população dos municípios brasileiros, 2016 - IBGE. Organiza dores: LAURA REGIN A CARNEIRO VÂNIA CRISTIN A O. COELHO WILSON FRANÇA RIBEIRO FILHO

Leia mais

AULA 1 - CONCEITOS BÁSICOS E APRESENTAÇÃO DE DADOS PARTE 1

AULA 1 - CONCEITOS BÁSICOS E APRESENTAÇÃO DE DADOS PARTE 1 AULA 1 - CONCEITOS BÁSICOS E APRESENTAÇÃO DE DADOS PARTE 1 INFORMAÇÕES Professor: Roberto C. Leoni BLOG: http://aedbest.wordpress.com Apostilas com exercícios e gabaritos Software R http://cran.r-project.org/

Leia mais

PERFIL DOS OCUPADOS SEGUNDO REGIÕES DE PLANEJAMENTO DO ESTADO DE MINAS GERAIS: UMA ANÁLISE A PARTIR DO CENSO DEMOGRÁFICO DE

PERFIL DOS OCUPADOS SEGUNDO REGIÕES DE PLANEJAMENTO DO ESTADO DE MINAS GERAIS: UMA ANÁLISE A PARTIR DO CENSO DEMOGRÁFICO DE FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO G o v e r n o d e M i n a s G e r a i s I N F O R M A T I V O Mercado de Trabalho - Belo Horizonte Ano 1, nº 1, Junho 6 PERFIL DOS OCUPADOS SEGUNDO REGIÕES DE PLANEJAMENTO DO ESTADO

Leia mais

Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar PeNSE

Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar PeNSE Diretoria de Pesquisas Coordenação de População e Indicadores Sociais Gerência de Estudos e Pesquisas Sociais Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar PeNSE Data 26/08/2016 Introdução Adolescência Transição

Leia mais

FECUNDIDADE EM DECLÍNIO

FECUNDIDADE EM DECLÍNIO FECUNDIDADE EM DECLÍNIO Breve nota sobre a redução no número médio de filhos por mulher no Brasil Elza Berquó Suzana Cavenaghi RESUMO Este artigo analisa os dados sobre fecundidade no Brasil apresentados

Leia mais

GEOGRAFIA - 2 o ANO MÓDULO 16 DEMOGRAFIA: CONCEITOS E TRANSIÇÃO

GEOGRAFIA - 2 o ANO MÓDULO 16 DEMOGRAFIA: CONCEITOS E TRANSIÇÃO GEOGRAFIA - 2 o ANO MÓDULO 16 DEMOGRAFIA: CONCEITOS E TRANSIÇÃO C ANOS POPULAÇÃO AUMENTO r (milhões) (milhões) (%) b m (por mil) (por mil) NASCIDOS (milhões) ( 1940 41,0 10,9 2,39 44,4 20,9 20,6 1950 51,9

Leia mais

Seminário> Família: realidades e desafios. Instituto de Defesa Nacional / Lisboa - Dias 18 e 19 de Novembro de 2004

Seminário> Família: realidades e desafios. Instituto de Defesa Nacional / Lisboa - Dias 18 e 19 de Novembro de 2004 Instituto de Defesa Nacional / Lisboa - Dias 18 e 19 de Novembro de 2004 1 Enquadramento da família no contexto demográfico Maria Filomena Mendes 2 Evolução demográfica I 30 25 20 15 10 5 0 1940 1943 1946

Leia mais

Mudanças Recentes na Fecundidade Adolescente no Brasil: a Associação com a Escolaridade Continua a Mesma?

Mudanças Recentes na Fecundidade Adolescente no Brasil: a Associação com a Escolaridade Continua a Mesma? Mudanças Recentes na Fecundidade Adolescente no Brasil: a Associação com a Escolaridade Continua a Mesma? Paulo Henrique Viegas Martins 1 Ana Paula de Andrade Verona 2 Este estudo analisa a associação

Leia mais

MONOPARENTALIDADE FEMININA NO BRASIL: DINÂMICA DAS TRAJETÓRIAS FAMILIARES

MONOPARENTALIDADE FEMININA NO BRASIL: DINÂMICA DAS TRAJETÓRIAS FAMILIARES UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional MONOPARENTALIDADE FEMININA NO BRASIL: DINÂMICA DAS TRAJETÓRIAS FAMILIARES Márcio

Leia mais

Conceitos Básicos e Medidas em Demografia

Conceitos Básicos e Medidas em Demografia Martin Handford, Where s Wally? População, Espaço e Ambiente Abordagens Espaciais em Estudos de População: Métodos Analíticos e Técnicas de Representação Conceitos Básicos e Medidas em Demografia Antonio

Leia mais

ESTUDO TÉCNICO N.º 12/2015

ESTUDO TÉCNICO N.º 12/2015 ESTUDO TÉCNICO N.º 12/2015 e mães presentes no mercado de trabaho MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME SECRETARIA DE AVALIAÇÃO E GESTÃO DA INFORMAÇÃO 1 Estudo Técnico Nº 12/2015 e mães

Leia mais

Família e trabalho: os desafios da equidade para as famílias metropolitanas na recuperação da economia nos anos 2000

Família e trabalho: os desafios da equidade para as famílias metropolitanas na recuperação da economia nos anos 2000 MONTALI, L. Família e trabalho: os desafios da equidade para as famílias metropolitanas na recuperação dos anos 2000. In: Turra, C.M.; e Cunha, J.M.P. (Org.). População e desenvolvimento em debate: contribuições

Leia mais

ANÁLISE DA DEMANDA E DOS CUSTOS COM INTERNAÇÃO HOSPITALAR NO SUS: UMA COMPARAÇÃO ENTRE A POPULAÇÃO IDOSA E OS DEMAIS GRUPOS ETÁRIOS, MINAS GERAIS,

ANÁLISE DA DEMANDA E DOS CUSTOS COM INTERNAÇÃO HOSPITALAR NO SUS: UMA COMPARAÇÃO ENTRE A POPULAÇÃO IDOSA E OS DEMAIS GRUPOS ETÁRIOS, MINAS GERAIS, ANÁLISE DA DEMANDA E DOS CUSTOS COM INTERNAÇÃO HOSPITALAR NO SUS: UMA COMPARAÇÃO ENTRE A POPULAÇÃO IDOSA E OS DEMAIS GRUPOS ETÁRIOS, MINAS GERAIS, 1998 Luciana Correia Alves 1 Mirela Castro Santos Camargos

Leia mais

Padrões recentes de inserção e mobilidade no trabalho doméstico do brasil metropolitano: descontinuidades e persistências

Padrões recentes de inserção e mobilidade no trabalho doméstico do brasil metropolitano: descontinuidades e persistências Padrões recentes de inserção e mobilidade no trabalho doméstico do brasil metropolitano: descontinuidades e persistências Introdução O emprego doméstico tem características próprias já que não participa

Leia mais

Panorama do Mercado de Trabalho PNAD Contínua. Centro de Políticas Públicas do Insper

Panorama do Mercado de Trabalho PNAD Contínua. Centro de Políticas Públicas do Insper Panorama do Mercado de Trabalho PNAD Contínua Centro de Políticas Públicas do Insper Dezembro de 2016 Apresentação Com o objetivo de ampliar o debate sobre a economia brasileira e o mercado de trabalho

Leia mais

Mortalidade Materna no Brasil. Mario Francisco Giani Monteiro UERJ. Airton Fischmann. Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul

Mortalidade Materna no Brasil. Mario Francisco Giani Monteiro UERJ. Airton Fischmann. Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul As desigualdades sociais e a criminalização do abortamento induzido agravam os riscos de Mortalidade Materna no Brasil. Mario Francisco Giani Monteiro UERJ Airton Fischmann Secretaria de Saúde do Rio Grande

Leia mais

Uma breve síntese do livro pioneiro sobre a transição para a vida adulta no Brasil

Uma breve síntese do livro pioneiro sobre a transição para a vida adulta no Brasil Resenha Uma breve síntese do livro pioneiro sobre a transição para a vida adulta no Brasil Aída C.G. Verdugo Lazo * CAMARANO, A.A. Transição para a vida adulta ou vida adulta em transição? Rio de Janeiro:

Leia mais

Diagnóstico da Evolução dos Indicadores Sociais em Curitiba

Diagnóstico da Evolução dos Indicadores Sociais em Curitiba Diagnóstico da Evolução dos Indicadores Sociais em Curitiba www.fgv.br/cps/vulnerabilidade Evolução da Pobreza Pobreza: dois ciclos 1996 a 2003 sobe de 4,04% para 10,05%. Depois cai para 3,64% em 2009.

Leia mais

ESTUDO TÉCNICO N.º 11/2015

ESTUDO TÉCNICO N.º 11/2015 ESTUDO TÉCNICO N.º 11/2015 Principais resultados da PNAD 2014 potencialmente relacionados às ações e programas do MDS MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME SECRETARIA DE AVALIAÇÃO E GESTÃO

Leia mais

BANCO DE QUESTÕES - GEOGRAFIA - 7º ANO - ENSINO FUNDAMENTAL

BANCO DE QUESTÕES - GEOGRAFIA - 7º ANO - ENSINO FUNDAMENTAL PROFESSOR: EQUIPE DE GEOGRAFIA BANCO DE QUESTÕES - GEOGRAFIA - 7º ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ============================================================================= 01- Qual a regionalização proposta

Leia mais

Abordagem Estrutural do Mercado de Capitais

Abordagem Estrutural do Mercado de Capitais Abordagem Estrutural do Mercado de Capitais Cenário: tendência de queda da taxa de juros, declínio do ren6smo de renda fixa em relação ao de renda variável, ganho de importância do mercado de capitais.

Leia mais

TÃO PERTO E TÃO LONGE: ARRANJOS FAMILIARES E TRABALHO NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO EM 2010.

TÃO PERTO E TÃO LONGE: ARRANJOS FAMILIARES E TRABALHO NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO EM 2010. TÃO PERTO E TÃO LONGE: ARRANJOS FAMILIARES E TRABALHO NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO EM 2010. AUTORES: Sonoe Sugahara (ENCE/IBGE), Moema De Poli Teixeira (ENCE/IBGE) Zuleica Lopes Cavalcanti de Oliveira

Leia mais

Fecundidade, Cidadania e Políticas de Proteção Social e Saúde Reprodutiva no Brasil

Fecundidade, Cidadania e Políticas de Proteção Social e Saúde Reprodutiva no Brasil Seminário Saúde, Adolescência e Juventude: promovendo a equidade e construindo habilidades para a vida Fecundidade, Cidadania e Políticas de Proteção Social e Saúde Reprodutiva no Brasil José Eustáquio

Leia mais

O MAPA DA EXTREMA INDIGÊNCIA NO CEARÁ E O CUSTO FINANCEIRO DE SUA EXTINÇÃO

O MAPA DA EXTREMA INDIGÊNCIA NO CEARÁ E O CUSTO FINANCEIRO DE SUA EXTINÇÃO CAEN-UFC RELATÓRIO DE PESQUISA Nº5 O MAPA DA EXTREMA INDIGÊNCIA NO CEARÁ E O CUSTO FINANCEIRO DE SUA EXTINÇÃO (Apresenta um Comparativo com os Estados Brasileiros) Autores da Pesquisa Flávio Ataliba Barreto

Leia mais

Censo da Diversidade 2014

Censo da Diversidade 2014 Censo da Diversidade 2014 03.11.2014 Diretoria de Relações Institucionais Metodologia e inovações Metodologia similar à do Censo 2008 Inovações Realização de amostra estatística garantindo tecnicamente

Leia mais

NOTA INFORMATIVA CEPES - 02/2017: Dia Mundial da População 11 de Julho de 2017.

NOTA INFORMATIVA CEPES - 02/2017: Dia Mundial da População 11 de Julho de 2017. NOTA INFORMATIVA CEPES - 02/2017: Dia Mundial da População 11 de Julho de 2017. Julho/2017 Julho/ Dia Mundial da População 11 de julho Desde 1989, comemora-se o Dia Mundial da População como forma de alerta

Leia mais

ENVELHECIMENTO POPULACIONAL BRASILEIRO: DESAFIOS PARA AS. Solange Kanso IPEA Novembro/2010

ENVELHECIMENTO POPULACIONAL BRASILEIRO: DESAFIOS PARA AS. Solange Kanso IPEA Novembro/2010 ENVELHECIMENTO POPULACIONAL BRASILEIRO: DESAFIOS PARA AS POLÍTICAS PÚBLICASP Solange Kanso IPEA Novembro/2010 ENVELHECIMENTO POPULACIONAL É o aumento na proporção de pessoas idosas, como resultado dos

Leia mais

Conceitos Básicos e Medidas em Demografia Fecundidade e Crescimento

Conceitos Básicos e Medidas em Demografia Fecundidade e Crescimento Martin Handford, Where s Wally? CST 310: População, Espaço e Ambiente Abordagens Espaciais em Estudos de População: Métodos Analíticos e Técnicas de Representação Conceitos Básicos e Medidas em Demografia

Leia mais

ANEXO IV: ESTUDO POPULACIONAL

ANEXO IV: ESTUDO POPULACIONAL ANEXO IV: ESTUDO POPULACIONAL ÍNDICE 1 INTRODUÇÃO... 3 2 ESTUDO POPULACIONAL... 4 2.1 PROJEÇÕES POPULACIONAIS DO MUNICÍPIO... 5 Folha 2 1 INTRODUÇÃO Este Anexo visa apresentar o estudo populacional elaborado

Leia mais

3 Referencial Prático

3 Referencial Prático 3 Referencial Prático O referencial prático tem como objetivo identificar e analisar os estudos realizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístico (IBGE) sobre o perfil e o comportamento de

Leia mais

VI Congreso ALAP Dinámica de población y desarrollo sostenible con equidad

VI Congreso ALAP Dinámica de población y desarrollo sostenible con equidad VI Congreso ALAP Dinámica de población y desarrollo sostenible con equidad Idade à união no Brasil: uma análise do censo de 2010 Ingrid Gomes Dias Etapa 3 1 Idade à união no Brasil: uma análise do censo

Leia mais

Indicadores Demográficos

Indicadores Demográficos Indicadores Demográficos Prof a. Zilda Pereira da Silva Faculdade de Saúde Pública Ao caracterizar uma população humana, pensa-se inicialmente no seu tamanho: quantas pessoas existem numa localidade, num

Leia mais

Empoderando vidas. Fortalecendo nações.

Empoderando vidas. Fortalecendo nações. Empoderando vidas. Fortalecendo nações. INTRODUÇÃO O Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil baseia-se exclusivamente nos Censos Demográficos, realizados de 10 em 10 anos, pelo Instituto Brasileiro de

Leia mais

Transição demográfica

Transição demográfica Transição demográfica u Teoria da transição demográfica foi proposta considerando-se as relações entre crescimento populacional e desenvolvimento socioeconômico. u O desenvolvimento econômico e a modernização

Leia mais

Fontes de Dados de Indicadores Sociais

Fontes de Dados de Indicadores Sociais 1 Fontes de Dados de Indicadores Sociais Ernesto F. L. Amaral 05 de novembro de 2009 www.ernestoamaral.com/met20092.html Fonte: Jannuzzi, Paulo de Martino. Indicadores sociais no Brasil: conceitos, fontes

Leia mais

TRANSIÇÃO NA ESTRUTURA ETÁRIA- EDUCACIONAL E MERCADO DE TRABALHO NO BRASIL

TRANSIÇÃO NA ESTRUTURA ETÁRIA- EDUCACIONAL E MERCADO DE TRABALHO NO BRASIL TRANSIÇÃO NA ESTRUTURA ETÁRIA- EDUCACIONAL E MERCADO DE TRABALHO NO BRASIL Ernesto F. Amaral, Viviana Salinas, Eunice Vargas, Joseph E. Potter, Eduardo Rios-Neto, Daniel S. Hamermesh PRC - Universidade

Leia mais

Panorama do Mercado de Trabalho. Centro de Políticas Públicas do Insper

Panorama do Mercado de Trabalho. Centro de Políticas Públicas do Insper Panorama do Mercado de Trabalho Centro de Políticas Públicas do Insper Março de 2017 Apresentação Com o objetivo de ampliar o debate sobre a economia brasileira e o mercado de trabalho e difundir informações

Leia mais

CONHECENDO O PAI ADOLESCENTE. Sonia Maria Könzgen Meincke 1 Ana Cândida Lopes Corrêa2 Marilu Correa Soares3 Simoní Saraiva Bordignon4

CONHECENDO O PAI ADOLESCENTE. Sonia Maria Könzgen Meincke 1 Ana Cândida Lopes Corrêa2 Marilu Correa Soares3 Simoní Saraiva Bordignon4 CONHECENDO O PAI ADOLESCENTE Sonia Maria Könzgen Meincke 1 Ana Cândida Lopes Corrêa2 Marilu Correa Soares3 Simoní Saraiva Bordignon4 Introdução: No Brasil existem cerca de 39 milhões de adolescentes conforme

Leia mais

FUMO EM LOCAIS FECHADOS - BRASIL. Abril/ 2008

FUMO EM LOCAIS FECHADOS - BRASIL. Abril/ 2008 FUMO EM LOCAIS FECHADOS - BRASIL Abril/ 2008 2 Índice 2 Objetivo Metodologia Hábitos de lazer Hábito de fumar O fumo em locais fechados Alteração da lei do fumo em locais fechados Perfil da amostra 3 Objetivo

Leia mais

Conjugalidade, contextos e planejamento da gravidez.

Conjugalidade, contextos e planejamento da gravidez. Conjugalidade, contextos e planejamento da gravidez. Introdução Apesar do aumento da acessibilidade a métodos contraceptivos nos últimos anos, o planejamento da gravidez não se coloca ainda como uma prática

Leia mais

TRABALHO DECENTE E JUVENTUDE NO BRASIL. Julho de 2009

TRABALHO DECENTE E JUVENTUDE NO BRASIL. Julho de 2009 TRABALHO DECENTE E JUVENTUDE NO BRASIL Brasília, Julho de 2009 Trabalho Decente e Juventude no Brasil 1. Diagnóstico da situação magnitude do déficit de Trabalho Decente para os jovens relação educação

Leia mais

JUVENTUDE POR QUE MONITORAR INDICADORES DE JUVENTUDE? Juventude é um segmento da população brasileira de 15 a 29 anos caracterizado por representar um momento da vida com muitas inquietações e descobertas.

Leia mais