ANÁLISE DA CONCENTRAÇÃO ESPACIAL DOS ALOJAMENTOS DE FRANGOS NO BRASIL.

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1 ANÁLISE DA CONCENTRAÇÃO ESPACIAL DOS ALOJAMENTOS DE FRANGOS NO BRASIL Apresentação Oral-Estrutura, Evolução e Dinâmica dos Sistemas Agroalimentares e Cadeias Agroindustriais LAERCIO JUAREZ MELZ 1 ; LIZ VANESSA LUPI GASPARINI 2 ; HILDO MEIRELLES DE SOUZA FILHO 3. 1,2.UNIVERSIDADE DO ESTADO DO MATO GROSSO, TANGARÁ DA SERRA - MT - BRASIL; 3.UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS, SAO CARLOS - SP - BRASIL. ANÁLISE DA CONCENTRAÇÃO ESPACIAL DOS ALOJAMENTOS DE FRANGOS NO BRASIL. Grupo de Pesquisa 4: Estrutura, Evolução e Dinâmica dos Sistemas Agroalimentares e Cadeias Agroindustriais Resumo Em 1998, a produção de frango concentrava-se na região Sul do Brasil. Com a instalação de novas unidades produtivas no Centro-Oeste, os alojamentos de frangos aumentaram nesta região. O objetivo desse artigo é o de testar duas hipóteses a respeito desse movimento. A primeira é a de que pode ter havido significativa desconcentração espacial das atividades dessa cadeia, quando considerado o exame da distribuição entre estados. Entretanto, a segunda hipótese é a de que o novo padrão de crescimento pode ter reforçado a concentração a nível de mesorregiões, microrregiões e municípios, que é uma característica desse tipo de atividade. Foram adaptados dois índices de concentração, a razão de concentração (CR) e o índice de Herfindahl-Hirschman (HH), para testar essas duas hipóteses. Os resultados refutam a primeira hipótese, mas confirmam a segunda. Palavras-chaves: concentração espacial, agro sistema do frango, Herfindahl-Hirschman, razão de concentração Abstract In 1998, chicken production was concentrated in South region from Brazil. With installation of new production units in Center-West, the chicken lodging has increased in this region. The main goal of this article was to test two hypotheses. According to the first, the level of spatial concentration has decreased, if one analyses the distribution among states. However, in the second hypothesis, spatial concentration of the activities have increased, if one analysis the distribution by taking into consideration disaggregated data (meso-regions, micro-regioes and municipalities). Adapted concentration ratio (CR) and 1

2 Herfindahl-Hirschman (HH) indexes were built to test the hypotheses. Tesults refute the first hypothesis, but confirm the second one. Keywords: spatial concentration, poultry agrisystem, Herfindahl-Hirschman, concentration ratio 2

3 1. INTRODUÇÃO 1 No período de 1996 a 2006, o Brasil aumentou seu rebanho de frangos em 49,19%. O maior crescimento foi apresentado pelo estado de Goiás, com 296,64%. Mato Grosso, apresentou um crescimento de 61,29% no mesmo período, passando de um efetivo de 10,8 milhões de cabeças para 17,5 milhões no mesmo período (IBGE, 2008). A produção nacional de carne de frango cresceu, entre 1996 e 2006, aproximadamente 130%, passando de 4 milhões para 9,3 milhões de toneladas, sem contabilizar as exportações de produtos industrializados (ABEF, 2008c). Os principais estados exportadores da carne de frango brasileira foram, em 2006, Santa Catarina, com participação de 27,97% do total exportado, Paraná, com 27,69% e Rio Grande do Sul, com 22,47%. A participação destes três maiores exportadores, juntos, totalizou 78,10% das exportações nacionais de carne de frango. A produção brasileira tem estado tradicionalmente concentrada na Região Sul, onde se desenvolveu sob sistemas de integração baseados na pequena propriedade rural. Entretanto, na expansão observada dos últimos anos, observou-se elevado crescimento no Centro-Oeste, acompanhando a expansão da produção de grãos nessa região. Em particular, a produção nos estados de Goiás e Mato Grosso aumentou mais do que a média nacional. Esse movimento iniciou-se fundamentalmente a partir de 1999, quando houve a instalação da primeira planta industrial da Sadia, em Rio Verde, Goiás. A partir deste momento as indústrias passaram a procurar os estados do Centro-Oeste para instalar suas novas plantas. Novos clusters foram formados no Sudoeste de Goiás (MARQUES; ARRIEL, 2009). Essa expansão continuou em direção ao Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Os novos projetos instalados no Centro-Oeste inauguraram uma nova forma de integração entre produtores e indústria. Para obter economias de escala, as empresas processadoras firmaram contratos com grandes produtores de frangos. Considerando o exposto, é possível formular duas hipóteses. O movimento de relocalização da atividade pode ter sido acompanhado por significativa desconcentração espacial das atividades dessa cadeia, quando considerado o exame da distribuição entre estados produtores, dado que a produção nos estados da Região Sul pode ter crescido proporcionalmente menos do que nos estados da Região Centro-Oeste. Entretanto, o novo padrão de crescimento, baseado na formação de clusters, com maior escala na produção rural e nas unidades de processamento, pode ter reforçado a concentração a nível local, que é uma característica desse tipo de atividade. O objetivo desse artigo é o de testar essas duas hipóteses por meio da análise do movimento recente de re-localização. Serão utilizados indicadores de concentração espacial da produção de frangos no Brasil e nas regiões. 2. MARCO CONCEITUAL E METODOLÓGICO Os indicadores de concentração utilizados têm sido largamente como medidas de concentração de mercado: a razão de concentração (CR) e o índice de Herfindahl- Hirschman (HH). Os índices CR, normalmente, referem-se à concentração da participação 1 Os autores agradecem ao Prof. Dr. Marcelo Silva Pinho, do DEP/ UFSCar, pela provocação ao tema de estudo e suas relevantes contribuições. 3

4 das empresas em um mercado. Através da razão de concentração é possível verificar quantas empresas dominam o mercado de determinado produto. Cada empresa possui uma participação no mercado, representada divisão de suas vendas pelas vendas totais do mercado. Ordenando-se as empresas, da maior participação para a menor, e somando-se as participações das k maiores empresas é possível verificar qual a parcela de mercado pertence às 4, 8, n maiores participantes. Fonte: Resende e Boff (2002). CR( k) = k S i i= 1 Quadro 1. Fórmula para o cálculo da razão de concentração (CR). Na formulação do índice, k representa o limite superior de empresas que terão sua participação somada. Neste caso, se k=4, seriam somadas as participações das 4 maiores empresas do mercado, se k=8, seriam as oito maiores. É mais comum utilizar-se para as quatro, oito e dezesseis maiores empresas (MARQUES, 1994), todavia pode-se utilizar outras variações, dependendo do interesse da pesquisa. A função matemática que permite o cálculo da razão de concentração das k maiores empresas do mercado é mostrada no quadro 1. Resende e Boff (2002) tecem algumas críticas ao índice CR, principalmente por não existir individualização das k maiores e, assim, não é possível identificar aumentos na concentração quando empresas que estão neste grupo se fundem. Mesmo entre empresas que não pertencem ao grupo das k maiores podem ocorrer fusões horizontais que afetam a concentração do mercado, mas não são detectadas pelo referido índice. Para superar as limitações dos índices existentes foi desenvolvido o índice de Herfindahl-Hirschman. A diferença entre o índice de Herfindahl-Hirschman e a razão de concentração, em se tratando da fórmula, é que a somatória dos percentuais de participação deve ser elevada ao quadrado, dando, assim, maior peso aos maiores participantes. Quanto maior o valor do índice, maior será o nível de concentração do mercado (RESENDE; BOFF, 2002). O índice pode ser calculado através da fórmula do quadro 2 e o intervalo de valores pode ir de 0 a , quando calculado com percentuais, ou de 0 a 1, quando se utilizam números índices. O cálculo do índice com percentuais é mais intuitivo, pois as grandezas de valores envolvidos são maiores. HH = n 2 S i i= 1 Fonte: Resende e Boff (2002). Quadro 2. Fórmula para o cálculo do índice de Herfindahl-Hirschman (HH). O limite superior, ou 1, está sempre associado ao grau máximo de concentração de um mercado, o monopólio (RESENDE; BOFF, 2002). O índice HH possui limitações quando não é possível identificar as participações de todas as empresas no mercado. Neste caso uma opção viável é a utilização da razão de concentração CR4, CR8 ou CR16, de acordo com os dados disponíveis. 4

5 O objetivo desta pesquisa foi demonstrar a evolução do grau de concentração espacial da produção de frango, não em nível de empresa, mas em nível locacional de estados, mesorregiões, microrregiões e municípios. Especificamente em nível de municípios entre os da região Sul do Brasil e do Centro-Oeste, nova fronteira de expansão da produção. Os dados da pesquisa foram coletados na base de dados da Pesquisa Pecuária Municipal (PPM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foram levantadas as quantidades de alojamento de galos, frangos, frangas e pintos por estado, mesorregião, microrregião e município entre 1998 e Através da adaptação do conceito de concentração de mercado aplicado no âmbito das firmas, pretendeu-se verificar se houve aumento da concentração da produção e abate de frangos em determinadas regiões do país. Com os dados coletados foram aplicadas as metodologias para medição da concentração de mercado com base nos índices de razão de concentração (CR) e de Herfindahl-Hirschman (HH), conforme Rezende e Boff (2002) e Marques (1994). Aos índices de concentração foram atribuídas classificações de acordo com os percentuais de participação dos quatro e oito maiores agentes do mercado, adaptados de Medeiros e Ostroski (2006), demonstrados no quadro 3. Níveis de mercado Razão de Concentração CR4 CR8 Altamente concentrado i >75% i >90% Alta concentração 65%< i <75% 85%< i <90% Concentração moderada 50%< i <65% 70%< i <85% Baixa concentração 35%< i <50% 45%< i <70% Ausência de concentração i <35% i <45% Claramente atomístico = 2% Fonte: Medeiros e Ostroski (2006). Quadro 3. Tipos de mercado segundo a razão de concentração (CR). A adaptação de índices está sujeita a algumas limitações. Nesta pesquisa, os resultados apresentados não focaram arranjos produtivos locais (APL), especialidades regionais dos municípios, políticas de fomento à cadeia produtiva que afetam a distribuição espacial. Não foram, ainda, analisadas as distâncias entre municípios e o valor agregado ao produto industrializado (Simm e Alves (2005). 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Foram construídos indicadores de concentração considerando quatro níveis de agregação: estados, mesorregiões, microrregiões e municípios. A análise desses indicadores está apresentada nas seções a seguir EVOLUÇÃO DA CONCENTRAÇÃO ENTRE OS ESTADOS Ao analisar os dados de alojamento de frangos por estado é possível notar que existe uma tendência de concentração em determinados estados do Brasil (tabela 1). 5

6 Tabela 1. Evolução do grau de concentração por estado. Índice CR4 65,07 65,90 65,69 65,22 65,36 64,84 65,63 66,05 66,85 68,44 CR8 82,47 82,61 83,40 84,18 84,16 83,22 83,96 83,65 83,97 84,64 CR16 96,35 96,36 96,37 96,52 96,48 96,01 96,03 96,12 95,99 96,33 HH 1.206, , , , , , , , , ,95 Tabela 2. Identificação dos quatro estados maiores criadores de frango do Brasil. Estado São Paulo 18,96 18,11 16,15 15,85 15,54 15,65 15,40 16,45 17,05 18,16 Paraná 15,76 16,80 18,70 19,04 16,74 16,45 18,38 18,69 19,60 21,05 Santa Catarina 15,55 16,69 16,92 16,03 18,25 18,04 17,39 17,53 16,83 16,92 Rio Grande do Sul 14,80 14,30 13,92 14,29 14,82 14,72 14,47 13,38 13,36 12,30 CR4 65,07 65,90 65,69 65,22 65,36 64,84 65,63 66,05 66,85 68,44 O alojamento dos frangos concentrou-se, desde 1998 até 2007, nos estados de Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo (tabela 2). O estado do Paraná foi, contudo, o estado que mais cresceu em participação na produção de frangos neste período, passou de 15,76%, em 1998, para 21,05% de participação no mercado, em Mato Grosso aumentou sua participação no alojamento de frangos de 1,96%, em 1998, para 2,41%, em 2007, alojando frangos. A observação dos indicadores revela que não houve desconcentração da atividade, quando examinado a nível de estados. Ao contrário, houve ligeiro aumento da concentração no estado do Paraná, tradicional produtor. Esses resultados refutam a hipótese subjacente de que o crescimento da produção no Centro-Oeste promoveu significativa desconcentração da atividade no país EVOLUÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DAS MESORREGIÕES Para analisar a concentração da produção de frango por mesorregião deve-se levar em consideração que elas estão inseridas no país e em uma região. Portanto torna-se relevante verificar a concentração por mesorregião em, pelo menos, dois âmbitos: o do país e da região. Uma análise da concentração, tomando-se as mesorregiões em relação ao país, revela que a mesorregião onde se concentram mais criadores de frango é Oeste Catarinense (SC), que, em 1998, alojava 11,71% de todo o rebanho de frangos do país e passou, em 2007, a alojar 12,70% dos animais. Seguida pela mesorregião Oeste do Paraná (4,89% em 1998) com 7,28% de participação na criação em A terceira mesorregião maior produtora do país foi o Nordeste Rio-grandense (RS), que passou de 5,11% de participação, em 1998, para 4,51%, em 2007, passando para a quarta posição do CR4, deixando a terceira posição no CR4 para a mesorregião de Campinas (SP), com 4,74% de participação. 6

7 Tabela 3. Índices de concentração dos alojamentos de frango das mesorregiões com relação ao Brasil. Índice CR4 25,69 26,95 27,30 27,44 29,01 28,96 29,01 29,09 28,71 29,22 CR8 39,77 40,76 41,11 41,32 42,68 42,03 43,13 43,09 42,80 43,07 CR16 57,15 57,76 58,68 59,50 58,72 57,94 59,37 59,38 60,47 60,61 HH 322,32 345,05 351,88 346,66 375,03 368,64 371,69 375,12 369,05 377,34 NORTE CR4 63,55 63,59 62,46 61,54 62,47 69,81 64,02 63,82 63,33 66,54 CR8 85,25 84,81 84,63 83,95 83,83 86,88 84,17 84,51 83,85 84,77 CR16 98,90 98,89 98,94 98,84 98,95 99,06 98,92 98,90 99,08 99,14 HH 1.211, , , , , , , , , ,31 NORDESTE CR4 28,40 29,43 29,87 28,72 29,82 33,28 30,33 29,91 26,91 31,68 CR8 47,10 47,90 47,94 47,48 48,55 50,70 47,87 47,47 44,48 48,31 CR16 71,68 72,48 72,46 71,09 71,49 72,79 71,19 70,76 68,91 71,31 HH 414,38 429,01 437,38 417,84 441,25 495,44 443,91 437,08 389,96 487,15 SUDESTE CR4 38,85 39,62 41,09 39,42 42,12 41,84 41,80 39,75 40,65 42,83 CR8 63,89 64,58 65,51 64,84 64,48 64,12 64,42 63,51 64,93 66,73 CR16 89,18 89,25 90,30 91,33 90,98 91,08 92,01 92,46 92,52 93,41 HH 643,19 649,43 665,60 665,38 680,97 681,97 683,58 676,53 691,78 763,02 SUL CR4 55,72 56,40 55,10 55,59 58,24 58,85 57,75 58,65 57,65 57,02 CR8 79,30 79,87 80,18 81,05 80,28 80,02 81,07 81,46 81,54 80,57 CR16 96,92 96,71 96,95 97,25 97,23 97,38 97,34 97,41 97,49 97,08 HH 1.148, , , , , , , , , ,15 CENTRO-OESTE CR4 60,33 62,41 65,77 66,93 66,09 65,57 66,77 68,34 66,23 65,13 CR8 90,81 91,83 92,04 91,53 90,44 91,12 91,11 91,18 90,98 92,29 CR16 N N N N N N N N N N HH 1.271, , , , , , , , , ,89 Obs.: N = Não existem 16 mesorregioes Quadro 4. Índices de concentração das mesorregiões em relação às regiões. Em relação à região, pode-se perceber que a região Centro-Oeste foi a que teve a maior evolução no índice HH, enfatizando a concentração de produção em poucas mesorregiões da região (quadro 2). Destaque para o Sul Goiano (GO) que teve maior crescimento de participação no mercado da região Centro-Oeste, passando de 12,72%, em 1998, para 28,94%, em 2007, concentrando praticamente um terço de todos os frangos alojados da região. O Sudoeste do Mato Grosso do Sul perdeu participação no mercado, passando de 23,36%, em 1998, para 12,4%, em Na região Sul, maior produtora do país, destaca-se a mesorregião Oeste de Santa Catarina, que apesar de não apresentar aumento expressivo de participação na produção de frangos da região Sul, possuia 25,25% dos animais, em Foi seguida pelo Oeste Paranaense, este sim com aumento de participação, que passou de 10,61% para 14,48% de participação de 1998 e 2008, respectivamente. No Sudoeste, as mesorregiões de Campinas 7

8 (SP), com 11,59% e 16,85%, e São José do Rio Preto (SP), com 8,15% e 8,16%, em 1998 e 2007, respectivamente. A região Norte foi a que apresentou o maior indice de concentração (CR4) em 2007 (66,54%) (quadro 4). Contudo, o crescimento do índice CR4 foi maior na região Centro- Oeste, de 60,33% para 65,13%. Na região Norte, destacaram-se as mesorregiões Metropolitana de Belém (PA) Nordeste Paraense (PA) e Leste Rondoniense (RO), responsáveis por 42,7% dos alojamentos da região, em No Nordeste, a mesorregião Agreste Pernambucano (PE), foi a que teve maior participação nos alojamentos de frangos, passando de 8,14%, em 1998, para 14,17%, em Foi, ainda, o maior crescimento em participação da região. Isso contribuiu para o aumento de todos os índices de concentração desta região (quadro 4). Por meio da comparação com os níveis de concentração, descritos na metodologia desta pesquisa, poder-se-ia afirmar que a região Norte apresenta alta concentração, a região Nordeste, concentração moderada, a região Sudeste, baixa concentração, a região Sul, concentração moderada e a região Centro-Oeste, alta concentração (quadro 4). Os indicadores revelam também que há um movimento de ampliação da concentração espacial das atividades, em que tradicionais mesorregiões produtoras reforçam sua posição EVOLUÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DAS MICRORREGIÕES A concentração dos alojamentos de frangos de corte nas microrregiões cresceu moderadamente entre 1998 e 2007, em relação ao Brasil. o índice CR4 passou de 13,60%, em 1998, para 14,16%, em 2007, passando por um pico de 14,73% em 2002 (tabela 5). Entre as quatro maiores produtoras de frangos estão as microrregiões de Toledo (PR), com 2,16% em 1997 e 3,24% em 2007, Chapecó (SC), com 2,75% em 1998 e 3,97% em 2007, Joaçaba (SC), com 2,82% em 1998 e 3,96% em 2007, e Lajeado Estrela (RS), com 3,32% em 1998 e 2,98% em Lajeado Estrela e Joaçaba ja figuravam entre as quatro maiores microrregiões produtoras do Brasil em 1998, Chapecó e Toledo estavam entre as oito maiores em 1998 e passaram às quatro maiores em 2004 e 2007, respectivamente. Tabela 5. Índices de concentração dos alojamentos de frango das microrregiões com relação ao Brasil. Índices CR4 13,60 14,29 13,77 12,95 14,73 14,12 13,59 13,85 13,45 14,16 CR8 23,47 24,57 23,69 23,02 25,38 24,71 25,01 24,70 24,15 24,83 CR16 37,99 39,28 38,16 38,40 40,34 39,44 40,42 39,62 38,98 38,83 HH 124,65 130,82 127,39 126,28 138,30 134,07 137,47 136,48 133,69 137,14 O que chama a atenção é que, de um total de 558 microrregiões em todo o país, somente 30 delas detêm mais da metade do rebanho de aves do país. No caso de uma distribuição espacial igualitária (100/n), cada microrregião do país teria uma participação ínfima de 0,18%. Evidencia-se que existe desigualdade na distribuição espacial da produção. 8

9 REGIÃO SUDESTE MG CR4 43,33 40,89 41,22 42,79 45,80 46,22 49,37 47,16 45,14 44,56 CR8 61,12 59,91 60,80 65,90 63,49 64,04 65,64 64,63 65,75 66,43 CR16 76,43 77,36 80,26 82,81 80,64 81,43 81,89 82,20 82,02 83,23 HH 663,35 663,78 634,75 681,98 876,33 847,79 994,20 860,20 764,98 754,15 ES CR4 79,72 81,48 81,34 81,12 81,51 84,38 84,74 89,95 90,68 92,24 CR8 94,94 95,97 95,95 95,92 96,09 96,60 96,61 97,80 97,95 98,15 CR16 N N N N N N N N N N HH 2.386, , , , , , , , , ,31 RJ CR4 77,21 79,79 80,39 89,11 87,75 88,27 90,85 88,90 86,66 89,02 CR8 96,42 95,96 96,57 97,28 96,33 97,05 97,77 97,69 97,15 96,89 CR16 99,85 99,82 99,86 99,88 99,79 99,87 99,88 99,87 99,85 99,81 HH 1.799, , , , , , , , , ,49 SP CR4 47,16 48,26 47,04 45,46 42,77 42,49 41,75 39,97 41,25 39,06 CR8 66,65 66,36 63,53 63,48 62,10 62,16 62,35 61,26 61,89 62,75 CR16 82,52 81,58 80,20 80,51 79,91 80,55 81,23 82,42 84,41 86,10 HH 728,26 738,98 721,83 722,10 669,52 647,26 627,77 607,00 618,19 625,06 Quadro 5. Índices de concentração das microrregiões em relação à região Sudeste. REGIÃO SUL PR CR4 49,39 50,74 47,13 45,70 50,54 49,20 52,71 52,65 49,87 48,06 CR8 66,23 67,50 67,86 68,52 67,47 66,48 69,16 69,55 67,44 65,50 CR16 86,33 87,67 88,64 88,33 87,49 87,41 88,57 89,01 88,45 87,22 HH 757,12 803,76 736,86 732,56 832,34 799,36 881,75 892,95 820,79 784,98 SC CR4 68,90 69,86 68,76 67,98 67,26 66,72 65,72 65,76 65,78 68,23 CR8 83,75 84,02 83,89 84,44 84,00 84,67 84,78 85,67 86,85 85,15 CR16 98,78 98,94 98,89 98,93 98,96 98,97 98,87 98,96 99,10 97,85 HH 1.454, , , , , , , , , ,73 RS CR4 66,45 68,52 69,66 72,41 75,05 75,87 76,41 77,04 77,04 75,80 CR8 83,79 85,06 85,56 86,70 88,92 89,29 89,98 90,28 90,42 90,59 CR16 94,62 94,69 94,92 95,59 96,29 96,42 96,63 96,75 96,86 97,02 HH 1.367, , , , , , , , , ,33 Quadro 6. Índices de concentração das microrregiões em relação à região Sul. No Sudeste houve maior concentração da produção nas microrregiões do estado do Espírito Santo e Rio de Janeiro, ambos permanecendo altamente concentrados (CR4>75% e CR8>90%). São Paulo apresentou queda nos seus índices de concentração (quadro 5). Todavia os totais dos rebanhos de São Paulo e Minas Gerais são muito maiores, em números absolutos, do que os rebanhos dos outros dois estados da região. 9

10 Na região Sul, houve aumento da concentração nos estados do Paraná e Rio Grande do Sul. No Paraná o índice de concentração (CR4), que era de 49,39% em 1998, continuou com concentração baixa, mas passou para 48,06%, em No Rio Grande do Sul o índice que erra de alta concentração (66,45% em 1998), passou para altamente concentrado, 75,8%, em 2007 (quadro 6). REGIÃO CENTRO-OESTE MS CR4 95,26 95,31 95,60 94,78 95,16 94,96 94,67 94,11 93,99 94,06 CR8 99,05 99,05 99,11 99,23 99,26 99,24 99,20 99,19 99,20 99,22 CR16 N N N N N N N N N N HH 3.950, , , , , , , , , ,22 MT CR4 80,79 80,84 80,48 79,48 75,79 76,19 72,99 75,20 76,32 74,52 CR8 91,01 90,76 90,57 89,78 89,51 88,07 86,46 87,06 87,91 92,32 CR16 98,12 98,06 98,03 97,93 98,19 97,91 97,64 97,82 97,88 98,42 HH 2.795, , , , , , , , , ,04 GO CR4 61,47 62,77 67,58 66,63 74,15 76,21 78,55 79,68 80,84 83,60 CR8 84,81 88,16 89,42 89,82 91,64 92,68 93,41 93,76 94,13 94,89 CR16 98,43 98,77 99,03 99,08 99,29 99,37 99,42 99,45 99,47 99,49 HH 1.196, , , , , , , , , ,03 Fonte: Os autores com dados do IBGE - Pesquisa Pecuária Municipal (2008). Quadro 7. Índices de concentração das microrregiões em relação à região Centro-Oeste. No Centro-Oeste, todos os estados apresentam alto índice de concentração. Contudo, a concentração vem aumentando, desde 1998, somente no estado de Goiás. Nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, a concentração vem diminuindo. Esta queda foi mais evidente em MT, que passou de um CR4 de 80,79%, em 1998, para 74,52%, em HH também diminuiu em MT, de 2.795, em 1998, para 2.126, em 2007 (quadro 7). HH vinha aumentando em MT até o ano 2001, em 2002, houve queda neste índice, provavelmente pela instalação de novas plantas industriais e, conseqüentemente, de novos aviários na microrregião do Alto Teles Pires. Os indicadores confirmam reforçam a conclusão anterior de que que há um movimento de ampliação da concentração espacial das atividades a nível local, em que tradicionais regiões produtoras reforçam sua posição, possivelmente com ganhos de aglomeração EVOLUÇÃO DA CONCENTRAÇÃO NOS MUNICÍPIOS DA REGIÃO SUL Como forma de melhor comparar a concentração dos alojamentos de frangos de Mato Grosso é interessante analisar os municípios pertencentes aos três maiores produtores do país. Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná são responsáveis por 50% dos alojamentos de frangos do Brasil (IBGE, 2008). O estado do Rio Grande do Sul, ao analisar seus índices de concentração CR4 e CR8, percebe-se que caíram gradativamente. CR4 passou de 19,41%, em 1998, para 10

11 15,40%, em CR8 caiu de 27,63% para 24,44, de 1998 para Os índices CR16 permaneceram no mesmo patamar, 38,76% e 37,93%, em 1998 e 2007, respectivamente (tabela 7). Isso demonstra que houve redistribuição dos alojamentos entre os 16 maiores produtores, permanecendo outros 401 municípios com a mesma participação total desde Tabela 7. Índices de concentração dos alojamentos de frango dos municípios do Rio Grande do Sul. Índices CR4 19,41 19,41 18,84 16,35 17,08 17,98 17,42 16,62 16,33 15,40 CR8 27,63 27,69 26,30 24,09 25,12 26,19 25,58 25,30 24,99 24,44 CR16 38,76 38,22 36,89 34,72 36,66 37,89 37,66 37,75 37,33 37,93 HH 169,17 171,66 167,72 147,92 154,58 162,19 157,10 151,49 149,65 144,32 Existem 497 municípios no estado e somente 8 concentram ¼ da produção de frangos. Os munícipios que apresentaram maior participação na produção foram Boa Vista do Sul, Camargo, Caxias do Sul, Encantado, Estrela, Garibaldi, Marau, Nova Bréscia e Vila Maria (tabela 8). Tabela 8. Participação dos municípios no alojamento de frangos do Rio Grande do Sul. Municípios Boa Vista do Sul - RS 2,69 2,46 2,34 2,06 2,06 3,20 3,25 3,13 3,83 3,92 Camargo - RS 2,41 2,12 2,10 2,15 2,11 2,24 2,06 2,26 2,21 1,95 Caxias do Sul - RS 7,67 7,94 8,12 7,58 7,28 7,41 7,02 6,39 6,28 5,41 Encantado - RS 2,12 2,02 1,91 1,82 2,15 1,97 2,01 2,14 2,10 1,88 Estrela - RS 1,15 1,12 0,88 1,28 1,73 1,60 1,93 1,21 1,48 1,73 Garibaldi - RS 4,44 4,48 4,09 2,75 2,74 2,13 2,17 2,06 2,19 2,32 Marau - RS 2,03 2,35 1,79 3,19 3,17 3,69 3,59 3,41 3,55 2,57 Nova Bréscia - RS 4,61 4,54 4,28 2,83 3,89 3,69 3,55 3,70 2,66 3,35 Vila Maria - RS 0,96 1,21 1,07 1,02 1,05 1,18 1,16 2,21 2,16 2,20 Nota-se que participação dos municípios, em 1998, concentrava-se, principalmente em Caxias do Sul (7,67%), Nova Bréscia (4,61%) e Garibaldi (4,44%). Passando por quedas, de forma mais acentuadas em 2003 para 2004, chegando às participações de 5,41%, 3,35% e 2,32% em Outros municípios aumentaram sua participação no alojamento de animais. Boa Vista do Sul, Marau e Vila Maria cresceram de 2,69%, 2,03% e 0,96%, em 1998, para 3,92%, 2,57% e 2,20% em 2007, respectivamente (tabela 8). Em Santa Catarina também houve desconcentração da produção de frangos. O índice CR4 que, em 1998, era de 20,30% passou para, somente, 12,06% em Assim também CR8 reduziu-se de 29,58%, em 1998, para 21,27%, em CR16 passou de 41,29% para 34,40% de 1998 para HH reduziu-se de 183,09, em 1998, para 121,95, em 2008, coerente com as razões de concentração (CR). Percebe-se que há em Santa Catarina, diferentemente do Rio Grande do Sul, uma melhor distribuição da produção de frangos pelos municípios. Em SC 10 municípios mantiveram-se, em todo o período analisado ( ) entre os oito maiores (tabela 10). 11

12 Tabela 9. Índices de concentração dos alojamentos de frango dos municípios de Santa Catarina. Índices CR4 20,30 19,87 19,30 16,69 18,07 16,91 15,16 14,84 13,49 12,06 CR8 29,58 30,15 29,43 26,18 27,90 26,31 24,32 23,73 22,51 21,27 CR16 41,29 41,68 40,76 38,51 40,44 38,92 37,22 36,88 35,60 34,40 HH 183,09 191,41 184,30 162,94 171,17 156,99 147,81 142,45 130,39 121,95 Fonte: Os autores com dados do IBGE - Pesquisa Pecuária Municipal (2008). Tabela 10. Participação dos municípios no alojamento de frangos de Santa Catarina. Municípios Capinzal SC 0,42 2,33 2,42 2,37 2,12 2,01 2,23 2,12 2,15 2,97 Chapecó SC 3,38 3,00 2,88 2,95 2,70 2,41 2,51 3,10 3,20 2,80 Concórdia - SC 6,42 7,87 7,64 7,41 7,04 5,75 6,03 5,57 3,75 3,24 Itá SC 6,16 5,52 5,41 0,84 4,77 5,07 1,07 0,57 0,69 0,64 Itapiranga - SC 1,37 1,22 1,45 1,53 1,26 1,55 4,16 3,86 3,99 1,54 Nova Itaberaba - SC 0,99 0,88 1,52 1,54 1,56 1,55 1,29 2,28 2,35 2,06 Ouro SC 1,53 2,72 2,57 2,65 2,42 2,28 2,43 2,27 2,33 2,61 Presidente Castello Branco - SC 4,34 3,48 3,37 3,59 3,57 3,58 0,72 0,59 0,50 0,55 Videira SC 3,01 2,74 2,68 2,74 2,41 2,38 2,46 2,31 2,55 2,33 Xaxim SC 2,71 2,49 2,46 2,57 2,32 2,33 2,18 2,11 2,17 3,05 Destacam-se os municípios de Chapecó e Concórdia que, desde 1998 até 2007, mantiveram-se entre os quatro maiores produtores (CR4). Capinzal teve algumas quedas de participação em 2002, 2003 e 2006, e nos demais anos, exceto 1998, sempre figurou entre os 8 maiores. O município de Itá fazia parte dos 4 maiores até 2003 e deixou de participar dos alojamentos, caindo para 0,64% de participação em O município de Itapiranga pertenceu ao CR4 de 2004 a 2006, saindo do grupo dos 8 em Nova Itaberaba passou a integrar o grupo dos 8 apenas em 2005, mantendo-se neste grupo até O município de Ouro passou a integrar o CR8 em 1999 e permaneceu no grupo até Presidente Castello Branco perdeu participação em 2004 e saiu do grupo dos 4 maiores, não integrando nem mesmo os 8 maiores após este ano. Videira manteve-se desde 1998 entre os 8 maiores e teve momentos (2001, 2004, 2005 e 2006) em que integrou o grupo dos 4 maiores. Xaxim também manteve-se no grupo dos 8, exceto pelo ano de 2005, e passou a fazer parte de CR4 em 2007 (tabela 10). Tabela 11. Índices de concentração dos alojamentos de frango dos municípios do Paraná. Índices CR4 20,35 19,22 22,66 23,57 17,65 15,19 16,52 15,02 13,13 12,89 CR8 28,88 28,48 33,77 33,92 26,29 23,01 24,13 23,03 21,98 21,39 CR16 40,45 40,79 45,72 45,71 37,92 35,32 35,30 33,97 33,44 32,69 HH 184,19 172,67 209,68 217,04 167,02 136,15 134,84 123,26 115,80 111,52 No Paraná, maior produtor e exportador de frangos do Brasil, os índices de concentração vêm caindo desde O índice CR4 teve queda de 20,35% em 1998 para 12

13 12,89% em CR8 de 28,88% para 21,39% e CR16 de 40,45% para 32,69%. Todavia o estado do Paraná possui 399 municípios no total, portanto é mais interessante verificar que o índice de Herfindahl-Hirschman teve queda, exceto pelos anos de 2000 (209,68) e 2001 (217,04), passando de 184,19, em 1998, para 111,52, em Oito municípios merecem destaque na produção de frangos do Paraná. São eles Cafelândia, Cascavel, Dois Vizinhos, Francisco Beltrão, Mandirituba, Palotina, Piraí do Sul e Toledo (tabela 12). O município de Toledo desde 1998 tem figurado entre os quatro maiores produtores de frango do Paraná. Em 2002, Toledo teve grande aumento de participação, contudo caiu entre o início e o final do período analisado. Cascavel passou em 1999 a integrar o grupo dos 4 maiores, exceto por 2000 e 2001, manteve-se nesse grupo até O município de Dois Vizinhos também figurou entre os 4 maiores em 1998 e entre 2002 e Também esteve entre os 8 maiores em 1999, 2000 e Francisco Beltrão passou para o grupo dos 8 maiores em 2002 e teve passagens pelo grupo dos 4 maiores em 2004 e Mandirituba participava do grupo dos quatro maiores até 2001 e a partir de 2002 deixou de fazer parte, até mesmo, dos 8 maiores. Palotina manteve-se, exceto por 2000, no grupo dos 8 maiores produtores de frango do Paraná. Piraí do Sul, no período de 1998 a 2007, sempre esteve entre os 8 maiores, figurando entre os 4 em 1998, 1999, 2002, 2006 e Cafelândia, exceto por 2000 e 2001, participou do grupo dos 8 em todos os anos pesquisados (tabela 12). Tabela 12. Participação dos municípios no alojamento de frangos do Paraná. Município Cafelândia PR 2,20 2,11 1,76 1,74 2,30 2,15 2,02 2,03 2,38 2,16 Cascavel PR 1,74 3,51 3,24 3,49 4,06 4,55 4,06 3,82 3,38 2,83 Dois Vizinhos PR 3,62 2,98 2,61 2,02 2,50 2,19 3,62 3,09 2,87 2,58 Francisco Beltrão PR 1,49 1,95 1,69 1,53 2,37 1,94 3,31 3,47 2,31 1,99 Mandirituba PR 8,10 7,17 6,10 7,51 1,67 1,81 1,65 1,20 1,18 1,12 Palotina PR 2,12 2,00 1,95 2,03 2,27 2,23 2,16 2,29 2,25 2,63 Piraí do Sul PR 2,80 3,06 2,87 2,46 2,68 1,90 1,76 1,72 2,40 3,33 Toledo PR 5,84 5,47 4,77 4,71 8,41 6,22 5,53 4,64 4,49 4,11 Diante dos dados apresentados para os municípios, pode-se afirmar que houve desconcentração da produção de frangos na região Sul como um todo. Entretanto, considerando os dados de concentração apresentados para as mesorregiões e microrregiões, pode-se deduzir que se trata da expansão de tradicionais regiões produtores, que vai incorporado municípios de sua zona de influência EVOLUÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DE MATO GROSSO Desde 2002, Mato Grosso vem recebendo empresas abatedoras de frangos, que se instalam neste estado procurando insumos mais baratos, principalmente os grãos de milho e soja. A instalação destas novas plantas nas regiões do Alto Teles Pires e Alto Paraguai promoveu a desconcentração espacial das atividades. 13

14 Os índices de concentração apontam uma desconcentração, principalmente em 2002, quando houve uma queda mais aparente do índice CR4. O índice CR8, todavia, manteve-se no mesmo patamar, isso significa que houve melhor distribuição dos alojamentos entre os oito maiores. O aumento de CR16, aponta uma tendência de concentração entre os 16 maiores produtores. Isso quer dizer que mesmo que o CR4 tenha diminuído, ainda existe concentração moderada em CR8 e somente 16 dos 141 municípios do estado concentram 90,9% de todos os frangos alojados no estado, ficando distribuídos apenas 9,1% para os demais 125 municípios do estado (tabela 13). Tabela 13. Índices de concentração dos alojamentos de frango dos municípios de Mato Grosso. Índices CR4 78,02 78,04 77,67 76,67 73,90 74,10 66,20 68,41 69,77 69,58 CR8 82,82 82,50 82,25 81,22 82,72 81,09 78,30 79,50 80,63 82,63 CR16 86,90 86,59 86,38 85,27 87,16 86,36 85,00 85,76 86,69 90,90 HH 2.716, , , , , , , , , ,73 Os quatro maiores alojamentos de frangos eram, em 1998, Campo Verde (46,13%), Tangará da Serra (23,24%), Chapada dos Guimarães (4,82%) e Mirassol d'oeste (3,83%). Esses municípios de Cáceres (1,08%), Jaciara (1,4%), Dom Aquino (1,19%) e Poconé (1,13%). Com esses valores fica evidente o alto grau de concentração da criação de frangos em MT. Em 2002 o cenário foi alterado. Tabela 14. Evolução da participação de 8 municípios no alojamento de frangos em Mato Grosso. Municípios Campo Verde - MT 46,13 45,86 45,31 45,88 39,57 38,69 38,76 34,38 33,42 39,73 Tangará da Serra - MT 23,24 23,77 24,06 24,29 20,41 20,16 14,38 17,94 13,75 11,88 Nova Mutum - MT 0,07 0,07 0,07 0,27 8,74 8,55 5,20 5,31 12,26 11,53 Nova Marilândia - MT 0,04 0,04 0,04 0,08 5,19 6,70 7,71 10,78 10,35 6,43 Mirassol d'oeste - MT 3,83 3,86 4,65 2,91 2,45 2,48 2,68 2,46 1,96 1,48 Sorriso - MT 0,10 0,09 0,09 0,10 0,64 0,82 5,35 5,21 5,00 3,27 Dom Aquino - MT 1,19 1,29 1,36 1,38 1,16 1,29 1,54 1,24 1,57 4,18 Chapada dos Guimarães - MT 4,82 4,55 3,66 3,60 4,09 2,06 2,28 1,67 1,42 1,66 Com a instalação da unidade produtiva da Perdigão, com capacidade de abater até 600 aves por hora, o município passou a aumentar sua participação na produção e, conseqüentemente, no alojamento de frangos, passando 0,07% dos alojamentos em 1998 para 8,74%, em 2002, chegando a 11,53%, em 2007 (tabela 14). No mesmo ano, 2002, houve um incremento de participação nos alojamentos de frangos do município de Nova Marilândia, que passou de 0,04%, em 1998, para 5,19%, em 2002, e chegou em 6,43% de participação em Ambos os municípios passaram a integrar o grupo dos quatro maiores em 2002, permanecendo nesta posição até 2007 (tabela 14). Esta participação preparou o município para receber, em 2008, as obras de um frigorífico com capacidade de abate de 140 mil aves por dia (DIÁRIO DE CUIABÁ, 2008). 14

15 Eles foram acompanhados dos municípios de Campo Verde e Tangará da Serra, que desde 1998 fazem parte dos 4 maiores, chegando às participações de 39,73% e 11,88%, respectivamente em Ambos apresentaram quedas de participação bruscas no ano de 2002, devido à entrada dos novos players (Nova Mutum e Nova Marilândia) no mercado do frango (tabela 14). 5. CONCLUSÃO Os resultados permitiram perceber que houve aumento da concentração dos alojamentos de frangos nas regiões Sul e Sudeste. O Paraná foi o estado que mais aumentou sua participação na produção entre 1998 e 2007, seguido por Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo. Esses dados refutam a hipótese de que o movimento recente de crescimento para produção de frangos em direção às regiões mais próximas das zonas de expansão da produção de grãos tenha promovido a desconcentração espacial da cadeia. Houve aumento de concentração nas quatro, oito e dezesseis mesorregiões do país. As mesorregiões que se destacaram foram o Oeste do Paraná e Oeste Catarinense. No Norte e Centro-Oeste houve alto grau de concentração. As mesorregiões do Sul e Norte são moderadamente concentradas e a região Sudeste tem baixa concentração dos alojamentos de frangos. Esses graus de concentração vêm aumentando, principalmente no Sudeste e Centro-Oeste, de acordo com os resultados do índice HH. No Sul as microrregiões que mais participam da produção de frangos são Toledo, Chapecó, Concórdia e Joaçaba. Sua participação vem crescendo desde 1998 até A concentração das microrregiões nos estados do Sudeste aumentou, exceto por São Paulo. Nos estados do Sul, houve desconcentração dos alojamentos de frangos em Santa Catarina e aumento da concentração em PR e RS. Goiás foi o único estado do Centro-Oeste cujas microrregiões passaram para um status de maior concentração da produção. Houve grande queda na concentração dos estados de MT e MS. Todavia, em todos estados do Centro- Oeste a concentração é alta em poucas microrregiões. Esses dados confirmam a hipótese de que o novo padrão de crescimento, baseado na formação de clusters, com maior escala na produção rural e nas unidades de processamento, principalmente no Centro-Oeste, reforçou a concentração a nível local. Confirmam também que a concentração local é uma característica desse tipo de atividade, e que essa característica tem assumido maior importância com o aumento nas escalas de produção. REFERÊNCIAS IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Sistema IBGE de Recuperação Automática SIDRA. Disponível em: < Acesso em: 11 dez DIÁRIO DE CUIABÁ. Lima Neto garante cifras. Disponível em: < >. Acesso em: 12 dez INDEA/MT, Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso. Estabelecimentos em atividade registrados no serviço de inspeção sanitária estadual SISE/INDEA/MT. Disponível em: 15

16 < Acesso em: 10 set IPARDES, Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social; GEPAI, Grupo de Estudos e Pesquisas Agroindustriais; IBQP, Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade. Análise da competitividade da cadeia agroindustrial de carne de frango no Estado do Paraná. Curitiba: IPARDES, LOSEKANN, Luciano; GUTIERREZ, Margarida. Diferenciação de produtos. In KUPFER, David; HASENCLEVER, Lia. (Org.) Economia industrial: fundamentos teóricos e práticas no Brasil. Rio de Janeiro: Elsevier, MAPA, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Relatório de estabelecimentos. Disponível em: < > Acesso em: 11 set MARQUES, Dinamar Maria Ferreira; ARRIEL, Marcos Fernando. Cadeia produtiva de suínos e aves na microrregião Sudoeste Goiano. Disponível em: < Acesso em: 01 abr MARQUES, P.V. Contribuição ao estudo da organização agroindustrial: o caso da indústria de frango de corte no estado de São Paulo. Sci. Agric., Piracicaba, 51(1): 08-16, jan./abr., MEDEIROS, Natalino Henrique; OSTROSKI, Diane Aparecida. Competitividade e concentração de mercado: uma análise da avicultura nas mesorregiões oeste e sudoeste paranaense. In: Congresso da SOBER, XLIV, Fortaleza, RESENDE, Marcelo; BOFF, Hugo. Concentração industrial. In KUPFER, David; HASENCLEVER, Lia. (Org.) Economia industrial: fundamentos teóricos e práticas no Brasil. Rio de Janeiro: Elsevier, ROSSI, José W. Índices de desigualdade de renda e medidas de concentração industrial: aplicação a casos brasileiros. Rio de Janeiro: Zahar Editores, SANTINI, Giuliana Aparecida. Dinâmica tecnológica da cadeia de frango de corte no Brasil: análise dos segmentos de insumos e processamento. Tese de Doutorado, São Carlos: UFSCar SIMM, Eduardo Bolicenha; ALVES, Alexandre Florindo. Concentração espacial da agroindústria paranaense durante a década de Congresso da Sober FERGUSON, Charles E. Microeconomia. Rio de Janeiro: Forense,

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