LEI MARIA DA PENHA: ANÁLISE DA APLICABILIDADE SOBRE A EQUIDADE DE GÊNERO

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1 LEI MARIA DA PENHA: ANÁLISE DA APLICABILIDADE SOBRE A EQUIDADE DE GÊNERO Gregória Benário Lins e Silva 1 Resumo: A Lei /06, denominada Lei Maria da Penha, foi uma conquista histórica das mulheres que se encontram em situação doméstica e/ou familiar conflituosa, passando a ser um mecanismo jurídico de garantia a uma vida sem violência para as mulheres. Este artigo pretende apresentar os resultados de uma pesquisa, realizada a partir da análise de decisão judicial, ocorrida na cidade de João Pessoa e que fora baseada na Lei Maria da Penha, para aplicação dos seus benefícios a um homem considerado vítima de violência doméstica. A proposta será ainda analisar a contribuição do Poder Judiciário paraibano para a correta aplicação da Lei Maria da Penha, tendo em vista que o judiciário exerce um papel fundamental na coibição de violações aos direitos humanos das mulheres. Assim, explorar-se-á o raciocínio da aplicação da Lei Maria da Penha em benefício de um homem, e identificar-se-ão as justificativas jurídicas para a desconsideração do artigo 5º, da Lei /06, tendo em vista suas disposições sobre a conceituação do que vem a ser a violência de gênero contra a mulher, configurando-se no âmbito doméstico e familiar, mediante qualquer ação ou omissão que lhe venha a causar a morte, lesão, sofrimento físico e psicológico ou dano moral e/ou ao seu patrimônio. Palavras-chave: Violência. Equidade de Gênero. Lei Maria da Penha. Introdução A Lei /06, denominada Lei Maria da Penha, foi uma conquista histórica das mulheres que se encontram em situação doméstica e/ou familiar conflituosa, passando a ser um mecanismo jurídico de garantia a uma vida sem violência. O novo referencial trazido pela respectiva lei mostra a importância da atuação das instituições judiciárias, no combate à violência contra a mulher. No caso especifico, necessitamos compreender qual a contribuição que o Poder Judiciário paraibano desenvolve para a correta aplicação da Lei Maria da Penha, tendo em vista que o judiciário exerce um papel fundamental na coibição de violações aos direitos humanos das mulheres. Ao sistema judiciário compete aplicar mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar, configurando-se numa ação afirmativa em favor das mulheres que sofrem esse tipo de violência, devendo-se visar, especialmente, à aplicação de medidas que tenham como objetivo a erradicação da violência contra as mulheres, à conscientização sobre as diferenças de gênero e a construção de uma cidadania baseada na equidade e no respeito às diferenças. 2 Este artigo pretende apresentar os resultados de uma pesquisa, realizada a partir da análise de um processo criminal, ocorrido na cidade de João Pessoa e que fora baseado na Lei Maria da Penha, para aplicação dos seus benefícios a um homem considerado vítima de violência doméstica. Para refletirmos acerca da atuação do magistrado, precisaremos compreender as relações de gênero. 1 Integrante do Conselho Consultivo da UBM/PB União Brasileira de Mulheres. Advogada do Centro de Referência da Mulher Ednalva Bezerra João Pessoa/PB. Professora e feminista militante. gbenario@hotmail.com 2 A Lei Maria da Penha prevê assistência à mulher de forma articulada, através de uma rede de atendimento com participação institucional e não governamental. Prevê ainda medidas de proteção concedidas pelo judiciário. 1

2 A grande problemática será refletir nas conquistas adquiridas legalmente pelas mulheres em busca de uma sociedade mais igualitária e nas diversas formas de atuação de aplicabilidade e efetividade da Lei Maria da Penha. A legislação em referência é aplicada única e exclusivamente às mulheres em situação doméstica de risco, com caráter preventivo, repressivo e pedagógico. Tudo isso como resultado de uma luta histórica dos movimentos feministas e de mulheres, na tentativa de incorporar direitos básicos da pessoa humana com análise de gênero. A referida decisão é, em tese, descabida, visto que modifica a própria axiologia da norma de referência, contudo sem agressão aos direitos dos homens, cujos direitos homônimos seriam tutelados pela legislação Penal Pátria Ordinária 3 com sanções, inclusive, idênticas às aplicadas pela Lei Maria da Penha, diferenciando-se, tão somente, no procedimento utilizado. O objetivo é analisar as justificativas do DECISUM em questão, no tocante a igualdade, proporcionalidade e imparcialidade do julgamento, tendo como objeto de estudo a própria análise dessa decisão singular de magistrado lotado na comarca de João Pessoa, que adotou medidas protetivas em processo criminal, decorrente de violência doméstica cuja vítima foi um homem, ocorrido no ano de Assim, explorar-se-á o raciocínio para a aplicação da Lei Maria da Penha na tentativa de proteger o homem, e identificar-se-ão as justificativas jurídicas para a desconsideração do artigo 5º da Lei /06, tendo em vista suas disposições sobre a conceituação do que vem a ser a violência de gênero contra a mulher, configurando-se no âmbito doméstico e familiar, mediante qualquer ação ou omissão que lhe venha a causar a morte, lesão, sofrimento físico e psicológico ou dano moral ou ao seu patrimônio. Nesse sentido, a premissa da legislação em questão é a violência doméstica e familiar contra a mulher, o que leva ao questionamento da decisão em destaque justamente por aplicar norma programada em favor do homem para o mesmo fim. No intuito de buscar respostas à indagação acima farei uma análise dogmática 4 por meio da análise dos autos de um processo que tramita em uma das varas criminais de João Pessoa - PB, que concedeu medida protetiva específica da Lei Maria da Penha a um homem. A premissa da legislação especial e seus impactos jurídicos A concepção da violência de gênero descrita na Lei /06, Lei Maria da Penha, decorre de convenções, tratados internacionais de direitos humanos das mulheres ratificados pelo 3 Ao homem vítima de violência doméstica, a legislação cabível de proteção é o Código Penal, que foi alterado desde 2004, com o advento da Lei nº , que criou o tipo penal da violência doméstica. 4 Dogmática jurídica é um dos métodos de análise do direito, em que procura a ação e almeja respostas. 2

3 Brasil e da própria Constituição Federal de 1988 que entra no rol de mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. 5 Partindo desta premissa, a Lei Maria da Penha surge exclusivamente para dar assistência à mulher que sofre violência doméstica, sendo considerada uma das grandes inovações trazidas pela lei. Este ponto de partida será primordial para analisar as justificativas da decisão judicial que aplicou a respectiva lei em benefício de um homem. A lei infraconstitucional sempre sofreu questionamentos. Desde a sua promulgação, alguns magistrados do Brasil se recusaram a aplicar a norma para as mulheres vítimas de violência doméstica, por compreenderem que a lei seria inconstitucional e violaria o princípio da igualdade. 6 Em 2012, o Supremo Tribunal Federal declarou a constitucionalidade da Lei Maria da Penha, com a seguinte explanação, VIOLÊNCIA DOMÉSTICA LEI Nº /06 GÊNEROS MASCULINO E FEMININO TRATAMENTO DIFERENCIADO. O artigo 1º da Lei nº /06 surge, sob o ângulo do tratamento diferenciado entre os gêneros mulher e homem, harmônica com a Constituição Federal, no que necessária a proteção ante as peculiaridades física e moral da mulher e a cultura brasileira. (ADC 19, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 09/02/2012, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-080 DIVULG PUBLIC ) A desconsideração da norma jurídica para a mulher vítima de violência doméstica e familiar entra em conflito com a perspectiva da teoria feminista do direito, principalmente porque há uma relação direta da Lei Maria da Penha com o pensamento jurídico-feminista 7. Segundo Campos (2011, p.182), As dúvidas de interpretação que porventura surjam quando de aplicação da lei devem guiarse pela orientação ampla desse dispositivo. É de se ressaltar que essa disposição reforça o afastamento do entendimento de alguns magistrados de que a Lei se aplica também aos homens. O Objetivo da Lei é cristalino proteção às mulheres em situação de violência -, sem possiblidade de aplicação aos homens. Analisar o direito e suas prerrogativas por meio da teoria feminista do direito causa impacto jurídico, pois mesmo havendo regramento considerável de direitos e deveres igualitários encartados na Constituição Federal de 1988, em seu Capítulo dos Direitos e Garantas Individuais e Coletivos, muitos dos direitos de igualdade entre homens e mulheres não se aplicaram na realidade social. 5 Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do 8 o do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências. (Preâmbulo da Lei Maria da Penha) 6 Com base no artigo de Terlúcia Silva, Um olhar pragmático sobre a (in)constitucionalidade da Lei /06 ( Lei Maria da Penha ): Defesa do princípio da Igualdade ou Preconceito de Gênero? 7 A teoria feminista do direito é utilizada para contrapor ao direito que universaliza o sujeito, através da estrutura patriarcal e que busca na perspectiva jurídico-feminista viabilizar à mulher a não exclusão de direitos. 3

4 Desnecessário dizer que as tutelas de direitos fundamentais não correm pela mesma margem de regulamentação que as demais matérias constitucionais complementares. Contudo, verifica-se que a regulamentação da Lei de referência aqui exposta traz uma materialização de direitos fundamentais de primeiro e terceiro grau individuais, coletivos e difusos 8, como forma de concretização daquele rol de direitos mencionado no Art. 5 da Constituição Federal de Em verdade, o reconhecimento do Estado Brasileiro impôs ao Direito uma constatação da desigualdade social que deveras existe, traduzida em uma relação desigual de poder social entre homens e mulheres. Assim, ao reconhecer uma desigualdade na prática de violências específicas, o sistema jurídico por vezes tem resistido à aplicação da Lei Maria da Penha como forma de politização do espaço jurídico. Para o Judiciário há entendimento de que a sua politização afetaria as relações de interesse público, o que deveria ser ao contrário, pois ao Judiciário cabe entender tais relações de direito privado como de interesse público para que se evite a naturalização da violência doméstica. Essa interpretação controversa, gerada pelo debate entre a necessidade de se positivar uma legislação constitucional autoaplicável e a validez de uma legislação especial de direitos fundamentais, traz à baila debates jurídicos dos mais variados. Para o Jurista Lênio Streck (2011, p.93) em um universo jurídico dominado pelo imaginário masculino, a Lei ao visar proteger a mulher, com certeza passa a gerar posicionamentos controversos que podem gerar a invalidação de dispositivos da Lei. Tal acontecimento pode ser contraponto do Princípio do Livre Convencimento do Julgador, quando das suas decisões fundamentadas e embasadas na Legislação, Doutrina, Súmulas e Jurisprudência Pátria. Senão vejamos decisão proferida por Tribunal no país que corrobora com o entendimento acima exposto: CONFLITO DE COMPETÊNCIA PROCESSO PENAL VARA DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER X JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL CRIME DE AMEAÇA CONTRA SOGRA, SOGRO E CUNHADO MOTIVAÇÃO DE GÊNERO EM RELAÇÃO À VÍTIMA MULHER APLICABILIDADE DAS DISPOSIÇÕES DA LEI MARIA DA PENHA CRIME COMUM EM RELAÇÃO ÀS VÍTIMAS HOMENS DESMEMBRAMENTO DO PROCESSO PARCIAL PROCEDÊNCIA. Sendo o fato criminoso praticado contra sogra, sogro e cunhado resta caracterizado não apenas a motivação de gênero como a existência de relações domésticas e familiares entre os envolvidos, tratando-se de competência da Vara de Violência Doméstica e Familiar apenas com relação à vítima mulher, nos termos da Lei Maria da Penha e Resolução 221/1994 TJMS, devendo ser desmembrado o processo em duas ações penais, fixando a competência da 2ª Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher para ação penal tendo como vítima Elita R. de A. F. e fixando a competência da 5ª Vara do Juizado Especial Cível e Criminal desta Capital para ação penal 8 Direitos de primeiro grau ou primeira geração estão relacionados às pessoas, individualmente. Já os de terceiro grau ou terceira geração são direitos que pertencem a várias pessoas, podendo ser grupos de pessoas determinados ou indeterminados. Estão inseridos no artigo 5º da Constituição Federal de 1988 como Direitos e Garantias Fundamentais. 4

5 tendo como vítimas José da C. M. e Bruno M. (TJ-MS - CJ: MS , Relator: Des. Luiz Gonzaga Mendes Marques, Data de Julgamento: 30/11/2015, 2ª Câmara Criminal, Data de Publicação: 18/12/2015) A compatibilidade da aplicação da Lei Maria da Penha sem tomar como norte o gênero já é assunto abordado no judiciário com calorosos debates e posicionamentos diversos, passando a existir divergências doutrinária e jurisprudencial. Segue um posicionamento jurídico que objetiva tutelar os direitos fundamentais da mulher: PROCESSUAL CIVIL. CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA LESÃO CORPORAL VIOLÊNCIA DOMÉSTICA VÍTIMA DO SEXO MASCULINO INAPLICAÇÃO DA LEI MARIA DA PENHA COMPETÊNCIA DO JUÍZO SUSCITADO CONFLITO JULGADO PROCEDENTE. I - Conforme entendimento jurisprudencial emanado do Colendo STJ, admite-se que decisões judiciais adotem manifestações exaradas no processo em outras peças, desde que haja um mínimo de fundamento, com transcrição de trechos das peças às quais há indicação (per relationem). Precedentes (REsp /AM). II - A conduta praticada, embora tenha ocorrido no âmbito doméstico e familiar, não comporta aplicação da Lei Maria da Penha, por se tratar de violência dirigida a sujeito do sexo masculino, não alcançada pela referida legislação, que tem como escopo proteger a mulher nas relações em que ela exerce um papel de submissão, seja psicológica, física ou econômica. III - Não obstante haja relação familiar entre vítima e acusado, não há violência baseada no gênero, uma vez que as condutas tipificadas como criminosas foram praticadas por mulher de 55 anos contra homem de 68 anos de idade, afastando, pois, a competência da Vara Especializada no combate à violência doméstica e familiar contra a mulher. IV - Não resta configurada qualquer das situações caracterizadoras de violência doméstica e familiar, disciplinadas na Lei nº /06, eis não ter havido violência baseada no gênero, assim entendida, a violência decorrente da hierarquia e desigualdade entre homem e mulher. V - In casu, a relação doméstica decorre do vinculo familiar existente entre os envolvidos, em que o sujeito ativo é do sexo feminino e o sujeito passivo do sexo masculino. E, tratando-se de homem agredido, não incide o procedimento elencado na Lei Maria da Penha. (TJ-AM - CC: AM , Relator: Wellington José de Araújo, Data de Julgamento: 12/08/2015, Câmaras Reunidas, Data de Publicação: 18/08/2015) Observa-se que argumentos tecnicistas e demasiadamente processuais podem levar a invalidação de certos dispositivos da legislação protetiva da mulher, o que agride aos âmbitos sociais a que se destina. Assim, nasce o confronto do Judiciário com a reivindicação da Justiça social. É o que se vê da decisão do julgador da Comarca de João Pessoa, analisada neste texto. A aplicação de medidas protetivas da Lei Maria da Penha por analogia Com o advento da Lei Maria da Penha passam a surgir procedimentos inovadores no judiciário brasileiro, com o fito de evitar práticas de violência doméstica e familiar contra a mulher. Uma das grandes inovações se encontra no artigo 22 da Lei, admitindo a aplicação de medidas protetivas de urgência que obrigam o agressor em qualquer momento da persecução penal a proibição de determinadas condutas, em face de proteger a mulher e outros integrantes da família de práticas continuadas de violência. 5

6 Art. 22. Constatada a pratica de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos desta Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou separadamente, as seguintes medidas protetivas de urgência, entre outras: I - suspensão da posse ou restrição do porte de armas, com comunicação ao órgão competente, nos termos da Lei nº , de 22 de dezembro de 2003; II - afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida; III - proibição de determinadas condutas, entre as quais: a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, fixando o limite mínimo de distância entre estes e o agressor; b) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer meio de comunicação; c) freqüentação de determinados lugares a fim de preservar a integridade física e psicológica da ofendida; IV - restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores, ouvida a equipe de atendimento multidisciplinar ou serviço similar; V - prestação de alimentos provisionais ou provisórios. 1º As medidas referidas neste artigo não impedem a aplicação de outras previstas na legislação em vigor, sempre que a segurança da ofendida ou as circunstâncias o exigirem, devendo a providência ser comunicada ao Ministério Público. Os modelos de medidas protetivas apresentados na Lei Maria da Penha, surgem a partir do conhecimento das atitudes comumente empregadas pelo autor da violência doméstica e familiar que paralisam a vítima ou dificultam em demasia a sua ação diante do cenário que se apresenta nesta forma de violência (BELLOQUE, 2011, p. 308). Ou seja, as medidas de proteção estabelecidas na norma jurídica em destaque existem pelo fato da prática frequente de violações à mulher e seus dependentes que sofrem violência doméstica. A Lei é objetiva e direta, as medidas protetivas de urgência podem ser aplicadas quando constatada a prática de violência doméstica contra a mulher, o legislador foi categórico em abarcar a mulher vítima de violência doméstica e familiar. A minha análise parte da decisão do magistrado da 7ª vara criminal de João Pessoa/PB, que proferiu despacho acatando o pedido de um homem, suposta vítima de violência doméstica. O pedido foi formulado pela vítima tendo em vista ter informado que sofrera agressões psicológicas e ameaças pela companheira, requerendo assim a aplicação de medidas protetivas com base na Lei nº /06 (Lei Maria da Penha). O juiz entendeu que é viável conceder medidas de proteção aos homens vítimas de violência doméstica, baseando-se no artigo 22 da Lei Maria da Penha. Seu entendimento se expande ao informar que a referida lei é aplicada independentemente do gênero. Seguem trechos das primeiras decisões do magistrado: DECIDO. De início, ressalte-se que a Lei nº /06 (Lei de Violência Doméstica), aplica-se indistintamente a sujeitos passivos de qualquer gênero (masculino ou feminino) e não somente aos casos de ofendida mulher. Por outro lado, é cediço que a Lei nº /06, em seu Capitulo II, na tentativa de melhor proteger a Mulher/homem no ambiente familiar, possibilita ao Magistrado aplicar medidas de proteção, independentemente de audiência das partes e em qualquer fase processual e, 6

7 até mesmo, durante inquérito policial. (Inquérito policial nº , proferido despacho em 20/10/2013) Partindo do ponto de vista do magistrado para argumentar a aplicação da Lei Maria da Penha, no caso concreto, verifica-se que a referida decisão modifica o aspecto axiológico do regimento jurídico em referência. Se por ora a Lei Maria da Penha surge para garantir justiça social às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, por outro lado o Poder Judiciário se encontra em momentos de não aceitação de novas perspectivas sócio jurídicas. Considerando esse aspecto Lênio Streck (2011) enfatiza, Não esqueçamos que, na contemporaneidade, além do princípio da proibição de excesso (Übermassverbot), que serve para proibir o Estado de punir com exageros, há também o princípio da proibição de proteção insuficiente (Untermassverbot), que obriga o Estado (legislador, judiciário, Ministério Público) a proteger os direitos fundamentais. Há hipóteses em que o Estado, ao não proteger o bem jurídico (inclusive via direito penal), estará agindo (por omissão) de forma inconstitucional. (STRECK, p. 100) A decisão acima explicitada ocorreu ainda na fase da instrução do Inquérito Policial. Na fase processual a decisão fora ratificada, neste momento com maior argumentação e motivada de razões fáticas para utilizar-se da Lei ao caso. Assim o magistrado informou: (...) uma vez que a matéria em questão, da forma como se encontra posta nestes autos, mostra-se pouco comum, já que este juízo entendeu por aplicar medidas protetivas previstas na Lei /06 (Lei de Violência Doméstica contra a Mulher) à vítima do sexo masculino, hei por bem melhor expressar o entendimento implícito na concisa decisão de fls. 22/23. Não se questiona, pois ultrapassado, que a Lei Maria da Penha (Lei /06) surgiu no sistema jurídico brasileiro com o fim de dar maior proteção à mulher vítima de violência doméstica, cujo autor, na quase totalidade dos casos, é o homem. (Processo nº , despacho proferido em 27/11/2013) Percebe-se que o magistrado reconhece a importância da Lei Maria da Penha para proteger a mulher em situação de violência doméstica, reconhecendo ainda que na maioria dos casos de conflito doméstico são as mulheres as maiores vítimas e, portanto, necessitam de maior amparo do Estado. Mas, logo em seguida, o juiz interpreta os instrumentos de proteção à mulher como ordenamentos passiveis de aplicações diversas ao recomendado, distorcendo e desfazendo o propósito da lei em estudo. No entanto, em que pese a especificidade de seu âmbito de atuação (violência doméstica contra a mulher), a Lei /06 não se basta em si mesma e, como lei ordinária que o é, compõe todo um sistema jurídico, estando sujeita a evoluções e interpretações que decorrem da própria evolução social. (Processo nº , despacho proferido em 27/11/2013) 7

8 Com essas argumentações o magistrado esquece do histórico que ensejou o surgimento da Lei Maria da Penha 9, levando a crer que na evolução social os polos passivos podem ser invertidos, ou seja, os homens passam a ser vítimas das relações afetivas. Para justificar sua decisão, o juiz alega que a aplicação do artigo 22 da Lei ocorreu por analogia. Segue trecho da decisão: (...) este juízo, na verdade, não está a aplicar a Lei Maria da Penha, senão apenas se utilizou da analogia, instrumento interpretativo, para garantir à vítima, que, no caso concreto, é do sexo masculino (...) No direito penal só é permitido adotar alguma norma jurídica por analogia se for para beneficiar o acusado. Se o entendimento da decisão for aplicar a legislação para o referido caso considerado semelhante e que não há lei que regulamente, este jamais poderá ser aplicado para prejudicar o suposto réu. Os posicionamentos doutrinários que embasaram a decisão do magistrado foram colhidos de entendimentos aplicáveis à mulher vítima de violência doméstica, compreendendo que o artigo 22 da Lei Maria da Penha é necessário para a mulher em situação de risco e violência doméstica. E assim, termina a decisão do magistrado: (...) não há nada de absurdo, no caso, a imposição de medidas de proteção previstas na Lei /06, em favor da vítima (...) do sexo masculino (...). Desta feita, ratifico os termos da decisão posto e mantenho as medidas impostas à indiciada. O posicionamento e argumentações da decisão em foco mostram que numa perspectiva jurídica, dialogar sobre gênero, na tentativa de garantir os direitos humanos das mulheres é algo bastante inovador. Percebe-se que os direitos conquistados constantemente sofrem ameaças de extinção ou distorção. E o uso dos instrumentos de proteção estão diretamente ligados às escolhas dos valores morais, com posicionamentos divergentes à aceitação e correta aplicação da Lei /06. Conclusão A Lei Maria da Penha promove um diálogo concreto entre Poder Judiciário e a sociedade, medida em que o ordenamento jurídico remete a um estado ideal de interação social com as instituições judiciárias, buscando por justiça às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar. 9 A lei em destaque surgiu para suprir uma carência no judiciário brasileiro. Não existiam normas jurídicas que garantiam às mulheres vítimas de violência doméstica serem pessoas detentoras de direitos, com cidadania plena. A lei é consequência da mobilização dos movimentos feministas e de mulheres, que buscavam no Poder Judiciário garantia dos direitos humanos das mulheres, viver uma vida sem violência. 8

9 Por outro lado, percebe-se que a correta aplicabilidade da Lei Maria da Penha é bastante complexa nas instituições jurídicas. O judiciário brasileiro ainda tem dificuldade em adotar os procedimentos inovadores que remetem às necessidades da contemporaneidade, principalmente ao que concerne à violência de gênero. Dedicar-se às questões de gênero, no judiciário, remete a reflexões de conceitos de valores morais, levando assim a uma perspectiva jurídico-feminista, perspectiva esta que se opõe a uma estrutura que negligencia a violência contra a mulher. Verifica-se que a lei sempre sofreu questionamentos, por parte do Poder Judiciário, chegando a recusa em aplicar a norma para as mulheres vítimas de violência doméstica, com o principal argumento de que a lei seria inconstitucional. A trajetória em busca da correta aplicação da Lei Maria da Penha está apenas começando, pois são inúmeras as tentativas em desconsiderar a norma jurídica para a mulher vítima de violência doméstica e familiar. Por fim, se a Lei surge para garantir justiça social às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, por outro lado nos deparamos com mentalidades julgadoras que não aceitam novas perspectivas sócio jurídicas. Referências BELLOQUE, Juliana Garcia. Lei Maria da Penha no contexto do Estado Constitucional: desigualando a desigualdade histórica. In CAMPOS, Carmem Hein de (org.). Lei Maria da Penha comentada em uma perspectiva jurídico-feminista. Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris, BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de Disponível em Acesso em 17. mai BRASIL. Lei nº 2.848, de 07 de dezembro de Cria o Código Penal. Disponível em Acesso em 17 de maio de BRASIL. Lei nº , de 07 de agosto de Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Diário Oficial [da República Federativa do Brasil], Brasília, DF. Seção 1, p ago CAMPOS, Carmem Hein de. Teoria Feminista do Direito e Violência Íntima Contra Mulheres. R. EMERJ, Rio de Janeiro, v. 15, n. 57 (Edição Especial), p , jan.-mar CAMPOS, Carmem Hein de (org.). Lei Maria da Penha comentada em uma perspectiva jurídicofeminista. Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris, DECISÃO JUDICIAL (Processo nº , despacho proferido em 27/11/2013, p ). 9

10 DECISÃO JUDICIAL (Processo nº CJ MS ). Disponível em ms Acesso em 09 julh DECISÃO JUDICIAL (Processo nº CC AM ). Disponível em am Acesso em 09 julh DECISÕES STF ADC 19 e ADI 4424 (constitucionalidade da Lei Maria da Penha e dispensa da representação da vítima). Disponível em < i9099naoseaplica.pdf>. Acesso em 21 mai SILVA, Terlúcia Maria da. Um olhar pragmático sobre a (in)constitucionalidade da Lei /06 ( Lei Maria da Penha ): Defesa do princípio da Igualdade ou Preconceito de Gênero? II Encontro Procad UFAL/UFPE/UFPB, STRECK, Lênio. Lei Maria da Penha no contexto do Estado Constitucional: desigualando a desigualdade histórica. In CAMPOS, Carmem Hein de (org.). Lei Maria da Penha comentada em uma perspectiva jurídico-feminista. Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris, Maria da Penha s Law: Review the applicability on the fairness of gender. Abstract: The law /06, known as the Maria da Penha s Law, was a historical achievement of women who are in a domestic and/or family conflictive situation and became a legal mechanism to guarantee a life without violence for women. This article intends to present the results of a research that analysis of a judicial decision, which occurred in the city of João Pessoa and was based on the Maria da Penha s Law, that it was applied to a man considered a victim of domestic violence. The proposal will also analyze the contribution of the Judiciary of Paraiba for the correct application of the Maria da Penha s Law, considering that the judiciary plays a fundamental role in the defense of women s human rights. Therefore, the reasoning for the application of the Maria da Penha s Law in benefit of a man will be explored and the legal justifications for disregarding the Article 5 of Law /06 will be identify, considering its dispositions regarding the concept of gender violence against women, configuring itself in the domestic and family spheres, through any action or omission that may cause death, injury, physical and psychological suffering or moral damage and / or patrimony. Keywords: Violence. Gender Equity. Maria da Penha s Law 10

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