Legislação ambiental

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1 XI SEMANA ESTADUAL DE PROTEÇÃO E PRESERVAÇÃO DAS ÁGUAS DOCES Legislação ambiental aplicável às águas doces

2 1. DIREITO DAS ÁGUAS O direito das águas é constituído por normas que pertencem ao direito público e ao privado, têm por objeto regular tudo o que concerne ao domínio das aguas, seu uso e aproveitamento, assim como as defesas contra suas consequências danosas (Alberto G. Spota) Conjunto de princípios e normas jurídicas que disciplinam o domínio, uso, aproveitamento, a conservação e preservação das águas, assim como a defesa contra suas danosas consequências (Cid Tomanik Pompeu) O conjunto de princípios e normas jurídicas que disciplinam o domínio, as competências e o gerenciamento das águas, visando ao planejamento dos usos, à conservação e à preservação, assim como à defesa de seus efeitos danosos, provocados ou não pela ação humana. (Maria Luiza Granziera)

3 1) ÁGUA 2. CONCEITOS RELATIVOS AO DIREITO DE ÁGUAS Líquido incolor, inodoro e insípido composto por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio Fase líquida de um composto químico formado aproximadamente por duas partes de hidrogênio e 16 partes de oxigênio em peso. Na natureza ela contem pequenas quantidades de água pesada, de gases e de sólidos (principalmente sais), em dissolução. (Departamento de Águas e Energia Elétrica DNAEE. Glossário de Termos hidrológicos. Brasília, 1976).

4 1) ÁGUA 2. CONCEITOS RELATIVOS AO DIREITO DE ÁGUAS Segundo a Lei 9.433/97, a água é um bem dotado de valor econômico: Art. 1º A Política Nacional de Recursos Hídricos baseia-se nos seguintes fundamentos: I - a água é um bem de domínio público; II - a água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico; Para a doutrina civilista, a água é um bem imóvel, quando ligada ao solo, e um bem móvel quando fora do seu leito.

5 2. CONCEITOS RELATIVOS AO DIREITO DE ÁGUAS 2) RECURSO HÍDRICO Água é o elemento natural, descomprometido com qualquer uso ou utilização. É o gênero. Recuso hídrico é a agua como bem econômico, passível de utilização para tal fim (Cid Tomak Pompeu) A lei, entretanto, não faz esta distinção e usa os dois termos em situações semelhantes

6 2. CONCEITOS RELATIVOS AO DIREITO DE ÁGUAS 3) CORPO HÍDRICO Curso d água, reservatório artificial ou natural, lago, lagoa ou aquífero subterrâneo (art. 2º VI da Instrução Normativa nº 04/2000 do MMA)

7 2. CONCEITOS RELATIVOS AO DIREITO DE ÁGUAS 3) CORPO HÍDRICO a) RIO Curso considerável de água, que tem geralmente origem nas montanhas e vem recebendo pelo caminho a água dos regatos e ribeiras até lançar-se por uma ou outra embocadura, no mar ou noutro rio (Laudelino Freire)

8 2. CONCEITOS RELATIVOS AO DIREITO DE ÁGUAS 3) CORPO HÍDRICO a) RIO Curso de água considerável em extensão e largura (Carvalho de Mendonça e Antônio Pádua Nunes) ELEMENTOS DO RIO: volume de água, que corre por uma calha, ou seja, sobre um leito e entre margens.

9 2. CONCEITOS RELATIVOS AO DIREITO DE ÁGUAS 3) CORPO HÍDRICO b) ÁGUAS SUBTERRÂNEAS Suprimento de agua doce sob a superfície da terra, na forma de reservatório natural ou artificial Aguas que transitam no subsolo infiltradas através do solo ou de suas camadas subjacentes, armazenada na zona de saturação e suscetível de extração e utilização. (art. 2º II da Instrução Normativa nº 04/2000 do MMA)

10 2. CONCEITOS RELATIVOS AO DIREITO DE ÁGUAS 3) CORPO HÍDRICO c) AQUÍFEROS formação porosa (camada ou extrato) de rocha permeável, areia ou cascalho, capaz de armazenar e fornecer quantidades significativas de agua. Ou seja, é o meio físico que contem a agua subterrânea

11 2. CONCEITOS RELATIVOS AO DIREITO DE ÁGUAS 3) CORPO HÍDRICO d) ÁGUAS ESTÁTICAS LAGO é massa continental de água superficial de extensão considerável LAGOA pequeno reservatório natural ou artificial Águas estáticas artificiais: represas, reservatórios, tanques e açudes

12 2. CONCEITOS RELATIVOS AO DIREITO DE ÁGUAS 3) CORPO HÍDRICO e) BACIA HIDROGRÁFICA Área de drenagem de um curso d água ou lago (art. 2º V da Instrução Normativa nº 04/2000 do MMA) Uma porção de território cujas águas tem por derivativo, ou escoadouro, um rio

13 2. CONCEITOS RELATIVOS AO DIREITO DE ÁGUAS 3) CORPO HÍDRICO f) ÁGUAS SERVIDAS Águas de abastecimento de uma comunidade, rejeitadas após varias utilizações. Podem resultar também da mistura de resíduos ou despejos domésticos, municipais ou industriais, com águas superficiais e subterrâneas (DNAE)

14 3. PRINCÍPIOS APLICÁVEIS À GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS 1) DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL É o desenvolvimento capaz de garantir as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atenderem as suas necessidades (Relatório Bruntlan, ONU) 2) Prevenção e precaução 3) Poluidor-pagador e usuário-pagador

15 3. PRINCÍPIOS APLICÁVEIS À GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS 4) Cooperação e participação A agua é um bem comum que impõe uma cooperação internacional (carta europeia da agua) - na responsabilidade por danos - na realização de ações conjuntas Cooperação entre estados. Entre estados e indivíduos. Entre os entes da federação (competência material). O poder e a coletividade. A cooperação é fundamental na gestão de bacias hidrográficas (Comitês de bacia hidrográfica)

16 3. PRINCÍPIOS APLICÁVEIS À GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS 5) Valor econômico da água A água tem valor econômico em todos os seus usos e deve ser reconhecida como um bem econômico. De acordo com esse princípio é vital reconhecer como prioritário o direito básico de todo ser humano ter acesso a agua potável e ao saneamento, a um preço acessível. O não reconhecimento do valor econômico da agua conduz ao seu desperdício (Declaração de Dublin). Art. 1º III da Lei da PNRH

17 3. PRINCÍPIOS APLICÁVEIS À GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS 6) Bacia hidrográfica como instrumento de planejamento A bacia é a unidade territorial para implementação da PNRH (PNRH) 7) Equilíbrio entre os diversos usos da água Usos múltiplos da água (elétrico, agrícola, industrial, abastecimento, saneamento) Busca-se resultados técnicos e sociais Deve-se considerar os usos da agua especialmente nas proximidades dos centros urbanos (uso de agrotóxico, poluição da água, impedindo os usos nobres)

18 4. FORMAS DE USO DA ÁGUA USO DA ÁGUA Consiste em toda atividade que altere as condições qualitativas e quantitativas, bem como o regime das águas superficiais ou subterrâneas, ou que interfiram em outros tipos de usos (IN nº 04/00 MMA, art. 2º XXIX) USUÁRIO Toda pessoa física ou jurídica, de direito privado ou público, que faça uso de recursos hídricos que dependem ou independem de outorga

19 4. FORMAS DE USO DA ÁGUA USOS CONSUNTIVOS São aqueles que consomem a água, em maior ou menor quantidade, de acordo com a tecnologia utilizada. Ex: abastecimento urbano ou rural, irrigação, psicultura, indústria USOS SEM DERIVAÇÃO Navegação, diluição e transporte de efluentes, geração de energia, pesca, usos recreativos, esportes. Provocam efeitos na qualidade da água.

20 5. COMPETÊNCIAS Competência é a faculdade juridicamente atribuída a uma entidade, um órgão ou um agente do poder público para emitir decisões. São modalidades de poderes dados aos órgãos ou entidades a fim de que realizem suas funções (Jose Afonso da Silva) Pode ser legislativa ou material (administrativa)

21 5. COMPETÊNCIAS 1) Competência legislativa Compete à união legislar privativamente sobre águas e energia (CF, art. 22 IV) Pode ser delegada aos Estados (CF, art. 22 p.u ) Mas o art. 24 VI estabelece competência concorrente entre união, estados e municípios para legislar sobre proteção do Meio Ambiente e controle da poluição, dentre outros temas, cabendo a união editar normas gerais

22 5. COMPETÊNCIAS 1) Competência legislativa Há ainda, a competência remanescente dos Estados para legislar sobre a utilização dos recursos hídricos sobre o seu domínio, nos termos do art. 25 1º da CF A competência legislativa da União, então, é de estabelecer normas gerais, de aplicação geral, com a finalidade de criar, alterar ou extinguir direitos sobre a agua. A competência estadual, por sua vez, seria em prol de estabelecer normas administrativas de utilização, preservação e recuperação da água como recurso, na qualidade de bem público de domínio estatal, sobre o qual tem o dever de administrar.

23 5. COMPETÊNCIAS 2) Competência material Da União: Instituir o sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos do seu uso (CF, art 21 XIX); Explorar direta ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos d água

24 5. COMPETÊNCIAS 2) Competência material Competência comum de União, Estados, DF e Municípios: Cuidar da saúde, proteger o meio ambiente, combater a poluição, promover a melhoria das condições de saneamento básico, e registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seu território

25 6. DOMÍNIO DOS RECURSOS HÍDRICOS Domínio público consiste no conjunto de bens móveis e imóveis de que é detentora a administração, afetados ao seu próprio uso, ou ao uso direto ou indireto da coletividade, submetidos a regime de direito público. Não significa propriedade, mas responsabilidade dos entes pela guarda e administração dos recursos

26 6. DOMÍNIO DOS RECURSOS HÍDRICOS 6.1 Domínio da União Art. 20. São bens da União: III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais;

27 6. DOMÍNIO DOS RECURSOS HÍDRICOS 6.1 Domínio da União Rios fronteiriços e transfronteiriços: - À União cabe outorgar o direito de uso da água, por meio da ANA; - Deve obedecer as prioridades de uso estabelecidas nos planos de recursos hídricos - O licenciamento, entretanto, é competência comum

28 6. DOMÍNIO DOS RECURSOS HÍDRICOS 6.1 Domínio da União Rios que sirvam de limite com outros países, se estendam a território estrangeiro ou dele provenham: - Os aproveitamentos da água e o sistema de responsabilidade devem ser objeto de tratado específico - O trecho do rio compartilhado que estiver localizado no território brasileiro estará adstrito, no que se refere ao controle do uso, às normas do direito administrativo brasileiro - Nos seus comitês de bacias deve conter um representante do ministério das Relações Exteriores

29 6. DOMÍNIO DOS RECURSOS HÍDRICOS 6.1 Domínio da União Rios e lagos existentes em terras indígenas - Destinam-se à posse permanente das tribos e etnias, cabendo-lhes usufruto exclusivo (CF, art 23 I e 2º)

30 6. DOMÍNIO DOS RECURSOS HÍDRICOS 6.2 Domínio dos Estados Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados: I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União;

31 6. DOMÍNIO DOS RECURSOS HÍDRICOS 6.2 Domínio dos Estados Por exclusão, águas estaduais são aquelas que não pertencem à União As águas subterrâneas pertencem aos Estados, visto que não estão citadas entre os bens da União

32 7. POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS Planejamento (Flávio Terra Barth): Em matéria de Recursos Hídricos, pode ser definido como o conjunto de procedimentos organizados que visam ao atendimento das demandas de água, considerada a disponibilidade restrita desse recurso. Forma de conciliar recursos escassos e necessidades abundantes Opera-se por meio de estabelecimento de metas a serem alcançadas e que podem ser traduzidas em melhoria dos aspectos de quantidade e qualidade das águas.

33 7. POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS 7.1 Fundamentos da PNRH Art. 1º A Política Nacional de Recursos Hídricos baseia-se nos seguintes fundamentos: I - a água é um bem de domínio público; II - a água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico; III - em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano e a dessedentação de animais; IV - a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas;

34 7. POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS 7.1 Fundamentos da PNRH Art. 1º A Política Nacional de Recursos Hídricos baseia-se nos seguintes fundamentos: V - a bacia hidrográfica é a unidade territorial para implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos; VI - a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades.

35 7. POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS 7.2 Instrumentos da PNRH voltados à efetivação de seus objetivos Instrumentos de Planejamento (organizar e definir a utilização da água) Planos de Bacia Hidrográfica, Enquadramento dos corpos hídricos em classes e o sistema de informações sobre recursos hídricos Instrumentos de Controle Administrativo Outorga, Licenciamento Ambiental e cobrança pelo uso da água

36 7. POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS Instrumentos de Planejamento a) Plano de Bacia Hidrográfica Art. 6º Os Planos de Recursos Hídricos são planos diretores que visam a fundamentar e orientar a implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e o gerenciamento dos recursos hídricos. O plano deve ser democrático, vez que aprovado pelo respectivo Comitê de Bacia Hidrográfica, do qual participam os representantes de vários segmentos interessados nos recursos hídricos

37 7. POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS a) Plano de Bacia Hidrográfica Art. 7º Os Planos de Recursos Hídricos são planos de longo prazo, com horizonte de planejamento compatível com o período de implantação de seus programas e projetos e terão o seguinte conteúdo mínimo: I - diagnóstico da situação atual dos recursos hídricos; Instrumentos de Planejamento II - análise de alternativas de crescimento demográfico, de evolução de atividades produtivas e de modificações dos padrões de ocupação do solo; III - balanço entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hídricos, em quantidade e qualidade, com identificação de conflitos potenciais; IV - metas de racionalização de uso, aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hídricos disponíveis;

38 7. POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS Instrumentos de Planejamento a) Plano de Bacia Hidrográfica Art. 7º Os Planos de Recursos Hídricos são planos de longo prazo, com horizonte de planejamento compatível com o período de implantação de seus programas e projetos e terão o seguinte conteúdo mínimo: V - medidas a serem tomadas, programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados, para o atendimento das metas previstas; VI - (VETADO) VII - (VETADO) VIII - prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hídricos; IX - diretrizes e critérios para a cobrança pelo uso dos recursos hídricos; X - propostas para a criação de áreas sujeitas a restrição de uso, com vistas à proteção dos recursos hídricos.

39 7. POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS a) Plano de Bacia Hidrográfica Instrumentos de Planejamento Extensão geográfica: Os planos serão elaborados por Bacia Hidrográfica; por Estado; e para o país Deverão corresponder à área de atuação do Comitê. Art. 37. Os Comitês de Bacia Hidrográfica terão como área de atuação: I - a totalidade de uma bacia hidrográfica; II - sub-bacia hidrográfica de tributário do curso de água principal da bacia, ou de tributário desse tributário; ou III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrográficas contíguas.

40 7. POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS a) Plano de Bacia Hidrográfica Instrumentos de Planejamento Por conter a definição das prioridades de outorga e as propostas para criação de áreas de restrição de uso, o PBH acaba se tornando um instrumento de zoneamento, uso e ocupação do solo O problema quanto a isto é o conflito de competência legislativa e de autonomia dos Municípios, quando ao seu ordenamento territorial. Ex: instituição de distritos industriais x instituição de áreas de restrição de uso industrial Lembre-se: a bacia hidrográfica não corresponde ao recurso hídrico, mas ao solo que forma essa porção territorial A solução só é possível com cooperação

41 7. POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS b) Classificação dos corpos hídricos Instrumentos de Planejamento Deve ser considerado que o objeto de uma política de prevenção não pode ser a proibição de qualquer poluição, mas apenas a prevenção de um certo grau para manter a poluição em níveis razoáveis (Michel Despax) Não se pretende o não uso dos recursos, ou seu retorno à pureza, mas apenas à manutenção de seus critérios de qualidade e quantidade de modo a garantir o acesso de presentes e futuras gerações

42 7. POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS b) Classificação dos corpos hídricos Instrumentos de Planejamento Para a PNRH, classificar significa estabelecer níveis de qualidade para as águas (doces, salobras e salinas), em face dos quais se priorizam determinados tipos de uso, mais ou menos exigentes A classificação das águas e as diretrizes ambientais para o enquadramento das águas superficiais, além das condições de lançamento, são estabelecidos nas: Resolução CONAMA 274/00 - balneabilidade Resolução CONAMA 357/05 Resolução CONAMA 410/09 e 430/11

43 7. POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS b) Classificação dos corpos hídricos Instrumentos de Planejamento Resolução CONAMA 357/05 Art. 2o Para efeito desta Resolução são adotadas as seguintes definições: IX - classe de qualidade: conjunto de condições e padrões de qualidade de água necessários ao atendimento dos usos preponderantes, atuais ou futuros; X - classificação: qualificação das águas doces, salobras e salinas em função dos usos preponderantes (sistema de classes de qualidade) atuais e futuros; XX - enquadramento: estabelecimento da meta ou objetivo de qualidade da água (classe) a ser, obrigatoriamente, alcançado ou mantido em um segmento de corpo de água, de acordo com os usos preponderantes pretendidos, ao longo do tempo;

44 7. POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS Instrumentos de Planejamento b) Classificação dos corpos hídricos Resolução CONAMA 357/05 Estabelece CINCO classes para água doce: especial e classes 1, 2, 3 e 4 (art. 4º) As condições e padrões que devem ser atendidos estão no art. 14 e podem se tornar mais restritivos, pode determinação do poder público, ante as condições locais

45 7. POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS c) Enquadramento dos corpos hídricos Instrumentos de Planejamento Enquadramento, do corpo hídrico ou de trechos dele, fixa o nivel de qualidade, os usos e sua finalidade preponderante. (LPNRH) Art. 9º O enquadramento dos corpos de água em classes, segundo os usos preponderantes da água, visa a: I - assegurar às águas qualidade compatível com os usos mais exigentes a que forem destinadas; II - diminuir os custos de combate à poluição das águas, mediante ações preventivas permanentes.

46 7. POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS c) Enquadramento dos corpos hídricos Instrumentos de Planejamento O Enquadramento baseia-se não no estado atual do corpo hídrico, mas na qualidade que se pretende que ele possua ao longo do tempo Cabe às Agências de Água efetuarem propostas de enquadramento aos Comitês de Bacia Hidrográfica para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Estadual de Recursos Hídricos (de acordo com o domínio do corpo hídrico).

47 7. POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS c) Sistema de informações Instrumentos de Planejamento (LPNRH) Art. 25. O Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos é um sistema de coleta, tratamento, armazenamento e recuperação de informações sobre recursos hídricos e fatores intervenientes em sua gestão. São princípios básicos para o funcionamento do Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos: a descentralização da obtenção e produção de dados e informações; a coordenação unificada do sistema; e o acesso aos dados e informações garantido à toda a sociedade (LPNRH, Art. 26). Cabe à ANA organizar, implantar e gerir o SNIRH

48 7. POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS Instrumentos de Controle Administrativo a) Poder de Polícia A fixação, por meio de regulamento de lei, de procedimento administrativo e de normas e padrões ambientais sobre recursos hídricos, que permitam ao detentor do seu domínio exercer o controle de sua fiscalização O exercício do órgão competente, com base na legislação ambiental, para licenciar empreendimentos potenciais ou efetivamente poluidores, no que concerne também aos recursos hídricos A fiscalização e a aplicação de penalidade aos infratores

49 7. POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS Instrumentos de Controle Administrativo b) Outorga de direito de uso O principio da supremacia do interesse público sobre o privado constitui a essência do exercício do poder de policia em que a Administração Pública controla as atividades dos particulares, com a finalidade de atender ao interesse público, evitando-se a escassez e a poluição dos recursos hídricos Pode ser exercido por meio de regulamentação das leis (portarias, instruções, resoluções), ou por meio de atos administrativos, compreendendo medidas preventivas (fiscalização, autorização, licenças) e medidas repressivas (interdição de atividades, apreensão de mercadorias, embargos) No caso dos recursos hídricos pode compreender as outorgas de uso, bem como a sua consequente fiscalização e eventual sanção

50 7. POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS Instrumentos de Controle Administrativo b) Outorga de direito de uso Segundo a LPNRH, a água é um bem de domínio público Os rios são bens públicos de uso comum (CC, art. 99 I) A outorga é o instrumento através do qual o poder público atribui ao interessado, publico ou privado, o direito de utilizar privativamente o recurso hídrico A outorga é o ato administrativo mediante o qual a autoridade outorgante faculta ao outorgado previamente o direito de uso de recurso hídrico, por prazo determinado, nos termos e nas condições expressas no respectivo ato, consideradas as legislações específicas vigentes (Resolução 16/00-CNRH, art. 1º)

51 7. POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS Instrumentos de Controle Administrativo b) Outorga de direito de uso Inicialmente incidia apenas sobre a captação ou derivação da água, depois passou a incidir também sobre a diluição de efluentes, para fins de adequação da qualidade do efluente ao enquadramento do corpo receptor. Compete ao detentor do domínio hídrico conceder ou autorizar o seu uso (ANA e órgãos estaduais) Art. 14. A outorga efetivar-se-á por ato da autoridade competente do Poder Executivo Federal, dos Estados ou do Distrito Federal. A outorga deve ser orientada pelos respectivos Planos de Bacia, e pelo enquadramento do corpo d água Em uma mesma bacia, havendo rios federais e estaduais, é possível haver a concorrência de competência para outorga entre União e Estado. A União pode delegar ao Estado o poder de outorga

52 7. POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS b) Outorga de direito de uso Instrumentos de Controle Administrativo Sujeitam-se a outorga: I - derivação ou captação de parcela da água existente em um corpo de água para consumo final, inclusive abastecimento público, ou insumo de processo produtivo; II - extração de água de aqüífero subterrâneo para consumo final ou insumo de processo produtivo; III - lançamento em corpo de água de esgotos e demais resíduos líquidos ou gasosos, tratados ou não, com o fim de sua diluição, transporte ou disposição final; IV - aproveitamento dos potenciais hidrelétricos; V - outros usos que alterem o regime, a quantidade ou a qualidade da água existente em um corpo de água.

53 7. POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS b) Outorga de direito de uso Instrumentos de Controle Administrativo Não sujeitam-se a outorga: I - o uso de recursos hídricos para a satisfação das necessidades de pequenos núcleos populacionais, distribuídos no meio rural; II - as derivações, captações e lançamentos considerados insignificantes; III - as acumulações de volumes de água consideradas insignificantes. As insignificâncias devem ser definidas pelos Comitês ou pelos PBH, conforme a IN º 04/00-MMA, art. 2º XXIX

54 7. POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS b) Outorga de direito de uso Instrumentos de Controle Administrativo Art. 15. A outorga de direito de uso de recursos hídricos poderá ser suspensa parcial ou totalmente, em definitivo ou por prazo determinado, nas seguintes circunstâncias: I - não cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga; II - ausência de uso por três anos consecutivos; III - necessidade premente de água para atender a situações de calamidade, inclusive as decorrentes de condições climáticas adversas; IV - necessidade de se prevenir ou reverter grave degradação ambiental; V - necessidade de se atender a usos prioritários, de interesse coletivo, para os quais não se disponha de fontes alternativas; VI - necessidade de serem mantidas as características de navegabilidade do corpo de água.

55 7. POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS b) Outorga de direito de uso Instrumentos de Controle Administrativo Art. 16. Toda outorga de direitos de uso de recursos hídricos farse-á por prazo não excedente a trinta e cinco anos, renovável. Art. 18. A outorga não implica a alienação parcial das águas, que são inalienáveis, mas o simples direito de seu uso.

56 7. POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS c) Cobrança pela utilização dos serviços Instrumentos de Controle Administrativo Baseia-se no princípio do usuário pagador e no entendimento da água como um bem de valor econômico Visa alterar o comportamento acerca do acesso ao recurso É um instrumento econômico da política de recursos hídricos

57 7. POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS c) Cobrança pela utilização dos serviços Instrumentos de Controle Administrativo A cobrança pelo uso de recursos hídricos objetiva (art 19): I - reconhecer a água como bem econômico e dar ao usuário uma indicação de seu real valor; II - incentivar a racionalização do uso da água; III - obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenções contemplados nos planos de recursos hídricos.

58 7. POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS c) Cobrança pela utilização dos serviços Instrumentos de Controle Administrativo Fato gerador: hipóteses de outorga Critérios de cobrança: - na derivação e captação: volume retirado e seu regime de variação - nos lançamentos: volume lançado e seu regime de variação, e as características físico-químicas, biológicas e toxidade do efluente Competência para a cobrança: do outorgante Os valores arrecadados com a cobrança serão utilizados na BH em que foram gerados, prioritariamente

59 8. POLÍTICA ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS LEI Nº DE 15 DE JUNHO DE 2004 Dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos, o Sistema de Gerenciamento Integrado de Recursos Hídricos, e dá outras providências. Cria, ainda, o Fundo Estadual de Recursos Hídricos

60 8. POLÍTICA ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS No Maranhão temos cerca de 14 Bacias Hidrográficas, mas apenas 2 Comitês de Bacia Hidrográfica (Munim e Mearim, criados em 2013), além do Conselho Estadual de Recursos Hídricos

61 MATERIAL Tenha acesso ao material do Curso no site:

62 OBRIGADA!

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I - a água é um bem de domínio público; POLÍTICA NACIONAL DOS RECURSOS HÍDRICOS CF/88 São bens da União:; III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros

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