ISSN PAEBES Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo. Revista Contextual
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- Júlia Morais Freire
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1 ISSN PAEBES 2017 Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo Revista Contextual
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3 ISSN PAEBES 2017 Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo Revista Contextual 2017
4 FICHA CATALOGRÁFICA ESPÍRITO SANTO. Secretaria de Estado da Educação do Espírito Santo. PAEBES 2017 / Universidade Federal de Juiz de Fora, Faculdade de Educação, CAEd. v. 4 (jan./dez. 2017), Juiz de Fora, 2017 Anual. Conteúdo: Revista Contextual. ISSN CDU :371.26(05)
5 Paulo César Hartung Gomes Governador do Estado do Espírito Santo César Roberto Colnaghi Vice Governador do Estado do Espírito Santo Haroldo Corrêa Rocha Secretário de Estado da Educação Andressa Buss Rocha Subsecretária de Estado de Planejamento e Avaliação Paulo Cesar Possato Aragão Gerente de Informação e Avaliação SUBGERÊNCIA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL Fabíola Mota Sodré (Subgerente) Claudia Lopes de Vargas Denise Moraes e Silva Rafael Benetti Costa SUBGERÊNCIA DE ESTATÍSTICA EDUCACIONAL Denise Pereira da Silva (Subgerente) Andressa Mara Malagutti Assis
6 Sumário 7 APRESENTAÇÃO 8 EXPECTATIVAS E PERCEPÇÕES DOS ATORES EDUCACIONAIS 9 PROFESSORES 19 DIRETORES 26 CONSIDERAÇÕES FINAIS
7 Gráficos Gráfico 1 Sexo... 9 Gráfico 2 Cor/Raça autodeclarada Gráfico 3 Escolaridade Gráfico 4 Exercício de outra atividade remunerada...11 Gráfico 5 Tempo de atuação docente...11 Gráfico 6 Tempo de atuação docente na escola Gráfico 7 Carga horária semanal Gráfico 8 Carga horária semanal dedicada às atividades extraclasse Gráfico 9 Carga horária semanal na escola Gráfico 10 Carga horária semanal na escola dedicada às atividades extraclasse Gráfico 11 Expectativas de professores sobre o futuro de seus estudantes Gráfico 12 Percepção de professores sobre a diversidade de atividades da escola Gráfico 13 Percepção de professores sobre a qualidade das relações na escola Gráfico 14 Percepção de professores sobre as práticas pedagógicas...17 Gráfico 15 Percepção de professores sobre o perfil pedagógico do gestor escolar Gráfico 16 Percepção de professores sobre o perfil democrático do gestor escolar Gráfico 17 Sexo Gráfico 18 Cor/Raça autodeclarada Gráfico 19 Escolaridade...20 Gráfico 20 Exercício de outra atividade remunerada Gráfico 21 Tempo de atuação gestora Gráfico 22 Tempo de atuação gestora na escola...22 Gráfico 23 Carga horária semanal...22 Gráfico 24 Carga horária semanal na escola...23 Gráfico 25 Expectativas de diretores sobre o futuro de seus estudantes...23 Gráfico 26 Percepção de diretores sobre a diversidade de atividades da escola...24 Gráfico 27 Percepção de diretores sobre o perfil pedagógico...25 Gráfico 28 Percepção de diretores sobre o perfil democrático...25
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9 Apresentação 01 O Programa de Avaliação da Educação Básica do Espirito Santo (PAEBES) tem como finalidade mensurar, por meio do desempenho de estudantes em testes cognitivos, a qualidade e a equidade da educação ofertada no estado. Em 2017, o PAEBES avaliou, estudantes do 5º e 9º anos do ensino fundamental e da 3ª série do ensino médio. O objetivo do programa próprio de avaliação educacional externa em larga escala consiste em fornecer informações relevantes aos profissionais da rede estadual, redes municipais associadas e escolas particulares participantes, a partir de indicadores capazes de contribuir para o monitoramento da qualidade e da equidade da educação, bem como estimular reflexões e mobilizar os diversos atores educacionais para a elaboração de políticas e intervenções pedagógicas substantivas. Reconhecendo a importância de investigar diversos aspectos sensíveis no que se refere ao processo de ensinoaprendizagem, o PAEBES utiliza, como instrumento de pesquisa, além dos testes que medem o desempenho de estudantes, os questionários contextuais, que revelam nuances do contexto e das condições de oferta. Especificamente, neste volume, são apresentadas as expectativas e percepções dos atores responsáveis pela gestão do ensinoaprendizagem, seja no nível da escola ou da sala de aula. Professores e diretores das etapas e escolas avaliadas no PAEBES 2017 apontam características as quais podem fomentar escolhas, visto que identificam a realidade de trabalho e expandem o próprio conhecimento sobre ela. Boa leitura! REVISTA CONTEXTUAL 7
10 Expectativas e percepções dos atores educacionais A escola em si não é capaz de mudar o contexto social, porém, em maior ou menor medida, pode promover aprendizado suficiente para melhores oportunidades. O efeito escola diz respeito aos aspectos intrínsecos à escola e de possível ação pela escola. Nesse sentido, são apresentados, neste volume, resultados dos questionários contextuais, que delineiam alguns desses aspectos passíveis de alteração pela e na escola. A expectativa docente em relação aos estudantes, por exemplo, pode gerar impacto na proficiência, ou seja, na medida do conhecimento/aptidão de estudantes. Isso é explicado pelo Efeito Pigmaleão (Rosenthal), fenômeno que define quanto maiores as expectativas que se tem relativamente a uma pessoa, melhor o seu desempenho. A participação na tomada de decisões, de modo democrático, por exemplo, pode estimular o comprometimento docente para com o ensino e a escola. Em linhas gerais, esses fatores internos são capazes de influenciar positivamente na formação escolar. A seguir, são apresentados os perfis dos respondentes, bem como as expectativas e percepções constituídas a partir de dimensões de questionários aplicados a professores e diretores. Especificamente para a apresentação das expectativas e percepções, recodificouse cada variável item do questionário, de modo que cada alternativa de resposta recebeu um valor de acordo com sua carga semântica, positiva ou negativa. Assim, para as sentenças que faziam afirmações positivas sobre determinada dimensão avaliada, como, por exemplo, aquelas que afirmavam que as relações na escola são boas, a opção de resposta concordo totalmente recebeu o maior valor, ao passo que a alternativa discordo totalmente recebeu o menor valor. Logo, a pontuação atribuída a cada alternativa foi 1 para discordo totalmente, 2 para discordo, 3 para concordo, e 4 para concordo totalmente. Com isso, à medida que o grau de concordância com a afirmação aumentou, o valor atribuído para a resposta também aumentou. Ainda que as alternativas de resposta, dispostas em uma escala de concordância, tenham divergido (por exemplo, concordo mais que discordo no lugar de concordo), a lógica dessa operação permaneceu, o que colocou em cena, novamente, a atribuição de valores diferentes para respostas diferentes, seguindo a gradação do nível de concordância. Esse passo foi fundamental para a constituição de expectativas e percep 8 PAEBES 2017
11 ções, pois permitiu o estabelecimento de escalas. Uma vez recodificadas as variáveis, o próximo passo foi testar se mediam a mesma dimensão. Para isso, analisouse a sua coerência interna com testes de correlações bivariadas (entre as alternativas selecionadas para composição) e o Alpha de Cronbach. Uma vez confirmado que as variáveis estavam medindo o mesmo traço latente, seus valores foram somados e recodificados em uma escala de 1 a Tendo sido criada a escala, os valores foram analisados e divididos em conjuntos distintos de resposta. Cada um desses conjuntos passou a representar expectativas e percepções semelhantes sobre a mesma dimensão avaliada, tendo sido organizados em assertivas genéricas para compor as expectativas e percepções dos respondentes. Vale ressaltar que a coleta atingiu apenas 41,3% e 33% do quantitativo previsto de professores da rede estadual e da rede municipal, respectivamente. Com relação aos diretores, foram 72,8%, na rede estadual, e 34%, na rede municipal. Portanto, a extrapolação da pesquisa deve ser realizada cuidadosamente por gestores de rede e demais interessados. Professores Ao todo, foram contabilizados questionários respondidos por professores das etapas avaliadas. Gráfico 1 Sexo 100,0% 80,0% 74,7% 60,0% 40,0% 25,3% 20,0% 0,0% Masculino Feminino REVISTA CONTEXTUAL 9
12 Gráfico 2 Cor/Raça autodeclarada 100,0% 80,0% 60,0% 53,3% 40,0% 37,4% 20,0% 0,0% 7,9% 1,0% 0,4% Branco(a) Pardo(a) Preto(a) Amarelo(a) Indígena Os professores respondentes são, em sua maioria, do sexo feminino (74,7%) e se autodeclaram brancos (53,3%) ou pardos (37,4%). Gráfico 3 Escolaridade 100,0% 80,0% 74,7% 60,0% 40,0% 25,3% 20,0% 0,0% Masculino Feminino A maior parte dos professores respondentes possui pósgraduação lato ou stricto sensu (74,6%). Quase 40% dos professores possuem título de especialista em educação, mas com ênfase em outros temas que não alfabetização, letramento ou linguagens e matemática. 10 PAEBES 2017
13 Gráfico 4 Exercício de outra atividade remunerada 100,0% 80,0% 69,0% 02 60,0% 40,0% 24,0% 20,0% 0,0% 7,0% Sim, na área de educação Sim, fora da área de educação Não Ampla maioria reporta não exercer outra atividade remunerada (69,0%). Os professores que exercem estão, em grande parte, atuando na educação (24,0%). Gráfico 5 Tempo de atuação docente Há menos de 1 ano 3,3% Entre 1 e 2 anos 4,3% Entre 3 e 5 anos 13,6% Entre 6 e 10 anos 26,0% Entre 11 e 15 anos 19,2% Entre 16 e 20 anos 14,6% Há mais de 21 anos 19,0% 0,0% 20,0% 40,0% 60,0% 80,0% 100,0% REVISTA CONTEXTUAL 11
14 Gráfico 6 Tempo de atuação docente na escola Há menos de 1 ano 35,3% Entre 1 e 2 anos 14,3% Entre 3 e 5 anos 18,9% Entre 6 e 10 anos 15,5% Entre 11 e 15 anos 6,9% Entre 16 e 20 anos 4,5% Há mais de 21 anos 4,6% 0,0% 20,0% 40,0% 60,0% 80,0% 100,0% Ampla maioria dos professores respondentes tem experiência docente de pelo menos seis anos (78,8%), enquanto, na escola de resposta, esse percentual cai para 31,5%. A discrepância pode revelar novos vínculos de trabalho. Gráfico 7 Carga horária semanal Até 20 horas 5,7% De 21 a 30 horas 28,2% De 31 a 40 horas 25,4% De 41 a 60 horas 39,4% Mais de 60 horas 1,3% 0,0% 20,0% 40,0% 60,0% 80,0% 100,0% 12 PAEBES 2017
15 Gráfico 8 Carga horária semanal dedicada às atividades extraclasse Nenhum 1,3% 02 Até 15% 23,8% De 15% a 30% 56,7% De 31% a 50% 15,7% Mais de 50% 2,4% 0,0% 20,0% 40,0% 60,0% 80,0% 100,0% No PAEBES 2017, quase a totalidade dos professores respondentes (94,3%) aponta carga horária semanal de horasaula mais atividades, se for o caso, de pelo menos 20 horas em todas as escolas. Porém, somente 1,3% atua mais de 60 horas. Especificamente em relação à carga horária semanal voltada para formação e estudo, planejamento, produção de materiais etc., mais da metade dos professores indica usufruir de 15 a 30% do seu tempo de trabalho para tanto. Dos professores respondentes, 1,3% não tem esse tempo exclusivo para atividades extraclasse. Gráfico 9 Carga horária semanal na escola Até 20 horas 20,8% De 21 a 30 horas 52,5% De 31 a 40 horas 16,0% De 41 a 60 horas 10,5% Mais de 60 horas 0,3% 0,0% 20,0% 40,0% 60,0% 80,0% 100,0% REVISTA CONTEXTUAL 13
16 Gráfico 10 Carga horária semanal na escola dedicada às atividades extraclasse Nenhum 2,0% Até 15% 32,6% De 15% a 30% 52,9% De 31% a 50% 10,7% Mais de 50% 1,8% 0,0% 20,0% 40,0% 60,0% 80,0% 100,0% Na escola, 79,3% dos professores dedicamse por pelo menos 20 horas a ministrar aulas e outras atividades, se for o caso. Nem 1,0% tem carga horária superior a 60 horas. Mais da metade (52,9%) dos professores utiliza de 15 a 30% do seu tempo de trabalho na escola para formação e estudo, planejamento, produção de materiais etc., enquanto 2,0% não utilizam. Gráfico 11 Expectativas de professores sobre o futuro de seus estudantes 17,2% 16,4% 66,4% Os professores têm baixas expectativas sobre o futuro de seus estudantes Os professores têm medianas expectativas sobre o futuro de seus estudantes Os professores têm altas expectativas sobre o futuro de seus estudantes 14 PAEBES 2017
17 No PAEBES 2017, mais da metade dos professores aponta ter medianas (66,4%) ou altas expectativas (17,2%) sobre o futuro de seus estudantes. Essas expectativas estão associadas, de acordo com o cotejado no questionário, à conclusão dos estudos sem reprovação, ao ingresso em curso de nível superior, às oportunidades de melhores empregos. Estudos acerca da escola eficaz incluem a ideia de altas expectativas sobre todos, expectativas comunicadas e proposição de desafios intelectuais como fatores que deveriam ser presentes na boa escola Gráfico 12 Percepção de professores sobre a diversidade de atividades da escola 29,7% 15,8% 54,5% As atividades na escola são pouco diversificadas As atividades na escola são razoavelmente diversificadas As atividades na escola são muito diversificadas Ao reportarem a diversidade de atividades da escola, que envolvem, em linhas gerais, gincanas, apresentações culturais, práticas esportivas, ou mesmo aulas extras e visitas à biblioteca, os professores são estimulados a assinalar, indiretamente, o perfil da escola e a sua atenção com outros modos de promover a aprendizagem. No PAEBES 2017, os professores ponderam, em sua maioria, que as atividades são razoavelmente (54,5%) ou muito diversificadas (29,7%). 2 SOARES, José Francisco. Melhoria do Desempenho Cognitivo dos Alunos de Ensino Fundamental. São Paulo: REVISTA CONTEXTUAL 15
18 Gráfico 13 Percepção de professores sobre a qualidade das relações na escola 38,7% 2,1% 59,3% A qualidade das relações na escola é baixa A qualidade das relações na escola é mediana A qualidade das relações na escola é alta O clima do ambiente de aprendizagem pode ser definido como conjunto de atributos individuais e coletivos que influenciam a qualidade de ações e resultados. Percebese, em relação ao clima, especificamente, o contexto relacional, acerca da qualidade das relações sociais estabelecidas na comunidade escolar, em que estudantes estão compreendidos. Os professores respondentes, em sua maioria, caracterizam a qualidade das relações como sendo mediana (59,3%) e alta (38,7%). Ou seja, as pessoas na escola, segundo os professores, de certo modo, relacionamse bem. Eles reportam que há respeito aos estudantes por parte de diretores e adultos de modo geral. Essas relações também assinalam, segundo o coletado pelo questionário, pouca ou rara frequência de briga entre alunos. 16 PAEBES 2017
19 Gráfico 14 Percepção de professores sobre as práticas pedagógicas 100,0% 80,0% 71,3% 02 60,0% 40,0% 28,3% 20,0% 0,0% 0,4% 1 Grupo A Grupo B Grupo C No PAEBES 2017, os professores são provocados, via questionário, a comentar sobre as aulas e atividades em sala segundo a própria atuação. Os grupos descrevem o conjunto de respostas que caracteriza a diversidade e, de certa maneira, a qualidade do trabalho docente. O grupo A reúne os professores que afirmam uso pouco intenso de diferentes recursos para apresentação da matéria (vídeo, música, computador etc.), esclarecimento de dúvidas, correção de dever de casa e atividades de sala, uso do livro didático, reforço de mensagem sobre importância de estudar, revisão para prova, ausência em aulas, ajuda aos alunos com maiores dificuldades, diálogo etc. O grupo B, por sua vez, inclui aqueles que afirmam o mesmo, mas numa medida razoável. Por fim, o grupo C reúne aqueles que afirmam uso vigoroso dos recursos ou adotam as práticas descritas. Em linhas gerais, os professores caracterizam as boas práticas e seus níveis, pois quase a totalidade concentra a autocrítica nos grupos B (28,3%) e C (71,3%). REVISTA CONTEXTUAL 17
20 Gráfico 15 Percepção de professores sobre o perfil pedagógico do gestor escolar 22,3% 16,5% 61,3% O diretor não possui perfil pedagógico Algumas ações do diretor são características de um perfil pedagógico O diretor possui perfil pedagógico Gráfico 16 Percepção de professores sobre o perfil democrático do gestor escolar 29,2% 9,0% 61,9% O diretor não possui perfil democrático Algumas ações do diretor são características de um perfil democrático O diretor possui perfil democrático 18 PAEBES 2017 Os gráficos 15 e 16, de percepção de professores acerca dos perfis pedagógico e democrático do gestor escolar, respectivamente, revelam que grande parte dos professores reconhece, em seu diretor, a adoção/execução de boas práticas de gestão, as quais caracterizem ênfase na gestão pedagógica e tomada de decisões coletiva. Os professores atestam, em sua maioria, os perfis pedagógico e democrático do diretor escolar, haja vista que as ações do líder são parcial ou integralmente características do perfil pedagógico (61,3% e 22,3%) e do perfil democrático (61,9% e 29,2%).
21 Diretores Gráfico 17 Sexo 100,0% Ao todo, foram contabilizados 724 questionários respondidos por diretores das etapas avaliadas ,0% 79,7% 60,0% 40,0% 20,0% 20,3% 0,0% Masculino Feminino Gráfico 18 Cor/Raça autodeclarada 100,0% 80,0% 60,0% 59,8% 40,0% 33,0% 20,0% 0,0% 6,1% 1,0% 0,1% Branco(a) Pardo(a) Preto(a) Amarelo(a) Indígena A maioria dos diretores respondentes é do sexo feminino (79,7%) e se autodeclara branca (59,8%) e parda (33,0%). REVISTA CONTEXTUAL 19
22 Gráfico 19 Escolaridade Ensino Fundamental (antigo 1º grau) 0,0% Ensino Médio (antigo 2º grau) 0,0% Ensino Médio Magistério (antigo 2º grau Normal) 0,6% Ensino Superior Pedagogia 7,3% Ensino Superior Curso Normal Superior 0,8% Ensino Superior Licenciatura em Letras 1,4% Ensino Superior Licenciatura em Matemática 1,0% Ensino Superior Licenciatura em outras áreas 3,6% Ensino Superior Outros 1,9% Especialização (mínimo 360h) na área de educação, enfatizando alfabetização Especialização (mínimo 360h) na área de educação, enfatizando linguística ou letramento Especialização (mínimo 360h) na área de educação, enfatizando educação matemática 5,2% 5,0% 10,6% Especialização (mínimo 360h) na área de educação, enfatizando outros temas 54,8% Especialização (mínimo 360h) em outras áreas que não a educação 3,5% Mestrado, doutorado ou posterior 4,3% 0,0% 20,0% 40,0% 60,0% 80,0% 100,0% Os diretores são, em sua maioria, pósgraduados. Especificamente, mais da metade é especialista em educação, mas com ênfase em outros temas que não alfabetização, letramento ou linguagens e matemática (54,8%). 20 PAEBES 2017
23 Gráfico 20 Exercício de outra atividade remunerada 100,0% 80,0% 89,5% 02 60,0% 40,0% 20,0% 0,0% 7,6% 2,9% Sim, na área de educação Sim, fora da área de educação Não Quase a totalidade dos diretores respondentes não exerce outra atividade remunerada (89,5%). Gráfico 21 Tempo de atuação gestora Há menos de 1 ano 19,6% Entre 1 e 2 anos 13,5% Entre 3 e 5 anos 25,4% Entre 6 e 10 anos 23,1% Entre 11 e 15 anos 8,3% Entre 16 e 20 anos 4,4% Há mais de 21 anos 5,7% 0,0% 20,0% 40,0% 60,0% 80,0% 100,0% REVISTA CONTEXTUAL 21
24 Gráfico 22 Tempo de atuação gestora na escola Há menos de 1 ano 31,4% Entre 1 e 2 anos 16,9% Entre 3 e 5 anos 27,3% Entre 6 e 10 anos 15,7% Entre 11 e 15 anos 5,4% Entre 16 e 20 anos 2,1% Há mais de 21 anos 1,2% 0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0% 90,0% 100,0% Menos de um quarto dos diretores respondentes tem experiência de pelo menos dez anos (18,4%) à frente da gestão escolar. O percentual de diretores com a mesma experiência na escola é igual a 8,7%. Gráfico 23 Carga horária semanal Até 20 horas 1,2% De 21 a 30 horas 6,1% De 31 a 40 horas 55,7% De 41 a 60 horas 36,3% Mais de 60 horas 0,7% 0,0% 20,0% 40,0% 60,0% 80,0% 100,0% 22 PAEBES 2017
25 Gráfico 24 Carga horária semanal na escola Até 20 horas 1,1% 02 De 21 a 30 horas 4,6% De 31 a 40 horas 50,1% De 41 a 60 horas 42,1% Mais de 60 horas 2,1% 0,0% 20,0% 40,0% 60,0% 80,0% 100,0% A maior parte dos diretores respondentes dedica pelo menos 30 horas a todas as atividades. Especificamente na escola, a maioria dos diretores também reporta carga horária similar. Gráfico 25 Expectativas de diretores sobre o futuro de seus estudantes 21,1% 9,4% 69,5% Os diretores têm baixas expectativas sobre o futuro de seus estudantes Os diretores têm medianas expectativas sobre o futuro de seus estudantes Os diretores têm altas expectativas sobre o futuro de seus estudantes Mais da metade dos diretores tem medianas (69,5%) ou altas expectativas sobre o futuro de seus estudantes (21,1%). Essas concentrações assinalam a atenção de diretores com estudantes, o emprego de reforços positivos REVISTA CONTEXTUAL 23
26 os quais podem mobilizálos a alcançar melhores resultados. Há menos diretores com baixas expectativas sobre o futuro de seus estudantes do que professores (diferença de 7 pontos percentuais). Gráfico 26 Percepção de diretores sobre a diversidade de atividades da escola 0,3% 52,1% 47,7% A qualidade das relações na escola é baixa A qualidade das relações na escola é mediana A qualidade das relações na escola é alta O contexto relacional prima por relações sociais positivas, o que sinaliza ambiente de trabalho agradável. No PAEBES 2017, os diretores respondentes informam, majoritariamente, que a comunidade escolar se relaciona bem, como também o fazem os professores. Porém, a qualidade das relações da escola é mediana para 47,7% e alta para 52,1%, diferente ao informado por professores. Aliás, 2,1% dos professores apontam a qualidade das relações na escola como sendo baixa, quando o percentual de diretores não atinge 1%. Os diretores respondentes, de modo geral, não notam relacionamentos ruins entre estudantes e eles, entre estudantes e professores, ou entre todos. 24 PAEBES 2017
27 Gráfico 27 Percepção de diretores sobre o perfil pedagógico 3,3% 02 43,9% 52,8% O diretor não possui perfil pedagógico Algumas ações do diretor são características de um perfil pedagógico O diretor possui perfil pedagógico Gráfico 28 Percepção de diretores sobre o perfil democrático 21,4% 52,9% 25,7% O diretor não possui perfil democrático Algumas ações do diretor são características de um perfil democrático O diretor possui perfil democrático Nos gráficos 27 e 28, sobre a percepção acerca do próprio perfil (pedagógico e democrático), 43,9% dos diretores consideram possuir perfil pedagógico, enquanto 52,9% atribuem a si perfil democrático. Esses dados sinalizam ênfase na gestão pedagógica e tomada de decisões coletiva por diretores, segundo o informado por eles mesmos. A autocrítica ao trabalho próprio e na escola revela otimismo e confiança. REVISTA CONTEXTUAL 25
28 Considerações finais Ao trazer respostas dos questionários contextuais, de professores e diretores, alguns aspectos do cotidiano escolar vieram à tona, especialmente aqueles relacionados ao que é possível ser alterado pela e na escola. Este volume buscou chamar a atenção para questões que poderiam passar despercebidas, a exemplo da ideia de que altas expectativas sobre todos influenciam positivamente o desempenho de estudantes. Esse exercício, sem dúvida, envolveu expandir e, em alguma medida, ressignificar o próprio conhecimento que se tem sobre a educação no Espírito Santo. O conteúdo assinalou, de acordo com os respondentes, a autocrítica associada a opiniões propícias para formação escolar de qualidade. Esperase, portanto, que as informações elencadas sirvam para estimular reflexões acerca da importância dos fatores intraescolares no processo de ensinoaprendizagem. É importante ponderar que a coleta não alcançou 80% do quantitativo previsto, o que de certo modo enviesa o reportado e não permite a generalização dos resultados ao conjunto delimitado para participação no questionário PAEBES Ainda assim, os resultados evidenciam características dos respondentes, ou seja, de parte da realidade da educação capixaba, fidedignamente. Pesquisas acerca das nuances do contexto e das condições de oferta oportunizam aos gestores de rede e demais interessados canalizar as demandas para acesso e permanência numa escola de qualidade e equidade, pois, ainda que os dispositivos legais principiem a igualdade de condições na trajetória escolar, por vezes, é possível notar falhas na democratização do saber. 26 PAEBES 2017
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31 Reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora Marcus Vinicius David Coordenação Geral do CAEd Lina Kátia Mesquita de Oliveira Manuel Palácios da Cunha e Melo Eleuza Maria Rodrigues Barboza Coordenação da Pesquisa de Avaliação Manuel Palácios da Cunha e Melo Coordenação da Pesquisa Aplicada ao Design e Tecnologias da Comunicação Edna Rezende Silveira de Alcântara Coordenação da Pesquisa Aplicada ao Desenvolvimento de Instrumentos de Avaliação Hilda Aparecida Linhares da Silva Micarello Coordenação do Programa de PósGraduação em Gestão e Avaliação da Educação Pública Eliane Medeiros Borges Supervisão de Construção de Instrumentos e Produção de Dados Rafael de Oliveira Supervisão de Entregas de Resultados e Desenvolvimento Profi ssional Wagner Silveira Rezende
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