Impactos Jurídicos e Operacionais da Política Nacional de Resíduos Sólidos no Mercado Segurador

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1 Impactos Jurídicos e Operacionais da Política Nacional de Resíduos Sólidos no Mercado Segurador Painel 1: A integração da PNRS nas operações de seguros Rio de Janeiro, 27 de maio de 2013

2 1. Gerson Arruda e Jorge Laranjeiro: a PNRS e a regulação de sinistros. 2. Eduardo Menezes: A gestão dos salvados sob a ótica da PNRS. 3. Carlos Zoppa: Análise, subscrição e inspeção de riscos com foco na PNRS. Mediador: Marco Antônio Ferreira

3 Case - Sinistro de Incêndio Trata-se de sinistro de Incêndio em que a empresa fabrica tintas, vernizes e corantes, sobretudo com foco no mercado calçadista. A planta em que ocorreu o sinistro possuía sistemas protecionais de combate a incêndio por extintores, hidrantes e brigada, durante as atividades normais os funcionários verificaram o surgimento de chamas nos recipientes onde estavam sendo pesados materiais para processamento.

4 Case - Sinistro de Incêndio Neste caso tivemos o risco ambiental devido a queima de diversos produtos químicos e parte que vazou atingindo o solo. Ponto importante a ser avaliado em relação PNRS na remoção dos escombros, ou aplicação da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 6.938/81) devido a metais contaminados e produtos químicos como o Dióxido de Titânio, que precisam ter uma destinação correta e o trabalho ser feito por empresas especializadas e licenciadas.

5 Case - Sinistro de Vendaval Trata-se de um vendaval que veio a danificar o imóvel e consequentemente a água da chuva atingiu as mercadorias do segurado. Produtos químicos que são distribuídos para a indústria alimentícia e farmacêutica. Foi acionado um perito químico a fim de confirmar as perdas reclamadas, onde se verificou que os produtos atingidos passam por um rígido controle de qualidade para serem adquiridos, ou seja, qualquer suspeita de contaminação impossibilita a utilização dos mesmos na indústria.

6 Case - Sinistro de Vendaval Foi definido pelo Segurado que o produto deveria ser incinerado, apesar de existir uma outra forma economicamente menos onerosa e mais adequada sustentavelmente, que seria o coprocesso, onde o produto seria utilizado nos fornos de cimentos sendo misturados ao produto final. Na tentativa de retirada dos salvados pela Cia, para verificação de destinação útil e sustentável dos produtos, foi exigido a necessidade da Seguradora possuir documentos/licenças, como: licença do IBAMA, CETESB, Vigilância Sanitária, AVCB prevendo a armazenagem, RT do armazém, etc. Diante das exigências decidiu-se pelo descarte dos produtos, sendo que a retirada foi realizada por empresa especializada e licenciada.

7 Case - Sinistro de Transporte Trata-se de sinistro de transporte nacional envolvendo um embarcador como Segurado, o escopo de cobertura da apólice é amparar danos à carga no trajeto da viagem. Por uma falha na condução o veículo caiu no rio, a carga era ração animal no valor de R$ 130 mil, tecnicamente temos uma perda total com a indenização pelo valor da carga, uma vez que o valor foi averbado e o Segurado pagou o devido prêmio. Sabemos que a carga não poderia ficar no fundo do rio para não ter problemas com as autoridades ambientais, porém relembrando nossa responsabilidade por contrato de seguro é apenas com a carga.

8 Case - Sinistro de Transporte Não bastasse toda a situação quando da conclusão da operação de içamento, como infelizmente houve óbito, a autoridade policial local determinou que o veículo e a carga fosse levado para um pátio até que o inquérito seja concluído, o que levou a mais custos fora do escopo de cobertura da apólice a serem incorridos na operação. A exposição é apenas para refletirmos o quanto é difícil prever no atual momento uma forma de estabelecer uma relação sustentável e principalmente segura quanto às nossas responsabilidades futuras e também o quanto é importante como cada área de produtos tratará o assunto.

9 O QUE É SALVADOS? COMO TRATÁ-LOS DURANTE A REGULAÇÃO E APÓS A LIQUIDAÇÃO DO SINISTRO? QUEM É RESPONSÁVEL EM CADA UMA DAS ETAPAS? APENAS A PNRS AFETA ESSE TEMA? PNEA LEI 9.795/99 PNMA LEI 6.938/81 PNRS LEI /10 SANEAMENTO BÁSICO LEI /07 CONSÓRCIOS PÚBLICOS LEI /05 FONTE: RESÍDUOS SÓLIDOS SIDNEY GUERRA CONHECIMENTO, PREPARAÇÃO, ATENÇÃO E CAUTELA

10 Análise, subscrição e inspeção de riscos com foco na PNRS 1. Análise de Riscos Seguradoras e Resseguradoras poderiam criar critérios específicos de análise de riscos de empresas que produzam resíduos de acordo com a lei Fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de agrotóxicos, pilhas e baterias, pneus, óleos lubrificantes, lâmpadas fluorescentes, produtos eletroeletrônicos logística reversa Geradores ou Operadores de Resíduos Perigosos

11 Análise, subscrição e inspeção de riscos com foco na PNRS 2. Subscrição Seguradoras e Resseguradoras poderiam: Criar Guidelines de Aceitação com inclusão de empresas abrangidas pela legislação Criar de garantia específica com verba própria para despesas com limpeza, transporte e descarte de resíduos à semelhança de garantias hoje existentes de riscos industriais de grande porte Criar Wordings dos contratos de seguros com recomendações sobre as responsabilidades dos Segurados nos termos da legislação vigente

12 Análise, subscrição e inspeção de riscos com foco na PNRS 3. Inspeção de riscos Considerando os Princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos sobre a prevenção/precaução e a cooperação entre as diferentes esferas do poder público, o setor empresarial e demais segmentos da sociedade, as Seguradoras e Resseguradoras poderiam criar Inspeções de Riscos com indicação de itens específicos sobre legislação de resíduos sólidos e perigosos além dos riscos normalmente analisados de Incêndio, Explosão, Alagamento, Vendaval, etc..